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Escola Secundária Padre António Vieira

Filosofia:
A relação entre normas e valores morais

João Patrício
Vinicius Morais
André Alves
David Costa

Março de 2006
Índice

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Introdução

Pretende-se com este trabalho que o leitor fique com uma ideia,
mesmo que muito geral, do que são valores e da maneira como es-
tes interferem na nossa vida, mais exactamente, na relação que há
entre os valores e as regras impostas pela sociedade onde estamos
inseridos.

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Desenvolvimento
a. Os valores

É conveniente referir primeiramente a ideia de valores para po-


dermos conseguir perceber melhor a maneira como estes intera-
gem na nossa vida.
Quando dizemos que atribuímos a tal coisa um certo valor, esta-
mos a considerar que lhe damos uma determinada importância.
Podemos então afirmar que a maneira como nos pegamos a algo
está directamente associado a um determinado valor, e que os va-
lores são o principal motivo para realizarmos tal acção.
É exemplo disso, quando nos dão uma prenda e nós tentamos
protegê-la ao máximo pois ela está associada a um valor senti-
mental, por exemplo a estima ou a amizade que temos por que nos
deu a prenda.

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b. Classificação dos valores e a sua hierarquia

Porém há vários tipos de valores. O dinheiro, por exemplo, cons-


titui um valor, o amor outro, a liberdade outro e, embora sejam
todos considerados valores, são classificados de maneira diferen-
te: o dinheiro é um valor material económico (ou de utilidade), o
amor é um valor espiritual ético e a liberdade um valor espiritual
político.
Valores Espirituais

Valores Religiosos Valores Estéticos Valores Éticos Valores Políticos Valores Teoréticos

Sagrado Beleza Bem Justiça Conhecimento


Divino Harmonia Amizade Igualdade Validade
Fé Graciosidade Amor Liberdade
Pureza Elegância Liberdade

Valores Sensíveis (ou Materiais)

Valores do agradável e do prazer Valores vitais Valores de utilidade (ou económicos)


Dinheiro
Sensações de prazer Saúde Vestuário
Força

Além dos valores estarem separados em categorias e subcatego-


rias, estão também, por cada pessoa, organizados em níveis de im-
portância, na chamada hierarquia de valores.
É nesta hierarquia que definimos se um determinado valor tem
mais (ou menos) importância que outro, orientando assim as nos-

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sas escolhas, ou seja, é talvez a hierarquia de valores que mais in-
fluencia as nossas escolhas e que, no fundo, nos distingue uns dos
outros.

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c. A relação entre normas e valores

Cada sociedade é dirigida por um conjunto de regras (normas).


Essas normas são diferentes de sociedade para sociedade. Essas
regras dizem o que é moralmente valioso e correcto para tal socie-
dade.
Se as nossas acções são influenciadas pelos nossos valores, e os
nossos valores são, inevitavelmente, influenciados pelas normas
da sociedade, então são as regras da sociedade que, no fundo, in-
fluenciam as nossas acções.
Todos nós damos mais importância a determinadas regras e me-
nos a outras. Isto acontece porque damos mais importância a cer-
tos valores do que a outros, ou seja, atribuímos mais importância
a um valor ou norma, se dermos mais importância ao seu contrá-
rio. Por exemplo, é por darmos importância à vida que receamos
mais a morte.
Contudo, é-nos apresentadas várias questões acerca da relação
entre normas e valores, como “se há normas ou valores univer-
sais”, ou seja, “comuns a todas as culturas” ou “se há valores mo-
ralmente válidos para todas as sociedades”.

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Conclusão

Em suma, concluímos que todos nós temos a nossa própria hie-


rarquia de valores, que damos mais importância a certos valores e
menos a outros.
Concluímos também que somos bastante influenciados pela so-
ciedade onde vivemos e onde fomos inseridos à nascença na cons-
trução da nossa “Pirâmide dos valores”. Isto acontece porque cada
sociedade possui determinadas regras. São, aliás, essas mesmas
regras que ditam o que é correcto e moralmente válido perante a
sociedade e nos induzem a fazer determinada acção e não outra.
Podemos ainda acrescentar a esta breve e humilde conclusão,
que atribuímos mais (ou menos) importância a normas ou valores
consoante o ‘peso’ (no sentido de valor) ao seu contrário.
Por último, fica a pergunta chave em relação a esta temática: ha-
verá valores universais?

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