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Teste de autoconhecimento

Qual o teu grau de motivação?

Conhece um pouco melhor o teu nível de motivação para o estudo.


Com toda a sinceridade, atribui 1 a 4 pontos a cada uma das seguintes afirmações, tendo
em conta o que habitualmente fazes:
1 = (quase) nunca; 2 - algumas vezes; 3 - muitas vezes; 4 = sempre.

Procuro descobrir motivos de interesse em coda disciplina.


Empenho-me no trabalho, sem precisar de prémios ou castigos.
Estudo com objectivos concretos.
Acredito no valor de um curso para a minha realização pessoal e
social.
Valorizo as minhas capacidades para aprender e conquistar o
sucesso.
Atribuo os resultados escolares mais ao meu esforço do que a
factores externos.
Felicito-me pelos meus sucessos.
Evito cultivar sentimentos de incapacidade.
Persisto na realização das tarefas escolares, mesmo quando
experimento dificuldades.
Total de pontos

O resultado do teste, embora não ofereça rigor absoluto, é um sinal de orientação.

- Até 12 pontos: sinal vermelho. Perigo de insucesso. Precisa de corrigir a sua atitude perante
o estudo.
- Entre 13 e 24 pontos: sinal amarelo. Tenha cuidado com os hábitos que podem travar o seu
sucesso.
- A partir de 25 pontos: sinal verde. Está no bom caminho. Continue a aperfeiçoar-se.

Aprendemos melhor, quando se trata de qualquer coisa que nos interessa e temos prazer
em fazer.
Howard Gardner
1. Motivos para estudar

A motivação (querer estudar) é o primeiro segredo do sucesso escolar. É um acelerador da


aprendizagem e um travão do esquecimento. Com a força da motivação, um aluno estuda
mais e melhor. Sem motivação, não há truques eficazes: aprende-se pouco e esquece-se
depressa.
Alunos diferentes estudam com motivações diferentes, em ocasiões diferentes. Umas vezes,
estudam por curiosidade, pelo prazer de aprender ou pelo desejo de realização pessoal.
Outras vezes, trabalham simplesmente para obter boas classificações, ganhar prémios ou
evitar castigos.
Cada aluno deve conhecer os factores que habitualmente mais o motivam ou mais o des-
motivam no seu trabalho escolar. Há factores que são da responsabilidade do meio social,
da família, da escola ou dos professores. Mas o aluno deve também reforçar a sua própria
motivação. Criticar tudo e todos não resolve nada. Se um aluno não faz o que gosta, o
melhor é aprender a gostar daquilo que faz, procurando descobrir motivos de interesse em
cada disciplina, com o apoio do professor ou dos colegas.

1.1 Prémios e castigos


Muitos jovens, seduzidos pelo prazer imediato das ocupações extra-escolares (sair com ami-
gos, ver televisão ou navegar na Internet), sentem dificuldade em compreender o interesse
ou a utilidade do estudo para a sua vida. Acham pouco saborosa a ementa de disciplinas e
programas que a escola oferece. Em geral, não gostam das aulas. Preferem o convívio dos
intervalos! Mesmo os alunos mais motivados sofrem, de vez em quando, "faltas de apetite»
pelo estudo. Uns e outros precisam de estímulos para combater o fastio escolar.
Os educadores sabem disso e costumam tomar a iniciativa de utilizar estímulos para reforçar
o interesse dos jovens pelo estudo. Umas vezes, recorrem a estímulos negativos (repreensões
ou castigos) para travar comportamentos indesejáveis. Outras vezes, oferecem estímulos
positivos (elogios ou prémios) para acelerar a aquisição de bons hábitos de trabalho.
Os pais devem dar aos filhos mais prémios do que castigos, sem o exagero de negociar
sempre as classificações dos testes. Também os professores devem utilizar mais o elogio do
que a repreensão. Diversas investigações comprovam que um aluno estuda melhor, quando
sente o seu esforço reconhecido pelos educadores. Estímulos positivos fortalecem a motiva-
ção, a auto-estima e a autoconfiança do aluno.
E natural que um jovem goste de receber estímulos. O problema é que os estímulos externos
só funcionam a curto prazo. Se o aluno não tem força interior (motivação intrínseca) e está
dependente dos ^empurrões" dados pelos educadores (motivação extrínseca), deixará de
trabalhar, quando acabarem os estímulos.
Todos os jovens precisam de pais empenhados e professores competentes que orientem e
estimulem a aprendizagem, sobretudo nos momentos mais difíceis. Mas uni jovem responsá-
vel não trabalha apenas pelo prazer dos prémios ou pelo medo dos castigos imediatos. Ele
sabe que, se estudar, agrada aos professores e à família. Mais ainda, ele acredita que está a
desenvolver-se como pessoa, a conquistar o respeito dos outros e a construir o seu próprio
futuro. É isso que o motiva.

1.2 Objectivos pessoais


Está provado que os alunos mais motivados são aqueles que estabelecem, para si próprios,
objectivos significativos e acreditam que o estudo é um bom caminho para a sua realização
pessoal.
As pessoas movem-se por objectivos. É assim no mundo do trabalho ou do desporto. Deve
ser assim também na escola. O pior inimigo da motivação é a falta de objectivos pessoais.
Se um aluno não tiver objectivos, o estudo torna-se uma tarefa aborrecida, uma obrigação
sem sentido, uma verdadeira «seca».
Estudar porquê?
Estudar para quê?
Uma estratégia poderosa para o estudante se auto-motivar é estabelecer objectivos pes-
soais realistas, não excessivamente ambiciosos, mas que sejam desafiantes para as suas
capacidades. O estudante motivado não é um barco à deriva, não anda ao sabor do ven-
to. Sabe para onde vai. Sabe o que quer.
Há objectivos a curto prazo (por exemplo, querer uma boa nota no próximo teste de Portu-
guês), a médio prazo (por exemplo, querer passar o ano com uma boa média final) e a lon-
go prazo (por exemplo, querer tirar um curso ou aprender uma profissão). Qualquer um des-
tes objectivos pode ser motivo suficiente para estudar e persistir no esforço. E pouco mobili-
zador estudar apenas para não fazer "má figura» nos testes ou para evitar uma reprovação.
Naturalmente, os jovens gostam de ver resultados imediatos do seu esforço. Fazem melhor os
alunos que são capazes de adiar as recompensas, pensando nos benefícios do estudo para
o futuro. De facto, a escola oferece a oportunidade de adquirir conhecimentos e compe-
tências úteis para toda a vida.

1.3 O valor de um curso


Querer tirar um curso é um objectivo motivador que dá sentido ao esforço, se o estudante
acreditar mais no valor de um bom curso do que na eficácia de uma boa «cunha». É ver-
dade que, na sociedade actual, funciona demasiadas vezes o sistema das influências dos
amigos no acesso ao mercado de trabalho. São poucos os privilegiados que terminam o
curso desejado e conseguem dedicar-se ao que gostam. Um curso não dá direito a empre-
go. Mas garante mais hipóteses de saídas profissionais e de melhor salário, por mérito pró-
prio. As pessoas habilitadas e competentes são, em geral, mais procuradas e, a médio pra-
zo, mais bem pagas. Isto acontece em todo o mundo.
Qualquer curso pode ser motivador, desde que seja escolhido de acordo com os interesses
e as aptidões pessoais. Existem muitas alternativas. Não podemos ser todos doutores ou
engenheiros. Um curso profissional é, muitas vezes, preferível a um curso superior.
Alguns cursos, ò primeira vista menos apetecíveis ou menos valorizados socialmente, aca-
bam por permitir uma plena realização pessoal.
Os estudantes que, por pressão dos pais ou por teimosia própria, seguem cursos desade-
quados às suas aptidões precisam de coragem para mudar de rumo. Como diz o poeta
Goethe: «Nem todos os caminhos são para todos os caminhantes".
Para uma escolha acertada, é valioso o conselho sereno e competente de um bom orien-
tador vocacional. Esse conselho não será mágico nem infalível, mas ajuda a encontrar um
norte. Um estudante desnorteado, que «navega» sem rumo certo, dificilmente será um estu-
dante motivado.
Na grande maratona que é tirar um curso, surgem sempre obstáculos e momentos de desâ-
nimo. Se o estudante escolher bem o seu curso, persistirá mais facilmente no seu esforço,
mesmo que encontre um professor menos simpático ou uma disciplina mais complicada. A
persistência dá bons frutos.
Persistir não é teimar cegamente. E ter coragem de não ceder às primeiras dificuldades.
Quantas pessoas conhecemos que desistiram cedo demais e vieram a arrepender-se?
Ninguém prepara o seu futuro dando-se ao luxo de fazer apenas o que lhe agrada, quando
lhe apetece. A escola não é uma colónia de férias. As vitórias exigem esforço, como bem
sabem os vencedores.

O genial Miguel Ângelo confessou:


"Se as pessoas soubessem quanto trabalho tive para dominar a minha arte, ela não
lhes pareceria tão maravilhosa".

O grande inventor Thomas Edison concluiu:


«O génio é 1% de inspiração e 99% de transpiração».

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