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Amostragem de Águas

Lígia Ribeiro
Laboratório de Saúde Pública de Santarém

13 de Dezembro de 2007
Objectivo
 Sensibilizar todos os participantes para a
importância da qualidade da colheita de
amostras;

Dado não ser possível examinar a


totalidade de uma massa de água, a sua
caracterização envolve necessariamente
a recolha de amostras.

A qualidade da colheita determina a


qualidade da informação analítica.
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Enquadramento Legislativo e Normativo

 Tipos de Amostragem da água

• Consumo humano e processamento de alimentos


• Águas subterrâneas
• Águas subterrâneas em locais contaminados
• Em rios
• Em lagos
• Águas residuais
• Águas do mar
• Água e vapor em caldeiras
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Tipos de Amostras

 Amostras Pontuais
 Amostras Periódicas
Amostras
(descontinuas) Simples
 Amostras Colhidas em Continuo
 Amostras Colhidas em Série

 Amostras Compostas
 Amostras de Grande Volume

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Enquadramento Legislativo e Normativo
 Decreto-Lei nº74/90, de 07 de Março;
 Decreto-Lei nº236/98, de 01 de Agosto
(que revoga o anterior);
 Decreto-Lei nº243/01, de 05 de Setembro (que
revoga parte do anterior);
 Decreto-Lei nº306/2007 de 27 de Agosto (que revoga
o anterior e a Portaria nº 1216/2003, de 16 de Outubro);

A partir de 01 de Janeiro de 2010, a recolha de


amostras deve ser feita por técnicos de
amostragem devidamente certificados para o efeito
por organismos de certificação acreditados ou
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reconhecidos pelo IPAC. 5
Enquadramento Legislativo e Normativo
 NP ISO EN 25667-1:1997
• Qualidade da Água – Amostragem – Parte 1
 Guia geral para o planeamento de
programas de amostragem
(ISO 5667-1:1980)

 NP ISO EN 25667-2:1996
• Qualidade da Água – Amostragem – Parte 2
 Guia geral das técnicas de amostragem

(ISO 5667-2:1991)

 ISO 5667
• 19 partes
 Parte 5 – Águas consumo humano

 Parte 10 – Águas residuais

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Colheita de Águas
 A recolha de amostras é fundamental para a
determinação de parâmetros físicos, químicos e
biológicos

devem ser usadas amostras separadas para a análise


destes parâmetros uma vez que os procedimentos e
equipamentos para recolha e manuseamento são
diferentes.

As amostras devem ser representativas

para assegurar que estas não sofram


alterações entre a colheita e a análise.
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Colheita de Águas
 Colheita representativa

• Conduz à obtenção de amostras, nas quais


os parâmetros a analisar possuem o
mesmo valor, que no sistema a estudar.

 Colheita válida

• Conduz à obtenção de amostras nas quais os


parâmetros a analisar representam a
mesma variabilidade temporal observada
no sistema a estudar.
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O controlo analítico da água inicia-se com a
colheita da amostra, devendo esta ser efectuada
de modo correcto:

• ser recolhida no recipiente certo


• existirem condições de conservação e
transporte apropriadas

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Material de Colheita
 Cordas esterilizadas

 Frascos de vidro com tiossulfato de sódio

 Frascos de mergulho

 Frascos de polietileno

 Dispositivo para flamejamento

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Material de Colheita
 Produto desinfectante (ex. álcool a 70º)

 Material para limpeza (ex. algodão hidrófilo)

 Mala térmica/ Termoacumuladores

 Luvas descartáveis

 Fotómetro para determinação do


cloro residual e pH
 Termómetro (piscinas).
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Fotómetro - Recomendações
 As boas condições de manutenção dos
equipamentos de medição são fundamentais para
a qualidade e reprodutibilidade dos resultados
obtidos;

 Deve ser tomado um cuidado especial para as


zonas de leitura óptica, evitando a humidade e
protegendo do pó;

 A limpeza deve ser efectuada com papel poroso


macio, para não riscar;

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Fotómetro - Recomendações

 As células de leitura dos fotómetros


devem ser introduzidas bem limpas,
sem resíduos exteriores de água;

 No final da leitura devem ser passadas


por água destilada e bem limpas;

 As células fotoeléctricas devem ser


protegidas do pó colocando no
compartimento de leitura do fotómetro
uma célula de leitura limpa e isenta de
humidade.

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Requisição
 Identificação do requisitante;
 Descrição do ponto de amostragem/ códigos ponto de
colheita;
 Data e hora da colheita;
 Data e hora de entrega das amostras no laboratório;
 Registo dos resultados dos parâmetros determinados no
local, nomeadamente do cloro residual livre, que deve
ter lugar no momento da colheita da amostra;
 Indicação dos parâmetros ou grupo de parâmetros a
analisar;
 Identificação do técnico responsável pela colheita da
amostra;
Indicar na requisição
qualquer alteração
observada!

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Volumes de Amostra

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Colheita de Água para Consumo
Humano
Em torneira domiciliária

 Abrir a torneira com débito


máximo durante 2 a 3 minutos,
até que a temperatura da água
permaneça constante;

 Antes de colher a amostra o


técnico deve lavar e desinfectar
as mãos/ utilizar luvas;

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Colheita de Água para Consumo
Humano
 Desinfectar o bocal da torneira/
Flamejar a torneira;

 Abrir novamente a torneira em


débito médio, durante 5 a 10
segundos;

 Destapar o frasco nas


proximidades da torneira e só
durante o tempo necessário
para a colheita, enchê-lo
parcialmente, em posição
inclinada, sem tocar na torneira
e tapá-lo imediatamente.
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Colheita de Água para Consumo
Humano Deixar algum espaço
com ar no frasco para
possibilitar a agitação
antes da análise.
 Identificar a amostra;

 Análise físico-química - frasco de


polietileno;

 Colocar o frasco em mala


térmica devidamente limpa, com
acumuladores de frio em número
suficiente para a capacidade da
mala;

Se o período de transporte for inferior a 8 horas, não


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é necessário monitorizar e registar a temperatura. 18
Colheita de Água para Consumo
Humano
 Recolher a amostra para a
determinação imediata, no local,
do teor em desinfectante
residual. Registar o valor na
folha de registo da amostragem;

 Transportar pessoalmente as
amostras ao LSP no prazo
máximo de 6 horas.

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Colheita de Água para Consumo
Humano
 Para determinar a qualidade da água tal como é
consumida (ex. situações de surtos), deve ser tida
em conta a contaminação da torneira por bactérias
provenientes do exterior da torneira e dos
acessórios que a ela possam estar ligados.

Os acessórios devem ser mantidos no local e não deve


ser desinfectada a torneira antes da amostragem.
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Conservação de Amostras
 Para as técnicas implementadas no LSP, não é
necessário proceder à conservação da amostra
no que se refere à adição de reagentes no
momento da colheita.

 Conservação de amostras:
• Acidificação a pH<2 (diminui a actividade
tanto biológica como química)
 Arsénio, Crómio, Ferro, Potássio, Sódio
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Tratamento de Material
 Lavagem
 Esterilização
• Calor húmido para os frascos com rolha de
polietileno (134ºC durante 20 minutos);
• Calor seco para os frascos com rolha de vidro
(170ºC durante 2 horas).

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Conclusão

 A colheita de amostras é entendida como o


conjunto de operações de recolha,
preservação, transporte e armazenamento
de amostras.

 É necessário obter uma amostra


representativa e preservar a sua integridade
até ser analisada no laboratório.

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 Laboratório Saúde Pública de Santarém
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2000 –186 Santarém

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