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DOS REGISTROS PÚBLICOS

Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 1973

Expositor: Flávio Luiz Bressan


Substituto do 2º Oficial de Registro de Imóveis,
Títulos e Documentos, Civil de Pessoa Jurídica da
Comarca de Jundiaí, Estado de São Paulo

DOS REGISTROS PÚBLICOS

Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 1973

17 de março de 2007

DOS OFÍCIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS – PARTE I

1) Introdução:
1.1) Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 1973;

1.1.1) Evolução histórica:


1.1.1.1) capitanias hereditárias (direitos possessórios);
1.1.1.2) cartas de sesmarias (até a independência);
1.1.1.3) L. n. 601/1850 (regulamento: 1.318/1854);
1.1.1.4) registro do vigário (legitimação da posse) – livro
da paróquia católica (propriedade não se transmite pelo contrato, mas pela
tradição);
1.1.1.5) Lei 317/1843 (criou o registro das hipotecas);
1.1.1.6) L. n. 1.237/1864 (criou o registro geral – o
embrião do RI) – substituição da “tradição” pela “transcrição”;
1.1.1.7) Decreto n. 169-A e regulamento n. 370, ambos
de 1890 (substancialmente nada alterou);
1.1.1.8) CC/1916 (registro geral foi substituído pelo RI)
– artigos 856 e seguintes;
1.1.1.9) Decreto n. 4.857/39 (transcrição # inscrição);
1.1.1.10) L. n. 6.015/73 (cadastro predial brasileiro –
criou a figura da “matrícula”);
1.1.1.11) CC/2002 – outorgou mais importância ao RI –
art. 1.227 (artigos 1.245 a 1.247);

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1.1.2) Sistemas registrários no mundo:


1.1.2.1) França e USA (documento);
1.1.2.2) Inglaterra (contratação privada);
1.1.2.3) Brasil, Alemanha e Espanha (direitos);

1.1.3) Diferenças entre os sistemas alemão e o brasileiro:


1.1.3.1) presunção absoluta (alemão) – “juris et de jure”;
1.1.3.4) presunção relativa (brasileiro) – “juris tantum”
(art. 1.245, parágrafo segundo);

2) Considerações gerais:
2.1) art. 12 da Lei n. 8.935/94: competência dos atos relacionados à
legislação dos Registros Públicos (L. n. 6.015/73 – artigos 167 a 299);
2.1.1) definição: é uma organização burocrático-administrativa
destinada a cadastrar a propriedade e dar publicidade aos direitos
reais alusivos a ela;
2.1.2) independe de prévia distribuição;
2.1.3) circunscrições imobiliárias;
2.1.4) circunscrições limítrofes – art. 169, inciso II;
2.1.5) desmembramento territorial – art. 170;
2.1.6) art. 171 – vias férreas (estação inicial);
2.1.7) negócios jurídicos excluídos do direito imobiliário (cessão de
direitos hereditários, testamento, protesto de alienação de bens);
2.1.5) art. 530, inciso I do CC/1916 e artigos 1.227 e 1.245 do
NCC (direitos reais sobre imóvel se adquirem com o registro – art.
1.225 do NCC);

2.2) princípios fundamentais:


2.2.1) da unitariedade matricial;
2.2.2) da inscrição (art. 176 – fólio real – matrícula);
2.2.3) da publicidade (artigos 16 e 17 - tornar público os atos e
fatos);
2.2.4) da obrigatoriedade (art. 169 “caput”) – não há sanção;
2.2.5) da continuidade (artigos 195 e 237). Exceção: aquisição
originária (desapropriação judicial, usucapião);
2.2.6) da instância (artigos 217 e 13, inciso II);

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2.2.7) da tipicidade (art. 172);


2.2.8) da prioridade (art. 186);
2.2.9) da especialidade (artigos 225 e 176, parágrafo 1º, inc. II,
item n. 3). Exceção: vide item 2.2.4;
2.2.10) da legalidade (artigos 189, 190, 193 a 196);
2.2.11) da disponibilidade;
2.2.12) da cindibilidade;
2.2.13) da presunção (art. 1.245, parágrafos 1º e 2º do NCC;
artigos 533 e 859 do CC/1916 – “juris tantum”);

“QUEM NÃO REGISTRA NÃO É DONO”

2.3) livros obrigatórios – art. 173:


2.3.1) livro n. 1 – protocolo;
2.3.2) livro n. 2 – registro geral;
2.3.3) livro n. 3 – registro auxiliar;
2.3.4) livro n. 4 – indicador real;
2.3.5) livro n. 5 – indicador pessoal.

2.4) livros criados pelas Normas de Serviço da Corregedoria Geral da


Justiça do Estado de São Paulo – Provimento n. 58/89:

2.4.1) livro de recepção de títulos (capítulo XX, item 6, letra


“a”);

2.4.2) livro de registro de aquisição de imóveis rurais por


estrangeiros (idem, letra “g”);

2.4.3) livro de registro das indisponibilidades (idem, letra “h”).

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