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APOSTILA PREPARADA PARA O CURSO DO SINTESP

AVALIAÇÃO DO RUÍDO INDUSTRIAL

JOSÉ POSSEBON
Julho de 2003
EFEITOS DO RUÍDO
⌠ Deslocamento temporário do limiar auditivo

* AUDITIVOS  ⌠ Condutiva
 Surdez profissional 
 Neurosensorial

Dor de cabeça
Irritabilidade
Vertigens
* NÃO AUDITIVOS Cansaço excessivo
Insônia
Dor no coração
Zumbido no ouvido

* SINÉRGICOS Ruído x Tolueno

Altera a condutividade elétrica do cérebro,


provocando uma queda na atividade motora.
RUÍDO INTENSO
Diminui a atenção e concentração, provocando
uma diminuição na produtividade.

A INTENSIDADE SONORA É EXPRESSA PELO DECIBEL, QUE É A RELAÇÃO


LOGARÍTMICA DE DUAS PRESSÕES ACÚSTICAS CONFORME A EXPRESSÃO:

P
dB = 20 log ------
Po
Onde:
P = pressão acústica (N/m2)
Po = pressão acústica de referência (0,00002 N/m2)
Para grandes variações de pressão, teremos pequenas variações no
nível em decibeis.
O decibel pode também ser expresso pela relação logarítmica de Energia

W
dB = 10 . log -------
Wo
Onde:
W = energia (watt)
Wo = energia de referência (10-12 watts)
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU
INTERMITENTE
Entendemos como limite de tolerância para ruído, os níveis de pressão acústica e
durações diárias de cada um deles, aos quais a maioria dos trabalhadores podem estar
expostos, dia após dia, durante toda sua vida laboral, sem que disto resulte em efeito
adverso na sua habilidade de ouvir e entender uma conversação normal.

Devido à susceptibilidade individual, nunca devemos considerar o limite de tolerância


como uma divisória separando os ruídos perigosos dos não perigosos.

O Limite de Tolerância para o ruído contínuo ou intermitente é dado através da NR-15,


em seu Anexo 1, como sendo de 85 decibéis no circuito de compensação A, para 8
horas diárias de trabalho, sendo a razão de troca igual a 5 dBA, isto é a cada cinco
decibeis que se acresce no nível ambiente, o tempo de exposição é reduzido pela
metade, de forma que tenhamos para os diversos níveis os seguintes tempos máximos
de exposição permissíveis:

MÁXIMA EXPOSIÇÃO
NÍVEL (dBA) DIÁRIA PERMITIDA.
85 08:00
86 07:00
87 06:00
88 05:00
89 04:30
90 04:00
91 03:30
92 03:00
93 02:40
94 02:15
95 02:00
96 01:45
98 01:15
100 01:00
102 00:45
104 00:30
106 00:25
108 00:20
110 00:15
112 00:10
114 00:08
115 00:07
REGRA DOS CINCO DECIBÉIS
Para cada cinco decibéis de aumento no nível, o máximo tempo permitido de exposição
diminui pela metade.

NÍVEL(dBA TEMPO PERMITIDO


)
85 8h
90 4h
95 2h
100 1h
105 30 min.
110 15 min.
115 07 min.

DOSE DE RUÍDO
Como a variabilidade do nível de ruído é muito grande nos ambientes de trabalho, a
sobre exposição é estimada através da Dose de Ruído, que é a relação entre o tempo
exposto em um determinado nível e o tempo permitido nesse nível.

Texposto C1 C2 Cn
D = ----------------- (%) Dt = ------ + ----- +....................+ ------- (%)
T permitido T1 T2 Tn

O tempo permitido é o da legislação, no entanto existe uma expressão algébrica para o


cálculo do tempo permitido:

16
Tpermit = _________
N – 80
_______
5
2

A Norma Regulamentadora n° 9 que trata do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais), exige a adoção de Medidas de Controle para o ruído, quando a dose atingir
o valor de 50%, isto corresponde a um Nível Médio Equivalente de 80 dBA

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO

Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia de duração
inferior a um segundo, a intervalos superiores a um segundo.
2) Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis, com o medidor de nível de
pressão sonora operando no circuito Linear e circuito de resposta para impacto. As
leituras devem ser feitas próximo ao ouvido do trabalhador.
O Limite de Tolerância para Ruído de Impacto será de 130 dB Linear. Nos intervalos
entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.

3) Em caso de não se dispor de medidor de nível de pressão sonora com circuito de


resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e
circuito de compensação “C” e neste caso o Limite de Tolerância será de 120 dBC.

4) As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção


adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dBL, medidos no circuito de
resposta para impacto, ou superiores a 130 dBC medidos no circuito de resposta rápida
(FAST), oferecerão Risco Grave e Iminente.

LT = 130 dB Linear
LT = 120 dBC - FAST

RISCO GRAVE E IMINENTE 140 dBL


130 dBC -Fast

LEVANTAMENTOS DE RUÍDO
Existem dois tipos de levantamento de ruído:
1) AMBIENTAL (levantamento ponto a ponto com medições instantâneas para
conhecimento do perfil do ruído na área (rastreamento), que pode ser obtido
unindo-se os pontos de mesmo nível de ruído
2) PESSOAL (através de dosimetria de ruído para avaliação de funções,
sendo geralmente feito através de audio-dosímetros).

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS EM UM LEVANT. AMBIENTAL

1) Calibrar o medidor de nível sonoro


2) Utilizar um croquis da área, com a posição dos equipamentos.
3) Posicionar o medidor de forma a medir o maior nível encontrado no ponto
4) Manter o medidor na altura da região auditiva(1,5 m do solo).
5) Em pontos onde a variabilidade é grande, fazer um numero maior de med.
6) Ficar afastado do aparelho pelo menos por 0,5 m a fim de evitar as reflexões
7) Não medir muito próximo da máquina, pois aí é o chamado campo próximo
8) Anotar todas as condições ambientais(temp/veloc. do ar etc)
9) Anotar todas as condições operacionais.(assinalar equipamentos parados)
10) Anotar o número de trabalhadores expostos na área.
11) Não expor o aparelho ao sol ou à umidade excessiva
12) Ao fim das medições aferir o medidor, isto é verificar se não saiu de calibr.
13) Registrar a marca, tipo e o número de série do aparelho utilizado.
14) Em ambientes externos utilizar sempre o protetor de vento
15) Na elaboração do relatório, unindo-se todos os pontos de mesmo nível,
obteremos o perfil do ruído ambiental através das curvas isoruidosas.
LEVANTAMENTOS DE RUÍDO
I) INSTRUMENTAL NECESSÁRIO:

1) Medidor de Nível de Pressão Sonora no mínimo tipo 2, conforme:


ANSI S1-4- 1971(R1976)
IEC 651/1979.
Assessórios Obrigatórios: Calibrador Acústico
Protetor de vento e poeira
2) Cronômetro
3) Folha de Campo (para anotações das leituras, condições operacionais e ambientais e
descrição das atividades realizadas pelo trabalhador)
4) Croqui detalhado da área.

II) MEDIÇÕES
1) Verificação da integridade do aparelho
2) Calibração do Aparelho
3) Anotação das condições operacionais e ambientais, bem como dados da função a ser
avaliada, número de trabalhadores etc)
4) Medição próximo da região auditiva(geralmente a 1,5m do solo)
5) Posicionar o aparelho na direção do maior nível.

III) LEITURA
1) Resposta dinâmica lenta (SLOW)
2) Circuito de Compensação A
3) Tempo de estabilização de cinco segundos
4) Número de leituras é função da variabilidade do nível no local, sendo pelo menos 3
leituras anotando-se o valor médio.
5) Desprezar os picos de orígem impulsiva
6) Verificar periodicamente o nível das baterias.

RESUMO DAS VARIÁVEIS

TIPO DE LEVANTAMENTO CIRCUITO DE ESCALA ALTURA DO PONTO


COMPENSAÇÃO ATENUAÇÃO (m)
RUIDO CONTÍNUO
OU INTERMITENTE dBA Slow 1,5
RUÍDO DE IMPACTO dBC
dBL Fast 1,5
CÁLCULO DE ATENUAÇÃO
(Rc) dBC Slow 1,5
ANÁLISE PÔR FAIXA DE
FREQUÊNCIA. dBL Slow 1,5
CIRCUITOS DE COMPENSAÇÃO A, B, C e D
As curvas isofônicas representam a resposta do ouvido ao estímulo do som.

Observamos que ela é função da freqüência e da intensidade e que para as freqüências mais
baixas, as perdas relativas são maiores que para as freqüências mais altas.
A intensidade também modifica essa resposta, pois para mais altas intensidades as curvas
isofônicas são mais lineares.
Como a curva de resposta do ouvido é diferente da curva do aparelho(linear), se introduziu no
medidor, um circuito que modifica uma resposta linear para uma parábola, aproximando-se da
resposta do ouvido.

Em princípio se estabeleceu três níveis de respostas diferentes: dBA(40 fones), dBB(70fones) e


dBC (100 fones), no entanto era impraticável se utilizar as três, face a grande variedade de
níveis do ruído ambiental.
A experiência mostrou que a escala A era a que mais se aproximava da resposta do ouvido, isto
é, a escala que permitia se fazer correlações entre os níveis e os efeitos no trabalhador e a
escala “C” por ser a mais linear possível, é utilizada quando o equipamento não possui escala
linear( é o caso do ruído de impacto que pode ser medido em dBL e dBC.

Mais tarde se introduziu também o circuito de compensação D para ruído de aeroportos que são
muito intensos.

Circuito de Compensação Unidade Aplicações

A dBA Levantamentos ocupacionais e


dosimetrias

B dBB Atualmente não é utilizada

C dBC Ruído de impacto e calculo de


Atenuação de protetores auriculares
D dBD Ruído de aeroportos

RESPOSTA RELATIVA PARA OS CIRCUITOS DE PONDERAÇÃO


A, B e C ASSOCIADA ÀS CONDIÇÕES DE CAMPO LIVRE

FREQÜÊNCIA CURVA A CURVA B CURVA C


(Hz) dB(A) dB(B) dB(C)

10 - 70,4 - 38,2 - 14,3


12,5 - 63,4 - 33,2 - 11,2
16 - 56,7 - 28,5 - 8,5
20 - 50,5 - 24,2 - 6,2
25 - 44,7 - 20,4 - 4,4
31,5 - 39,4 - 17,1 - 3,0
40 - 34,6 - 14,2 - 2,0
50 - 30,2 - 11,6 - 1,3
63 - 26,2 - 9,3 - 0,8
80 - 22,5 - 7,4 - 0,5
100 - 19,1 - 5,6 - 0,3
125 - 16,1 - 4,2 - 0,2
160 - 13,4 - 3,0 - 0,1
200 - 10,9 - 2,0 0
250 - 8,6 - 1,3 0
315 - 6,6 - 0,8 0
400 - 4,8 - 0,5 0
500 - 3,2 - 0,3 0
630 - 1,9 - 0,1 0
800 - 0,8 0 0
1000 + 0,0 0 0
1250 + 0,6 0 0
1600 + 1,0 0 - 0,1
2000 + 1,2 - 0,1 - 0,2
2500 + 1,3 - 0,2 - 0,3
3150 + 1,2 - 0,4 - 0,5
4000 + 1,0 - 0,7 - 0,8
5000 + 0,5 - 1,2 - 1,3
6300 - 0,1 - 1,9 - 2,0
8000 - 1,1 - 2,9 - 3,0
10000 - 2,5 - 4,3 - 4,4
12500 - 4,3 - 6,1 - 6,2
1600 - 6,6 - 8,4 - 8,5
20000 - 9,3 -11,1 -11,2

NORMAS PARA RUIDO OCUPACIONAL E AMBIENTAL


1) NORMAS DA FUNDACENTRO (NHTs) (Normas de Higiene do Trabalho)
NHT 06 R/E - Avaliação da exposição ocupacional ao ruído (contínuo ou
intermitente).
NHT 07 R/E - Avaliação da exposição ocupacional ao ruído (impacto)
NHT 09 R/E - Norma para avaliação da exposição ao ruído(através de
dosím.B&K 4431)
NHO-01 – Avaliação da exposição ocupacional ao ruído (substitui as NHTs
06/07/09

2) NORMAS DA ABNT

NBR-10151 - Avaliação de ruído em área habitadas visando o conforto da


comunidade.

NBR-10152 - Níveis de ruído para conforto acústico.

NBR-7731 - Guias para execução de medição de ruído aéreo e avaliação de


seus efeitos sobre o homem.
3) LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E
BIOLÓGICOS DA ACGIH -1994-1995.

COMPARAÇÃO DOS LIMITES DE TOLERÂNCIA ENTRE BRASIL e EUA

TIPO DE RUÍDO ACGIH - 1994/5 (R=3dB) NR-15 Anexos 1e2 (R=5


dB)
85 dBA 8h
88 5h
80 dBA 24 h 90 4h
82 16 h 91 3,5 h
85 8h 94 2,25h
88 4h 95 2h
RUÍDO CONTÍNUO 91 2h 98 1,25 h
94 1h 100 1h
97 30 min. 102 45 min.
OU 100 15 min. 105 30 min.
103 7,5 min. 106 25 min.
INTERMITENTE 106 3,75 min. 110 15 min.
109 1,88 min. 112 10 min.
112 0,94 min. 115 7 min.
115 28,12 seg.
118 14,06 seg.
139 0,11 seg.
IMPACTO 140 dBL 130 dBL
120 dBC

CALCULO DA ATENUAÇÃO DOS PROTETORES AURICULARES


A Atenuação do protetor auricular é função do espectro do ruído no ambiente.
Um protetor poderá atenuar de forma diferente dois ruídos de mesmo nível, porém de
fontes diferentes como o de uma serra circular e de um motor.

De um modo geral os protetores auriculares atenuam em média de 15 a 20 decibeis.


Comparando-se as curvas de atenuação dos protetores auriculares, observamos que os
protetores tipo inserção são mais eficientes em baixas frequências, enquanto que os tipo
abafador são mais eficiente às altas frequências.

Utilizando os dados de atenuação do fabricante, selecionamos dois protetores da MSA,


sendo um de inserção e outro circum-auricular (concha) e obtivemos a tabela abaixo
comprovando essa característica.

FREQUÊNCIA ATENUAÇÃO EM DECIBÉIS


(Hertz) CONCHA INSERÇÃO
125 12 22
250 13 22
500 15 25
1000 29 28
2000 30 31
3000 38 36
4000 45 28
6000 42 30
8000 38 25

A utilização do protetor auricular em si só não basta para proteger o trabalhador contra a


sobre exposição ao ruído, temos que ter a certeza de que a atenuação é suficiente para
manter o nível abaixo do LT.

A estimativa da atenuação pode ser feita através de dois modos diferentes:

1) Método NIOSH -1.

a) Medimos o ruído ambiente por faixa de oitavas.


b) Subtraimos o valor da atenuação por faixa de oitavas do protetor
c) Subtraimos desse valor obtido, dois desvios-padrão do protetor.
d) Somamos as correções do circuito de ponderação A, e através da
soma logarítima, obtemos o valor do nível em dBA que realmente
atinge o ouvido do trabalhador.

2) Método NIOSH - 2

a) Medimos o ruído ambiente em dBC.


b) Subtraimos desse resultado o valor do Rc do protetor, obtendo o
valor em dBA que atinge o ouvido do trabalhador.

dBA = dBC - Rc + 3

O Rc é um índice de redução do protetor e análogo ao NRR Americano, que é


regulamentado pela EPA.

O valor do Rc deve ser fornecido pelo fabricante que de preferência deve fornecer o
valor do Rc nominal e do Rc compensado para condução óssea.
3) Método NIOSH-3

Utilizamos o nível ambiente em dBA e o valor do Rc subtraído de 7.

dBA(atenuado) = dBA(medido) - (Rc - b7) + 3


O CONTROLE DA EXPOSIÇÃO AO RUÍDO ATRAVÉS
DO USO DE PROTETORES AURICULARES

Todos os Equipamentos de Proteção Individual apresentam limitações que devem ser


perfeitamente conhecidas e exigem cuidados por parte do usuário na sua guarda,
manutenção e sobretudo na forma correta de sua utilização.
Os protetores auriculares sem sombra de dúvida também exigem muitos cuidados,
podendo tornar-se ineficiente por diversas razões:

- Colocação e ajuste inadequados.

- Interferência através de “vazamentos” provocados pelo uso de óculos e


excesso de cabelo ou barba.

- Deterioração do protetor com o passar do tempo.

- Utilização do tamanho incorreto, devendo-se utilizar o cálibre para se


conhecer o tamanho correto. Algumas vezes existem diferenças anato-
micas entre os ouvidos de uma mesma pessoa.

- Torna-se necessário o ajuste do protetor quando ocorre vazamentos


provocados pelo ato de falar, mascar ou comer.

- Se o protetor não for utilizado em tempo integral, as perdas auditivas


poderão ocorrer, apesar de se utilizar protetores muito eficientes.

Se os cálculos indicarem uma atenuação de 20 dBA e o protetor for utilizado sómente


75% do tempo de exposição (duas horas sem uso), esse protetor atenuará somente 9
dBA.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA - ( PCA)

A empresa deverá instituir um Programa de Conservação Auditiva quando a exposição


média ponderada para 8 horas de qualquer trabalhador for igual ou superior a 85 dBA -
LT-Média Ponderada.

1) AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE EXPOSIÇÃO

A avaliação deverá ser feita conforme Norma de Higiene Ocupacional 01- NHO-01 da
FUNDACENTRO ou a norma ANSI-S12.19-1996(ANSI 1996 a).

A medição da exposição deverá ser feita sem considerar a utilização de protetores


auriculares.

a) Avaliação Inicial

Avaliação inicial........................determinar locais e funções c/ NME >= 85 dBA

Trabalhadores em situação estacionária e níveis contínuos............Medidor de nível


sonoro ou dosímetro.

Trabalhadores que:
• Se movem com freqüência;
• Com tarefas diferentes; Monitoração mais precisa,
Ruído intermitente ou variável; ao longo de toda a
exposição

b) Avaliação Periódica

Monitoramento a cada dois anos

Monitoramento dentro de 3 meses se houver: * Mudança no processo


* Mudanças na prática de trabalho
* Mudanças audiométricas

c) instrumentação

Instrumentos calibrados
Tipo 2 (ANSI-21.3-1983 e S1.DA-1985)
Para dosímetros (ANSI S1.25-1991)
Resposta atenuada (Slow)

Na determinação da exposição média ponderada, para ruídos contínuos, variáveis,


intermitentes e impulsivo variando de 80 a 140 dBA deverão ser integrados pelo
medidor.
2) CONTROLES ADMINISTRATIVOS, DE ENGENHARIA E PRÁTICAS DE
TRABALHO.

Controles de Engenharia
Controles Administrativos Exposição menor que 85 dBA
Práticas de Trabalho

Protetores Auriculares adequados e sem custo para os trabalhadores

3) PROTETORES AURICULARES

Trabalhadores orientados para o uso dos protetores

Em exposição maior que 100 dBA utilizar tipo concha e inserção simultaneamente.

Para compensar as diferenças conhecidas entre os valores de atenuação fornecido


pelos laboratórios e a proteção obtida por um trabalhador na condição real, o Rc deverá
ter uma redução da seguinte forma:

Protetores tipo concha......................... subtrair 25% do valor fornecido pelo fabricante


Protetores tipo inserção moldáveis...... subtrair 50% do valor fornecido pelo fabricante
Outros protetores................................. subtrair 70% do valor fornecido pelo fabricante

Treinamento anual sobre: uso, seleção e ajuste dos protetores.

4) VIGILÂNCIA MÉDICA

A empresa deverá providenciar audiometria para todos os trabalhadores expostos a


mais de 85 dBA.

a) AUDIOMETRIA.

Os testes audiométricos deverão ser supervisionados por um Médico do Trabalho.

Testes audiométricos deverão contemplar:

• Condução óssea,
• Tons Puros e
• Limiar auditivo nas freqüências(500,1k, 2k, 3k, 4k e 6k)

Ouvidos direito e esquerdo testados separadamente

Limiar p/8k também testado como fonte útil sobre a etiologia da perda auditiva.

b) Audiograma básico
Audiograma básico antes do emprego ou no máximo dentro de 30 dias

É vedada a exposição a níveis iguais ou superiores a 85 dBA 12 horas antes do teste

c) Audiograma de acompanhamento e audiograma de reteste

Trabalhadores alistados no PCA deverão Ter os limiares auditivos testados anualmente.

Os audiogramas deverão ser examinados imediatamente.

Mudança no limiar ≥ 15 dB a 500, 1k, 2k, 3k, 4k ou 6k deverá ser feito reteste imediato.

Se ocorreu uma mudança no limiar persistente, o trabalhador deverá ser informado que
sua audição deve ter sido agravada e testes adicionais deverão ser necessários.

d) Audiograma de confirmação, Mudança Significativa no Limiar,, e Ação de


Acompanhamento.

Havendo mudança no limiar  Audiograma de confirmação em 30 dias

 Registrar no prontuário do trabalhador


Havendo confirmação da mudança  Audiograma de confirm. Será novo básico
 Trabalhador informado dentro de 30 dias
 Medidas para evitar novas perdas
Essas medidas incluem:
• revisão dos protetores auriculares
• reinstrução dos trabalhadores
• explanação dos efeitos das perdas aurditivas
• recolocação em área menos ruidosa
• treinamento em Programa de Conservação Auditiva

e) Audiograma demissional

Audiograma demissional:
• Saída do emprego
• Mudança para função não envolvendo exposição a ruído nocivo
• Nas mesmas condições do audiograma básico

5) COMUNICAÇAO DE RISCO

a) Placas de aviso
Placas de aviso:
• Visíveis na entrada da área
• Visíveis nas regiões periféricas
• Escritas na linguagem predominante dos trabalhadores
• Informação verbal aos incapazes de ler os avisos

As placas de aviso deverão conter as seguintes informações:

ATENÇÃO

ÁREA RUIDOSA

RISCO DE PERDA AUDITIVA

Uso obrigatório de protetores


auriculares

b) Notificação aos trabalhadores

Informação a todos expostos sobre: Conseqüências da exposição


e sobre métodos preventivos

Aos trabalhadores novos as informações deverão ser dadas antes da exposição.


6) TREINAMENTO

O empregador deverá assegurar que os treinamentos sejam no mínimo anual e


contenham no mínimo as informações:

1)Efeitos físicos e psicológicos do ruído e da perda auditiva;


2) Seleção, ajuste, usos e cuidados com o protetor auditivo;
3) Testes audiométricos;
4) As regras e as responsabilidades do trabalhador e do empregado na prevenção da
perda auditiva.

A estrutura do programa de treinamento pode variar desde reuniões formais a


apresentações informais.

O treinamento deverá coincidir com a entrega da informação aos trabalhadores sobre os


resultados dos testes audiométricos.

O empregador deverá manter um registro dos programas de treinamento e educação


para cada trabalhador durante a duração do emprego e mais um ano. No término do
contrato de trabalho o empregador deverá fornecer para o trabalhador uma cópia do
registro de treinamento.

7) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA

A efetividade do PCA deverá ser avaliada a nível do trabalhador e a nível programático.

A avaliação a nível do trabalhador deverá ser feita na época da audiometria anual.

A avaliação a nível programático deverá ser feita anualmente. A razão de incidência de


mudança significativa no limiar para trabalhadores expostos deverá ser comparada com
a da população não exposta a ruído ocupacional.

8) GUARDA DOS REGISTROS

O empregador deverá manter os registros de acordo com os ítens a até o ítem e.

a) Registro da avaliação da exposição

O empregador deverá realizar e manter o registro preciso de todas a medições


realizadas incluindo no mínimo:

- O nome do trabalhador monitorado;


- Número de identificação;
- Tarefas realizadas e locais de trabalho;
- Datas e tempos das medições;
- Tipo, marca, modelo e tamanho dos protetores auriculares utilizados;
- As medições dos níveis de exposição;
- A identificação do técnico que realizou as medições;
Cópias do histórico de exposição do trabalhador, deverão ser incluídas na ficha de
avaliação médica individual.

b) Registro dos Acompanhamentos Médicos

O empregador deverá estabelecer e manter um registro preciso para cada trabalhador


sujeito ao acompanhamento médico. Estes registros deverão incluir no mínimo
informações como:

- Nome do trabalhador;
- Número de identificação;
- Tarefas realizadas e locais dos trabalhos;
- Histórico médico, de emprego e de exposição ao ruído;
- Datas, tempos e tipos de testes realizados(i.e. básico, anual , reteste,
confirmação);
- Horas desde a última exposição antes de cada teste;
- Limiares de audição nas freqüências recomendadas;
- Identificação do técnico que realizou a avaliação;
- A etiologia de qualquer mudança no limiar;
- Identificação do revisor.

c) Retenção do Registro

Os registro deverão permanecer na empresa pelo menos nos seguintes períodos:

• 30 anos para os registro da monitoração da exposição

• Duração do emprego mais 30 anos para os registros de monitoração médica.

Além disso, os registros das calibrações do audiômetro e das medições do ruído em


salas de testes audiométricos deverão ser mantidos por cinco anos.

d) Disponibilidade dos Registros

O acesso á exposição do empregado e os registros médicos, deverá ser permitido, sob


solicitação, bem como fornecidas cópias destes registros ao trabalhador, ou a qualquer
pessoa com autorização apropriada.

e) Transferência dos Registros

O empregador deverá concordar com a transferência dos registros

f) Normas ANSI

Todas as normas ANSI referidas deverão ser substituídas pela última versão disponível.

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