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É formado por
varetas e contas. As varetas correspondem a colunas e as contas a números. A primeira
coluna, da direita para esquerda, corresponde às unidades, a segunda às dezenas e assim por
diante. No ábaco chines, temos o "céu" e o "terra". A terra fica na parte de baixo do ábaco e
a terra na parte de cima. As contas da terra têm o valor da casa decimal, enquanto as do céu
tem o valor da casa decimal multiplicado por 5. Inicialmente as do céu ficam encostadas na
base e as do céu no teto. Para dar valor às contas devemos subir as da terra e descer as do
céu.
De origem humilde, Boole retomou em 1841 a busca por uma linguagem universal.
Queria cologar a lógica sob o domínio da matemática. Seus ensaios pioneiros
revolucionaram a ciência da lógica.
O que Boole concebeu era uma forma de álgebra, um sistema de símbolos e regras
aplicáveis a qualquer coisa, desde números e letras a objetos ou enunciados. Com esse
sistema, Boole pôde codificar proposições - isto é, enunciados que se pode provar serem
verdadeiros ou falsos - em linguagem simbólica, e então manipulá-las quase da mesma
maneira como se faz com os números ordinais.
AND, OR e NOT são as principais operações da algebra. Para conseguir somar,
subtrair, multiplicar e divider, ou ainda executar ações tais como comparar símbolos ou
números, Boole, introduziu o conceito de portas lógicas, que só processam dois tipos de
entidades - verdade ou falsidade, sim ou não, aberto ou fechado, um ou zero.
Um matemático norte-americano chamado Charles Sanders Peirce introduziu a
álgebra booleana nos Estados Unidos em 1867.Compreendeu que a lógica de dois estados
de Boole presta-se, facilmente, à descrição de circuitos de comutação elétricos: circuitos
estão ligados ou desligados, assim como uma proposição é verdadeira ou falsa; um
interruptor funciona de maneira muito parecida com uma porta lógica, permitindo, ou não
permitindo, que a corrente - isto é, a verdade - prossiga até o interruptor seguinteO próprio
Peirce estava, em última instância, mais interessado em lógica que na ciência da
eletricidade. Embora desenhasse, mais tarde, um circuito lógico rudimentar usando
eletricidade, o dispositivo nunca foi construído.
Zuse: A Construção do Z1
Em 1936, Zuse deixou o emprego numa firma de engenharia e dedicou-se
integralmente ao projeto, sustentado pelos amigos e usando, como local de trabalho, uma
pequena mesa no canto da sala de visitas da família. Quando viu que sua máquina tomava
forma e crescia, empurrou outra mesa para perto da primeira, de modo a acomodá-la.
Depois deslocou suas operações para o centro da sala e, dois anos mais tarde, completava
um verdadeiro labirinto de relés e circuitos.
O Z1, nome que Zuse deu à máquina, tinha um teclado para introduzir problemas
no computador. No fim de um cálculo, o resultado faiscava num quadro com muitas
lampadazinhas. Embora satisfeito com o aparelho, Zuse tinha dúvidas quanto ao teclado,
que julgava demasiado grosseiro e vagaroso. Depois de muito pensar, descobriu uma
alternativa engenhosa e barato de codificar as instruções perfurando uma série de orifícios
em filmes de 35 milímetros, usados. E essa máquina alimentada com filmes recebeu o
apelido de Z2.