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Métodos Contraceptivos

Em se falando de contracepção, devemos


sempre considerar a necesidade da dupla
proteção
(Contracepção e prevenção contra as DSTs/AIDS)
Tipos:
- Comportamentais (Tabela, Temperatura
Basal, Muco Cervical, Coito Interrompido,
Abstinência)
- De Barreira (Camisinha Masculina e
feminina, Diafragma, Esponjas e Espermicidas)
- Dispositivo Intra-Uterino
- Hormonais (Anticoncepcional Hormonal
Combinado, Pílula Pós-Coito, injetáveis, implante,
adesivo, anel vaginal)
Comportamentais:
2)Tabela
Procura calcular o início e o fim do período fértil e
somente é adequado para mulheres com ciclo
menstrual regular. A mulher deve ser orientada,
inicialmente, a marcar no calendário os últimos 6
a 12 ciclos menstruais com data do primeiro dia e
duração, calculando então o seu período fértil e
abstendo-se de relações sexuais com contato
genital neste período. É pouco eficaz se não for
combinado com outros métodos, como
preservativos ou espermicidas, pois depende da
abstenção voluntária nos períodos férteis da
mulher, onde a libido (desejo sexual) se encontra
em alta.
Exemplo: determinada mulher, com ciclo menstrual regular de 28 dias, resolveu
iniciar um relacionamento íntimo com seu namorado. Como não planejavam ter
filhos, optaram pelo método da tabelinha, onde a mulher calcula o período fértil
em relação ao dia da ovulação. Considerando que a mulher é fértil durante
aproximadamente nove dias por ciclo e que o último ciclo dessa mulher iniciou-se
no dia 22 de setembro de 2006, calcule seu período fértil.

Resposta: Considerando o primeiro dia do ciclo como 22 e que seu ciclo é de 28


dias, temos:
22    23     24     25     26     27     28     29     30       
[01   02     03     04     05     06     07     08     09]
10    11     12     13     14     15     16     17     18     19
Menstruará novamente no dia 19/10 (n). Ocorrendo a ovulação 14 dias ANTES da
menstruação, esta se dará no dia 05/10 (considerando a fórmula n - 14,
Comportamentais:
2) Temperatura Basal
Após a ovulação, a temperatura basal aumenta entre 0,3 e
0,8o C (ação da progesterona). A paciente deve medir a
temperatura oral, durante 5 minutos, pela manhã (após
repouso de no mínimo 5 horas) antes de comer ou fazer
qualquer esforço, e anotar os resultados durante dois ou
mais ciclos menstruais. Esse procedimento deve ser
realizado desde o primeiro dia da menstruação até o dia em
que a temperatura se elevar por 3 dias consecutivos.
Depois de estabelecer qual é a sua variação normal, e o
padrão de aumento, poderá usar a informação, evitando
relações sexuais no período fértil. 
Uma grande desvantagem do método da temperatura é que se
a mulher tiver alguma doença, como um simples resfriado
ou virose, todo o esquema se altera, tornando impossível
retomar a linha basal, ou saber se o aumento de
temperatura é devido à ovulação ou a febre.
Comportamentais:
3) Método do Muco Cervical (Billing)
baseia-se na identificação do período fértil pelas
modificações cíclicas do muco cervical, observado
no auto-exame e pela sensação por ele provocada
na vagina e vulva. A observação da ausência ou
presença do fluxo mucoso deve ser diária. O muco
cervical aparece cerca de 2 a 3 dias depois da
menstruação, e inicialmente é pouco consistente
e espesso. Logo antes da ovulação, ele atinge o
chamado "ápice", em que fica bem grudento. 
Testa-se colocando o muco entre o indicador e o
polegar e tentando-se separar os dedos. É
necessária a interrupção da atividade sexual
nesta fase, permanecendo em abstinência por no
mínimo 4 dias a partir do pico de produção,
Comportamentais:
4) Método do Coito Interrompido
baseia-se na capacidade do homem em pressentir
a iminência da ejaculação e neste momento
retirar o pênis da vagina. Tem baixa efetividade,
levando à disfunção sexual do casal, e deve ser
desencorajado
Comportamentais:
4) Abstinência Sexual
Consiste em estimular que os jovens se
mantenham virgens até o casamento. Prática
estimulada por algumas religiões e adotadas
inclusive por alguns países, que estimulam
programas de incentivo.
De Barreira: Estes métodos impedem a ascensão
dos espermatozóides ao útero, sendo
fundamentais na prevenção das DST e AIDS. Junto
com a pílula anticoncepcional e o coito
interrompido, são os métodos não definitivos mais
utilizados.
2)Camisinha
Protege contra doenças sexualmente
transmissíveis, inclusive AIDS; previne doenças do
colo uterino; não faz mal a saúde; é de fácil
acesso.
De Barreira:
2) Diafragma
Diafragma:é um anel flexível, coberto por uma membrana de
borracha fina, que a mulher deve colocar na vagina, para cobrir o
colo do útero. Como uma barreira, ele impede a entrada dos
espermatozóides, devendo ser utilizado junto com um espermicida,
no máximo 6 horas antes da relação sexual. A adesão da paciente
depende da utilização correta do dispositivo. A higienização e o
armazenamento corretos do diafragma são fatores importantes na
prevenção de infecções genitais e no prolongamento da vida útil
do dispositivo. Por apresentar vários tamanhos (de acordo com o
tamanho do colo uterino), deve ser indicado por um médico para
uma adequação perfeita ao colo uterino. Deve ser usado com
espermicida. Recomenda-se introduzir na vagina de 15 a 30
minutos antes da relação sexual e só retirar 6 a 8 horas após a
última relação sexual de penetração.
De Barreira:
3) Esponjas e Espermicidas
As esponjas são feitas de poliuretano, são
adaptadas ao colo uterino com alça para sua
remoção e são descartáveis (ao contrário do
diafragma), estão associadas a espermicidas que
são substâncias químicas que imobilizam e
destroem os espermatozóides, podendo ser
utilizados combinadamente também com o
diafragma ou preservativos. Existem em várias
apresentações de espermicidas: cremes, geléias,
supositórios, tabletes e espumas.
Dispositivo Intra- Uterino (DIU):
são artefatos de polietileno, aos quais podem ser
adicionados cobre ou hormônios, que são
inseridos na cavidade uterina exercendo sua
função contraceptiva. Atuam impedindo a
fecundação, tornando difícil a passagem do
espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino. A
gravidez raramente ocorre (eficácia alta, variando
de 95 a 99,7%) com risco de abortamento no 1o e
2o trimestres. A retirada do DIU pode ser feita
após avaliação ultra-sonográfica, considerando os
riscos para o embrião. Se a retirada não for
possível por riscos de abortamento, a paciente
deve ser acompanhada a intervalos curtos de
tempo e orientada em relação a sangramentos
vaginais e leucorréias.
Dispositivo Intra- Uterino (DIU):
Mulheres que têm hemorragias muito abundantes
ou cólicas fortes na menstruação, ou que tenham
alguma anomalia intra-uterina, como miomas ou
câncer ginecológico, infecções nas trompas,
sangramentos vaginais ou alergia ao cobre não
podem usar o DIU.  Não é aconselhado para
nulíparas (mulheres que nunca engravidaram).
Os problemas mais freqüentes
durante o uso do DIU são a
expulsão do dispositivo, dor
pélvica, dismenorréia
(sangramentos irregulares nos
meses iniciais) e aumento do risco
de infecção (infecção aguda sem
melhora ou infecções persistentes
implicam na remoção do DIU).
Deve ser colocado pelo médico e é
necessário um controle semestral
e sempre que aparecerem
Dispositivo Intra- Uterino (DIU):
Mirena: É um DIU combinado com hormônios,
recentemente lançado no Brasil.  Tem forma de T,
com um reservatório que contém 52 mg de um
hormônio chamado levonogestrel que age na
supressão dos receptores de estriol endometrial,
provocando a atrofia do endométrio e inibição da
passagem do espermatozóide através da
cavidade uterina. O Mirena atua liberando uma
pequena quantidade de hormônio diretamente da
parede interna do útero, continuamente por cinco
anos.  Ele também  torna o muco do cérvix (colo
do útero) mais espesso, prevenindo a entrada do
esperma. A dosagem é equivalente a tomar duas
a três mini-pílulas por semana. A diferença do
Mirena em relação aos outros dispositivos intra-
uterinos é que ele evita muitos efeitos colaterais.
Dispositivo Intra- Uterino (DIU):
Mirena: A menstruação pode desaparecer
completamente em algumas mulheres após
poucos meses.
• Tem duração de cinco anos.
• Método seguro (1 a cada 1000 mulheres poderão
engravidar).
• Risco de gravidez ectópica reduzido (cerca de 2 a
cada 10.000 mulheres ao ano).
• Reduz dores menstruais.
Índice de falha:  0.1%

As desvantagens são semelhantes às do DIU.


Anticoncepção Hormonal:
• Anticoncepcional Hormonal Combinado Oral
(AHCO): o AHCO consiste na utilização de
estrogênio associado ao progesterona, impedindo
a concepção por inibir a ovulação pelo bloqueio da
liberação de gonadotrofinas pela hipófise.
Também modifica o muco cervical tornando-o
hostil ao espermatozóide, altera as condições
endometriais, modifica a contratilidade das tubas,
interferindo no transporte ovular.Existem diversos
tipos de pílulas: Monofásicas, Multifásicas e Pílulas
de Baixa Dosagem ou Minipílulas.
Anticoncepção Hormonal:
1a)AHCO – Pílulas Monofásicas
Toma-se uma pílula por dia, e todas têm a mesma
dosagem de hormônios (estrogênio e
progesterona). Começa-se a tomar no quinto dia
da menstruação até a cartela acabar. Fica-se sete
dias sem tomar, durante os quais sobrevém a
menstruação.
1b)AHCO – Pílulas Multifásicas
Toma-se uma pílula por dia, mas existem pílulas
com diferentes dosagens, conforme a fase do
ciclo. Por isso, podem ter dosagens mais baixas, e
causam menos efeitos colaterais. São tomadas
como as pílulas monofásicas, mas têm cores
diferentes, de acordo com a dosagem e a fase do
ciclo: não podem ser tomadas fora da ordem.
Anticoncepção Hormonal:
1c) AHCO – Minipílulas
Têm uma dosagem mais baixa e contém apenas
um hormônio (geralmente progesterona);
causando menos efeitos colaterais. São indicadas
durante a amamentação, como uma garantia
extra para a mulher. Devem ser tomadas todos os
dias, sem interrupção, inclusive na menstruação.
Idealmente, a pílula só deve ser tomada depois de se fazer
um exame médico completo em um ginecologista, que
receitará a mais adequada para cada caso.
Anticoncepção Hormonal:
2) Anticoncepcionais Hormonais Injetáveis :
Os anticoncepcionais hormonais injetáveis são
anticoncepcionais hormonais que contém
progesterona ou associação de estrogênios, para
administração parenteral (intra-muscular ou IM),
com doses hormonais de longa duração.
Consiste na administração de progesterona
isolada, via parenteral (IM), com obtenção de
efeito contraceptivo por períodos de 1 ou 3
meses, ou de uma associação de estrogênio e
progesterona para uso parenteral (IM), mensal. A
taxa de falha na injeção mensal varia de 0.1% a
0.6% ou seja, de cada mil mulheres que usam
durante um ano, de uma a seis engravidam. A
taxa de falha da injeção trimestral é de 0,3% ou
seja, de cada mil mulheres que usam durante um
Anticoncepção Hormonal:
3) Implantes Hormonais :
Microbastão de hormônio sintético similar à
progesterona, que é implantado no antebraço
(com anestesia local) e inibe a ovulação. Dura três
anos.
4) Anel Vaginal :
um anel vaginal contendo Etonogestrel e
Etinilestradiol que é colocado na vagina no 5º dia
da menstruação, permanecendo nesta posição
durante três semanas. A maior vantagem é que a
mulher não precisará tomar a pílula todo dia e
nem esquecerá. Outra vantagem é que os
hormônios serão absorvidos diretamente pela
circulação evitando alguns efeitos colaterais
desagradáveis da pílula oral.
Anticoncepção Hormonal:
5) Adesivo Anticoncepcional :
A maior vantagem é que a mulher não precisará
tomar a pílula todo dia e nem esquecerá. Outra
vantagem é que os hormônios serão absorvidos
diretamente pela circulação evitando alguns
efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral.
Anticoncepção Hormonal:
Desvantagens
- Pode causar efeitos colaterais em algumas mulheres, como
náusea, sensibilidade dos seios, ganho de peso ou retenção de
água, alterações no humor, manchas na pele, dor de cabeça,
aumento na pressão sangüínea.
- Em algumas mulheres podem causar riscos à saúde. Desta
forma,  mulheres fumantes, com problemas cardíacos, com
doenças do fígado e do coração, hipertensão, suspeita de
gravidez, flebite ou varizes, glaucoma, enxaqueca, derrame, ou
obesidade não devem usar pílulas.
- É menos efetiva quando tomada com algumas drogas. Certas
medicações, especificamente antibióticos interferem na ação das
pílulas, tornando o controle menos efetivo.
- Uma falha no esquema de tomar a pílula pode cancelar ou
diminuir sua efetividade.
- Tomada por muito tempo, pode aumentar o risco de câncer de
mama.
Anticoncepção Hormonal:
2) Pílula pós-coito ou pílula do dia seguinte : a
anticoncepção de emergência é um uso
alternativo de contracepção hormonal oral
(tomado antes de 72 horas após o coito) evitando-
se a gestação após uma relação sexual
desprotegida. Este método só é recomendado nos
casos de emergência, ou seja, nos casos em que
os outros métodos anticoncepcionais não tenham
sido adotados ou tenham falhado de alguma
forma, como esquecimento, ruptura da
caminsinha, desalojamento do diafragma, falha na
tabelinha ou no coito interrompido, esquecimento
da tomada da pílula por dois ou mais dias em um
ciclo ou em caso de estupro. Este contraceptivo
contém o levonorgestrel, que é um tipo de
progesterona. O levonorgestrel previne a gravidez
Anticoncepção Hormonal:
2) Pílula pós-coito ou pílula do dia seguinte :
Existe uma grande controvérsia devido ao fato
desse método poder impedir a implantação do
blastocisto. O National Institutes of Health, a U.S.
Food and Drug Administration (FDA) e o American
College of Obstetricians and Gynecologists, dos
EUA, consideranto esse método como preventivo,
e não como abortivo. Mas é considerado como
aborto apenas métodos que atuam após a
implantação do blastocisto.
Ainda não foi plenamente estabelecido se o seu
mecanismo de ação atua principalmente inibindo
a ovulação e a fertilização ou se ela tem um papel
significativo no impedimento da implantação.
Alguns cientistas teorizam que sim, mas não há
Definitivos:

3)Laqueadura tubária
Realizado na mulher através da ligadura ou corte das
trompas impedindo, o encontro dos gametas
masculino e feminino

2) Vasectomia
É feito pela ligadura ou corte dos canais deferentes
(vasectomia), o que impede a presença dos
espermatozóides no líquido ejaculado. Quando houver
indicação de contracepção cirúrgica masculina e,
principalmente, a feminina deve ser baseada em

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