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km 5/72 pp. 3-6 Convidamo-lo a ser pioneiro — aceita o convite?

QUALQUER participação que tenhamos na pregação das boas novas do reino de Deus é motivo de alegria. Não
importa qual a reação das pessoas em nosso território, temos a satisfação de saber que fazemos a vontade de Jeová. E se
as nossas expressões a respeito do reino de Deus induzirem o coração das pessoas apreciativas a agir, teremos a
satisfação adicional de vê-las progredir no caminho da justiça. Portanto, quanto mais tempo devotarmos ao ministério de
campo, tanto maior será a nossa alegria. Isto está em harmonia com o princípio bíblico: “Quem semear generosamente,
ceifará também generosamente.” — 2 Cor. 9:6.
Por isso, convidamos a tantos quantos poderem a empreender o serviço de pioneiro regular ou de férias. Fazemos isso
por sabermos que há muitos que gostariam de ser pioneiros, mas cuja situação e responsabilidade atuais impedem isto.
Estes servos fiéis de Jeová podem ficar animados por saber que Jeová Deus e seu Filho Jesus Cristo se apercebem de
suas limitações. Lembre-se de que Jesus, numa de suas ilustrações, salientou que o ‘solo do coração’ pode produzir
diversas quantidades de frutos e ainda assim, em cada caso, ser solo excelente. (Mat. 13:23) Isto se dá porque produzir
frutos refere-se a expressar-se a respeito do Reino, e, portanto, relaciona-se diretamente com a quantidade de tempo gasto
em falar aos outros sobre a verdade.
Por isso é bom que todos nós examinemos nossa situação e nossas responsabilidades. Poderemos dar mais frutos, quer
dizer, fazer mais expressões sobre o reino de Deus aos outros, até mesmo aos membros de nossa própria família?
Estamos em condições de aumentar estas expressões por nos tornarmos pioneiros? Sim, poderá pessoalmente fazer
ajustes no seu atual modo de vida, a fim de ser pioneiro?
Possui as Necessárias Qualificações?
É bom lembrar-se de que os pioneiros são designados pela Sociedade Torre de Vigia, que atua sob a direção do corpo
governante das testemunhas de Jeová. Poder alguém devotar pelo menos cem horas por mês ao ministério do campo é
importante para a Sociedade, mas não é de consideração primária. Os pioneiros devem ser pessoas, cujo exemplo na
conduta cristã merece ser imitado. Outros devem poder reconhecê-los como pessoas que demonstram ter os frutos do
espírito de Deus.
Os irmãos responsáveis pela recomendação de pessoas para serem pioneiras, portanto, precisam ter o devido cuidado
ao se desincumbirem de sua obrigação. Sabem que o pioneiro representará a sua congregação como evangelizador
designado. Quem se trajar de modo imodesto ou seguir as modas extremas quanto à sua aparência dificilmente poderia
representar a congregação nesta qualidade. E é claro que alguém que ainda é escravo do hábito impuro do fumar não
pode servir como pioneiro.
Outros pré-requisitos para a inscrição são especificados no livro “Lâmpada”, páginas 193-200. A pessoa precisa ser
batizada já pelo menos por seis meses, e, depois de ser alistada, espera-se que trabalhe a média de cem horas por mês no
ministério de campo — num total de 1.200 horas por ano.
O serviço de pioneiro de férias é uma provisão ideal para os que só podem ser pioneiros por tempo limitado, digamos,
por um, dois ou mais meses durante o ano. De fato, pode-se ser pioneiro de férias por tão pouco tempo quanto duas
semanas, devotando-se setenta e cinco horas ao ministério de campo durante o mês. Quem quiser ser pioneiro de férias,
não precisará esperar seis meses após o batismo, mas pode fazer a petição logo após o batismo, desde que tenha sido
publicador regular pelo menos nos últimos seis meses.
Se pensar em aceitar o convite de ser pioneiro, faça-se primeiro algumas perguntas esquadrinhadoras: A que me induz
realmente o coração? Sinto-me induzido a falar aos outros sobre o Reino por causa do amor que tenho a Jeová Deus?
Tenho pena e dó das pessoas que se encontram numa condição espiritualmente infeliz? Incitam-me tal amor e compaixão
a devotar dez, vinte, cem ou mais horas ao ministério de campo, cada mês? Ou considero o serviço de pioneiro como
alguma espécie de condição social, algo que me dá certo grau de prestígio e honra? Planejo alistar-me como pioneiro
porque meus pais ou meu cônjuge instam comigo a fazer isso? Considero o serviço de pioneiro um modo de esquivar-me
de alguma ocupação compulsória ou indesejável? Encaro o serviço de pioneiro como uma via de escape, como sendo o
menor de dois males?
A motivação correta é vital. O conceito correto do serviço de pioneiro habilitará a pessoa a continuar a encontrar
verdadeira alegria neste serviço. “O que me induziu a ser pioneiro era que eu queria agradar a Jeová”, escreve um que é
pioneiro desde 1956, “e eu queria que outros conhecessem a verdade assim como eu a conhecia. Eu achava que podia
fazer isso melhor como pioneiro”.
Permite-me a Minha Situação Ser Pioneiro?
Depois de pensar na sua motivação, examine sua situação. Por exemplo, como está a sua saúde? Se for fisicamente
incapaz de devotar cem horas por mês ao ministério de campo, naturalmente não preencherá uma petição para o serviço
de pioneiro regular. Certo publicador comentou: “Atualmente, minha saúde não permite que eu seja pioneiro de tempo
integral. No entanto, procuro ser bom publicador de congregação, e às vezes sou pioneiro de férias, segundo as minhas
possibilidades, sempre pensando no serviço de pioneiro e apresentando isso a Jeová em oração.”
Mas, talvez seja apenas uma questão de não ter certeza quanto a que possa fazer. Neste caso, poderá tentar gastar cem
horas no ministério de campo durante um mês. Assim saberá melhor se a sua saúde lhe permite ser pioneiro de férias por
um ou dois meses por vez. Pode ser que fique surpreso! Igual a outros, talvez verifique que gastar mais horas no campo
realmente melhora a sua saúde. Certa irmã, apesar de ter um pulmão em colapso e padecer dos rins, decidiu ser pioneira
de férias cada dois meses. E qual foi o resultado? Ela não só acha que a sua saúde melhorou, mas teve também a alegria
de ver uma pessoa com a qual estudou ser batizada, e mais duas expressar seu desejo de se tornarem testemunhas de
Jeová.
Uma irmã inválida, por causa de artrite, foi informada pelo médico de que devia andar bastante. De modo que
começou a ser pioneira. Ela continua a ter artrite, mas esta não a incomoda mais tanto. Esta irmã consegue também
alcançar os seus alvos. Até mesmo sua atitude para com a vida tem mudado, conforme diz: “Quando se serve a Jeová, a
gente esquece-se de si mesma e só pensa Nele e em fazer a Sua vontade.” Outra escreveu: “Embora tenha sido
publicadora ativa por 26 anos, tenho sido pioneira regular apenas por um ano. Durante muitos anos estive em tratamento
por causa duma anemia perniciosa. Por fim, decidi ser pioneira de qualquer modo. Daí parecia acontecer um milagre —
comecei realmente a melhorar. A contagem globular do meu sangue começou a aumentar, e agora preciso de muito pouco
medicamento. Sinto também que houve uma grande melhora espiritual.”
Que dizer de suas obrigações bíblicas? Permite sua situação, neste respeito, que seja pioneiro? Por exemplo, é casado
e tem filhos? Certo casal disse: “Somos pioneiros embora tenhamos um menino de dois anos. Nosso horário é bastante
apertado, mas não tanto assim que tire a alegria do serviço de pioneiro.”
É seu cônjuge incrédulo ou opõe-se ele ou ela à verdade? “Muitos acham que é difícil ser pioneira quando o marido
não está na verdade”, disse certa irmã, “mas não é assim. Eu vou ao ministério de campo quando meu marido está
trabalhando. Uma coisa muito necessária é um horário. Preciso ter um para conseguir fazer todas as minhas tarefas
domésticas, e lavar e passar a roupa. Meu marido levanta-se às 4 horas da manhã, de modo que é então que começa meu
dia.”
É mãe com filhos? “No outono de 1968”, escreve tal mãe, “decidi ser pioneira, depois de calcular o custo. Tenho três
filhas, da idade de 10, 9 e 7 anos. Sou viúva e vivo de pensão, e tenho um carro. Primeiro, fui pioneira de férias por três
meses, durante os quais providenciei um horário funcional. Portanto, com oração, estudo e a ajuda do espírito de Jeová,
tudo foi possível.” Outra disse: “Posso dizer que este tem sido o tempo mais satisfatório, edificante e feliz da minha vida.
Quem tiver filhos [ela tem quatro, entre as idades de 4 e 12 anos] e puder fazer isso, deveria experimentar esta grandiosa
bênção no serviço de pioneiro. Tem sido realmente uma bênção de Jeová.”
Que dizer de obrigações comerciais, tais como hipotecas ou dívidas, pelas quais é responsável? Esta situação talvez
não lhe permita ser pioneiro. Contudo, veja como alguém solucionou este problema: “Vendemos nossa casa, que não teria
sido paga neste sistema, e compramos uma casa-reboque muito confortável, que serve bem às nossas necessidades. Anos
atrás, eu não teria acreditado em chegar a pensar assim. Agora, parece ser o único modo.”
Naturalmente, estas são apenas algumas das experiências pessoais de muitos e de como solucionaram seus problemas.
Mas as respostas de outros talvez não se ajustem à sua situação. Precisa ser realista na avaliação de sua própria situação.
Terá de enfrentar os seus próprios problemas. Se já tiver certas obrigações bíblicas, as resultantes do serviço de pioneiro
talvez sobrecarreguem a sua capacidade, tornando o serviço de pioneiro pouco prático e assim desaconselhável. Por outro
lado, talvez tudo o que precise para cuidar de ambas as responsabilidades são alguns ajustes e mudanças no seu modo de
vida. Procure organizar seu tempo e criar hábitos mais eficientes de trabalho.
Certa irmã escreveu: “Aprendi a fazer meu trabalho cada dia. Levantamo-nos às 6 horas, e na hora em que os filhos
vão à escola e eu ao serviço, nossa casa já está limpa. E o que é realmente surpreendente é que não é difícil. Temos mais
tempo para estudo pessoal. Portanto, mesmo os muito desorganizados, tais como eu, podem tornar-se pioneiros, bem
como mais organizados e úteis, se quiserem servir a Jeová. Aprendi muito no primeiro ano de pioneira e espero aprender
muito mais.”
Outra pioneira conta como programa seu tempo: “Quando os filhos estão na escola, aumento as minhas horas, para
que, durante os dois meses de verão, eu tenha mais tempo para estar com eles. Meu filho dedicado também tem sido
pioneiro de férias por um mês cada verão. Eu gostaria que cada mãe sentisse a alegria de ver seu filho seguir o exemplo
dela como pioneira.” O relato sobre outra diz: “Ela tem recursos muito limitados, não tem marido, tem três filhos a
cuidar, não tem condução pessoal e mora distante do Salão do Reino. Contudo, alcança as suas horas quase cada mês.
Como? Seu horário é a chave de ela continuar no serviço de pioneira.”
Por Que Desistem Alguns?
Quando aceitar este convite de ser pioneiro, um de seus problemas mais sérios será provavelmente continuar neste
trabalho de tempo integral. É verdade que cada ano se perdem alguns pioneiros, por causa da idade avançada ou da morte
— alguns depois de estarem alistados por vinte, trinta ou quarenta anos. Outros caíram vítimas do ‘tempo e o imprevisto’
— doenças, acidentes, saúde fraca de pais ou filhos dependentes, dificuldades financeiras, e assim por diante. (Ecl. 9:11)
No entanto, outros (e são bastantes) parecem poder culpar apenas a si mesmos, visto que amiúde se poderiam evitar as
dificuldades que os tiram do serviço. São estas armadilhas evitáveis em que os prospectivos pioneiros devem pensar de
antemão; também, os que pararam de ser pioneiros devem considerar retrospectivamente os pontos seguintes.
Os que são desorganizados na sua atividade e os que têm pouca iniciativa ou capacidade para cuidar de problemas
talvez achem difícil de cuidar da rotina diária da vida de pioneiro. Se for tal pessoa por natureza, faria bem trabalhar por
algum tempo com um pioneiro bem sucedido — a bem dizer, com um veterano no serviço. Em tal caso aplica-se o
provérbio: “Melhor dois do que um . . . Pois, se um deles cair, o outro pode levantar seu associado.” — Ecl. 4:9-12.
Sobre isto escreve alguém: “Já sou pioneiro regular por três anos, e, olhando para trás, sei que foi trabalhar com
outros pioneiros que me animou. Trabalhei de pioneiro de férias durante três meses antes de me alistar como pioneiro
regular, e durante estes três meses trabalhei intimamente com outros pioneiros e pude observar sua regularidade no
serviço. Também me impressionou muito a alegria que tinham no desempenho do seu ministério. Deixaram-me saber que
esta alegria provinha de servirem a Jeová por tempo integral.”
Para se continuar no serviço de pioneiro, é preciso ter o conceito mental correto da vida. Não se pode ter gostos
dispendiosos e querer os luxos da vida, e ao mesmo tempo ter contentamento no serviço de pioneiro. “Sei de experiência
que a atitude mental da pessoa é mais responsável por se permanecer fiel no serviço de pioneiro do que todas as palavras
de encorajamento proferidas por outros”, é como certa pioneira o expressa.
O serviço de pioneiro não é para pessoas melindrosas e comodistas. Não é para os que ficam facilmente desanimados
e que desistem quando o mar da adversidade fica agitado. Um pioneiro experiente diz: “Desde que tornei o serviço de
pioneiro minha carreira na vida, verifiquei que este não é para preguiçosos. É necessário fazer muito empenho e trabalhar
arduamente na designação. Nos vinte anos de pioneiro, surgiram situações que tornaram necessário fazer grande
empenho para continuar na lista. Certo ano, por causa dum tornozelo quebrado, tive de fazer muito esforço para
continuar.”
Muitos dos que já foram pioneiros, depois de reexaminarem o motivo de terem parado, talvez queiram agora aceitar
este convite para serem novamente pioneiros. Quando se animou a alguém assim a pensar na possibilidade de reiniciar o
serviço de pioneiro, ele respondeu: “Recebi a sua carta sobre o meu anterior serviço de pioneiro e que eu deveria pensar
em recomeçar. Certamente posso concordar em que há muita alegria em se servir a Jeová como pioneiro, e eu gostaria de
recomendar isso de todo o coração a todos os do povo de Jeová. O serviço de pioneiro dá maior apreço da organização.
Só espero, junto com minha esposa, que possamos novamente ser pioneiros, e isso em breve. Fazemos os necessários
ajustes para fazer isso.”
Calcular o Custo
Examine não só seu desejo de coração e sua motivação, mas também sua situação — saúde, situação econômica e
responsabilidades bíblicas. Todos estes e outros fatores precisam ser examinados quanto ao que fará com respeito ao
serviço de pioneiro.
Certa irmã fez isso. Ela disse: “Decidi ser pioneira de férias mês após mês, para certificar-me de poder fazer isso e
ainda cuidar bem de minha família. Depois de vários meses, vi que não havia motivo de eu não preencher minha petição
para o serviço de pioneira regular.”
É preciso estar disposto a fazer sacrifícios, ser econômico e suportar inconveniências e faltas. Para se ser pioneiro
bem sucedido, é preciso ter zelo, determinação, persistência, fé, paciência, e um profundo amor a Jeová e ao próximo.
Estas foram também as qualidades que habilitaram o apóstolo Paulo a cumprir sua designação especial. — 2 Cor. 6:3-10;
11:23-27.
Se for faltoso em alguns destes pontos, o serviço de pioneiro de férias poderá ajudá-lo a melhorar. Não há nada
melhor para se melhorar do que a prática. Note o que dois pioneiros disseram sobre isso: “Acho realmente que o serviço
de pioneiro me ajudou muito. Aumentou enormemente meu desejo de vindicar o nome de Jeová e de ajudar outros ao
caminho da salvação.” “O serviço de pioneiro ajudou-me a obter a estabilidade necessária para perseverar. Fez-me
apreciar que, não importa o que se perca ou ganhe, participamos na vindicação do nome de Jeová.”
Considerado tudo isso, se realmente não puder ser pioneiro, continue a acatar o conselho de Jesus, de ‘esforçar-se
vigorosamente’ nos privilégios de serviço que agora tem. (Luc. 13:23, 24) Mas, se puder cuidar corretamente das suas
outras obrigações bíblicas, enquanto é pioneiro, quer regular quer de “férias”, então deixe-se induzir a isso pelo seu
coração! Aceite este convite, e sentir-se-á feliz.
A melhor recomendação e animação vêm dos próprios pioneiros, conforme mostram as seguintes citações: “Já sou
pioneiro regular por quatro meses e sinto-me agora mais feliz do que nunca.” “Ao iniciar o terceiro ano de pioneiro,
aguardo muito mais bênçãos no serviço de Jeová.” “Depois de cinco anos neste ministério de tempo integral, deixem-me
dizer que um jovem perde realmente a maior oportunidade se não for pioneiro.” “Já chegando aos 69 anos de idade,
faltam-me palavras para expressar o valor que dou a estes 23 anos de privilégios de pioneiro.” “A profunda felicidade
resultante do serviço de pioneiro é algo que se precisa sentir para o apreciar.”

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