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ÍNDICE
PREFÁCIO
AGRADECIMENTOS
2.1 Introdução
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O “e” que aprende
PREFÁCIO
A Europa sonha com uma sociedade do conhecimento na qual a aprendizagem actua como
o seu alicerce fundamental e o seu motor principal. Um conceito assim imaginado visa uma
Europa na vanguarda da competitividade mundial sem deixar de ser fiel ao modelo social e
comunitário que constitui um seu legado indiscutível ao mundo.
Para que esse desígnio se torne realidade a União Europeia proclamou a aprendizagem ao
longo da vida como condição primordial, no pressuposto de que todos, independentemente
da idade e da condição, se mantenham plenamente aptos a dominar, e a aproveitar, a
mudança nas suas vidas profissionais e privadas.
Mas a verdade é que, muito embora a mudança venha sendo proposta há vários anos, a
paisagem educativa europeia tem evoluído pouco. Embora uma maioria de alunos e
professores tenha acesso ao computador e à Internet a verdade é que a Europa mantém-se
sensivelmente atrasada em relação aos seus mais directos competidores mundiais. Não só
a inovação se apresenta como difícil de introduzir em meio institucional, sobretudo quando
contende com hábitos instalados e interesses de grupo, como os principais agentes
educativos tardam em aderir de corpo e alma às novas formas de construir conhecimento e
de criar competências no século XXI.
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O “e” que aprende
confinar ao espaço da sala de aula para alargar-se ao exercício de uma função de tutor que,
embora ofereça maior mobilidade, exige mais dedicação.
Para convencer a grande massa dos educadores profissionais temos de ter bons
argumentos e histórias convincentes de sucesso. Uns e outras, é bom de ver, devem
apresentar-se escorados em investigação séria cuja disseminação ajude os professores e
formadores a “separar o trigo do joio” e a saber discernir entre propostas de qualidade e
projectos de “vão de escada”.
Como encontrar a ponta do novelo para que alguém não se perca no labirinto do Minotauro:
Pedagogia/Tecnologia/Gestão/Educação? Na tentativa de encontrar respostas a APDSI
solicitou a um grupo de especialistas de universidades e de empresas que retomassem o fio
da meada proposto pela Universidade Católica Portuguesa/INOFOR em 20022.
Nesta nova etapa, havia a forte convicção que o mesmo só seria útil se envolvesse na sua
confecção lideranças empresariais e universitárias representativas dos respectivos
universos em Portugal.
Ao longo de dois anos a equipa que o conduziu fez dezenas de reuniões do tipo
“brainstorming” e estruturou três grupos por área de especialidade que realizaram
workshops e seminários para recolher a opinião de especialistas e de utilizadores. O
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https://www.elearningeuropa.info/index.php?page=doc&doc_id=7013&doclng=16
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Carneiro, R. et al (2003), A Evolução do e-Learning em Portugal - Contexto e Perspectivas, Lisboa:
UCP(CEPCEP)/INOFOR.
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O “e” que aprende
resultado deste vasto trabalho surge agora disponível em formatos múltiplos – livro
“tradicional”, CD e livro electrónico – editados pela APDSI, sintetizando as reflexões e
conclusões a que chegou uma esforçada equipa de, aproximadamente, 20 pessoas.
O estudo só foi possível pelo ambiente de cooperação leal e dedicada gerado entre os
autores, o qual possibilitou o consenso na elaboração de um documento único sobre
modelos pedagógicos, outro sobre as plataformas tecnológicas, e outro ainda sobre os
rumos da educação em Portugal. Desta convergência de ideias nasceram documentos que
propõem para o Século XXI várias formas de ensinar e aprender, oferecendo ao leitor
tabelas para que este compreenda o estádio onde se encontra e descortine o caminho que
pode percorrer com menos riscos.
Em conclusão, a leitura desta obra é indispensável para quem queira desenhar o seu
próprio projecto de ensino/aprendizagem em suporte on-line e fazer das novas tecnologias
da informação e da comunicação uma alavanca de criação de valor.
Roberto Carneiro
Universidade Católica Portuguesa
Lisboa, 27 de Fevereiro de 2006
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O “e” que aprende
AGRADECIMENTOS
Não queríamos terminar este trabalho sem um agradecimento especial aos elementos da
equipa de estudo e às instituições que estes representam, sobretudo, pela capacidade de
partilharem uns com outros, inclusive, entre concorrentes, informação e experiência de
notável valia.
Agradecemos ao Eng. Roberto Carneiro todo apoio dado a este projecto, de onde
destacamos a brilhante intervenção na Conferência o “e” que aprende na Universidade
Católica Portuguesa em Lisboa e por se ter disposto a abrir este trabalho com um
preâmbulo, o qual evidencia a sua larga visão sobre esta temática.
Agradecemos às cerca de 200 pessoas que participaram na Conferência “e” que aprende,
realizada em Abril de 2005 no Auditório Cardeal Medeiros da Universidade Católica
Portuguesa em Lisboa.
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O “e” que aprende
Agradecemos a Fujitsu Siemens, na pessoa do seu Director Geral, Dr. João Paulo Vitorino,
pela oferta de um Palm Top que foi sorteado entre os participantes da Conferência de
Lisboa.
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Um e-Learning/b-Learning para o Século XXI
A APDSI convidou-me para liderar um grupo de trabalho, para reflectir sobre a situação do
e-Learning em Portugal, os seus benefícios e condicionantes à implementação desta
modalidade formativa em Portugal.
Uma vez que, já muito se investigou e escreveu – e bem – sobre o e-Learning em Portugal,
aceitei o desafio de realizar o presente estudo, mas com a condição de o mesmo se poder
transformar numa ferramenta de trabalho útil para todos aqueles que querem recorrer ao e-
Learning ou lançá-lo nas suas organizações.
O primeiro trabalho que o colectivo decidiu fazer, foi voltar a aplicar o questionário (ver
anexo) criado pela Universidade Católica Portuguesa para a realização de um estudo
financiado pelo INOFOR, “A Evolução e-Learning em Portugal”, que tinha como objectivo
avaliar o crescimento desta modalidade em Portugal, caracterizar as e-competências
necessárias à sua difusão e definir as principais barreiras ao seu desenvolvimento, bem
como indagar as suas práticas e identificar as variáveis que lhe deram suporte.
Contudo, foram elaborados dois novos questionários (ver anexo) destinados a organizações
com e sem e-Learning, os quais foram entregues a todos os participantes na Conferência
realizada a meio do estudo em 19 de Abril 2005 no Auditório Cardeal Medeiros na
Universidade Católica Portuguesa, que recolheu um número significativo de respostas,
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O “e” que aprende
permitindo assim uma visão clara de como evoluiu a aprendizagem por meios “on-line” nas
organizações portuguesas, bem como as hipotéticas causas dos insucessos ou dos
sucessos.
O Coordenador:
Guilherme Collares Pereira - RTF Rede Tecnológica de Formação
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O “e” que aprende
Ao longo dos meses cada um dos subgrupos foi estudando, no âmbito da sua área, como
estava a evoluir o grau de aceitação nas organizações do e-Learning/b-Learning, mesmo
sabendo que a conjuntura económica não era favorável a mudanças de fundo nos
processos de ensino/aprendizagem.
Mesmo assim, as entidades que constituíam estas equipas de trabalho: SAP, IBM, DLC,
Microsoft, Novabase, Universidades Católica, do Minho e de Évora, CTT, CML, CNED e
RTF foram trazendo para o interior da reflexão dados suficientes que ilustravam, que
embora de uma forma menos rápida do que era desejável, havia progressos, alguns dos
quais conseguiam mesmo ser casos de estudo, devido à excelência dos resultados
alcançados, bem como dos contributos pedagógicos, didácticos e técnicos oferecidos ao
conhecimento científico.
O subgrupo dos Modelos Pedagógicos, a partir dos contributos das diversas organizações
que constituem esta parceria de estudo, conseguiram mesmo criar um documento
consensual que ilustra como é determinante no e-Learning/b-Learning o Modelo
Pedagógico, tanto para concepção de conteúdos, como para a organização, gestão, tutoria
e avaliação do projecto, quiçá, para ajudar a medir impacto da formação na acção laboral e
o próprio retorno do investimento.
Esse documento, criado em clima de perfeita unanimidade, vai ao ponto de dar pistas de
facilitadores e de redutores do tempo de aprendizagem, através da elaboração de perfis e
das concomitantes estratégias individualizadas do aprender a aprender apontado, em
paralelo, para o aproveitamento integrado e ecléctico das várias teorias e modelos de
aprendizagem. Essenc ialmente, apoia-se na interligação entre a teoria e a prática, dando à
sua junção um papel de relevo, ao transportá-las de forma unificada para o interior de um
plano de simulação e de treino, onde o trabalho em equipa e a dinâmica de grupos
assumem uma centralidade total.
Encaram-nas como instrumentos mais versáteis que o espaço presencial, pois a tecnologia
permite-lhes praticamente simular todas as áreas do conhecimento. Dito de outro modo, as
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O “e” que aprende
Consideram que as Plataformas têm de ser geradoras de lucro, para que parte deste seja
reinvestido no aumento da eficiência e da performance. Têm, contudo, uma visão aberta
deste produto, procurando uma certa uniformização funcional das diferentes “marcas”, de
modo a que o utilizador as encare e sinta como um standard, tanto na óptica do utilizador
final (aluno ou formando) como na colocação e gestão de conteúdos, de modo a que exista
inteira liberdade de escolha, isto é, possa haver mudança de Plataforma, sem que os
conteúdos sofram qualquer alteração ou ajuste.
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O “e” que aprende
haver conexões e acesso à rede por parte do aluno a partir da sua residência, as quais terão
sempre um papel secundário no plano de estudo.
O objectivo final desta Equipa de Estudo, foi como já referido, realizar um trabalho
essencialmente prático que seja um precioso auxiliar para quem pretenda recorrer ao e-
Learning, apesar da própria APDSI pretender que desta reflexão e pesquisa resulte um
Relatório que possa ser entregue a diferentes entidades, a começar pelo Governo e pela
Assembleia da República, de modo a que o mesmo possa gerar sinergias, quiçá, boas
práticas.
Este nosso trabalho pode e deve ser prosseguido, pois há um longo caminho a percorrer e
um conjunto de perguntas que continuam ainda sem resposta, tais como:
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O “e” que aprende
• Quantos anos ainda vamos ter de esperar para que os diferentes decisores
não tenham dúvidas sobre a eficácia da metodologia de e-Learning,
deixando apenas que essas reservas se manifestem relativamente aos
actores ou aos processos de implementação?
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O “e” que aprende
Espero que este trabalho, só possível por ter integrado um conjunto de pessoas de elevada
qualidade profissional, imbuídas de um espírito de generosidade, de interajuda e de partilha
que apraz registar e, sobretudo agradecer, seja da maior utilidade para todos aqueles que
directa ou indirectamente acreditam na inevitabilidade da expansão exponencial deste
recurso formativo.
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O “e” que aprende
Introdução
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Índice
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Introdução
Objectivos do Estudo
O estudo o “e” que aprende procura reflectir o estado actual das organizações públicas e
privadas – incluindo as de ensino (escolas, institutos e universidades) com respeito à
adopção do e-Learning em Portugal.
O principio orientador do estudo, foi de que fosse uma instrumento prático de ajuda ou
suporte a todos aqueles que:
Metodologia
Nuclear
ocuparam o grupo na sua
fase inicial, com vista à Equipa
Equipa Estendida
Equipa
Estendida
prossecução dos Alargada Organizações
Convidadas
objectivos propostos.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A equipa foi pensada como sendo composta por dois grandes grupos de membros, a
equipa nuclear e a equipa estendida, sendo que a primeira seria por questões de
facilidade de organização do trabalho dividida em subgrupos de trabalho, em função das
vertentes de análise do estudo:
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Conclusões)
1 Subgrupo de
Sessão Sessão
2 Modelos
Definir 3 Plenária Plenária
Pedagógicos
da Equipa da Equipa
Plano de
1 Estendida Estendida
Trabalho
2 Subgrupo de Ensino
3 Sessões
plenárias
Definir da equipa
nuclear
Estrutura
Execução de Questionário sobre o
da Equipa
estado actual do e-learning em Portugal Principais Conclusões
− Arranque: Nesta fase procurou definir qual o enfoque a dar aos trabalhos, a
estrutura e organização da equipa e o plano de trabalho a adoptar. Foi nesta fase
que foi concebida a abordagem que aqui se descreve.
− Pesquisa e debate da equipa nuclear: Nesta fase e como o nome dela indica, a
equipa nuclear efectuou ao nível dos 3 subgrupos temáticos, pesquisas e reflexões
individuais, as quais eram posteriormente apresentadas e refinadas com o contributo
da equipa nuclear no seu todo. O objectivo desta fase era reunir material e
contributos que servissem de base à discussão alargada com a equipa estendida na
fase seguinte.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A Equipa
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O ‘e’ que aprende
Reflexão sobre os Modelos Pedagógicos
aplicados ao e-Learning
Equipa dos Modelos Pedagógicos:
6 Notas Finais
Características da População
Alvo Resultados Pretendidos
` Conhecimentos actuais X Medição do impacto da formação
` Estilos de Aprendizagem X Retorno do Investimento
` Cultura
` Motivações e Expectativas
Nota Importante: O autor deste trabalho pretendeu com ele dar resposta à
profunda reflexão realizada pela Equipa dos Modelos Pedagógicos, em
especial, às questões práticas ligadas à implementação de um sistema a
distância em suporte electrónico de ensino/formação, com as quais os
responsáveis das organizações se defrontam no dia a dia. Este estudo foi
desenvolvido a partir das conclusões apresentadas na Conferência o “e” que
aprende e constantes no PowerPoint apresentado no capítulo anterior.
Introdução
Durante muitos anos trabalhámos em Ensino a Distância e fomos tendo com ele uma
relação de expectativa relativamente à sua evolução, dado sabermos, com exactidão, onde
estavam as suas fragilidades maiores. Com o advento das Tecnologias de Informação e da
Comunicação e com o progressivo conhecimento das suas potencialidades, sempre
acalentámos a esperança que o avanço desta área técnico científica arrastasse,
definitivamente, os sistemas de ensino/aprendizagem a distância para patamares ainda não
experimentados. A esperada mudança não acorreu no formato por nós desejado, pois como
sempre a evolução do conhecimento não é linear, como mais uma vez se demonstra na
reflexão que em seguida apresentamos.
Esta análise transversal e longitudinal, que remonta a um período com mais de 2.500 anos,
tem levado muito autores a compararem a evolução dos sistemas educativos e de
aprendizagem com os outros: transportes, industria, ciências físico químicas e naturais,
astronomia, psicologia e medicina, para só citarmos alguns dos mais relevantes, de onde
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Afirmam estes autores, de uma forma metafórica: - Se fosse possível transportar Aristóteles
através de uma “máquina do tempo”, para uma qualquer Faculdade de Filosofia ou de
Matemática actual, este poderia estranhar o vestuário e outros artefactos envolventes, mas
15 minutos depois estaria a dar uma aula com total brilhantismo, usando métodos e técnicas
iguais às que estavam a ser ministradas naquela escola. Ao invés, um médico (físico) dessa
época, se entrasse numa unidade de cuidados intensivos de um hospital, ficaria atónito sem
saber o que fazer. Se, em seguida, Aristóteles e o médico da Grécia antiga seguissem a sua
viagem num avião supersónico ou num comboio de alta velocidade, para já não falar numa
nave espacial, provavelmente, morreriam de síncope cardíaca.
Os nossos estudos têm como objectivo central, criar Didácticas específicas para cada área
do conhecimento, que estejam de acordo os valores e as necessidades do nosso tempo.
Dito de outro modo, a nossa sociedade valoriza a variável tempo como nenhuma outra e,
concomitantemente, tem consciência que o conhecimento é a “jóia da coroa” do progresso,
da evolução e do crescimento económico. Portanto, há urgência que a educação e a
formação profissional adoptem estes importantes princípios, para que possam estar em
consonância com as outras áreas de ponta, de que são exemplo, as telecomunicações, a
computação e a electrónica, hoje, as mais emblemáticas.
É do senso comum que actualmente o conhecimento é efémero, tantas são as pessoas que
o transformam e divulgam à escala mundial, a velocidades dignas, há uns anos, da ficção
científica. Todavia, as estruturas e os métodos de ensino/formação não têm evoluído na
mesma escala, o que significa que ano após ano o afastamento entre estas áreas do saber
vá aumentando. Não se pode dizer que a Didáctica e a Pedagogia estiveram paradas nos
últimos séculos, principalmente, desde os primeiros anos do século XX, onde as Teorias e
os Modelos da Aprendizagem criaram e implementaram muitos sistemas, todavia, centradas
sempre no mesmo eixo: professor/formador - meios (quadro) - aluno/formando.
Nos últimos 50 anos surgiram modelos pedagógicos que visaram dar uma componente mais
prática ao ensino, aproximando o acto de aprender do desempenho profissional, como é o
caso da Aprendizagem Baseada em Problemas, Aprendizagem Baseada em Casos, as
Simulações, os Jogos de empresa, banca, bolsa, etc., a Aprendizagem em Alternância, o
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A Internet, esse propulsor dos séculos XX e XXI, que na nossa opinião terá um papel na
história da humanidade semelhante ao das invenções da escrita e da imprensa, cria
condições únicas para vencer a barreira da distância e do isolamento do auto-estudo,
proporcionando a possibilidade de manipular e controlar variáveis que, definitivamente,
permitam estimular e potenciar a expansão das redes neuronais no cérebro, logo, criar
condições para o aumento das capacidades de cada indivíduo e para interactuar com as
dimensões do psiquismo, adoptando estratégias de aprendizagem que respeitem as
idiossincrasias de cada sujeito ou, mesmo, recorrer a produtos personalizados de formação,
em função dos conhecimentos e de outras características biopsicossociais de cada
indivíduo.
1ª, 2ª e 3ª Vagas
Para Alvin Toffler, a evolução civilizacional ocorreu em três vagas: 1ª Vaga, sociedade
dominada pela agricultura (Agro-esfera), 2ª Vaga, sociedade dominada pela indústria
(Tecno-esfera) e a 3ª Vaga, sociedade dominada pelos serviços/informação (info-esfera).
Esta estruturação levou-nos a criar a seguinte analogia:
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
aprendizagem que é realizada através do b-Learning, por nós definida como de 2ª Vaga e,
finalmente, a que envolve todos os sistemas de ensino/aprendizagem (Tecnologias
Distribuídas, Tecnologias Interactivas e Tecnologias Colaborativas), definida nesta
comparação como de 3ª Vaga.
Pode parecer estranha esta analogia com o modelo de Toffler, mas se a explicarmos
facilmente se compreenderá o seu alcance. Na última metade da década de 90 e no início
do século XXI, começaram a surgir nas mais conceituadas universidades do mundo os
“deslumbrados” pela tecnologia, que afirmavam: “o ensino presencial morreu, viva o e-
Learning”.
Este movimento ocorreu principalmente nos USA e teve um impacto tremendo nas grandes
organizações, pois estes reputados especialistas das tecnologias da informação afirmavam
que era muito mais célere a difusão do conhecimento, mais rápida a aprendizagem e os
custos seriam substancialmente reduzidos. Em menos de uma década, os gestores e
empresários das grandes organizações começaram por concluir que os tais arautos da boa
nova se tinham enganado e que nada ocorrera como eles tinham previsto:
No início do século XXI surge quase como uma contra-reforma outro movimento nas
universidades; desta vez encabeçado por professores info-alfabetizados que entendiam não
haver vantagem em destruir um modelo com tantos séculos de existência, como é o caso do
Ensino Presencial. Ao invés, devíamos anexar-lhe todas as virtualidades da Internet e das
ciências da computação, de modo a que as escolas fossem ligadas por redes de fibra
óptica, com potentes plataformas (LMS) para gestão dos conteúdos, da avaliação e da
comunicação, onde fossem integrados todos os sistemas e existisse a total digitalização dos
conteúdos produzidos pelos professores.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A 3ª Vaga está agora a ter início (2005). Apercebemo-nos que na 1ª Vaga havia o
deslumbramento pela tecnologia, mas a maioria, senão mesmo a totalidade dos mentores
desta fase, não tinham formação pedagógica nem conheciam que havia um enorme espólio
de investigação sobre o Ensino a Distância criado ao longo de muitos anos e que ilustra
claramente os seus sucessos e insucessos. Só assim se justifica os erros primários que
foram cometidos nesta fase pelos tais deslumbrados pela tecnologia. A 2ª Vaga é,
obviamente, um movimento mais sólido e maduro numa óptica pedagógica sem, no entanto,
deixar de ter alguns pecados originais:
• Não aproveita a enorme experiência dos CBTs e WBTs (EAC – Ensino Assistido por
Computador e EAW – Ensino Assistido pela Web);
• Não recorre à experiência dos especialistas em Ensino a Distância, nem ao seu vasto
portefólio de investigação;
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Em suma, estes “pecados originais” são responsáveis pela falta de inovação, quiçá, de
crescimento e difusão da 2ª Vaga e fazem do b-Learning, nesta acepção, uma tecnologia
educativa e formativa de transição, que associa os “velhos” métodos do Ensino Presencial
ao e-Learning e cria um “pseudo” paradigma que, de modernidade, tem apenas o
complemento da tecnologia, deixando de fora a integração dos sistemas representados
pelas Tecnologias Distribuídas e Interactivas.
• A variabilidade de fontes e de estímulos a que o estudante está sujeito sem que exista
uma planificação pedagógica, faz com que não haja optimização dos mesmos. Assim,
dificilmente se aproveita o som, as imagens e o interactivo como um processo
integrado num todo orientado didáctica e pedagogicamente, à semelhança do que é
proposto pelo SAFEM-D, que estimula o cérebro e promove o aumento as redes e
sinergias neuronais, em particular, as da memória do sujeito aprendente.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
3ª Vaga
Numa primeira fase, vamos olhar para um gráfico que esquematiza as Tecnologias
Distribuídas, Tecnologias Interactivas e Tecnologias Colaborativas.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Ainda sobre as Tecnologias Interactivas importa dizer que, numa óptica cientifica, elas
pertencem também à área comportamental, pois podemos aprender por repetição, imitação
e tentativa/erro, ou seja, através de simulações e de treino é possível desenvolver a
aquisição de competências e de capacidades. Há nestas tecnologias um salto qualitativo
enorme, que advém de passarmos da transmissão de informação pura e simples, ao
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A 2ª Vaga é riquíssima em dados de investigação, daí que o seu espólio deva ser
amplamente estudado para que a 3ª Vaga se afirme de forma definitiva. É evidente que os
modelos de aprendizagem de base cognitivista, procuram que cada estudante ganhe
autonomia, responsabilidade, auto-controle, auto-motivação, empatia e gosto pelo risco bem
como pela inovação. Enfim, predicados indispensáveis para uma sociedade adulta, evoluída
e democrática na verdadeira acepção da palavra, capaz de gerar cidadãos exigentes para
consigo próprios e para com os outros; que não é, claramente, o cenário das nossas escolas
de hoje.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Poderíamos continuar a esquadrinhar tudo o que até hoje se disse sobre o trabalho
colaborativo, que cada vez ficaríamos mais convencidos das qualidades insubstituíveis das
Tecnologias Colaborativas, mas apoiar um sistema de ensino/aprendizagem só com base
nelas, como o fez e faz a 2ª Vaga, é um erro tremendo, cujo ónus ainda vamos continuar a
pagar.
É evidente que nada acontece por acaso. Este movimento que eu chamaria de pseudo
pedagógico, nasce porque este b-Learning é muito mais barato a curto prazo, porque não
necessita de pedagogos nem de web designers/programadores com experiência em
técnicas de e-Learning e quase não necessita de investimento inicial, pois basta que
existam professores/formadores para ministrarem as disciplinas na parte presencial (em
nada difere do que é habitual) e, esses mesmos, assumem o papel de tutores on-line
através de uma Plataforma. O que há de diferente da formação em sala quase não tem
custos adicionais: os mesmos livros do presencial (podem estar no formato digital o que
reduz o preço), brochuras, exercícios, casos, problemas, testes, etc. Todos estes meios e
recursos didáctico pedagógicos estão digitalizados e colocados num LMS (Learning
Management System), que funciona como um gestor documental, base de dados e sistema
de comunicação síncrona e assíncrona.
Numa óptica estritamente pedagógica, o b-Learning de que temos estado a falar, não
representa uma alteração de paradigma, oferece apenas os modelos de educação e de
formação já existentes, coadjuvados pelo computador e pela Internet, como meios
didácticos do mesmo campo de acção do quadro, da sala, do livro, do projector vídeo, etc.
Em suma, a tal ruptura que é necessário fazer nos sistemas tradicionais, para aproximar a
Pedagogia das outras áreas do conhecimento, jamais poderá ser feita se utilizarmos apenas
as Tecnologias Colaborativas.
A 3ª Vaga já foi, de certo modo, caracterizada ao longo deste documento, contudo, vamos
explicá-la agora com maior detalhe. Tal como em Alvin Toffler, que disse que a mesma foi
alcançada em 1955, no preciso momento em que nos USA o Sector Secundário, até então
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
dominante, foi ultrapassado pelo Terciário. Todavia, a verdadeira essência da Terceira Vaga
está consubstanciada na permanência simultânea dos três sistemas sociais: Agricultura,
Industria e Informação, obviamente, com predomínio deste último.
Por estranho que pareça, a similitude entre a Teoria da Vagas de Alvin Toffler e o nosso
modelo é quase uma colagem perfeita, pois na nossa 3ª Vaga propomos a permanência e
coabitação das três tecnologias: Distribuída, Interactiva e Colaborativa, também com algum
predomínio desta última. Obviamente, e tal como no modelo de Tofller, a coexistência é
desejavelmente pacífica, embora, em determinados momentos, consoante a evolução
histórica de uma dada sociedade ou organização, uma delas deva ter maior expressão do
que as outras.
Em termos sequências e só para que se perceba de forma clara o que queremos dizer com
a nossa 3ª Vaga, o aluno/formando analisa os objectivos que deve alcançar em cada sessão
de estudo, depois, são-lhe ministrados conhecimentos através das Aulas Virtuais Teóricas
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
onde poupa muito tempo, dado as mesmas estarem à distância de um clique. Nesta fase,
para além do controlo de qualidade dos conteúdos, realizado por algoritmos estatísticos e
pedagógicos, há o controlo das aprendizagens pela avaliação. Nestas aulas fornece-se
informação, embora o nível de exercitação, de resolução de casos, de problemas e de
simulações já tenha aqui algum relevo (Tecnologias Distribuídas).
Em seguida, nas Aulas Virtuais Práticas, criadas em função dos quatro Estilos de
Aprendizagem de Alonso, Gallego e Honey, fornece-se uma importante fonte de treino e de
simulações numa perspectiva individual. Nesta fase, podemos simular qualquer técnica, arte
ou profissão, contribuído para o princípio da plurivalênca, mesmo que o tipo de prática seja,
muitas vezes, meramente virtual (Tecnologias Interactivas).
Terminamos esta cadeia cíclica e ininterrupta (enquanto durar o curso) com o Sistema
Paralelo de Treino. Aqui, o aluno/formando já estudou a teoria nas diferentes fontes
fornecidas pela Plataforma, a partir de formatos atractivos e motivadores, desenhados por
especialistas em design e pedagogia. Ainda aqui, esse mesmo aluno/formando treina e
exercita todos os conteúdos, fazendo-o de acordo com o seu próprio estilo de
aprendizagem. Foram fornecidos aos estudantes problemas (PBL), casos (CBL) e projectos,
para que eles pudessem estudar individualmente a teoria, ao mesmo tempo que a prática.
Por último, o aluno/formando terá de trabalhar colaborativamente em equipa on-line,
discutindo com os outros membros e com o formador/professor, de forma a chegarem à
solução ou resolução final das propostas de trabalho. Há, obviamente, muitas formas de
fazer este treino em equipa e nos meios on-line, por essa razão, é importante consultar o
SAFEM-D ou outro modelo equivalente (Tecnologias Colaborativas).
Como conclusão da 3ª Vaga e do gráfico que a ilustra, podemos dizer que criámos um
Modelo Pedagógico que é sistémico, holístico e eclético e estamos continuamente a
desenvolve-lo. Sistémico, porque todos os subsistemas interactuam de forma integrada, de
tal modo, que a alteração de um pode implicar a de outro, holístico, porque não podemos
olhar para cada uma das tecnologias educativo formativas isoladamente, compreendendo
que também aqui o todo é maior que as partes e ecléctico porque recorremos e utilizamos,
de forma combinada, várias correntes ou modelos científicos que pareciam líquidos não
miscíveis ou mesmo fora de moda, como é o caso do Behaviorismo e do Cognitivismo.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Implementação LNF
e-Learning/b-Learning Levantamento Conteúdos Avaliação Avaliação Impacto e
Necessidades de ou Tutoria de da ROI Presencial
Formação Cursos Conhecimentos Formação (Retorno do (b-Learning)
Formação (Diagnóstico) Investimento)
Micro empresas
(até 9 pessoas) Tipos M ou A Tipos O ou R Tipos O ou R Tipos O ou R Tipos O ou R Tipos O ou R Tipos O ou R
PMEs
(10 a 50 pessoas) Tipos M ou A Tipos O ou R Tipos O, R ou P Tipos O, R ou P Tipos O ou R Tipos O ou R Tipos O,R ou P
PMEs
(51 a 100 pessoas) Tipos A Tipos O ou R Tipos P ou R Tipos O, R ou P Tipos O ou R Tipo O Tipos O ou R
PMEs
(101 a 500 pessoas) Tipo A Tipos E ou O Tipo P Tipo P Tipos O ou P Tipo O Tipo P
Organizações
(501 a 5000 pessoas) Tipo A Tipos E ou O Tipo P Tipo P Tipos O ou P Tipos O ou P Tipo P
Organizações
( > 5000 pessoas) Tipo A Tipos E Tipo P Tipo P Tipo P Tipo P Tipo P
Educação
Básica
Tipo 0 Tipos E ou R Tipo P Tipo P Tipo P Tipo O Tipo P
Secundária
Tipo 0 Tipos E ou R Tipo P Tipo P Tipo P Tipo O Tipo P
Superior
Tipo 0 ou A Tipo E Tipo P Tipo P Tipo P Tipo O Tipo P
Pós-graduada
Tipo A Tipo E Tipo P Tipo P Tipo P Tipo O Tipo P
Este Quadro Sinóptico resulta da investigação empírica realizada ao longo de cinco anos na implementação de projectos de e-Learning e b-Learning em organizações de
diferentes tipos e dimens ões. Não tem nenhum modelo teórico que o sustente, embora o SAFEM-D (Sistema Aberto de Formação e Ensino Multimédia a Distância) tenha servido
em muitos destes cursos ou acções de formação como paradigma de suporte.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Tipo M - O tipo M significa Manual, portanto, quer dizer que não se justifica recorrer a
processos automáticos, dado o reduzido número de pessoas. Obviamente, que
qualquer micro empresa pode pertencer a uma Rede de pequenas empresas, a
qual lhe dará dimensão para ter um serviço de LNF - Levantamento de
Necessidades de Formação (diagnóstico) automático.
Tipo 0 - O tipo 0 (zero) quer dizer que é um conjunto vazio, ou seja, que não se aplica
naquela situação. No quadro em referência significa que o ensino básico,
secundário e superior não norteia a sua programação a partir das necessidades
de formação de um estabelecimento, mas do todo nacional, logo, compete ao
Estado esta missão. Há apenas uma excepção, o ensino superior, em
particular, o pós-graduado, onde cada instituição pode fazer o LNF para
orientar a sua própria programação.
Tipo O - O tipo O significa Outsourcing. Dada a pequena ou média dimensão deste tipo de
organizações, é economicamente mais rentável recorrer ao outsourcing, pois a
economia de escala reduz substancialmente os custos de produção. É preciso
distinguir o Outsourcing da Rede, pois ambos beneficiam da diminuição do
preço devido ao efeito de escala. No primeiro caso, como o conceito indica, o
custos diminuem porque há empresas especializadas em e-Learning ou em b-
Learning que conseguem fornecer produtos ou serviços a valores muito
inferiores aos da produção própria, no segundo, as organizações estão
associadas numa Rede que dá as micro empresas e PMEs a dimensão das
muito grandes, o que faz baixar drasticamente os custos de produção. Quando
há bom espírito associativo, a rede tem vantagens sobre o outsourcing.
Tipo R - O tipo R significa Rede. Este é o formato ideal para o século da Internet, pois
hoje só há as barreiras da distância que as línguas impõem. Um curso em
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Tipo P - O tipo P significa Próprio. Quando se trata de uma escola básica, secundária ou
superior ou uma grande organização, de um modo geral, com mais de 500
pessoas, existem condições para que possa haver aquilo que o SAFEM-D
designa por Equipa de Conceptores, portanto, com competências próprias na
área da autoria e da pedagogia e, na maioria dos casos, mesmo na área
tecnológica (web designers e programação). Mesmo que no projecto piloto
estas organizações tenham de recorrem ao outsourcing, rapidamente se dará a
transferência de competências e a referida equipa de concepção poderá nos
projectos seguintes alcançar uma emancipação progressiva. A experiência
demonstra que entre o segundo e o quarto projecto estas organizações
alcançam a autonomia total.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Temos de conhecer as idiossincrasias dos que aprendem, ou seja, qual o seu estilo de
aprendizagem e a forma como estruturam e interligam emocionalmente a informação (auto-
motivação, auto-controlo, auto-consciência e empatia), em suma, necessitamos de saber
qual é o seu tipo da Inteligência Emocional. O modelo SAFEM-D dá-nos uma direcção, ao
fazer através da Plataforma de e-Learning NetForma o diagnóstico automático destas duas
dimensões do psiquismo humano.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Outros factores…
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A avaliação da formação, tal como, a de conhecimentos são centrais para uma gestão
pedagógica e económico-financeira equilibrada de qualquer projecto. Não é pensável fazer
um projecto industrial ou comercial sem admitir a sua avaliação passo-a-passo, contudo, em
educação/formação, no nosso País, não há de um modo geral avaliação da formação
rigorosa. É verdade que é complexo saber se o aumento dos resultados ou da produção de
uma dada organização advêm da formação, pois podem resultar de muitas outras variáveis
que interactuam ao mesmo tempo, porém, o cruzamento dos resultados da avaliação de
conhecimentos, do grau de satisfação dos participantes nas diferentes partes de cada acção
e a medição dos impactos na produção, mantendo constante as outras variáveis, permite
com rigor avaliar os diferentes produtos, instrumentos ou pessoas implicados no acto
formativo.
Os impactos na produção e retorno do investimento (ROI) não são uma medida fácil de
implementar, mas se os critérios definidos no início de cada projecto para a sua
consumação forem rigorosos e plenamente entrosados com a avaliação da formação, estes
indicadores serão alcançados com êxito e demonstrarão serem sempre indispensáveis para
o sucesso da formação. Há vários critérios para calcular o ROI, dai que seja difícil neste
documento defini-los, todavia, cada organização, tendo por base a sua tipologia, deverá
recorrer aos serviços especializados tal como se indica no Quadro
Sinóptico, pois é um serviço de tal forma especializado que, normalmente, exige uma
avaliadora independente em outsourcing.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
razões de plurivalência (fazer bem logo da primeira vez) ou de treino. Só depois de definir
com rigor o plano do curso, justificando a opção de usar o presencial em cada uma das
partes da acção/disciplina, é que se poderá avançar para a sua concepção de uma forma
integrada. Depois, tudo depende da Plataforma de e-Learning e da forma como esta gere a
integração dos dois sistemas.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Passos 1º passo 2º passo 3º passo 4º passo 5º passo 6º passo 7º passo 8º passo 9º passo
Organizar um Começar por Seleccionar um Desenvolver os Embora a equipa O design ou a Implementar o Para além da Nesta fase
Núcleo de seleccionar (ou curso ou uma conteúdos de concepção já selecção de um Piloto, tendo em obrigatória voltamos ao
Formação em adaptar) um disciplina que transformando-os tenha um líder, a modelo de atenção que deve avaliação de Passo 3. Se
e-Learning e em modelo seja vital para a em produtos passagem à avaliação é haver uma conhecimentos, usámos o
Organizações b-Learning, pedagógico que organização ou interactivos que implementação central nos transferência de deve ser SAFEM-D
mesmo que este já tenha dado que se julgue que simulem a exige um projectos de e- competências promovida no final devemos analisar
sem tenha um número provas de possa ter grande realidade coordenador Learning. Como a progressiva da de cada acção se é adequado,
e-Learning reduzido de eficácia. Depois, aceitação junto profissional, de operacional tutoria “olha” e empresa que uma avaliação da de acordo com as
pessoas (podem escolher a dos potenciais modo que se habituado a gerir controla a presta o formação. Com especificidades
estar a tempo Plataforma de e- formandos. Este aprenda de uma formação que formação on-line outsourcing. Esta base nos da nossa
parcial). A Learning (LMS) Piloto deve ser forma activa, conheça as através do fase do processo resultados das organização e da
formação da que mais se realizado em lúdica e sempre especificidades “Quadro de deve ser avaliações deve dimensão dos
equipa em ajustar ao outsourcing, para controlada pela do e-Learning. Bordo” que encarada como ser feito um cursos, usar os
pedagogia projecto que haja avaliação de Formar os tutores resulta da uma balanço curso a Estilos de
específica para organizacional. transferência de conhecimentos e em pedagogia e avaliação, esta investigação, que curso, usando as Aprendizagem
cursos on-line é É um factor competências. pelo grau de em técnicas de deve ser dê pistas e conclusões para em cada Aula
indispensável e importante, mas satisfação dos formação on-line contínua, oriente os promover a Prática ou só nas
deverá ser o por si só não aprendentes. é vital para o formativa e projectos futuros. indispensável acções em geral.
ponto de partida determina a sucesso do sumativa e mudança na O mesmo se
do projecto. qualidade do e- projecto. recorrer, em equipa. aplica à
Learning. simultâneo, a Inteligência
todos os tipos de Emocional.
provas.
Para dar grande A organização já Fazer o LNF – Desenvolver os Tendo em É necessário Implementar os Para além da Nesta fase
maturidade ao tem e-Learning, Levantamento de conteúdos atenção as fazer o balanço cursos de modo a obrigatória voltamos ao
Núcleo de logo, nesta fase Necessidades de transformando-os especificidades do modelo de que cada versão avaliação de Passo 3.
Formação em e- deve fazer um Formação de em produtos de cada avaliação, de seja um passo conhecimentos, Se a organização
Learning, caso rigoroso controlo forma interactivos que organização, o modo a indagar em frente na deve ser não utilizar o
exista, deve sobre os automática, simulem a coordenador se o mesmo foi investigação e promovida no final SAFEM-D deverá
Organizações haver grandes elementos utilizando uma realidade operacional eficaz. conhecimento de cada acção fazer um
com preocupações básicos deste Plataforma de e- profissional, de deverá ter um Mesmo num destas uma avaliação da processo
e-Learning com a formação sistema: Modelo Learning que modo que se papel de relevo projecto já metodologias, formação. Com comparativo
contínua da Pedagógico e recorra a aprenda de uma na equipa de implementado, é treinando os base nos entre o sistema
equipa de Plataforma, matrizes de dupla forma activa, concepção, indispensável autores, resultados das que usa e este,
concepção e, em estudando o grau entrada de lúdica e sempre podendo mesmo verificar se o pedagogos, avaliações deve analisando ponto
paralelo, de eficácia e de funções controlada pela ser o seu líder. nível de feedback coordenadores e ser feito um a ponto os dois
transformar cada satisfação destes profissionais e de avaliação de A formação é suficiente para tutores para que balanço curso a modelos. A ideia
curso numa nova instrumentos. conteúdos de conhecimentos e contínua dos que a avaliação eles atinjam curso, usando as que deve nortear
oportunidade de cursos. pelo grau de tutores é funcione como elevados conclusões para esta pesquisa é a
investigar. satisfação dos directamente um “Quadro de desempenhos. promover a redução do
aprendentes. proporcional à Bordo” da tutoria. indispensável tempo de
qualidade dos mudança na aprendizagem.
cursos on-line. equipa.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Este documento, bem como as ideias nele expressas e as tabelas que corporizam uma
determinada visão ou leitura do e-Learning e do b-Learning, foi criado exclusivamente para
figurar no Relatório de um estudo sobre aprendizagem em suporte on-line nas organizações,
sejam estas empresas, organismos públicos ou escolas, da responsabilidade da APDSI –
Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação.
Pretende-se com a sua leitura e reflexão abrir mais um espaço à discussão, numa das áreas
técnico científicas mais promissoras do início do século XXI: o e-Learning.
Autor do documento:
António Augusto Fernandes
Director Executivo do IEFD – Instituto de Ensino e Formação a Distância da Universidade
Católica Portuguesa;
Professor da Universidade Católica Portuguesa;
Coordenador das Disciplinas: Didáctica das TIC e e-Learning e Telemedicina,
respectivamente, nos Mestrados de Informática Educacional e Educação Médica da
Universidade Católica Portuguesa.
afernandes@iefd.ucp.pt
Setembro/2005
Nota do autor:
Em continuação a este documento segue o Modelo Pedagógico SAFEM-D (Sistema Aberto
de Formação e Ensino Multimédia a Distância, criado pelo mesmo autor em 2000 e
continuamente revisto e actualizado, para que o leitor tenha um modelo de “3ª Vaga” que
possa sustentar as ideias expressas no texto, principalmente, as sínteses referidas nos
quadros.
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O “e” que aprende
Abordagem IBM
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Índice
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Introdução
Cada vez mais a formação está a emergir como facilitador crítico para a melhoria do
desempenho global do negócio das empresas ao permitir obter as competências e
comportamentos necessários para alcançar os objectivos de negócio.
Este é tão mais evidente quando numa sociedade de informação e conhecimento actual
vemos a substituição gradual do capital económico / físico pelo capital humano como fonte
de vantagem competitiva.
O e-learning surge neste contexto como uma das respostas formativas que permite
optimizar e melhorar a eficácia e a efectividade da formação através de:
Ubiquidade da formação
− Disponível em qualquer momento e em qualquer lugar
− Orientada por contexto
Aprendizagem relevante
− “Just in time” em vez de “just in case”
− Atractiva e personalizada
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Importa desde já referir que o e-learning implica para além das questões de relativas ao
papel da formação nas organizações, ao redesenho dos processo formativos e às opções
em termos de infra-estrutura tecnológica, uma importante alteração de paradigma cultural
nas organizações na medida em que normalmente ele tem implícita uma alteração relevante
na forma habitual de aprender (do “push” para o “pull”), ou seja cada elemento da
organização deve ele próprio assumir um papel de liderança no seu desenvolvimento
profissional.
A Abordagem IBM
4
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Em seguida iremos detalhar cada uma destas dimensões bem como identificar quais os
principais instrumentos de trabalho que podem ser utilizados para nos suportar em cada
uma destas vertentes.
Transformação da Aprendizagem
Prioridades do
negócio
Requisitos de
Benefícios
Desempenho
realizados
Estratégia
de
formação
1
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Modelos Pedagógicos e Conteúdos
2
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Formal Informal
Estrat égias de Ligadas às Processos e Gestão de Programa (KM)
formação prioridades Como a formação é suportada e gerida
independentes de negócio
das prioridades
de negócio Acesso/ Transaccional Integrado Adapt ável
Publicação
3
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
INTERNALIZAR
Alta
Forte Ligação entre as Optimizar Diferenciar
prioridades de negócio, os Gerir e coordenar as Gerir toda a infra-
requisitos de desempenho e Baixa Importância Estratégica da acções de formação estrutura de formação
a estratégia de formação de que satisfazem os (abordagem pedagógica.
modo a criar benefícios domínios ou áreas de conteúdos, tecnologia)
elevada importância como forma de criar
reais para as organizações estratégica para o vantagem competitiva
Formação
negócio
EXTERNALIZAR
• Múltiplas estratégias de Utilizar Outsource
formação a vários níveis da Usar parceiros de Utilizar parcerias de
organização formação para as formação com entidades
necessidades add- que partilhem imperativos
• Fraca interligação entre de formação semelhantes
hoc da formação
formação e os objectivos de baseada no custo da e que percebam a
negócio sua oferta especificidade da
organização em causa
Especificidade
Baixa da Organização Alta
vs. Industria
Intervenções Específicas
Para adquirir e dominar uma competência, não é suficiente que simplesmente se ouça
alguém a explicar a mesma. É necessário praticar, experimentar. Adquirir competências
pode ser um processo de gestão individual, mas, como qualquer estudo educacional
mostrará, as pessoas tendem a aprender melhor em equipa.
4
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Ou seja a partir de uma definição clara dos objectivos da formação e do que com ela se
pretende alcançar em termos de resultados pretendidos, seleccionar qual aproximação mais
adequada de modo a permitir optimizar o binómio custo do desenvolvimento da acção vs.
Benefício dela decorrente para o formando e para a organização, como se ilustra na figura 4
seguinte:
experiências
Reunir, criar comunidades e Laborat órios de aprendizagem, classes presenciais, tutoria , jogos
laços, viver e fazer de representação, Estudos de caso, apresentaç ões de
• Complexidade dos conteúdos
TM
Fig. 4 – 4 Tier Model da IBM
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Em detalhe temos:
Ler, ver e ouvir. Esta é a transferência básica do conhecimento, ideal para o lançamento de
novos produtos, estratégia corporativa, ou anúncios organizacionais. São materiais ou
conteúdos nos quais os formandos obtêm de forma simples e rápida a informação de que
necessitam.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Discutir, praticar com outros. A comunicação é facilitada pela tecnologia, o que significa
que os formandos e os formadores podem estar em locais físicos distintos. Neste nível já se
faz uso de ferramentas colaborativas que facilitem a comunicação formando - formando,
aprendizagem de grupo ou comunicação formando - formador.
A combinação de tudo isto poderá constituir uma comunidade de aprendizagem. Podem ser
usadas ferramentas de colaboração tanto síncronas como assíncronas.
Colaboração Assíncrona
As ferramentas de colaboração assíncrona não requerem que os formandos ou formadores
estejam online ao mesmo tempo para que comuniquem entre si. Mensagens, questões, ou
atribuições podem ser enviadas e respondidas a qualquer momento.
Os exemplos seguintes são ferramentas assíncronas que podem ser usadas em qualquer
ambiente de e-learning:
− Fóruns de discussão
− Fóruns de perguntas e respostas
− Trabalhos individuais ou de grupo, corrigidos pelos formadores
− TeamRooms
− E-mail
Colaboração Síncrona
A colaboração síncrona providencia uma comunicação online em tempo real. Formadores e
formandos reúnem-se electronicamente a um determinado momento, sem que para isso
deixem o seu espaço de trabalho ou a sua casa; usam ferramentas tais como, áudio, vídeo,
e “whiteboards”.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
As principais vantagens desta abordagem diz respeito a ser um modelo para a concepção
de acções formativas x-learning, e a acomodar gradientes de interacção / colaboração que
potenciem níveis superiores de aprendizagem, ou seja:
Em última instância esta abordagem permitirá criar as condições que permitem abrir o
caminho para uma gestão de conhecimento efectiva, onde a criação de taxonomias de
conhecimento se vê enriquecida com a ligação de quem sabe o quê, quem teve já a
formação em quê, promovendo desta forma níveis crescentes de partilha de
conhecimento e a colaboração.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
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Modelos Pedagógicos e Conteúdos
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Micro/PMEs PMEs
Decisão de (x)-learning Decisão e-learning vs.
acção de formação a blended-learning vs.
acção de formação e presencial- learning ditada
muito orientada pelo pelos objectivos da
custo da formação formação, custos, maior
ou menor massificadas da
Baixa
formação e complexidade
dos conteúdos – Modelo 4
Tier da IBM
Infra-estrutura Tecnológica
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Um dos exemplos dos de plataforma tecnológicas que permitem endereçar múltiplas formas
de aprendizagem através do computador, e/ou presencial, corporizando desta forma e em
termos tecnológicos o modelo 4 Tier Model TM da IBM é o IBM Lotus Learning Management
System que integra com o LVC – Live Virtual Classroom e permite:
Com este objectivo apresentamos em seguida 7 Atributos chave que nos permitem
identificar a capacidade das organizações em implementar a sua visão quanto à formação.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Atributo Sub-atributo
− Patrocino Executivo
Alinhamento da
− Desenho Organizacional
Aprendizagem com o
− Desenvolvimento stratégico
Negócio
− Orçamento
− Globalização/Localização
Operacionalização
− Comunicação
− Cadeia de valor estendida
− Melhoria Contínua
− Gestão de Desempenho / Avaliação
Optimização do Capital
− Análise da Força de Trabalho
Humano
− Identificar divergências de Competências
Gestão de
− Desenvolvimento Curricular
Competências
− Acesso
Acesso e Gestão da
− Gestão de Conteúdos de Aprendizagem
Informação
− Captura de Conhecimento
− Personalização da Informação
− e-Learning
Facilitar Processos e as
− Comunidades Profissionais e Especialistas
Tecnologias
− Retorno do Investimento
Sistema de Gestão e
Reporting
Analisando para cada um destes 7 atributos chave as boas práticas poderemos usar a
tabela seguinte como um instrumento que nos permita efectuar um posicionamento da
organização particular vs. estas boas práticas para cada atributo e desta forma identificar
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
áreas de maior atenção e/ou a potenciar com vista à transformação do papel da formação
no seio das organizações.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Um dos instrumentos que poderemos usar, entre outros, para a identificação dos estilos de
aprendizagem da população alvo dos programas de formação é o questionário desenvolvido
por Myers & Briggs, denominado Myers Briggs Type Index que pode ser encontrado no site
http://skepdic.com/myersb.html
Este instrumento composto por 93 questões com respostas dicotómicas procura classificar a
nossa personalidade segundo 4 dimensões:
Sabendo desde logo, que todos temos características nos dois lados de cada dimensão,
mas todos também temos preferência por um lado sobre o outro. Por outro lado também é
certo que todos temos um estilo de aprender preferido.
É tão mais importante compreender isto, quanto mais efectiva se queira tornar a experiência
formativa, na medida em que cada uma terá aspectos que apelam ou não às nossas
preferências.
Mas se estivermos preparados para o que se estiver a passar, teremos mais controlo e
geriremos melhor a situação em oposição a nos aborrecermos e abandonarmos.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Extrovertido Introvertido
− Interagir com grupos − Trabalhar sozinho
− Falar sobre as lições com um − Estudar muito bem as lições antes
Energia colega ou com um grupo de as discutir
− Demonstrar o uso das − Pensar antes de participar
competências aprendidas a − Fazer perguntas antes de concluir
outros os exercícios ou tarefas
Sensitivo Intuitivo
− Seguir as instruções passo a − Ver padrões globais
passo − Perspectivar
Obter Factos − Ver filmes, áudio, ter exercícios − Ter independência e autonomia na
práticos e questionários conclusão das tarefas, descobrir à
− Pedir factos sua própria maneira
− Visualizar exemplos práticos − Incorporar novas abordagem e
(aplicabilidade) novas ideias
Racional Emocional
− Preparar fluxo e reafirmar − Identificar os mais importantes
objectivos em primeiro lugar valores em cada lição
Tomar − Desenvolver critérios lógicos − Reduzir a competição
Decisões − Receber feedback rápido − Responder pessoalmente
− Ter materiais de “experts” para − Aprender da relação pessoal
estudar
Julgador Compreensivo
− Cumprir a rotina − Demonstrar originalidade
Mundo − Seguir linhas temporais − Mover-se e estar fisicamente activo
Exterior específicas − Permitir espontaneidade e seguir
− Usar orientações específicas impulsos
− Orientado para a conclusão, − Aprender através da descoberta
fecho
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Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Preferência Porque o e -learning nos será Porque o e -learning não nos será
apelativo apelativo & O que fazer
− Poder gerar uma discussão a − Ter de manter os comentários
Extrovertido
qualquer momento que curtos e focalizados
desejarmos e tal não ser visto − As discussões não serem verbais e
como uma interrupção frente a frente
− As respostas serem diferidas
− Estar numa sala e sentirmo-nos sós
− Poder requerer uma “conference
call” a qualquer momento
− Ter muito tempo para reflectir, − Em alguns exercícios, a todos será
Introvertido
antes de responder ou de discutir pedido uma opinião, pelo que não
Desenvolver critérios lógicos poderá permanecer silencioso ou
− Escrever vs. falar privado
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Modelos Pedagógicos e Conteúdos
6. Avaliação eficaz do que foi ensinado. Use uma matriz desempenho/conteúdo para
assegurar que a avaliação é efectuada sobre os objectivos definidos
(desempenho/conteúdo). Por exemplo, se o objectivo do curso é ensinar o cálculo do
desvio padrão, o teste deve avaliar se o estudante aplica os procedimentos necessários
para o seu cálculo. Ou seja, o teste deve evitar incidir na definição do desvio padrão ou
na memorização das etapas, mas deve determinar se o estudante consegue usar o
procedimento correcto para calcular o desvio padrão. Os programas de aprendizagem
on-line eficazes, combinam os itens de avaliação com os objectivos definidos.
7. A prática adequada conduz à especialização. A frase 'a prática faz a perfeição pode
parecer trivial, mas há muita pesquisa a suportar este cliché. Tem de haver uma prática
adequada para que os estudantes desenvolvam a fluidez e especialização nos
conteúdos. Não há fórmula para determinar quanta prática é necessária. Com base nos
conteúdos e no nível de competências do estudante, o programa deve oferecer um
número adequado de itens práticos e estes devem variar de simples a complexos.
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Modelos Pedagógicos e Conteúdos
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Abordagem DLC – Distance Learning Consulting
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Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Modelo Pedagógico
SAFEM – D
(Sistema Aberto de Formação e Ensino Multimédia a Distância)
Nota:
Este modelo pode ser implementado em qualquer Plataforma de e-Learning,
embora a que mais se adeqúe seja a NetForma, comercializada pela Distance
Learning Consulting.
1. Introdução
Há hoje uma vasta panóplia de ferramentas que dão suporte à aprendizagem através das
TIC e um leque muito variado de modalidades de ensino electrónico que exigem, todas elas,
um enquadramento pedagógico específico. As Plataformas de e-Learning, também
designadas por LMS (Learning Management System), são neste conjunto de ferramentas as
que possuem de forma integrada, quase todas as aplicações que foram desenvolvidas para
ensinar/aprender através da Internet ou de redes similares. Estas, por sua vez, só
conseguem aproveitar a extraordinária propulsão dada pela sua vertente tecnológica, se
contiverem um modelo pedagógico que as sustente e possa dar cobertura científica às
acções de ensino/aprendizagem por si geridas.
Muitas são as Plataformas de e-Learning que existem no mercado, tanto numa óptica
comercial como criadas por organizações para consumo próprio, daí que a sua escolha
dependa de critérios específicos inerentes a cada projecto. Paralelamente, estas ferramentas
electrónicas só serão eficazes se possuírem um modelo pedagógico de referência, que as
2
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
ligada ao citado modelo. Esta ligação é ainda reforçada pelo facto de ter sido alvo de
diversas investigações, uma das quais é já hoje um Case Study, realizada pela Universidade
Católica Portuguesa em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, a qual
foi publicada por esta última entidade na revista FORMAR e traduzida para inglês pelo S2Net
- Leonardo da Vinci Project, como uma boa prática a seguir por outras organizações.
Ver:
http://portal.iefp.pt/pls/gov_portal_iefp/docs/PAGE/PORTAL_IEFP_INTERNET/PUBLICA
COES/FORMAR/FORMAR_2044.PDF
2.1 - Definição
3
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
destinados à aprendizagem, através de serviços WAN (Wide Area Network) e LAN (Local
Area Network); isto é, redes gerais e locais de dados.
♦ Plataformas de e-Learning/b-Learning/m-learning;
♦ LMS – Learning Management Systems;
♦ Normas Internacionais (SCORM, etc.);
♦ Levantamento on-line de necessidades de formação;
♦ Matriz global das necessidades de formação;
♦ Sistemas de produção de conteúdos;
♦ Ferramentas Autor;
♦ Aulas Virtuais teóricas e práticas;
♦ Aulas Virtuais orientadas por Estilo de Aprendizagem;
♦ Biblioteca e Mediateca on-line;
♦ Pesquisa on-line de informação;
♦ Comunicação e formação síncronas e assíncronas;
♦ Trabalho cooperativo assistido por perfis de competências;
♦ Dinâmica de Grupos on-line;
♦ Estudo de casos, jogos pedagógicos e trabalhos on-line;
♦ Sistemas interactivos (simulações, exercícios, etc.);
♦ Tutoria on-line/presencial;
♦ Tutoria com apoio da Inteligência Emocional e Estilos de Aprendizagem;
♦ Tutoria Inteligente (Sistemas Periciais);
♦ Ensino Assistido pela Web;
♦ Formação/Aprendizagem por Medida;
♦ Auto-Aprendizagem on-line;
4
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Concepção
Desenvolvimento
e Implementação
Organização
Logística e Gestão Tecnologia
da Educação/
Formação
5
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
in Modelo SAFEM-D
Fernandes, A. (2000)
Interactivo – Porque além de cada aprendente sentir que o computador o desafia a interagir
com ele próprio, pode interactuar com os seus colegas de turma, equipa e tutores
(professores/formadores).
Aberto – Porque o modelo propõe várias abordagens didáctico pedagógicas, que incluem
processos que pressupõem tecnologias distribuídas, interactivas e colaborativas mas,
paralelamente, promove cursos no espaço virtual em moldes similares aos presenciais
(calendarizados) e cursos abertos em auto-estudo acompanhado. Por último, promove
também a Aprendizagem por Medida, logo, aberta a diferentes gruas de conhecimento,
rastreados por Avaliação de Diagnóstico.
6
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
O curso ou a acção de formação pode ser dividido em Disciplinas ou Módulos e estas, por
sua vez, devem ser subdivididas por temas designados por Unidades ou Unidades
Temáticas, as quais contêm uma ou mais Sessões, também designadas por Aulas Virtuais.
Até aqui as divisões são meramente estruturais, uma vez que os conteúdos vão estar
contidos ou vão ser colocados no Tópicos.
Este modelo taxionómico apresenta enormes vantagens. Para além de ser um standard
usado nas mais conceituadas universidades de ensino a distância a nível mundial,
apresenta benefícios funcionais na concepção dos conteúdos, entre outros, porque os
diferentes especialistas (autores, pedagogos, web designers, etc.) ficam na posse de uma
7
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Modelo de três vias de Aprendizagem (Aulas Virtuais Teóricas, Aulas Virtuais práticas
e Sistema Paralelo de Treino:
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Via 1 - Aprendizagem com base na Avaliação de Diagnóstico, Aulas Virtuais Teóricas, Auto-
Avaliação por aula e Avaliação Intercalar, apoiadas pela tutoria pró-activa e pelo controlo de
qualidade dos conteúdos e da avaliação.
Nesta via, o apoio tutorial deverá ser, maioritariamente, pró-activo, apoiado no perfil
biopsicossocial do estudante, que é o mesmo que dizer, Estilos de Aprendizagem,
Inteligência Emocional, conhecimentos, etc.
1)
Aulas Virtuais Auto-.Avaliação
Teóricas 3) Controlo dos Servidor
conteúdos 4) 2)
Nota: - Os números 1); 2); 3); etc. demonstram como se desenvolve cada uma das fases do
modelo. Mais à frente, na descrição funcional do SAFEM – D, poderá ver uma explicação
detalhada.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Via 2 – Aprendizagem com base nas Aulas Virtuais Práticas, orientadas pelos Estilos de
Aprendizagem e pelas estratégias que estes aconselham (Estilo Activo, Estilo Reflexivo,
Estilo Teórico e Estilo Pragmático).
Cada estudante tem um estilo muito próprio de aprender, daí que seja possível facilitar a
aprendizagem e diminuir o tempo da mesma, se a parte prática for desenhada de acordo
com estratégias personalizadas. Por exemplo, num curso da área da medicina, se o médico
for de estilo activo vai querer trabalhar com pouca informação: queixas do doente, meios de
diagnóstico e pouco mais. Se
lhe forem fornecidos mais elementos práticos para ele trabalhar, raciocinar e tomar a
decisão final, ele irá lê-los, mas um após outro, serão colocados de lado e não lhe vão servir
para fazer o diagnóstico. Isto significa que lhe demos mais informação do que o seu estilo
comportava e fizemos com que ele perdesse muito tempo. Ao invés, se o médico fosse de
estilo reflexivo, necessitaria de todos os dados já fornecidos da anamnese do doente e,
provavelmente, de outros dados ou exames complementares.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Via 3 - Aprendizagem com base na dinâmica de grupos, no PBL (Problem Based Learning),
no método de estudo de casos, nos jogos pedagógicos, nas simulações, no trabalho em
equipa cooperativo e na tutoria pró-activa, em suma, no Sistema Paralelo de Treino por
meios on-line.
Fá-lo-á, realizando trabalhos em equipa de diversa índole liderados, num primeiro momento,
por um dos membros da equipa e, posteriormente, discutidos no Fórum ou noutra
ferramenta on-line com o tutor (Tecnologias Colaborativas dominadas pelos modelos de
aprendizagem Cognitivistas e Construtivistas).
Esta via prepara o formando/aluno para a vida prática, onde ele, além de realizar tarefas com
base nos conhecimentos adquiridos nas fases anteriores, deve fazê-lo em equipa. Portanto,
o treino e as competências adquiridas nesta via são essenciais para um desempenho
profissional de excelência, onde a plurivalência (fazer bem logo da primeira vez) é a palavra-
chave de uma carreira de sucesso, daí que, tudo seja experimentado em moldes muito
próximos da vida real: casos, resolução de problemas, projectos, propostas, etc. De um
modo geral, as fases de conclusão dos trabalhos práticos coincidem com a avaliação
intercalar contínua (Avaliação de Sessão e de Unidade).
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
5)
6) 7) 8) 9) n) 10)
Vamos terminar a apresentação deste modelo de três vias de aprendizagem fazendo a sua
descrição funcional:
A Plataforma de e-Learning a utilizar nesta fase (por exemplo, a NetForma) deve conter um
sistema automático para controlar a qualidade dos conteúdos/avaliação. Este deve funcionar
através da auto-avaliação e de um algoritmo estatístico matemático capaz de, a partir das
médias dos alunos/formandos que frequentam cada curso, informar os tutores onde há
matérias ou testes que não estão de acordo com os objectivos ou mal elaborados.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Pela primeira vez na História da Pedagogia, diremos que é possível, com uma margem de
erro pequena, controlar os diferentes recursos pedagógicos, percebendo se são
compreendidos e aprendidos pelos alunos do modo como os seus autores os imaginaram,
pois há um feedback permanente dos alunos/formandos sobre a aprendizagem, com base
nas médias da auto-avaliação e de outros indicadores estatísticos referentes à utilização das
ferramentas electrónicas. Como este controlo pode ser feito diariamente, se o desejarem, os
autores procedem à correcção dos desvios a partir dos dados fornecidos pela Plataforma.
Obviamente, este controlo é recíproco, dado o sistema que analisa os conteúdos ser o
mesmo que verifica os testes.
Poder-se-á dizer que o e-Learning atinge aqui algo que jamais foi possível fazer no Ensino
Presencial, uma vez que, de forma contínua, cada aluno/formando sabe exactamente o que
aprendeu, em paralelo com o professor/formador que também sabe o que ensinou, pois são-
lhe fornecidos indicadores rigorosos das diferentes fases de aprendizagem (Aulas Virtuais,
Trabalho em Equipa, Fóruns, etc.). Estas ferramentas on-line devem ainda indicar os índices
alcançados: eficácia da matéria (autores, web designers, consultores pedagógicos, etc.),
índices de dificuldade e de distractibilidade de cada pergunta (escolha múltipla, verdadeiro e
falso, etc.), Curva de Gauss das provas, etc.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
2) Servidor
O controlo pedagógico de um sistema de e-Learning e da sua mais valia sobre alguns dos
modelos presenciais advém do facto da informação estar concentrada e centralizada no
Servidor. Os alunos/formandos quando respondem a um teste estão a fazê-lo directamente
neste equipamento central, o que proporciona imensas hipóteses de trabalho:
As Aulas Virtuais propostas pelo modelo SAFEM - D apresentam dois formatos típicos:
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
• Aulas Práticas – Para que estas respeitem o modelo SAFEM - D, a Plataforma Web
a ser usada, deve conter uma ferramenta que possibilite o diagnostico dos Estilos
de Aprendizagem, pois será a partir deles que cada aluno ou formando frequentará
uma aula prática específica, a qual respeitará completamente as suas estratégias de
trabalho.
As Aulas Virtuais Teóricas são uma das principais fontes de conhecimento que irá ser
exercitado e treinado (transformado em competências) nas outras duas vias do sistema:
Aulas Práticas e Sistema Paralelo de Treino, onde todos os temas serão abordados de uma
forma tão pragmática e próxima da realidade quanto possível.
5) Trabalho em Equipa
O trabalho em equipa faz parte da Via 3 do modelo SAFEM - D e pretende aproximar o mais
possível a escola à vida profissional. Temos de saber, mas também temos de saber fazer e
de saber estar, porque é da conjugação destas três vertentes que depende o resultado final
do nosso trabalho. Dito de outro modo, temos de transformar o dado em informação e esta
em conhecimento, para finalmente se chegar às competências. Tudo vai depender da
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
• Orienta o aluno, indicando as partes da matéria onde ele tem mais dificuldade;
Também é nesta fase que é feita a entrega aos alunos/formandos dos diferentes recursos
destinados ao Sistema Paralelo de Treino: casos, jogos, problemas, etc. Sendo cíclica,
acontece sempre no início de cada período e deve ser definida pelo tutor ou pela equipa de
conceptores.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Nos períodos aqui referenciados por 7, 8, 9 o modelo SAFEM - D sugere que se faça uma
avaliação intercalar abrangente, bem como, seja usado em pleno o Sistema Paralelo de
Treino, de modo alcançar os objectivos e a dar uma dimensão prática aos conteúdos
estudados nas Aulas Teóricas, transformando uma parte significativa do conhecimento em
competências.
A Avaliação Final deverá ser sempre presencial se o âmbito do curso for educacional ou
académico, pois só assim se poderá garantir o controlo da fraude, mas se o mesmo
pertencer à Formação Profissional o caso muda de figura, dado depender da decisão de
cada organização, esta pode ter interesse em que o formando demonstre o conhecimento
que adquiriu, apenas no desempenho das tarefas. Contudo, quando se fala em avaliação
presencial não significa abandonar o on-line, quer isto dizer que, esta importante forma de
certificação pode ser feita a distância, desde que a sala onde estão os computadores
conectados à Internet esteja submetida a um processo de vigilância similar ao que acontece
nas provas tradicionais.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Para competir com vantagens tão poderosas, que advêm do facto do Ensino Presencial
estar mais próximo da forma de viver de todos nós, ou seja, em sociedade, o Ensino a
Distância teve de se apoiar fortemente na Pedagogia, na Psicologia da Aprendizagem e na
Didáctica das TIC, para construir metodologias e técnicas que, actualmente, já atingiram um
elevado nível de sofisticação: Plataformas de e-Learning, Simuladores, Desktop
Conferencing, Messenger, Tutores Inteligentes, etc. que, na nossa opinião, serão difíceis de
igualar por outro sistema de ensino/aprendizagem.
Os suportes do Ensino a Distância são múltiplos, contudo, aquele que assume maior
destaque na actualidade é o e-Learning, tanto no formato “puro” como conjugado com a
formação/ensino presencial (b-Learning). Existem no mercado vários tipos de soluções,
tanto no âmbito tecnológico como de gestão da aprendizagem, sem que se vislumbre
grandes diferenças entre as diferentes aplicações, excepto nos modelos pedagógicos, onde
há diferenças abissais, pois sabe-se hoje que é este vector que define o sucesso ou
insucesso de um projecto de ensino/aprendizagem a distância de matriz electrónica.
As aulas virtuais teóricas e práticas do e-Learning são o resultado final do esforço conjugado
de uma equipa, onde os autores do texto base, os consultores pedagógicos e os web
designer/programadores assumem um papel de relevo. Quando o autor concebe uma dada
parte da matéria (unidade, sessão ou tópico), esta terá de ser analisada conjuntamente pela
equipa, para que o texto possa ser adaptado ao suporte seleccionado, ajustado às
características e ao perfil de aprendizagem da população alvo e moldado de acordo com o
nível cognitivo definido nos objectivos, em íntima relação com os outros meios didácticos e
com a avaliação.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Em suma, conceber conteúdos para a Internet/Intranet, não é o mesmo que escrever para
um manual em papel ou para um CD-ROM/DVD, nem desenvolver matéria no domínio
cognitivo memorização é o mesmo que criá-la para níveis mais avançados como a análise
ou a síntese. Este será o papel destinado à Didáctica das TIC e aos seus actores.
Será, então, legítimo concluir que o isolamento dos alunos/formandos, tantas vezes
responsável pela baixa qualidade da aprendizagem e abandono precoce de cursos de
Ensino a Distância pode, actualmente, ser completamente ultrapassado devido ao aumento
da interactividade, quer das pessoas entre si, quer dos materiais pedagógicos, o que torna o
processo de ensino/aprendizagem mais aliciante, motivador e prático, em suma, eficaz.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Pedagogia
Organização
Gestão Tecnologia
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Assim, estes profissionais com elevadas exigências de formação contínua estão fisicamente
afastados da escola da sua preferência e, em face disso, procuram outras alternativas. Esta
pesquisa é, muitas vezes, infrutífera, quer pela ausência de cursos ou de áreas de
especialização, quer ainda pelo grau de qualidade ou de notoriedade do estabelecimento
onde as matérias estão a ser ministradas. Portanto, cabe às instituições educativas, com
destaque para as Universidades, a responsabilidade de dar resposta aos anseios,
expectativas e necessidades dos seus graduados ou, mesmo, de qualquer outro candidato
que procure cursos ajustados ao seu modo de vida, aos seus horários e à sua localização
geográfica.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Porém, a tão desejada redução dos custos não foi nem é imediata, pois o e-Learning no
curtíssimo e mesmo no curto prazo é mais dispendioso que o presencial, a não ser que o
grupo alvo seja logo muito numeroso. Esta diminuição da despesa dependerá da tipologia
dos conteúdos e da duração da acção, no entanto, existem casos em que o curso pode ter
despesas similares ao presencial com apenas 50 alunos/formandos, mas no intervalo entre
100 a 150 pessoas, de um modo geral, logo na primeira edição o curso deixa de dar
prejuízo. A maioria das experiências realizadas em Portugal, onde o número de
participantes foi superior a 500, demonstrou que está metodologia era logo, na fase de
arranque, altamente rentável.
Para que se tenha uma ideia do crescimento exponencial do Ensino a Distância devido ao
impacto das Tecnologias da Informação e da Comunicação, já em 2000 havia à escala
mundial mais de 20 milhões de pessoas a estudar através desta metodologia. Estima-se que
este valor duplique entre 2004 e 2005.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Ao fazermos uma viagem pelo tempo, por civilizações tão antigas como as Chinesa,
Egípcia, Grega e Romana, podemos constatar que, durante um longo período que vai até ao
Renascimento há, obviamente mudanças, mas não suficientemente fortes para provocarem
grandes alterações em áreas chave do desenvolvimento global, como os meios de
transporte, as comunicações, a educação, a medicina, a física, a química, para só citar
algumas das principais. Em suma, a “ciência” e a técnica atravessaram estes séculos sem
sofrerem alterações de vulto.
Ainda não chegámos ao momento de nos teletransportamos, mas podemos andar no TGV a
mais de 300 quilómetros por hora ou, viajarmos de um continente para outro num avião
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Operacionalizando o saber, com o saber fazer e o saber estar, podemos criar uma dinâmica
tendente à pedagogia do sucesso, que ajuda os não motivados, os pouco persistentes e os
de menor potencial a integrarem as diferentes actividades, mentais e psicomotoras, nas
múltiplas dimensões do cérebro e da personalidade, aproximando, numa óptica cientifica, a
Neurociência, as Ciências da Educação e a Psicologia da Aprendizagem, usando na
interacção e na acção dos grupos, processos em rede, tão caros às TIC - Tecnologias da
Informação e da Comunicação.
Embora todos saibamos que há uma relação directa entre a prosperidade dos Países e o
aumento das qualificações e da escolaridade, só se podem medir os impactos da Educação
e da Formação Profissional na economia, do médio a longo prazo, pois contribuem
indirectamente para a produtividade e os resultados só são visíveis, nalguns casos só duas
décadas depois, o que tem como consequência que os grandes investimentos privados e
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
públicos nunca sejam feitos, preferencialmente, nestes sectores. Este facto explica, mas só
em parte, que no início do terceiro milénio estejamos a ensinar quase como no início do
primeiro. Como é óbvio, foram feitos grandes progressos no âmbito da massificação da
escolaridade, dado que no passado só estudavam as elites, mesmo assim, a evolução dos
métodos, das técnicas e do tempo de aprendizagem não acompanhou os ventos da história.
Depois da “ditadura” Behaviorista, com início na primeira década do século XX e fim nos
anos 60 (pese embora o facto de ter dado e, ainda dê, um fortíssimo contributo para as
Ciências da Educação, principalmente com os trabalhos de Pavlov, Watson, Guthrie,
Thorndike, Hull, Skinner e mais tarde com as pesquisas sobre o condicionamento por
imitação e aprendizagem social: Bandura, Lorenz, Tinbergen e Rosenthal), nasceu uma
nova era com a designação genérica de Teorias Cognitivistas, onde pontificam figuras como
Piaget, Vigotsky, Luria, Ausubel, Rogers, Maslow, Gagné, Newell, Simon, para só citar
alguns dos mais influentes. Este novo período poderá mesmo ser considerado uma
revolução na forma de aprender e de ensinar, embora ainda aguarde uma generalizada e
eficaz implementação prática na educação ao longo da vida., como lhe chamou Donald
Super (1970).
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
As nossas investigações no campo da Didáctica das TIC demonstram com grande evidência
que a eficácia da implementação dos diversos modelos de condicionamento, está mais
ligada à natureza das tarefas do que ao sujeito que aprende. Podemos ter serralheiros e
médicos a aprender por estímulo/resposta numa dada fase do processo de
ensino/aprendizagem e, noutra, através de estratégias mais cognitivas. Obviamente os
modelos construtivistas (Piaget, Vigotsky) são aplicados desde as idades mais precoces, o
que ilustra que a escolha do processo de aprendizagem advém mais da tarefa do que de
variáveis pessoais. Para aprender a utilizar um equipamento, seja ele de uma sofisticada
unidade de cuidados intensivos de um hospital ou um aparelho agrícola, o mais indicado
será segmentar a tarefa nos seus elementos mais simples e treinar as pessoas associando
a cada estímulo uma determinada resposta.
Portanto, todos os pressupostos de Skinner, bem como dos outros autores Behavioristas,
continuam a ter total aplicabilidade nos nossos dias, em particular, no universo das TIC. Em
suma:
• Caracterizar, com rigor, qual é o comportamento final que queremos que a pessoa
alcance - objectivo operacionalizado (Taxionomia de Bloom, 1975 e verbos activos);
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
• O reforço deve ter uma forte componente social e estar adequado ao destinatário.
Pode, obviamente, ser mediatizado e fornecido por meios multimédia;
• O reforço deve ter uma natureza contingencial, isto é, deve ser aplicado logo após o
sujeito ter realizado a acção com sucesso, excepto, quando se quer treinar a
capacidade de adiar a recompensa. Esta modalidade é muito complexa de
implementar;
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Para a Didáctica das TIC e, em particular, para os sistemas multimédia on e off-line, a visão
gestáltica da aprendizagem oferece-nos os seguintes pontos de reflexão:
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
• Cada conteúdo deverá sempre ser apresentado de forma que seja nítida a diferença
ente a “figura e o fundo”, ou seja, entre os conceitos e o contexto mais amplo, de
modo a que sejam facilmente detectados os contextos mais alargados e as conexões
lógicas entre eles;
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Outro dos autores cognitivitas, cujo trabalho deve ser integrado na Pedagogia das TIC é
Adam (1984) e a sua Teoria Sinérgica, cuja estruturação base assenta nos seguintes
pontos:
Portanto, tal como propõe Adam, a participação voluntária do adulto é essencial, pois o
processo de ensino/aprendizagem tem de ser gerador de um alto nível de motivação
intrínseca provocado por todos os actores do processo e pelo próprio Modelo Pedagógico.
Por exemplo, o SAFEM-D (Sistema Aberto de Formação e Ensino a Distância) usado em
muitos cursos de e-Learning, para além de colocar os alunos sobre uma tensão constante,
gerada pela avaliação contínua on-line e pela acção pró-activa do tutor, exige ainda que a
equipa se controle a si própria através da produção de trabalhos e da discussão dos
mesmos em Fóruns (Fernandes, A. 2000).
Infere-se, portanto, do modelo de Adam que, para além da maturidade dos sujeitos, a
participação activa de todos é essencial e os conteúdos devem ser desenhados de acordo
com a tipologia dos destinatários, em particular, os exemplos devem ser retirados do habitat
do grupo alvo, ou seja, se os discentes forem professores, só devem ser dados casos sobre
situações escolares, se forem bancários, as situações concretas já devem ser sobre a
Banca.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Nos Fóruns, Chats e na discussão na Sala de Aula o respeito mútuo é essencial para que
exista uma aprendizagem eficaz, para isso, o conhecimento do professor, tutor e formador
sobre psicopedagogia é essencial. Estes devem também possuir instrumentos que lhes
possam dar informações, tanto quanto possível aproximadas das características de cada
participante, pois só assim cada um deles poderá animar e orientar um grupo que se quer
vivo e activo, mas cujos membros saibam respeitar as ideias dos outros e tenham um
sentido crítico apurado.
Com a reflexão crítica procura-se contrariar uma tendência natural dos alunos para apenas
estudarem a matéria que é alvo dos exames, principalmente, se estes são adultos. Deve
ser-lhes dada a oportunidade de estudarem matérias adjacentes que os conduzam à
reflexão e à descoberta. Para isso, o modelo SAFEM-D, já referido anteriormente, recorre a
um Guião da Aula subdividido em conteúdos essenciais ou básicos (depende do contexto),
secundários e complementares (Fernandes, 2004), dando ao utilizador a noção exacta
daquilo que ele necessita para um desempenho profissional eficaz, por exemplo, e depois
indica aquilo que pode ter significado para se atingir a excelência.
Como o próprio nome indica, a reflexão e acção pode ser aplicada em todos os graus de
ensino mas, obviamente, adquire um significado especial nos cursos onde os alunos já têm
experiência profissional. O processo de ensino/aprendizagem para ser eficaz tem de ser
cíclico, isto é, onde o modelo didáctico promova a alternância das diferentes fases de
aprendizagem: teórica, teórico-prática (individual e em equipa), prática através da dinâmica
de grupos, de modo a trabalhar outras dimensões (saber ser, por exemplo) que não estão
directamente presentes nos conteúdos, etc.
Os adultos gostam de aprender “coisas” com sentido prático, que possam aplicar na sua
profissão e para além dela. Portanto, na Didáctica das TIC, quando nos preparamos para
desenhar um curso devemos ter em conta esta constatação como sendo um elemento
chave na orientação que vamos dar ao nosso produto de formação. Por essa razão, o
SAFEM-D, que mais à frente será explicado com detalhe, está organizado num formato de 3
vias: Aulas Virtuais Teóricas, Aulas Virtuais Práticas e Trabalho em Equipa on-line.
Paralelamente, tem uma estrutura triangular: Avaliação, Tutoria e Dinâmica de Grupos e
Testes, Trabalhos e Discussão e Observação, operacionalizado e sustentando
conceptualmente este modelo na Pedagogia, na Organização e na Gestão e na Tecnologia
(Fernandes, A. 2000).
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Assim, pode dizer-se que o SAFEM-D conduz a uma exploração dos diversos tipos de
conteúdos, promovendo a reflexão, a resolução de problemas, a realização de casos
práticos e de simulações, tanto no plano individual como em equipa. Pode dizer-se que é um
modelo que se apoia no estímulo/resposta e no reforço porque promove actividades que
visam apenas alterar o comportamento e, através da repetição, promover desempenhos
eficazes, mas também se apoia nos diversos modelos cognitivistas, porque dá ao indivíduo
e à equipa a possibilidade de construírem o seu próprio caminho e a sua aprendizagem.
Como diria Piaget: exploram o ambiente, tornam-se parte dele, transformam -no e
incorporam-no em si mesmos.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
“Através da dinâmica de grupos, este modelo de interacção social que pertence a corrente
sócio-técnica, procurou reunir informação sobre os sentimentos das pessoas e a relação
destes com os seus problemas, bem como dar oportunidade aos diferentes membros de um
curso ou organização, para que os pontos de vista de uns chegassem aos outros; em
resumo, o que este modelo fez foi usar, entre outras, técnicas de tipo grupo-análise na
gestão e dinamização de equipas.” (Manual de Sociologia, Fernandes, A. 1995).
Diz-nos Alonso e Gallego (2000) que “Um dos ensinamentos preferidos de Sócrates era o
‘conhece-te a ti mesmo’, todavia, quando tratamos de conhecer o nosso cérebro
encontramo-nos com um órgão de 1.500 gramas composto por quase um bilião de células
altamente especializadas e extraordinariamente bem conectadas. Fica-nos a dúvida, muito
fundamentada, se é possível este autoconhecimento.”
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
‘programas’, o cérebro deve avaliar a situação e eleger aquele que apresenta a melhor
mistura e que resolva a situação apresentada (Hart, 1982).
Para ser eficaz, qualquer sistema educacional ou de formação profissional necessita de ter a
montante um processo de diagnóstico que possibilite a auto e hetero-orientação, colocado
numa fase muito precoce. Dito de outro modo, é indispensável diagnosticar em tempo útil as
características de cada aluno/formando e, a partir dessa informação, orientá-lo recorrendo a
estratégias que o ajudem a aprender a aprender. Idealmente, o sistema deveria avaliar
também o professor/formador de modo a poder auxiliá-lo na concepção das aulas, sejam
estas presenciais ou virtuais, bem como na selecção do modelo didáctico que mais se ajuste
às suas característica, à tipologia dos materiais e às idiossincrasias do grupo.
Apercebemo-nos, pela experiência do dia-a-dia, que cada sujeito tem uma forma própria de
aprender. Também não temos dificuldades em concluir que podemos agrupar as pessoas
por características ou afinidades que resultam da forma como aprendem. Em suma,
empiricamente constatamos que temos diferentes estilos de aprender. Ao mesmo tempo
sentimos que as exigências da sociedade actual nos conduzem à seguinte conclusão: o
aprender a aprender vai converter-se numa das competências básicas e indispensáveis à
nossa sobrevivência social. Alvin Tofler (1991) no seu livro a Mudança e o Poder defende a
tese que, nas sociedades modernas, o poder se constrói tendo como suporte o
conhecimento.
Numa sociedade como a portuguesa, que acumula erros educacionais há muitas gerações,
fazendo investimentos na educação e na formação sempre numa óptica do curto prazo, o
que nos tem colocado na cauda da Europa, urge resolver o problema da preparação dos
jovens para a vida laboral, em paralelo com os da formação contínua, a reciclagem e a
orientação dos que já se encontram no sistema de emprego. Neste iníc io de século e de
milénio, esta mudança essencial para a nossa sobrevivência enquanto Nação, vai obrigar-
nos a uma reflexão que, inevitavelmente, deverá ter consequências práticas, se não
queremos afastar-nos ainda mais deste continente onde estamos, por direito próprio, há
mais de 8 séculos.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
• Que implicações pedagógico didácticas pode ter cada estilo diagnosticado e que
repercussões ou que impacto terá na carreira académica e profissional de cada um
de nós?
Para se entender melhor o nível e as conexões destas premissas, será importante fazer
uma breve reflexão sobre os Estilos de Aprendizagem e sobre os Estilos de Ensinar. É hoje
um lugar comum dizer: “as pessoas aprendem de forma diferente umas das outras” resta
saber como o fazem. Muitas investigações têm demonstrado que uns sujeitos organizam a
informação de modo muito diverso: linear, sequencial, global, etc. Podemos então começar
por reflectir, num âmbito didáctico pedagógico, a eficácia dos modelos de ensino
apresentados como uma solução única, quiçá, a melhor para cada pessoa ou grupo alvo,
num determinado momento da evolução do conhecimento.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
O principal problema não se situa ao nível da utilidade dos Estilos de Aprendizagem, mas
sim no seu diagnóstico preciso e rigoroso ou, mais ainda, na concepção de planos de
estudo, de didácticas e de estratégias rigorosamente montadas de acordo com o ou os
estilos dominantes. Para montar as tão ambicionadas estratégias e planos de estudo não é
importante o sistema de ensino (presencial, distância, alternância, etc.), nem a faixa etária
dos estudantes ou a tipologia dos conteúdos, mas o modelo que queremos implementar
para provocar a mudança de atitudes.
Kolb (1976) propõe-nos metodologias e processos de treino que capacitem o aluno com o
mesmo grau de proficiência em todos os estilos. Honey (1986), considera mais eficaz fazer
o diagnóstico e, depois, a partir do estilo ou estilos dominantes (Reflexivo, Activo, Teórico ou
Pragmático) ensinar-se o sujeito a aprender a aprender de acordo com as características
evidenciadas no perfil de aprendizagem, obviamente, atendendo sempre ao contexto e às
componentes afectivas.
Os trabalhos de Rita e Kenneth Dunn (1984) são bem demonstrativos da importância dos
factores ambientais para a aprendizagem, muito embora a sua aplicação prática seja de
difícil implementação, pois o ambiente escolar ou mesmo o da formação profissional não
são tão moldáveis como possam parecer à primeira vista. Contudo, fica-nos o rigor
metodológico dos trabalhos e a certeza da importância de agir em função dos estímulos do
37
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
ambiente. Há, porém, uma “nova luz ao fundo do túnel”, que nasce com as TIC e com o e-
Learning, dado ser hoje possível controlar no espaço virtual o habitat de cada sujeito, por
exemplo, a luz, o som e a temperatura, ideais, tal como estes autores propõem.
O modelo dos Dunn, embora surja no universo dos modelos cognitivos, tem muitas
semelhanças conceptuais com o Behaviorismo de Skinner de comportamento/reforço. Este
modelo apoia-se na regulação do equilíbrio das diferentes necessidades e, através dele, o
ser humano alcançará o pleno da aprendizagem. É evidente que o homem é um ser
complexo, o que significa, na nossa opinião, que não será suficiente mudar mecanicamente
os estímulos para obter êxito, embora seja para nós evidente que a conjugação adequada
de factores como a luz, a temperatura, a adaptação ergonómica dos espaço, para só
citarmos alguns, poderá ter profundas implicações na eficácia da aprendizagem.
Importa reforçar, desde já, que não foi encontrada nenhuma evidência ou relação directa
entre os Estilos de Aprendizagem e a Inteligência, se esta for encarada como mera medida
de QI (Quociente de Inteligência), ou seja, pode ser-se Reflexivo e possuir um QI de 95 ou
de 150, no entanto, admitimos poder haver uma relação entre os Estilos e as Aptidões
(estas são, para muitos autores, subconjuntos da Inteligência), dado que um sujeito Activo,
por exemplo, pode ter uma forte aptidão para os negócios, o que implica um determinado
número de características que advêm do percurso do indivíduo, do seu meio cultural e da
sua base biológica. Em suma, ter aptidão para o negócio deriva de um leque de factores,
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Nos estudos de Gardner (1983) sobre as Inteligências Múltiplas, este autor de certo modo,
procura fazer a ponte entre as Aptidões e a Inteligência Emocional, pois cria conceitos que,
de certo modo, se afastam dos modelos tradicionais de QI e do Factor Geral (Wechsler,
1965 e Spearman, 1961) e interliga cada inteligência com uma aptidão específica
(inteligência linguística, inteligência musical, etc.), mas também lhe dá uma dimensão
afectivo emocional (inteligência interpessoal, intrapessoal, etc.).
Ao contrário do modelo de Rita e Kenneth Dunn, onde cada sujeito reage positivamente em
função das condições ideais ou próximas deste ideal, Kolb (1976) constrói uma sequência
de quatro etapas (Seguindo os parâmetros dos quatro estilos. A génese deriva da interacção
sujeito/meio desde os primeiros anos de vida) destinadas a moldar a pessoa para um
determinado Estilo de Aprendizagem através do treino, da reflexão e de estratégias de
mudança. Estas mudanças tornar-se-ão cada vez mais estáveis na idade adulta.
Kolb apresenta um modelo e estratégias para a sua implementação, no qual refere que as
pessoas que se fixam na Experiência Concreta são as que se acomodam ao que é
objectivo e observável, logo, assumem uma postura de acomodação (Acomodadores).
Quando adoptam um comportamento de Observação Reflexiva olham para a realidade que
os cerca de uma forma divergente (Divergentes), que é o mesmo que dizer, nada deve ser
aceite sem analisar outros caminhos. Se, ao invés, as pessoas se fixarem mais na
Conceptualização Abstracta, isto é, num pensamento sem objecto, entram na categoria
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
dos que assimilam (Assimiladores) que, como o nome indica, procuram ter a sua tónica no
acto de assimilar conhecimentos no interior da mente, para os trabalhar de um modo criativo
mas, obviamente, com forte pendor abstracto. Finalmente, se os sujeitos desenvolvem
comportamentos onde a Experimentação Activa é soberana, isto significa que, para eles, a
experimentação e a acção são geradoras de convergência (Convergentes) de ideias que
conduzem a novas acções e novas experiências.
Não há incompatibilidade entre os modelos dos Dunn e de Kolb, poder-se-á mesmo dizer
que são complementares, dado que o primeiro diagnostica os Estilos de Aprendizagem mais
numa vertente estímulo/comportamento/reforço embora, como é óbvio, sem descorar os
aspectos emotivos e sociais. O segundo, tem subjacente o modelo peagetiano de
assililação-acomodação, onde a componente biológica e psicológica se adapta às
transformações exteriores que, elas próprias, geram adquirindo um capital de enorme valor
que é a experiência.
Numa óptica estrita de orientação escolar e profissional, Honey, Mumford, Alonso e Gallego,
preconizam, ao invés de Kolb, que o questionário de diagnóstico não seja um fim mas um
meio. Nesta acepção, entendem que o Exame Psicológico, que obviamente contém
diferentes tipos de testes destinados a avaliar as várias potencialidades do sujeito:
Inteligência, Aptidões, Atitudes, etc. deve conter também um Questionário de Estilos de
Aprendizagem. Sugerem, ainda, criar um guia prático que ajude e oriente o indivíduo para o
aumento das suas competências, melhorando as diferentes estratégias de abordagem das
matérias. Preconizam que nas escolas o modelo seja extensivo aos docentes e, nas
empresas, aos colegas e à estrutura hierárquica.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Para os autores citados no parágrafo anterior, o objectivo central do estudo dos Estilos de
Aprendizagem é o aperfeiçoamento de uma ferramenta de diagnóstico que seja eficaz na
caracterização de tendências e na captação da forma de aprender que cada indivíduo foi
desenvolvendo ao longo da vida, de modo a permitir conhecer como é que este aborda um
ciclo que contém vivências relacionadas com a experimentação, a reflexão, a elaboração de
hipóteses e aplicar todas estas conclusões à vida prática.
O objectivo principal do modelo preconizado por estes investigadores, para além de procurar
dar um grande detalhe às descrições de cada um dos Estilos de Aprendizagem, é criar
condições para o diagnóstico “conhece-te a ti mesmo”, bem como o concomitante reforço e
aproveitamento exaustivo dos pontos fortes de cada pessoa (estilo ou estilos de
aprendizagem dominantes), sem deixar de treinar as outras potencialidades que o sujeito
possui em menor escala (estilos com menor pontuação no questionário), de modo a
alcançar as quatro competências necessárias à vida, que são os próprios estilos: Activo,
Reflexivo, Teórico e Pragmático.
No entender destes autores, o ideal seria (difícil de alcançar) cada indivíduo adquirir as
estratégias referentes a todos os estilos, porque na sociedade actual, se queremos atingir a
excelência, devemos dominar estas quatro competências com o mesmo grau de destreza.
Para melhor se entender os modelos de Kolb versus Honey, Mumford, Alonso e Gallego,
apresentaremos em seguida uma figura que integra ambos:
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A partir dos estudos de Kolb, Alonso,Gallego e Honey desenvolvemos uma matriz de dupla
entrada que nos permite estudar os estilos, de acordo com a adaptação à população
portuguesa do Questionário de Estilos de Aprendizagem (Fernandes, 2002), relacionando-
os com o grau das preferências (pontuação) e algumas áreas profissionais tipo. Assim, a
pontuação de cada um dos quatro estilos necessita de ser comparada com o padrão
português (tabela – norma), de modo a saber qual o grau das preferências que devemos de
colocar na matriz.
Estilos Preferências
Muito Alta Alta Moderada Baixa Muito baixa
Activo 14 -20 12-13 8-11 4-7 0-3
Reflexivo 18-20 16-17 13-15 9-12 0-8
Teórico 16-20 14-15 10-13 7-9 0-8
Pragmático 17-20 15-16 12-14 9-11 0-8
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Reflexivo
Estilos de Pragmático
Observação
Aprendizagem Experimentação Activa
Reflexiva
Acomodador/Concretizador Divergente
Pragmático-Activo Activo-Reflexivo
Acção Pessoas
Activo
Negócios, Actividade Psicologia,
Experiência Concreta
Comercial, Vendas, etc. Sociologia, Ciência
Política, História,
* etc.
**
Convergente
Assimilador
Teórico-Pragmático
Reflexivo -Teórico
Teórico
Organização
Ideias e Conceitos
Conceptualização
Abstracta Programação, Análise,
Matemática, Física,
Organização, Engenharias,
Astronomia,
Etc.
Química, Etc.
in Estilos de Aprendizagem
Fernandes, A. 1999
Para se realizar o diagnóstico dos Estilos de Aprendizagem, temos de determinar a qual dos
quadrantes a pessoa pertence ou se está em mais do que um. Com as pontuações
alcançadas no questionário, dever-se-á encontrar o grau de preferência através das tabelas
com as normas, escolhendo os dois estilos com maior pontuação relativa alcançada (Muito
alto, Alto, etc.).
Para se ter a noção de como é outras profissões ou áreas técnico científicas estão
representadas nesta Matriz, a título de exemplo, dir-se-á que o * representa os Enfermeiros
e os ** representam os Médicos.
Alonso, C. e Gallego, D. (1999) dizem que os estilos são “ algo assim como conclusões a
que chegamos acerca da forma como actuam as pessoas”. Dizem que podem ser muito
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O “e” que aprende
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úteis para classificar e analisar os comportamentos, mas têm também o perigo de servir de
simples etiquetas…
Mesmo que para alguns autores, os estilos possam ser algo de superficial, compostos por
comportamentos externos, para nós são bastante mais do que uma mera série de
aparências. Numa perspectiva fenomonológica, as características dos estilos são os
indicadores de superfície dos níveis profundos da mente humana: o sistema total de
pensamento e as peculiaridades e qualidades da mente, que um indivíduo utiliza para
estabelecer laços com a realidade. Deste ponto de vista significa que as características
pessoais, como a preocupação pelo detalhe e o recurso à lógica para determinar o que é
verdadeiro, a procura de significados e a necessidade de ter opções de escolha, não são
simples casualidades, mas expressões que derivam de elementos psicológicos.
Quando Gregorc (1979) e outros autores estudaram nos anos 70, os comportamentos
característicos dos alunos brilhantes, dentro e fora da aula, encontraram aspectos muito
contraditórios. Uns tomavam muitas notas, outros quase não anotavam uma linha. Uns
estudavam todos os dias, outros só na proximidade dos exames. Enfim, tudo isto ocorreu da
mesma maneira noutras áreas e actividades.
2. O tempo é controlado pela ordem e pela estruturação das realidades; ordem que
pode ser sequencial (linear ou por séries) ou aleatória (não linear);
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A autentica igualdade de oportunidades educativas para os alunos, não significa que estes
tenham o mesmo livro, o mesmo horário, as mesmas actividades, os mesmos exames… O
estilo de ensinar preferido pelo professor, pode significar um favoritismo inconsciente para
com os alunos que possuam o mesmo Estilo de Aprendizagem, o mesmo sistema de
pensamento e as mesmas qualidades mentais.”
Em pouco mais dos duzentos anos que vão da Revolução Industrial até aos nossos dias,
passámos do barco a vapor para os submarinos atómicos, do balão de hidrogénio para as
naves espaciais, dos carros de tracção animal para os modernos e rápidos meios de
transporte, dos mensageiros a cavalo e das diligências para as comunicações por satélite,
da “alquimia” para a fusão nuclear, das plantas medicinais para os antibióticos, das
ventosas, sanguessugas e sangrias para o transplante de órgãos, da moeda metálica para o
dinheiro de plástico, resumindo, em quase todas as áreas foram dados saltos de gigante,
excepto na Pedagogia e nas Ciências da Educação que continuam a apresentar métodos
semelhantes aos usados há muitos séculos atrás, havendo apenas algumas honrosas
excepções, das quais o e-Learning é um exemplo.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Esta pequena história de ficção científica, com “máquina do tempo”, é bem ilustrativa do
atraso das Ciências da Educação relativamente a outras áreas científicas, principalmente
quando confrontamos o seu lado prático, que são as aulas, as didácticas os meios
pedagógicos e os professores, em vez da vasta panóplia de modelos e teorias que existem
no corpo científico para darem apoio à educação e à formação, os quais, em muitos casos,
aguardam experimentação e implementação prática. É, de certo modo, o que se passa com
os Estilos de Aprendizagem.
O salto de gigante tão necessário às Ciências da Educação pode estar nas TIC. Contudo, é
preciso saber dosear o entusiasmo para não entrarmos no deslumbramento de alguns
engenheiros, os quais, maravilhados pela técnica, entendem que ela é um fim em si mesma
e não um meio e, a partir daí, julgam ter descoberto a “Pedra Filosofal”. Acontece um pouco
por toda a parte neste Mundo globalizado, com o advento da Telemática e da Internet, dado
ter havido uma explosão do Ensino a Distância e do Multimédia sem que este avanço tenha
sido acompanhado com os devidos cuidados pedagógicos e pela indispensável investigação
de suporte. Isto não seria perigoso se não estivessem envolvidas neste movimento
prestigiadas Universidades de todos os Continentes.
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Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Perceber o que é a inteligência humana numa óptica cortical e límbica, como o fazem o
neuroinvestigador António Damásio e o psicólogo Daniel Goleman é, sem dúvida, um bom
caminho, mas é urgente acelerar os estudos sobre instrumentos que possam medir com
rigor os estilos de aprendizagem, independentemente da idade dos sujeitos e do seu nível
cultural, em paralelo, com a criação de testes de inteligência emocional que sejam capazes
de avaliar com eficácia as suas múltiplas dimensões.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Emocional. Estes já possuem alguma fiabilidade, contudo, é necessário ir mais além e saber
como se pode aprender uma dada matéria em menos tempo, atendendo às idiossincrasias
do aprendente, às especificidades da matéria, à natureza dos meios utilizados, à tipologia
do método empregue e às características do sistema educacional ou de formação
profissional.
• Conceber uma Escola também com base no princípio do prazer e não só com base
no princípio da realidade.
Aprender à medida das necessidades e em função dos conhecimentos possuídos, pode ser
aplicado em qualquer sistema de ensino, todavia, a sua grande aplicabilidade será maior
nas populações com conhecimentos mais heterogéneos, como a formação profissional,
onde os portefólios do saber são muito diferentes de pessoa para pessoa, mesmo que
trabalhem ou tenham a mesma função. Como é fácil de compreender, as pessoas nas
organizações seguem trajectos diferentes, logo, o seu conhecimento vai ser condicionado
pelo próprio percurso e experiência.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Num passado recente, falava-se em ensino ou formação por medida, sem que isso
significasse que seria fácil levá-lo à prática, pois os suportes pedagógicos tradicionais eram
pouco maleáveis para a adopção deste tipo de abordagem. Hoje, a partir de um computador
ligado à Internet ou mesmo em off-line, colocado no local de trabalho, na escola ou em casa,
é possível construir cursos por medida de forma automática, a partir de uma Avaliação de
Diagnóstico.
Estes cursos têm por base uma Cursoteca que, com auxílio de um software especial,
geram acções de comprimento variável em função das necessidades do formando, através
de um algoritmo matemático estatístico e de um teste de diagnóstico, colocado a montante
do processo, que irá construir um curso rigorosamente à medida do desconhecimento do
utilizador, criando um produto verdadeiramente personalizado e de comprovada eficácia
didáctica, pois não se torna repetitivo ou redundante, dado que apenas terá a matéria que
este precisa de aprender. Com um sistema de cursos por medida, a formação profissional
responderá a um dos mais complexos e caros problemas que enfrenta há muitas décadas,
reduzindo substancialmente o tempo de aprendizagem, os custos e a própria motivação dos
sujeitos implicados.
Os produtos sucedem -se uns após outros (Banca, Seguros, Automóveis, Vestuários, etc.) e
as tarefas e funções mudam de uma forma vertiginosa, o que obriga a que as decisões
sejam feitas no curtíssimo prazo. Portanto, gerir o tempo como um recurso escassíssimo é
hoje a missão da maioria dos gestores. É neste cenário que os sistemas de educação e de
formação profissional têm de actuar, daí que seja imperioso estudar formas que abreviem a
aprendizagem, de modo a que a formação contínua acompanhe os valores, as atitudes e os
objectivos da nossa época.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
mundo do trabalho. Aí, as coisas mudam com tal celeridade que põem em causa a maioria
do que foi aprendido durante este período.
É evidente, que seria uma pura perda de tempo aplicar o Questionário LSQ/CHAEA nos
meios académicos (professores e alunos) quando à partida sabemos que o seu estilo
dominante é o Reflexivo. Portanto, as estratégias de estudo seriam as indicadas por Honey
e Alonso para este tipo de população alvo, no entanto, neste momento já é possível estudar
estratégias com base nos pares de estilos (ex. Teórico-Pragmático) apresentados
anteriormente, a partir da Tabela de Preferências e da Matriz de dupla entrada. Além de
mais, urge investigar a forma de segmentar cada um dos estilos em subestilos, de modo a
aumentar o grau de precisão destes instrumentos.
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O “e” que aprende
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um computador, pois este é o seu posto e a sua ferramenta de trabalho. Logo, não faz
sentido ensinar estas matérias sem o recurso ao equipamento adequado e este deve
permitir, com base no mesmo software, plena interactividade em todas as fases de
aprendizagem, além de uma avaliação contínua das mesmas, senão será uma pura perda
do tempo que nos é tão precioso.
Os Estilos de Aprendizagem aplicados às TIC têm sido estudados sobre várias perspectivas
por diversos investigadores (Guild, 1989; Klavas, 1990 e Schambert,1990). Burwell (1991)
relacionou os estilos com lições em vídeo disco interactivo, Smith (1994) recorreu aos jogos
e simulações por computador, relacionando-os com os Estilos Cognitivos e Geisert e Dunn
afirmaram: “ O uso inteligente dos computadores, pode servir com eficácia as necessidades
da educação, de uma maneira que nenhum outro instrumento pode fazê-lo” e Fernandes
(2003) estuda a aplicação dos Estilos de Aprendizagem e da Inteligência Emocional ao e-
Learning/b-Learning.
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O “e” que aprende
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Assim, quando se cria um curso ou uma disciplina para ser ministrada em suportes
multimédia on e off-line, de que o e-Learning é um exemplo, devemos recorrer a processos
interactivos (acção psicomotora) onde o som (música de fundo) funcione com um elemento
motivacional e estimulador emocional, o som (voz off) actue como uma dobragem das
palavras escritas, apresentando-as para serem estudadas numa das vias ou nas duas em
simultâneo. Finalmente, as imagens estáticas, animadas, vídeo e com interacção,
conjugadas com o som e com o texto oferecem uma resposta global e facilitadora da
condução da informação até ao cérebro.
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O “e” que aprende
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Conceber uma Escola com base também no princípio do prazer e não só no da realidade,
deve ser o objectivo central de pedagogos, professores, famílias e, porque não, do Estado.
Actualmente, uma das formas mais frequentes dos jovens se relacionarem é através da
Internet, na qual, gastam uma fatia significativa do seu tempo. O meio lúdico de excelência
para esta faixa etária é o dos jogos de computador, para os quais existe uma indústria cada
vez mais florescente e rentável. Há, portanto, que aproveitar a adesão natural dos jovens a
estes meios, colocando o marketing e a lógica destes sistemas tecnológicos ao serviço da
Pedagogia e da Didáctica.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
É também da máxima utilidade recorrer aos meios telemáticos, para que os alunos façam
pesquisa para os seus trabalhos, discutam com os grupos que ao longo do ano escolar se
vão criando para diferentes tarefas ou projectos de âmbito curricular (Grupos de
Discussão/Comunidades) através de Fóruns ou Chats presentes na maioria dos Sites
Educacionais e nas Plataformas de e-Learning. Entrar nesta via, é transformar a Escola num
local lúdico, onde se aprende por prazer e com muito menos esforço, criando programas
mistos onde a Internet e o off-line (CDs, DVDs, etc.) possam coabitar em perfeita harmonia.
Uma das questões que os Dunn levantaram com grande pertinência, relativamente às
ferramentas necessárias para fazer o diagnóstico aos estudantes, era o facto dos Testes de
QI (Quociente de Inteligência) e das Baterias de Aptidões avaliarem somente o potencial. Do
mesmo modo, os Testes de Personalidade, de Preferências Vocacionais, de Atitudes e
Valores, se reportarem sempre à conduta dos indivíduos e não às estratégias de estudo ou
à progressão na aprendizagem, bem como à forma ou processos a que os estudantes
recorrem. Ora, estes últimos indicadores são de importância vital para a orientação, mais até
do que aqueles que medem o potencial ou as aptidões.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Quando falamos do som, percebemos de imediato como é importante para o aluno poder
regular essa variável de acordo com os limiares de excitabilidade da sua atenção selectiva,
Broadbent (1958), Moray (1959) e Triesman (1960). Fica por saber, no modelo proposto
pelos Dunn, a praticabilidade de tal medida. Há, evidentemente, medidas que são mais
fáceis de tomar como, por exemplo, aconselhar o aluno a estudar de acordo com as suas
características: num grupo, em pares ou individualmente mas, ao nível de uma sala de aula
não será fácil regular esta variável, a não ser que se trate de uma aula virtual.
Com a luz passa-se algo de semelhante ao som, Neisser (1967) e Senders (1969) numa
óptica de atenção selectiva. Todavia, regular esta variável em ambientes de aprendizagem,
só é possível no auto-estudo ou em processos similares. Não parece razoável controlá-la
com eficácia na sala de aula, havendo um recurso que pode ser sempre utilizado como
facilitador: os meios tecnológicos e em rede, onde o sujeito é “dono” do espaço que utiliza.
A temperatura, embora não faça parte do suporte que gere ou que transmite a informação,
como acontece com as duas variáveis anteriores, ela actua como uma barreira à
aprendizagem, criando condições (in) desejáveis para quem estuda.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A motivação é a mais
importante de todas as
variáveis do processo
educativo, mas a mais
difícil de controlar. Ela
pode assumir várias formas,
divididas em dois grandes
subconjuntos: Expectativas
e Necessidades (Gagné
1987 e Maslow, 1950), os
quais derivam do conceito
de homeostasia e da noção
de (des) equilíbrio tendentes
a gerarem uma força para
um objectivo: a satisfação.
Mas as causas que estão na
origem da ausência de
insatisfação, não são as
mesmas que estão na base
da ausência de satisfação
(Herzeberg, 1979), às
primeiras este autor
chamou-lhes Factores
Higiénicos e às segundas
Factores Motivacionais.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A maioria dos modelos começam por considerar que a aprendizagem deriva sempre da
motivação (Gagné, 1987), contudo, as teorias e os processos para avaliar ou mesmo para
promover e planificar a motivação são muito diversos e difíceis de implementar, tanto na
educação como nas empresas. Se recorrermos à Teoria do Reforço (Skinner, 1930) e aos
planos de contingência do mesmo: prémios, promoções, reconhecimento, etc. pautamo-nos
por uma relação causal directa, que só funciona com determinadas pessoas e em algumas
situações.
Se a nossa estratégia apontar como meta principal a auto-realização (Maslow, 1950), temos
de organizar o plano motivacional dando, ou não, como adquirido que, na nossa sociedade,
as necessidades básicas estão alcançadas e que temos de gerar expectativas nas pessoas
através das necessidades sociais e do reconhecimento. Finalmente, se considerarmos que
há motivações efémeras mas que, em paralelo, existem outras mais duradouras (como o
gostar do que se faz) nas quais temos de apostar, nesse caso, devemos seguir o modelo de
Herzeberg (1979).
Todos sabemos que a massificação da educação depois de 1974, trouxe para a Escola
problemas complexos, consubstanciados na falta de estimulação social dos sectores mais
desfavorecidos, na má alimentação com efeitos na inteligência, na falta de regras
indispensáveis para suportar alguma frustração gerada pela obrigatoriedade da
permanência nas aulas, na interioridade e no subdesenvolvimento que esta gera, na falta de
oportunidades de determinadas zonas periféricas, bem como na falta de espírito para vencer
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O “e” que aprende
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A luta contra um atraso ancestral enquanto País e por uma Europa mais competitiva em
comparação com os Estados Unidos da América, deve nortear a nossa acção para o
aumento da escolaridade e das qualificações, actuando directamente sobre as variáveis
endógenas e exógenas. As primeiras variáveis podem ser estimuladas pelas propostas dos
Dunn para a motivação, mas é necessário o forte envolvimento dos professores, os quais
devem começar por desenvolver actividades que aumentem a sua auto-estima e que
promovam também a sua formação técnica e pedagógica, de que o Mestrado em
Informática Educacional da Universidade Católica Portuguesa é um bom exemplo.
A persistência não pode ser encarada fora da motivação, no entanto, a investigação tem
demonstrado haver diferentes graus de perseverança e de força de vontade em pessoas
bastante motivadas, o que nos conduz a admitir que a personalidade tem aqui um papel de
grande relevo. Todos sabemos, e a Psicologia Diferencial comprova-o, que há entre as
pessoas uma grande variabilidade, tanto ao nível das capacidades (inteligência e aptidões)
como dos valores e dos interesses ou na forma de aprender. Isto leva-nos a concluir que o
sucesso de um programa pedagógico deve jogar com um conjunto vasto de variáveis, pois
todas elas podem contribuir para dar eficácia à aprendizagem. A persistência na realização
de uma tarefa vai depender da capacidade para a realizar, da motivação intrínseca e
extrínseca para o acto, do feedback que mantém vivo a motivação mas, sobretudo, do
controlo emocional que dá força para atingir a satisfação e fortalecer a capacidade de
resistência à frustração, quando algo acontece que contraria o planeado; essa força é a
persistência.
Treinar a persistência, principalmente naqueles que têm uma baixa auto-estima, será
construir vencedores, motivá-los e dar-lhes confiança. De tal modo é importante este treino
que se tem constatado que pessoas de menores recursos intelectuais (QIs de 90 a 100),
mas que sabem “ler”e interagir com as emoções dos outros e deles próprios, alcançam
funções de grande relevo e têm carreiras bem sucedidas, fruto apenas da sua persistência,
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O “e” que aprende
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recurso escasso que é o tempo, uma vez que deixará os alunos mais criativos e autónomos
quase entregues a si próprios e aos materiais de auto-estudo e distribuirá o seu tempo de
tutor, proporcionalmente, ao grau de dependência dos outros alunos.
O alcance perceptivo tem sido um dos factores pedagógicos mais estudado. Estes estudos
remontam ao século passado com Munsterberg e Bingham,(1894) , Kirkpatrick, (1894) e
Whitehead, (1896), porém, na primeira metade do século XX, não havia condições
objectivas para levar à prática os resultados dessas pesquisas, devido à “ditadura”
Behaviorista. Sendo verdade que um número significativo de professores já se
aperceberam, de forma empírica, que umas pessoas aprendem melhor por um dos sentidos,
a visão, por exemplo, e outras por outro. Na prática, todas as escolas nos diferentes graus
de ensino, recorrem quase, exclusivamente, às aulas expositivas e mesmo o progresso a
que se assistiu depois dos anos 60, com a utilização de meios multimédia, esta longe de ser
generalizado.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
As TIC, sem querermos dizer que resolvem todos os males, podem marcar a diferença. Com
as ciências da computação e as telecomunicações podemos ter imagens de uma
videoconferência (DesktopConferencing), páginas em html dinâmico, vídeos em diversas
configurações, animações por gifs ou em Flash ou, ainda, aplicações realizadas em
complexas linguagens de programação. Enfim, o Mundo está ali para ser observado,
consumido e manipulado, portanto, utilizar um sentido, dois ou todos é apenas uma decisão
programática, tal como é indiferente o cenário onde se passa a acção: ensino a distância,
presencial, misto, alternância, rede, aulas virtuais, por satélite, etc. O mais importante será a
nossa capacidade de interactuarmos sobre a percepção, sobre o córtex cerebral e sobre as
emoções.
Existem, no entanto, fenómenos curiosos na atenção selectiva, a qual pode ser estimulada
por meios similares à alimentação como, por exemplo, a mastigação (acção psicomotora).
Uma investigação recente, desenvolvida na Alemanha, demonstrou que o rendimento dos
alunos aumentava significativamente quando eles mascavam pastilhas elásticas, uma vez
que a mastigação contribuía para diminuir a sonolência. Todos sabemos que a maioria dos
professores reprova este comportamento na sala de aula.
A variável tempo há muito que é tida por todos nós como essencial, em virtude das fortes
implicações que a mesma tem na atenção selectiva, no rendimento de trabalho, na
criatividade e no grau de concentração, no entanto, tem-se mostrado um problema difícil de
resolver dada a multiplicidade de opções e a dificuldade da sua conjugação. Não parece
viável que no ensino tradicional se criem turmas com horários diferenciados para dar
resposta a características específicas dos alunos, pois já é difícil conjugar horários mesmo
sem existir qualquer critério pedagógico. Qualquer tentativa neste sentido, mesmo muito
bem explicada, levantaria forte resistência em todos os sectores.
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O “e” que aprende
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A mobilidade, tal como acontece com outros dos elementos, contraria uma cultura ancestral
de postura “respeitosa” e controlável. Excepto nos primeiros anos de escolaridade, onde nos
parece praticável uma metodologia na qual os alunos podem ter uma certa mobilidade, não
acreditamos possível, no actual quadro do ensino básico ou do secundário, incrementar
metodologias que estimulem ou permitam a mobilidade dos alunos, num cenário de aulas de
50 minutos.
Acreditamos que a progressiva passagem dos métodos expositivas (aulas magistrais) para
os métodos activos (como exigem os diferentes documentos da União Europeia - Acordo de
Bolonha, etc., quer para as Universidades/Institutos como para os restantes graus de
ensino) venham a estimular a mobilidade dos alunos e que esta aumente significativamente,
embora seja necessário reconverter os próprios espaços, pois estas metodologias
pedagógicas não podem ter lugar em salas com carteiras e cadeiras presas ao chão, pois o
espaço tem de ter mobilidade e plasticidade para as diferentes configurações e
reconfigurações da dinâmica de grupos e de outras técnicas similares. Obviamente, o
espaço virtual pode ser uma resposta eficaz e célere às dificuldades do presencial.
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ser que existisse uma determinação do Ministério da Educação para mudar a configuração
das salas, a qual tinha obviamente custos elevados, pois a maioria das nossas salas são
pequenas e têm as carteiras aparafusadas ao chão. Este modelo atravessa todos os tipos
de escolas e graus de ensino, o que impede a colocação de divisores e,
concomitantemente, a implicação dos alunos no redesenhar da sala de aula.
Embora o “Taj Mahal” proposto pelos Dunn tenha subjacente uma lógica centrada nas
crianças e nos primeiros anos de escolaridade, só encontramos vantagens em alargar o
modelo aos três ciclos do ensino básico e ao ensino secundário, pois o mesmo vai ao
encontro de uma maior ligação à prática e ao trabalho em equipa, como aconselha o Acordo
de Bolonha. Acreditamos que é possível construir no espaço virtual, e mesmo no espaço
físico da escola, um “Taj Mahal Electrónico”, recorrendo aos computadores, dividido esse
espaço em zonas de isolamento para o estudo em pequenos “gabinetes”, destinados a
pares de estudantes, com as áreas do “Tapete Mágico”, do “Centro de Meios” e da “Mesa do
Professor” colocadas nos locais mais recatados, deixando ao centro os espaços activos: a
“Estação de Aprendizagem” e o “Centro de Interesses” (nomes dados por estes autores aos
diferentes espaços da sala de aula que, no conjunto, constituem o “Taj Mahal”).
No referido espaço virtual cada estudante, após ter realizado o diagnóstico do seu Estilo de
Aprendizagem e de este ter indicado quais as tarefas que ele mais gostaria de participar,
logo, as que mais podem beneficiar a sua aprendizagem, ser-lhe-á dado um Plano de
Estudo. Este plano irá funcionar como um guião no interior da sala virtual (ou sala de aula
equipada com computadores/Internet), dando-lhe a liberdade de “navegar” por outros
espaços para além do seu, para que possa aferir a qualidade do diagnóstico realizado por
uma aplicação informática específica. No espaço real (físico) devemos começar com salas
piloto destinadas à experimentação do método, seguindo rigorosamente o desenho proposto
pelos Dunn, mas substituindo todos os meios didácticos propostos pelo software adequado
(não é necessário programar, pois muitas aplicações comerciais podem ser adaptadas) e
por computadores ligados numa rede Intranet e/ou Internet.
Facilmente se compreenderá que para o modelo dos Dunn ser eficaz, não basta mudar os
meios e os espaços, é necessário que os programas didácticos e docimológicos
acompanhem todas estas transformações e apresentem objectivos claros e facilmente
operacionalizáveis. Devem recorrer a técnicas e a métodos que criem claramente uma
ruptura com as aulas magistrais, sem abandonar o método expositivo na totalidade, mas
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pensamento, fazendo com que esta dialéctica favoreça o exercício deste, de uma forma
sólida e firme, tornando a acção mais eficaz”.
Para terminar esta breve reflexão sobre a metodologia operativa e participativa, também
designada por Métodos Activos, citaremos a “Lei de Participação” de Haggard e Rose:
“Quando um indivíduo desempenha um papel activo numa situação de aprendizagem, tende
a adquirir mais rapidamente a resposta que irá ser aprendida e, esta resposta, tende a ser
mais estável que aquela que obteria se permanecesse passivo”(Citada por Allport, G.,
1966).
5. Inteligência Emocional
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Para este autor a Inteligência Emocional tem infinitos rostos, que no dia-a-dia a pessoa vai
observando e descobrindo. A aprendizagem emocional é considerada como vital para o
desenvolvimento humano e para o êxito que cada pessoa pode e deve alcançar na vida, daí
propor que no plano pessoal cada indivíduo deve descobrir quais são os aspectos dessa
inteligência que ele domina, os que pode controlar e aqueles que necessita de obter para
alcançar vantagens na sua vida pessoal, profissional, social e familiar.
Para Goleman (Gallego, at al. 1999), os principais traços da Inteligência Emocional são os
seguintes:
1. Conhecimento de si mesmo
“As pessoas que têm o maior controlo sobre as suas emoções são as que melhor sabem
dirigir a sua vida. A ausência de emoções e sentimentos impede os indivíduos de serem
realmente racionais” (Damásio, A. 1995).
2. Gestão do Humor
A chave do nosso equilíbrio reside na justa relação entre o bom e o mau humor. Temos
pouco controlo sobre nós próprios quando somos dominados pela emoção. Técnicas
eficazes como “arejar” os nossos melhores sentimentos, fazer uma reformulação consciente,
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
3. Motivação de si mesmo
Motivação positiva
Quando há uma atitude positiva forte, o objectivo pode ser alcançado. Para que alguém se
motive perante um desafio ou uma ameaça, exigem-se objectivos claros e optimismo. Ter à
disposição sentimentos de entusiasmo, zelo e confiança é estar na direcção exacta para a
realização pessoal. Ainda que alguém possa ter uma predisposição “inata” para o
pessimismo, perante determinadas situações é possível alterar esta atitude com esforço e
treino, basta reformular a situação em termos mais positivos ou menos catastróficos.
4. Controle do impulso
A Inteligência Emocional está vinculada à capacidade para ler os sentimentos dos outros: no
trabalho, na amizade e na família (Rosenthal). A empatia desenvolve-se na comunicação
emocional intensa, em situações de interactividade.
• Autoconsciência;
• Autocontrolo;
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
• Automotivação;
• Empatia;
• Aptidões Sociais.
Nem todas as pessoas possuem estas competências ou qualidades. Tão pouco as pessoas
que as têm, as possuem no mesmo grau. Há quem possua um bom controlo das suas
próprias emoções, mas seja incapaz de interpretar as dos outros. Ao invés, há pessoas que
se colocam continuamente no lugar das outras, mas se lhe perguntarem o seu estado de
ânimo são incapazes de saber o que sentem num momento de confusão.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
A responsabilidade dos profissionais de educação, assim como dos pais, estará na ajuda e
no apoio destinados a procurar, adquirir e desenvolver as aptidões emocionais citadas nos
pontos anteriores. Para que os educadores possam dar resposta às dificuldades
apresentadas pelas crianças, jovens e adolescentes é indispensável que os adultos
possuam as referidas competências. Dito de outro modo, os professores e os pais só podem
ajudar a desenvolver a Inteligência Emocional dos seus educandos se, eles próprios, forem
capazes de conhecer as dimensões que constituem esta realidade e interpretá-las com base
na sua experiência de vida ou, caso se mostre necessário, melhorá-las através do treino.
1. Autoconsciência
2. Autocontrolo
3. Automotivação
4. Empatia
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
5. Aptidões Sociais
Teste de Inteligência Emocional Global (Martin e Boeck 1997) apresenta oito situações
que urge resolver. Através da resolução dos pequenos casos é possível conhecer as
principais tendências de gestão das emoções do sujeito testado. Assim, podemos dar a
cada indivíduo um conhecimento sobre si próprio que o pode ajudar não só na sua evolução
como estudante, mas também ser-lhe-á útil ao longo da vida. Este teste coloca o
respondente perante situações limite para as quais tem de encontrar uma solução.
A Autoconfiança com que se enfrenta a maioria dos desafios depende do locus de controlo.
Quando é externo é mais saudável, porque o sujeito culpabiliza sempre os outros, mas se é
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O “e” que aprende
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interno, a responsabilidade recai sobre si próprio (Atribuição Causal: Heider, 1961, Jones e
Davis, 1978, Weiner, 1985). Portanto, ganhar Autoconfiança passa por contrariar o locus de
controlo, assumindo ou endereçando a responsabilidade dos actos de uma forma racional e
não como um determinismo da personalidade. Para tal o sujeito deverá aprender a colocar a
ansiedade e o stresse nos níveis estimulantes, principalmente através do treino e da criação
de rotinas que aumentem os níveis de confiança.
O Teste “Interessa-se pelas Pessoas?” pretende avaliar alguns aspectos da empatia. Não
pode haver trabalho em equipa eficaz se os seus membros não aprenderem a controlar e a
usar positivamente as emoções. A raiva, o medo, a ira, o conflito, podem surgir a cada
momento e criarem situações irreversíveis no seio de um grupo. Por sua vez, o afecto, a
amizade e a cooperação, podem tornar uma equipa vencedora. É neste fluxo de emoções
que a empatia assume um papel central, ao fazer com que se compreenda a experiência
subjectiva do outro, o que dá à dinâmica grupal um sistema de regulação indispensável.
Este instrumento de diagnóstico permite avaliar o grau de interesse que cada pessoa tem
pelo outro, elemento que a prática demonstrou ser necessário quando se quer treinar cada
uma das dimensões da Inteligência Emocional, pois sabemos que estas podem assumir
diferentes níveis. A empatia apresenta um primeiro nível situado na capacidade de
identificar e interpretar adequadamente as emoções alheias, um segundo, que advém da
experiência de perceber e responder às preocupações ou sentimentos não exteriorizados,
isto é, emoções não expressas pelos outros. Por último, o terceiro nível, mas subtil e
refinado, que exige que compreendamos os problemas que se ocultam por detrás dos
sentimentos.
Para as Aptidões Sociais e a Autoconsciência ainda não há testes específicos que avaliem
estas áreas do nosso psiquismo de uma forma adequada, contudo, o Teste de Inteligência
Emocional Global cobre estas duas dimensões. Através dele é possível diagnosticar os
défices nestas áreas do psiquismo e encontrar as estratégias para os corrigir, bem como
desenhar um plano de treino gerador da mudança.
Conclusão:
Como conclusão poderá dizer-se que a Pedagogia e a Didáctica, se querem romper novos
caminhos que permitam diminuir o tempo de aprendizagem e aumentar a eficiência dos
métodos, em particular, no âmbito do e-Learning e do b-Learning, devem investigar
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O “e” que aprende
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Autor do modelo:
António Augusto Fernandes
Director Executivo do Instituto de Ensino e Formação a Distância da Universidade Católica
Portuguesa
Administrador da DLC – Distance Learning Consulting
Professor da Universidade Católica Portuguesa
Coordenador das Disciplinas: Didáctica das TIC e e-Learning e Telemedicina,
respectivamente, nos Mestrados de Informática Educacional e Educação Médica da
Universidade Católica Portuguesa.
Abril - 2005
6. Bibliografia
ALONSO, C., GALLEGO, D., ONGALLO, C. e ALONSO, J., Psicología Social y de las
Organizaciones. Desarrollo Institucional, Madrid, Dykinson, 2004, 428 p.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
GANGNÉ, Robert N., Conditions of Learning, 3ª Edição, Winston, Holt. Rinehart, 1997.
GOLEMAN, Daniel, Trabalhar com a Inteligência Emocional, Lisboa, Temas & Debates,
1999.
NUTTIN, Joseph, Teoria da Motivação Humana, S. Paulo, Edições Layola, 1983, 299 p.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
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O “e” que aprende
Abordagem Novabase
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
O Modelo Aprendernanet
- Inscrições
As pessoas interessadas podem formalizar a sua pré-inscrição nos cursos disponíveis.
- Sistema de Aprendizagem
Componente da plataforma que suporta a criação de cursos e gestão da formação online
ministrada pela Novabase e pelos seus clientes com base numa arquitectura aberta
facilitando a customização e interoperabilidade.
- Gestor de Conteúdos
Repositório que armazena conteúdos a disponibilizar e objectos de aprendizagem
reutilizáveis, efectua o controlo de acesso a estes objectos e disponibiliza um leque de
funcionalidades para a sua gestão.
- Gestão da formação
Esta plataforma faz a gestão das inscrições incluindo um serviço de emissão de notificações
quer para a pessoa que se inscreveu quer para o responsável pelas mesmas.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Nesta plataforma estão ainda disponíveis, outras informações sobre o eLearning, como por
exemplo, alguns artigos de referência, sugestões de sites, perguntas frequentes, notícias e
eventos, entre outras.
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Conteúdos Normalizados
Na concepção e desenvolvimento dos nossos conteúdos adoptamos as principais normas
internacionais para o eLearning, nomeadamente o AICC e o SCORM, permitindo a Re-
utilização, Acessibilidade, Interoperabilidade e Durabilidade dos conteúdos e protegendo
o investimento.
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Conteúdos
• Dinâmicos e diversificados para assegurar um grau de motivação constante;
• A informação é disponibilizada por camadas, facilitando o acesso a diversos
níveis de informação.
Re-utilização.
Os conteúdos podem ser facilmente modificados e re-combinados para dar origem a
novos cursos. Podem ser utilizados por diferentes ferramentas de desenvolvimento não
ficando dependentes de determinadas opções tecnológicas.
Acessibilidade.
Podem ser pesquisados e disponibilizados à medida que são necessários quer pelos
utilizadores, quer pelos produtores de conteúdos.
Interoperabilidade.
Funcionam numa grande variedade de hardware, sistemas operativos e browsers
internet.
Durabilidade.
Não necessitam de significativas alterações resultado do aparecimento de novas
versões dos softwares.
Objectos de Aprendizagem
Cursos
Personalizados
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O “e” que aprende
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Teste de entrada
Para optimizar o processo de aprendizagem e a eficácia da formação, a Novabase aplica
aos seus formandos um teste de entrada (questionário de diagnóstico de conhecimentos /
competências dos formandos). Este teste tem como objectivos:
è Aferir o estilo de aprendizagem do formando para que o tutor possa orientá-lo de forma a
ir ao encontro do seu estilo cognitivo facilitando e maximizando assim os efeitos da
aprendizagem;
è Analisar os conhecimentos informáticos do formando para que a Novabse possa ajudar o
formando a tirar o melhor partido das ferramentas e dos materiais didácticos disponibilizados
ao longo do curso.
Personalização
Individualização do percurso de aprendizagem garantida por uma estrutura modular
potenciadora de um desenvolvimento gradual de competências do participante, pela
definição do perfil de formando (adquirido através do teste de entrada) e pelo apoio
permanente de um tutor. Todo o sistema de formação está desenhado para favorecer a
aprendizagem centrada na pessoa, o que remete o formando para um papel mais activo e
mais responsável quanto ao seu próprio percurso de aprendizagem.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Tutoria a distância
O período de auto-aprendizagem a distância é orientado e apoiado por um tutor. A tutoria é
assegurada por técnicos especializados da Novabase com formação pedagógica,
possibilitando aos formandos colocar perguntas e ter acesso à resposta do seu tutor em
tempo oportuno. A tutoria a distância é um processo de acompanhamento da aprendizagem
centrado na pessoa, nos problemas de aprendizagem e no processo motivacional.
Desta forma estamos a criar comunidades de aprendizagem que podem até ser geridas
directamente pelos formandos. Estas comunidades podem ser catalisadas por sessões
presenciais de partilha e troca de experiências.
Sessão inicial
É uma sessão presencial com a duração de 3h e tem como principais objectivos:
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Actividades de aprendizagem
Ao longo do curso são facultadas várias actividades de ensino-aprendizagem / exercícios
para que o formando possa treinar e desenvolver as novas competências e aprender de
forma activa. As actividades de aprendizagem permitem avaliar o desenvolvimento de
competências do formando ao longo do curso assim como garantir a interacção com o
sistema. A lista que apresentamos em seguida é exemplo do tipo de actividades que a
Novabase propõe aos seus formandos:
ü Actividades práticas;
ü Analise orientada;
ü Apresentação ou sessões online assíncronas;
ü Estudos de caso;
ü Grupos de discussão;
ü Jogos de aprendizagem ou simulações;
ü Pesquisa orientada;
ü Pesquisa na Web;
ü Role-play;
ü Sessões online síncronas;
ü Trabalho de Grupo.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Sessão final
Na sessão final são apresentados aos colegas trabalhos realizados ao longo da formação e
respectivo debate.
⇒ Opinião verbalizada sobre a forma como decorreu a formação aos mais diversos níveis;
⇒ Preenchimento do questionário de avaliação da formação disponibilizado na plataforma
AprendernaNet.
Help desk
Ao longo da sua aprendizagem, os formandos vão necessitando de apoio para resolver os
problemas com que se deparam e melhor apreenderem os conteúdos da formação. Este
apoio pode ser técnico quando, por exemplo, auxiliar nas questões de acesso à plataforma
ou na realização de operações solicitadas pelo tutor, e ser pedagógico quando pretender
motivar e direccionar o formando na melhor forma de incorporar os conteúdos da acção de
formação.
O help desk tem como objectivo proporcionar todo o apoio necessário aos formandos para
que estes se concentrem na aprendizagem dos conteúdos da acção de formação. Na
Novabase, o help desk acompanha todo o ciclo formativo:
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O “e” que aprende
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A avaliação
Avaliação diagnóstica
Este tipo de avaliação realiza-se antes da acção de formação e tem como objectivo
maximizar a eficácia das aprendizagens efectuadas num curso de formação através da
metodologia de ensino a distância. Assim, antes de iniciar o curso, é analisado o perfil de
cada formando de modo a potenciar uma aprendizagem personalizada e significativa, tendo
em conta as necessidades e interesses de cada formando em particular, as suas
dificuldades e expectativas em relação ao curso de formação. Consiste no levantamento dos
conhecimentos prévios dos formandos, da sua motivação para aprender. Esta avaliação é
realizada através de um teste de entrada.
Avaliação Contínua
Ao longo do processo formativo os formandos são avaliados recorrendo a métodos
quantitativos e qualitativos de acordo com vários critérios, nomeadamente a forma como
participam na acção, o desempenho nas actividades propostas, a utilização dos recursos
disponibilizados e a capacidade de interacção com o sistema de formação. Trata-se de uma
avaliação de tipo formativo pois o seu objectivo é proporcionar ao formando um feedback
sobre o modo como ele está a evoluir ao longo do processo de auto-aprendizagem
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O “e” que aprende
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Auto-aprendizagem a distância
Período de auto-aprendizagem a distância com materiais didácticos interactivos apoiado por
um sistema de tutoria.
Competências adquiridas
Devido à metodologia de ensino-aprendizagem seguida pela Novabase, as novas
competências serão apropriadas pelos formandos consoante as suas necessidades
individuais, permitindo o aumento da qualificação profissional e a obtenção de novas
certificações profissionais.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Avaliação Final
No final da acção será atribuída, aos formandos que se submeterem a um teste final online,
certificados de competências. A avaliação final pode incluir um teste escrito (exercício de
avaliação cognitiva realizado presencialmente para fins de certificação de competências). A
avaliação final poderá contemplar ainda outros instrumentos de avaliação (por exemplo:
exposições orais, entrega de trabalhos de fim de curso, de acordo com os objectivos
definidos no currículo do curso.
A certificação de competências é facultativa, podendo o formando optar por fazer o teste
final a distância. Neste caso será emitida uma declaração comprovativa da frequência do
curso.
Avaliação Pós-formativa
Após terminada a formação formandos e tutores preenchem questionários de avaliação da
acção de formação. Trata-se de recolha de informações para analisar a qualidade da acção
de formação realizando-se uma verdadeira avaliação a 360º (todos avaliam todos e são
avaliados - os formandos, os tutores, os conteúdos, os materiais didácticos, o sistema de
help desk, aferindo a sua aplicabilidade ao contexto de trabalho e a sua adequabilidade às
necessidades das pessoas e das empresas).
Follow-up
O follow-up insere-se na filosofia de gestão de competências da Novabase. É uma avaliação
do impacto da formação uma vez que se pretende fazer o levantamento da aplicabilidade
das competências adquiridas pelos formandos com o objectivo de as potenciar e aplicar na
vida profissional, analisando a sua utilidade para o formando. O resultado desta avaliação
poderá ter repercussões ao nível da reengenharia do processo de formação. Para realizar
esta avaliação a Novabase recorre a inquéritos ou a entrevistas dirigidas aos formandos
e/ou a outras pessoas que estejam directamente relacionadas com a sua performance
profissional.
Autor
Teresa Santos
12
O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Contacto:
Novabase
Av. Eng. Duarte Pacheco, 15 F
1099 - 078 LISBOA
www.aprendernanet.com
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Bibliografia
4 - DONERT, K., elearningeuropa.info. Has Anyone Yet Worked Out What Is So Special with
"e"?. Disponível em: <http://elearningeuropa.info/doc.php?lng=9&id=4358&doclng=1&p1=>.
Acesso em Nov de 2004.
A importância de centrar a formação no formando.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
11 - WADE, R., elearningeuropa.info. What happens when you hear or see the term ‘Blended
Learning’.
Disponível em:
<http://elearningeuropa.info/doc.php?lng=9&id=4173&doclng=1&p1=1>.
Acesso em Nov de 2004.
O Blended Learning e a importância da adequação da modalidade formativa (blended, puro
eLearning ou presencial) ao contexto formativo.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Sites recomendados
3 - eLearn Magazine
<http://www.elearnmag.org/>
Esta revista de eLearning serve quem trabalha, ensina e aprende na vasta área do campo
da informática.
4 - eLearn Frame
<http://www.learnframe.com/aboutelearning/>
Este site contém artigos sobre as noções base de eLearning
5 - eLearning centre
<http://www.eLearningcentre.co.uk/index.htm>
Site direccionado para quem trabalha em eLearning. Inclui inúmeros artigos sobre esta área
de conhecimento, nomeadamente relatórios de investigação e indicações de conferências,
seminários e workshops sobre eLearning.
6 - eLearning europa
<http://www.elearningeuropa.info/>
Site da Iniciativa eLearning da Comissão Europeia.
7 - eLearning Guru
<http://www.eLearningguru.com>
Site com informação prática sobre eLearning, resumos de livros e outros recursos
necessários para quem lida frequentemente com o eLearning. Inclui muita informação sobre
os custos em eLearning.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
8 - eLearning post
<http://www.elearningpost.com>
Site com actualização diária de artigos e notícias sobre Aprendizagem Colaborativa,
Comunidades Virtuais, Instructional Design, Gestão do Conhecimento e outros.
9 - EPSS Central
<http://www.pcd-innovations.com/calculating_roi.htm>
Site com uma grande quantidade de recursos dedicados ao cálculo do ROI aplicado à
formação presencial e online, incluindo artigos, publicações e acessos a outros sites,
bibliografia, fóruns de discussão, calculadores e folhas de cálculo.
12 - Learnativity
<http://www.learnativity.com>
Site com indicações úteis sobre as aplicações práticas do eLearning, vocacionado para a
perspectiva comercial do eLearning. Inclui muita informação sobre orçamentação e ROI.
13 - learning circuits
<http://www.learningcircuits.org>
Site desenvolvido pela ASTD (American Society for Training & Development), com vários
artigos de referência sobre eLearning.
14 - Masie Center
<http://www.masie.com/masie/default.cfm?page=default>
Centro de investigação norte-americano que explora a intersecção da aprendizagem com a
tecnologia.
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
16 - OTIS Site
<http://otis.scotcit.ac.uk/>
Este site contém indicações de como se pode criar materiais e meios de suporte para a
tutoria online. Contém informações e detalhes de projectos, calendarização de eventos,
materiais e outros links.
20 – AprendernaNet
<http://www.aprendernanet.com
Este site contém a oferta formativa da Novabase e disponibiliza diversos recursos sobre
eLearning.
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Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Público – alvo:
Gestores/Coordenadores da Formação
Promotores da Formação
Técnicos de Formação
Todos aqueles que nas empresas sejam decisores sobre matérias ligadas à formação
Objectivos do Curso:
Programa:
Módulo I - Sensibilização para o eLearning na organização
Módulo II - O ROI de um projecto de eLearning
Módulo III - Conceber conteúdos pedagógicos para eLearning
Público – alvo:
Conceptores de conteúdos e suportes formativos/multimédia
Desenvolvedores de conteúdos e suportes formativos/multimédia
Objectivos do Curso:
Aprender em ambiente eLearning (integrando formação on-line e gestão do
conhecimento);
Identificar as vantagens e barreiras associadas ao eLearning;
Conceber e desenvolver conteúdos para eLearning (Instructional Design);
Utilizar ferramentas de desenvolvimento de conteúdos para eLearning
Programa:
Módulo I – Conceber conteúdos pedagógicos para eLearning
Módulo II – Desenvolvimento de conteúdos para eLearning (PowerPoint XP com Microsoft
Producer, Lectora e Viewlett Builder)
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Público – alvo:
Formadores
Tutores
Todos aqueles que têm responsabilidades pedagógicas na formação e que desejem
aperfeiçoar-se em matéria de metodologias flexíveis e inovadoras de formação
Objectivos do Curso:
Aprender em ambiente e-Learning (integrando formação on-line e gestão do
conhecimento);
Identificar as vantagens e barreiras associadas ao e-Learning;
Utilizar um Learning Management System.
Seleccionar a estratégia formativa mais adequada para o e-Learning; Conceber
sistemas de avaliação em ambiente e-Learning;
Actuar como e-formador/tutor num sistema de e-Learning;
Contribuir com formação contínua para a renovação do seu CAP – Certificado de Aptidão
Profissional
Programa:
Módulo I – eLearning e Gestão do Conhecimento
Módulo II - Sistema de gestão da formação online - Introdução
Módulo III - Sistemas de gestão da formação online – Casos Práticos
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
Indicação de fornecedores
Novabase
A SAF – Sistemas Avançados de Formação, é a empresa Novabase especializada no
desenvolvimeto de soluções de eLearning em Portugal.
A Missão
A nossa missão é contribuir para o desenvolvimento do eLearning em Portugal através da
oferta de um serviço integrado de consultoria, produção de conteúdos interactivos e
adaptados à realidade das organizações e implementação de sistemas de eLearning que
permitam o desenvolvimento de competências dos destinatários das soluções globais que
disponibilizamos.
O que fazemos
Ø Consultoria estratégica para o eLearning (definição do modelo pedagógico e construção
do business case – ROI);
Ø Análise e desenho pedagógico (Instructional Design);
Ø Soluções de eLearning personalizadas;
Ø Fornecimento de conteúdos de catálogo;
Ø Desenvolvimento de conteúdos de eLearning;
Ø Implementação de metodologias de Blended Learning;
Ø Instalação, customização e integração de LMS – Learning Management Systems;
Ø Serviços de BPO – Business Process Outsourcing para eLearning (ASP);
Ø Formação em eLearning (formadores, docentes, conceptores e desenvolvedores de
conteúdos para eLearning, gestores e técnicos de formação, administradores de sistemas
de eLearning)
A nossa diferença
Experiência significativa na implementação e integração de sistemas de eLearning;
Parceria com os maiores fornecedores mundiais de sistemas de gestão da formação
online e de conteúdos de eLearning;
Disponibilização de metodologias para formação online, desenvolvimento de conteúdos e
implementação de soluções;
Parceria com portais de formação online de entidades de reconhecido prestígio;
Liderança no desenvolvimento de conteúdos para eLearning
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
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O “e” que aprende
Modelos Pedagógicos e Conteúdos
1 Bibliografia;
1 Conjunto de Exercícios de Aplicação;
1 Manual Técnico Formando;
1 Manual Técnico Formador;
1 Colecção de Transparências;
1 Jogo didáctico;
1 Videograma;
Estudos de caso, etc.
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O “e” que aprende
Abordagem SAP
blended-learning
Apresentado por:
Isabel Barata
Education Manager
SAP Portugal
O Mundo dos Negócios na actualidade...
Disseminação
Globalização
do
Conhecimento
“Networking”
Complexidade Internacional
elevada
Novas tecnologias
“Downsizing”
Descentralização
Processos de
Negócio digitais Aumento de
mobilidade
Conhecimento
É o factor decisivo do mundo actual
Formador
Cliente Fornecedor
Lisboa Londres
Colaborador Parceiro
Colaborador
Bruxelas
Ontário Walldorf
A transferência de conhecimento ao
longo do ciclo de vida das soluções de
software SAP, traduz-se em ganhos de
produtividade e em vantagens
competitivas sustentadas, e é suportada
numa oferta flexível em termos de
personalização de conteúdos,
diversidade de suportes e locais
(formação em sala, no cliente, e-
learning,…)
SAP AG 2005, Blended Learning: SAP Education / 5
Evolução dos 5 Paradigmas da Aprendizagem
Para as Organizações
Para os Estados
Exemplo
Teste inicial
Exercício 1
Referencia
Overview
Sub-módulo
Regras
Teste Final
Exercício 2
Exemplo
Teste inicial
Exercício 1
Referencia
Overview
Sub-módulo
Regras
Regras Referencia
Teste Final
Exercício 2
Exercício 1
Overview/referencia
Orientação objectivo
Orientação exemplos
Oferta clássica:
Nova oferta:
WEB
Assessment
FIN910 3 days
Management of
Internal Controls
FIN900 5 days Classroom
Auditing with SAP C_FIN9X_04 3 hours
R/3 Certification for
Classroom Global Corporate
Governance
FIN930 8 hours Classroom
Auditing with SAP
Business Warehouse and
Strategic Enterprise
Presencial Management (BW/SEM)
Avaliação/
certificação
e-Learning
Pesquisa Especialistas
e competências
mySAP HR
Formação em sala e
e-learning
Certificação
SAP Learning Solution
SAP Learning Solution
Testes e
avaliações
SAP Learning Solution
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leistungen sowie die entsprechenden Logos sind Marken oder eingetragene Marken der SAP AG in Deutschland
und anderen Ländern weltweit. Alle anderen Namen von Produkten und Dienstleistungen sind Marken der
jeweiligen Firmen.
Índice
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................4
Introdução
Após uma definição cuidada dos modelos pedagógicos a adoptar face aos objectivos de
formação da organização e onde se enquadra o conceito de aprendizagem electrónica ou e-
Learning , devem ser analisadas as questões tecnológicas que se colocam com a efectiva
implementação de um ambiente de formação desta natureza.
É incluído também um momento de reflexão acerca das variáveis que influenciam a decisão
de aquisição de plataforma tecnológica própria ou o eventual recurso ao outsourcing da
infrestrutura.
Levantamento de Necessidades
Nesta secção estão identificados vários pontos e quais os impactos que devem ser
considerados aquando da escolha da plataforma tecnológica
Um dos primeiros pontos a considerar é a mudança no tipo de formação que se vai efectuar.
Como vai ser a formação a partir deste momento? Quando a formação é tendencialmente
efectuada em salas de aulas, ao avançar para um sistema de e-Learning é necessário
clarificar que tipo de formação vai ser adoptado e que impactos esta alteração irá ter na
organização.
A aprendizagem por interacção implica que exista uma ligação entre a informação
disponibilizada e o formando, por exemplo, um teste no final de cada módulo para aferir dos
conhecimentos adquiridos.
Para além de definir o tipo de formação a adoptar, é necessário saber como vai ser feita a
avaliação da mesma. Esta avaliação poderá ser efectuada pelo método tradicional em sala
com questionários para os colaboradores preencherem (ex: exames, testes, autoavaliação,
etc,), ou por questionários (exames ou testes) online, ou seja, de modo a complementar o
exame online o aluno pode no final de cada módulo realizar um teste de autoavaliação, ou
um teste que lhe permita a passagem para o módulo seguinte mediante uma determinada
classificação.
Na construção deste tipo de testes podem estar envolvidas questões do tipo: preenchimento
dos espaços em branco, escolha múltipla, Sim/Não, Verdadeiro/Falso, texto livre, etc.
PLANOS CURRICULARES
Um curso pode ser constituído por várias Lessons e cada uma destas por várias Units. A
figura 2 ilustra a composiç ão de um curso.
Figura 3 - Currículo
CENÁRIOS COLABORATIVOS
Chat: é uma forma de produzir mensagens curtas, possibilidade de entrar em contacto com
determinados especialistas da área em que o formando está interessado e/ou ter a
possibilidade de verificar se os membros da sua equipa estão activos e disponíveis para
retirar qualquer duvida, possibilitando desta forma uma resposta mais rápida.
Whiteboard representa a maior parte dos ecrãs da aula virtual e é utilizado para visualizar
materiais adicionais. Os participantes podem escrever-se no Whiteboard durante a aula e o
moderador pode colocar textos que possam ajudar à compreensão dos assuntos
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Num ambiente centralizado a informação está numa única localização, facilitando assim o
acesso e a manutenção da infra-estrutura. À medida que o nível de dispersão da
organização aumenta a localização dos conteúdos poderá dispersar, para garantir deste
modo o melhor acesso aos colaboradores.
Dos utilizadores que podem aceder ao sistema de e-Learning (LMS), apenas alguns estão
realmente inscritos em cursos, nesta fase é necessário saber quantos cursos o meu sistema
irá necessitar e quantos colaboradores vão estar inscritos ao mesmo tempo nestes cursos.
Antes porém, importa reter uma imagem gráfica dessa arquitectura modelo e dos elementos
que a compõem.
Portal de Aprendizagem
Integração
É, desta forma, assegurada uma total integração entre aplicações, tal como apresentado de
seguida.
Neste cenário, pode ser criado o catálogo de oferta de eventos disponibilizado, total ou
parcialmente, aos formandos através do Portal de Aprendizagem. Poderá também ser
efectuada a administração dos participantes internos e externos ou, em alternativa, através
do ambiente de Portal, disponibilizar essas mesmas funcionalidades em conceito self-
service, permitindo aos próprios formandos essa mesma gestão.
É também guardado um conjunto de dados mestre mínimos para a inscrição nos eventos
(nome, morada etc.). Este nível de integração com o cadastro de pessoal permite às
hierarquias definir planos de desenvolvimento específicos para determinados
colaboradores.
A formação em sala requer a utilização de recursos vários tais como manuais de formação,
equipamentos, salas etc. Estes recursos poderão ser reservados directamente através da
integração com componentes de gestão de logística, em exploração no ERP.
Também é comum a maioria das instituições de ensino já terem adoptado algum tipo de
sistema informático. Todavia, é regra a implementação de sistemas por partes, sem a visão
do todo. Num ambiente académico o cenário a ter em conta poderá e deverá também
passar por uma visão integrada do que são os sistemas de gestão e informação da
instituição.
Algumas boas práticas poderão passar pela disponibilização de recursos on-line pelos
Docentes de uma forma integrada com os recursos disponíveis por exemplo numa biblioteca
on-line acessível pelos alunos onde possam consultar mais informação e com a
possibilidade de requisição via web.
Outra característica poderá ser a integração entre o sistema de e-Learning com o sistema
de gestão académica onde os Docentes possam inserir sumários, planos de aula,
conteúdos, elaborar pautas e avaliações tornando esta informação acessível ao aluno e
integrada com os conteúdos e ferramentas de ensino actualizando e gerindo unicamente
esta informação numa área comum.
Por fim, uma solução de e-Learning integrada com o sistema de contabilidade, permitindo o
acesso a disciplinas on-line de uma forma automática com base nas matrículas e inscrições,
as mudanças de curso e planos de equivalência e ainda outros factores como o pagamento
de propinas, revestem-se de uma extrema importância contribuindo para uma gestão mais
centralizada e de manutenção facilitada.
Criando uma analogia com a realidade do contexto formativo, é possível dizer que os
grupos de pessoas são os formadores e respectivos formandos, que o evento a planear é
uma acção de formação e que os documentos partilhados se espelham nos conteúdos da
formação a divulgar.
Registo automático dos participantes das acções nas áreas de trabalho virtuais específicas;
§ Notícias das áreas de trabalho virtuais - Editar e publicar notícias para todos os
membros da turma;
§ Calendário das áreas de trabalho virtuais – Calendarizar reuniões e sincronizar com
servidores do tipo MS Exchange ou Lotus Domino);
§ Tarefas das áreas de trabalho virtuais – Criar, atribuir, editar e acompanhar tarefas
da turma; e
§ Fóruns de discussão das áreas de trabalho virtuais – Partilhar informação e ideias
organizadas por tópicos de discussão.
O formando pode guardar a estratégia de aprendizagem com que mais se identifica. Este
conceito baseia-se no pressuposto psicológico de que as pessoas aprendem de maneiras
diferentes e deriva dos resultados de vários estudos de investigação que apontam nesse
sentido.
Poderá também ser possível, através desta componente, retomar um curso previamente
interrompido exactamente no último passo que foi consultado pelo formando, auxiliando o
seu posicionamento dentro das unidades temáticas que está a frequentar.
Esta norma, desenvolvida durante a década de 90 pela ADL (Advanced Distributed Learning
Initiative of the Department of Defense) nos EUA, em cooperação com diversas
organizações internacionais, regulamenta a definição de objectos de aprendizagem,
enquanto unidades elementares na construção de conteúdos de formação para ambientes
web (web based training).
§ Controlo: O sistema deve permitir uma gestão apropriada dos conteúdos e dos
utilizadores;
§ Acessibilidade: O utilizador deve poder aceder aos conteúdos que lhe são mais
adequados, no espaço de tempo próprio às suas necessidades;
§ Toolbook
(http://www.toolbook.com)
§ Authorware
(http://www.macromedia.com/software/authorware)
§ Flash
(http://www.macromedia.com/software/flash/flashpro)
§ Dreamwaver
(http://www.macromedia.com/software/dreamweaver)
§ Lectora
(http://www.lectora.com)
§ Trainersoft
(http://www.trainersoft.com)
§ Viewletbuilder
(http://www.qarbon.com)
Cada objecto de aprendizagem poderá ser constituído por múltiplos elementos de instrução,
que se caracterizam como unidades didácticas mínimas de aprendizagem, e que integram
conteúdos específicos dentro do objecto a que estão associados, tal como introduções,
procedimentos, definições teóricas, etc.
Existem vários tipos de testes que poderão ser utilizados em conjugação com as estratégias
de aprendizagem e que originam diversos padrões de navegação no processo formativo:
Formação de e-Tutores
As vantagens devem ser claramente identificadas de forma a estes poderem ser também
players na dinamização de uma nova cultura de ensino e da criação de comunidades de
aprendizagem.
Nesta área sensível poderão as entidades agora a dar os seus primeiros passos no e-
Learning , recorrer a parcerias externas com outras entidades cuidadosamente
seleccionadas com mais experiência e soluções já implementadas. Temas como a
sensibilização para o e-Learning ou o desenvolvimento de conteúdos para o ensino a
distância serão os mais adequados para alavancar projectos e incentivar equipas a pensar e
implementar metodologias de formação a distância.
Matrizes de Decisão
Os building blocks necessários para cada solução de e-Learning dependem dos requisitos,
das particularidades ou seja do âmbito da cada solução. A primeira matriz faz o
mapeamento entre as necessidades identificadas no início do documento, com os building
blocks que compõem as soluções de e-Learning .
No fundo, cada requisito vai necessitar de building blocks diferentes. A título de exemplo, o
requisito de “skill analysis e gap analisys” utiliza funcionalidades fornecidas pelos building
blocks de LMS como aplicação de back-end e de portal como aplicação de front-end. A
tabela 2 sistematiza este trabalho para cada tipo de necessidade:
Building Blocks
Necessidades LMS COLAB CMS AUTHOR PORTAL ERP BD LDAP
Formação Presencial X X
Gestão de Conteúdos X X
Testes de validação de
conhecimentos X X X
Gestão administrativa
de formação (Catálogo
de oferta, inscrição,
frequência em acções e
certificação) X X
Colaboração síncrona e
assíncrona (Foruns;
Chats; WhiteBoard;
Partilha de Aplicações;
Audio Video; Turma
virtual) X X X
Área de trabalho virtual
/ Comunidade X X
Skill Analisys e Gap
Analysis X X
Distribuição geográfica
(acesso offline) X X X
Relatórios, estatísticas
e avaliação das acções X X
Gestão financeira da
formação X X
Gestão de recursos X X
Criação de conteúdos
de formação e testes
(edição, importação e
exportação) X X X
Uma vez identificados os building blocks que cobrem os requisitos de cada solução, falta
agora identificar quais as aplicações que implementam esses building blocks. As aplicações
diferem de fornecedor para fornecedor. A tabela 3 identifica as aplicações da SAP, IBM,
Microsoft e Novabase para cada building block:
Building
Blocks Microsoft IBM SAP Novabase
Blackboard
Sharepoint Comunity Portal
Portal Portal Server IBM Workplace SAP NetWeaver System
ERP - IBM Workplace mySAP ERP -
Office Live
Communication Blackboard
Collab Server (LCS) IBM Workplace SAP NetWeaver Learning System
SAP Learning Blackboard
LMS Class Server IBM Workplace Solution (SLS) Learning System
Blackboard Content
CMS MS CMS IBM Workplace SAP NetWeaver System
Lectora
Ambiente de MS Office; MS IBM Workplace Authoring SLS Authoring Trainersoft
Autoria LRN Tool Environment Viewletbuilder
Directórios de MS Active MS Active
Utilizadores(*) Active directory MS Active Directory/LDAP Directory/LDAP Directory/LDAP
Sistema Windows/Linux/HP-
Operativo(*) Windows Windows/Linux/AIX/Solaris UX/AIX/Solaris Windows/Linux/Sun
SQL Oracle/MS SQL
MS SQL Server/DB2/ORACLE/ IBM Server/DB2/SAP SQL Server/
BD(*) Server Cloudscape DB /ORACLE
(*) Em relação aos Building Blocks, Directórios de Utilizadores. Sistema Operativo e BD foram
colocadas as soluções que podem servir de alicerce aos Building Blocks que são a essência de uma
solução de e-Learning : Portal, ERP, Collab, LMS, CMS e Ambiente de Autoria.
A imagem seguinte (Fig. 13) ilustra uma possível arquitectura para 500 a 1000 utilizadores
com balanceamento entre dois servidores aplicacionais e um servidor de base de dados
A imagem seguinte (Fig. 14) ilustra uma possível arquitectura para 3000 a 6000 utilizadores
registados prevendo 100 a 500 utilizadores concorrentes baseada em dois servidores: área
aplicacional e interface utilizador com a segunda camada para repositório de conteúdos e a
base de dados.
Sendo o factor custo um elemento de grande relevo na decisão sobre determinada solução,
a adopção de uma plataforma de e-Learning open-source é muitas vezes considerada tendo
em conta a dimensão da organização, o budget disponível ou se o e-learning vai ser
encarado inicialmente como uma experimentação. O número de soluções de livre acesso e
desenvolvidas no âmbito do espírito de comunidade é muito elevado existindo actualmente
várias referências de instituições que optaram por este tipo de soluções. No entanto, para
um decisor são várias as questões que se devem colocar e que poderão ter impacto numa
decisão final. Alguns dos factores a ter em conta são por exemplo:
Elevada
ABORDAGEM INTERNA
Optimização Diferenciação • Criar / Gerir a própria
• Cuidada escolha de parceiros infraestrutura de (e-) learning
baseda na qualidade de serviço Procurar satisfazer as Desenvolver formação (desenvolvimento de
Baixa Diferenciação Estratégica
ABORDAGEM EXTERNA
• Parceria com especialistas • Nível de parceria altamente
Utilização Outsource
garante melhor funcionalidade a integrado (e.g., contrato de
baixo custo Utilização de Garantir parceiros qie prestação de serviço
parcerias de baixo respondam aos
• Adquirir / utilizar conteúdos à custo de serviços imperativos de (e-) externo)
medida das necessidades learning da empresa • Escolha criteriosa de
• Utilizar várias infraestruturas parceiros
externas de acordo com os • Elevado controlo de
conteúdos a adquirir desenvolvimento de
Específico de
conteúdos de (e-)learning
Relativamente Relativamente
Baixo Empresa Elevado
1. Contributos e desafios
O maior activo de um país é, sem dúvida, constituído pelos seus recursos humanos e
naturalmente pela sua educação e formação. A competitividade e produtividade só pode ser
aumentada se melhorarmos o nível de conhecimento e a formação dos nossos recursos.
Numa envolvente em que a Internet é actualmente a maior fonte de partilha e recolha de
informação do planeta e, ao mesmo tempo, a que mais democratiza o acesso a essa
informação é incontornável a vantagem da utilização do seu potencial no ensino
nomeadamente através do e-learning.
Na definição desta estratégia temos de considerar que estamos num mundo em que a única
constante é a mudança. As mudanças têm origem em forças externas ao país como a
globalização, as politicas mundiais, a economia n
i ternacional e o desenvolvimento das
tecnologias, mas também em forças e pressões internas como as politicas e economias
nacionais e o perfil da nossa sociedade e dos nossos alunos.
2
O “e” que aprende
Educação/Ensino
Desafios
2. Actores
3
O “e” que aprende
Educação/Ensino
A difusão bem sucedida das práticas de e-learning em Portugal, tem que obedecer a
estratégias que suportem o quadro contextual que temos e não qualquer outro quadro ideal.
De nada adianta continuarmos à espera do mito quase sebastiânico da mudança de
mentalidades, da invenção de um novo País, da implantação de estruturas de acesso
universais, do surgimento de novos empreendedores ou duma transformação “alquímica”
dos professores, etc.
Importa por isso caracteriz ar o contexto e planear as medidas para funcionarem nesse
contexto, ao mesmo tempo que, através de práticas dinâmicas, se induzem processos de
transformação sinérgica e gradativa.
Neste contexto e neste processo em que interveem múltiplos actores há alguns que, pelo
seu posicionamento e capacidade de intervenção, assumem maior relevo nas mudanças
que se esperam conseguir na medida em que mudando eles arrastam necessariamente
outros intervenientes. Entre os principais actores destacamos os seguintes seis:
As Famílias
Os Alunos
Os Professores
O que podem passar a ser: “Pivots” principais do uso dos novos meios.
4
O “e” que aprende
Educação/Ensino
A Escola / Empresa
O que podem passar a ser: Criadores de soluções por medida; agentes no processo
de individualização do ensino.
Estado
O que é: Reprodutor de equilíbrios e travão à mudança.
O que pode passar a ser: Regulador, garante de qualidade e impulsionador da
inovação.
O diagnóstico da situação actual no que refere à utilização das NTIs nas Escolas e
Universidades está por demais realizado pelo que não o aprofundaremos aqui e nos
limitaremos a enunciar as linhas de intervenção e medidas que poderão influenciar as
mudanças.
5
O “e” que aprende
Educação/Ensino
ou em ensino de segunda oportunidade abrangendo idades que vão desde os 7 anos aos
60.
Nada será possível sem infra-estruturas não só nos espaços vocacionados para o ensino
como também nas próprias casas de Alunos e Professores. Pese embora o aumento
significativo de alunos que já vão tendo computadores em casa e ligação à Internet, em
especial nas grandes cidades, esse fenómeno não passa para as periferias e muito menos
para o interior do país. Mas também é necessário dizer-se que, computador e Internet em
casa não significam que esses meios sejam utilizados para tarefas de aprendizagem, pois
para isso terão de existir objectos adequados para esse fim e existirem as condições para
que se desenvolvam as interacções necessárias ao processo de ensino-aprendizagem.
No entanto, se pensarmos no número de indivíduos que, nos últimos anos, têm adquirido
computadores pessoais, no aumento de computadores nas empresas, nos computadores
que têm vindo a equipar as escolas, nos professores e alunos que já utilizam no seu
quotidiano computadores e Internet, isso sugere-nos a possibilidade de uma estratégia a
médio prazo, que implicando todos os componentes do sistema educativo, desde as infra-
estruturas e objectos de aprendizagem até às estratégias pedagógicas, passando
naturalmente pelos principais agentes do processo educativo – professores e alunos - leve
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O “e” que aprende
Educação/Ensino
as escolas a ser, não meros agentes de sensibilização para o uso das tecnologias como
acontece actualmente, mas intervenientes dinâmicos na formação de competências
informáticas e na construção da sociedade do conhecimento.
Essa estratégia, que terá assentar na dinâmica e o espírito de iniciativa das escolas, só será
viável se a nível nacional se forem desenhados e desenvolvidos programas que a suportem.
É assim fundamental que as escolas disponibilizem nos seus espaços os meios informáticos
que tornem viável a sua utilização intensiva durante o tempo lectivo. Uma sala de
informática, para 20 alunos numa escola de 300 ou 400 alunos permitirá que, cada um
deles, o utilize durante uma ou duas horas semanais o que dará para aprender muito pouco.
De acordo com dados recentes o rácio de computadores por aluno em Portugal é
actualmente de 1 computador para 13 alunos. Este valor sobe para 18 alunos no que se
refere a ligação à Internet. È assim necessário continuar o esforço de equipamento das
escolas.
Entretanto, não basta ter computadores e aulas de informática. Aprender a trabalhar com
computadores e navegar na Internet só tem sentido se essas aprendizagens se aplicarem
em todas as disciplinas dos currículos.
Isto quer dizer que terá de ser feito também um esforço no sentido de generalizar a todas as
disciplinas a utilização das NTI.
Faria sentido um programa lançado pelo ME, que equiparia as escolas (quadros
electrónicos, redes sem fios, etc.) que a ele concorreriam desde que cumprissem
determinadas condições. Em traços gerais o programa envolveria professores e alunos que
se mobilizassem para constituir e-turmas em que todo o processo educativo se faria através
de computadores e Internet. Para fazer parte deste cluster professores e alunos teriam de
ter computador portátil pessoal.
No entanto, um programa deste tipo teria de ser lançado com especiais cuidados para não
ser acusado e não se transformar numa situação discriminatório e elitista.
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O “e” que aprende
Educação/Ensino
b. e-professores
É comum dizer-se muitas vezes nas escolas que os professores são um factor de bloqueio
no desenvolvimento do uso das NTI, relacionando essa faceta com dificuldades na sua
utilização e uma postura conservadora perante o ensino.
Na realidade isso poderá ser parcialmente verdade, mas representa somente a superfície do
problema. A mudança de comportamentos e a emergência de novas práticas é um processo
dinâmico que passa sempre pela aceitação pelos próprios indivíduos. Ora esta aceitação
não é nunca automática e decorre de um processo dinâmico e evolutivo. Em primeiro lugar,
novas práticas terão de ser percebidas como vantajosas e não difíceis de realizar. Desta
percepção poderá nascer uma intenção de utilizar, a experiência e a prática, decorrendo daí,
dialecticamente, a produção de novos comportamentos
A aquisição, pelos professores, de competências para a utilização das NTI não é uma
questão problemática já que a experiência tem demonstrado que ela é facilmente realizável
através da formação e da própria prática. É nas condições para a sua utilização que
subsistem os bloqueios e é aí que se deverá intervir.
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O “e” que aprende
Educação/Ensino
Para que o professor não sinta dificuldades na utilização das NTI tem que ter em primeiro
lugar um acesso fácil e frequente. Será esta a realidade?
Quantos computadores existem nas escolas para os professores prepararem as suas aulas?
E que condições existem para que essas aulas possam ser realizadas recorrendo às NTI?
Quantos professores dispõem de computador pessoal?
E quantos professores terão disponíveis aplicações que lhes facilitem a mediatização dos
seus actos de ensinar?
c. Objectos de aprendizagem
A produção de conteúdos para as várias áreas do saber é fundamental para que a utilidade
dos computadores na educação e formação se torne efectiva e visível. Sem conteúdos
utilizáveis a grande maioria dos professores não verá grande utilidade, nem sentirá a
necessidade de utilizar as tecnologias disponíveis.
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O “e” que aprende
Educação/Ensino
Para isso o ME deveria desenvolver algumas iniciativas que servissem de incentivo a essa
produção, como por exemplo:
i. Criar um site que disponibilize objectos criados pelos professores a título gratuito;
iii. Pagar aos professores uma determinada quantia por cada download feito de um
conteúdo de sua autoria;
A iniciativa e-U
A e-U Campus Virtual é uma iniciativa integrada, lançada pela UMIC, e coordenada
tecnicamente pela FCCN que envolve Serviços, Conteúdos, Aplicações e Rede de
Comunicações Móveis (dentro e fora da Universidade) para estudantes e professores do
Ensino Superior, que incentiva e facilita a produção, acesso e partilha de Conhecimento, e
cujos principais objectivos são:
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O “e” que aprende
Educação/Ensino
Através de uma rede sem fios, que permite a transmissão de dados em banda larga, é
possível ter acesso a aulas, artigos, trabalhos, notas, serviços, Internet e muito mais. Tudo
isto, com um PC portátil, a partir de qualquer ponto do campus universitário e disponível
para a comunidade académica. Com a e-U, pretende-se que a universidade esteja acessível
24 horas por dia, 365 dias por ano.
Sendo provavelmente uma das iniciativas de maior sucesso dentro daquelas que a UMIC
promoveu nos últimos dois anos, julgamos que a sua maior fragilidade neste momento
reside na dificuldade da “partilha de conteúdos académicos”, um dos seus objectivos
fundamentais.
É fácil encontrar justificações para esta situação, pois para além de ser uma área de grande
dificuldade técnica, é aquela que mais profundamente mexe com os aspectos culturais
associados à posse do saber, profundamente enraizados na nossa cultura universitária.
O SCORM posiciona-se hoje como uma norma de facto para regular a interoperabilidade de
conteúdos de conhecimento em diferentes plataformas de gestão de aprendizagem (LMSs).
Contudo, em toda a sua extensão esta norma é em termos práticos inutilizável, ou pelo
menos, de utilidade muito reduzida devido à sua complexidade e nível de detalhe. A solução
para este problema, já adoptada em muitos países, é a de definir um sub-conjunto mínimo
da norma que faça sentido e tenha utilidade no nosso contexto, sem perder a utilização dos
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O “e” que aprende
Educação/Ensino
Os resultados deste grupo ad-hoc deveriam continuar a ser trabalhados de modo a poderem
dar origem a uma instância nacional da norma SCORM que pudesse vir a ser aceite por
todas as instituições envolvidas não só no ensino superior, mas em todo o espaço de
criação e utilização de conteúdos de conhecimento.
Direitos de autor
A Internet possibilita que cada vez mais os indivíduos participem no processo de criação de
conteúdos e bens culturais com potencial impacto global. Disponibilizar a sua obra sob
certas condições não é a mesma coisa de que desistir dos seus direitos de autor. Implica,
antes, oferecer alguns dos seus direitos a qualquer pessoa, e apenas sob certas condições.
A Creative Commons (http://www.creativecommons.org) é uma organização privada
dedicada à expansão do número de trabalhos criativos disponíveis, oferecendo às outras
pessoas a oportunidade de os utilizarem e partilharem. Esta organização fundada em 2001
encontra-se actualmente implementada em cerca de vinte países, sendo que sete deles já
têm licenças que se encontram de acordo com a jurisdição do seu país.
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O “e” que aprende
Educação/Ensino
As licenças Creative Commons (CC) permitem aos criadores autorizar de forma simples o
uso das suas criações por terceiros, indicando nas webpages os termos da licença CC,
evitando as burocracias inerentes às licenças de direitos de autor, e dispensando contacto
entre o autor e o utilizador dessas produções. A ideia é abranger um conjunto de bens
culturais sob uma licença jurídica que permita a livre circulação e a recriação das obras. A
atribuição e utilização das licenças é totalmente gratuita.
A articulação da lei de direitos de autor com a utilização de licenças CC parece-nos ser uma
via correcta para encontrar uma forma expedita e pragmática de resolver os problemas
identificados neste domínio.
4. Notas finais
Portugal e a União Europeia vivem hoje um tempo decisivo no combate global pela
competitividade numa economia cada vez mais aberta e desregulada. As armas
determinantes para vencer os desafios que se colocam, são o conhecimento e a
qualificação, como foi de novo reconhecido no Conselho Europeu do Luxemburgo, que
decidiu actualizar e impulsionar a Agenda de Lisboa, as suas metas e os seus instrumentos.
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O “e” que aprende
Educação/Ensino
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