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Segunda-feira 18 de Abril de 1983 1 Série — Nimero 89 ARIO DA REPUBLICA PREGO DESTE NUMERO — Anual Semeatcal 1—A assinature semestra! terd inicio em Asin fat [come ‘Tout | Asie | corrio | Total | de Janeiro ou em 1 de Falho " ‘= [es $F ne aad ot 28: —— ocean ta cm gaye yun |rae| sen | se] se ‘Duis séris dierentss | $0omm | 4 Stes | ¢ goog | zoosoo | Somsas | 3 600800 “Aptindices 70m 200500 | 2 700500 - on usta engl poe eee lf. Cereal icc, UBER | TOT) | la, que fetal SUPLEMENTO SUMARIO istérios do Trabalho © de tndistria, Enorgia Exportacto: Decreto Regulemontar m* 31/83: AAprova o Estatuto do Técnico Responsével por InstalagSes ‘Eléetricas de Servigo Particular. Declaragio Tendose verifcsdo que a0 Decreto Regulamentar n.* 31/85. ‘emanado dos Ministérios do Trabalho e da Inddstria, Energia © Exportacio © publicado no Didrio da Repiblica, 1 série, 187 89, de hoje, foram omitidos todas os anexos que no mesmo cram referidos, de novo se procede A sua publicagio integral Secretaria Geral da Presidéncia do Conselho de Ministros, 18 de Abril de 1983. —O Secretério.Geral, Franca Martins, MINISTERIOS DO TRABALHO E DA INDUSTRIA, ENERGIA E EXPORTACAO Decreto Regulamentar n° 31/83 do 18 de Abril Remonta aos principios do século a primeira refo réncia & responsabilidade técnica por instalagies eléo tricas. De facto, 0 Decreto de 30 de Novembro de 1912, no seu artigo 31.°, § 2°, eatabelece: «Os desenhos © pegas escritas devem ser claborados e assinados por um engenheiro devidamente habilitado, que deve juntar ao projecto um documento reconhecido por notério, no qual declare responsabilizar-se pela exe ccugdo dos trabalhos e pela explorasio das instalagbes.» Embore o Regulamento de Licengas para Instalagées Eléctricas, aprovado pelo Decreto-Lei n° 26852, de ‘30 de Julho de 1936, tenha retomado mais detalhada- mente 0 assunto, € s6 em 1976 que, através das mod ficagdes introduzidas naquele Regulamento pelo De- creto-Lei n° 446/76, de 5 de Junho, se determina que 0 exercicio da actividade do técnico responsivel serd regulamentado por diploma dos Ministérios da Indistria Tecnologia e do Trabalho. Eo que se tem em vista com o estatuto cuja aprovacio e entrada em vigor so objectos do presente diploma. Julgou-se prioritétio contemplar 0 caso da respon- sobilidade técnica pelas instalagdes de servigo par- ticular. De facto, as entidades proprietérias ov explo- radoras destas néo estdo vocacionadas para os assuntos do Ambito da electricidade, razio pela qual se tora mais necesséria @ intervengio de técnicos devidamente habititados, © que se julga conseguir com o presente instrumento legal. Quanto as instalagies de servigo piblico, dado o facto de serem exploradas por entidades conhecedoras dos problemas inerentes ao estabelecimento, execugéo © exploragdo de instalagées eléctricas, 0’ modo de tratar_ a responsabilizagio seré diferente ¢ tratado ‘em diploma futuro, que poderd aproveitar a experién- ia da aplicaggo do presente Estatuto € ter em conta ‘nova estruturagfo que se pretende para o sector da energie eléctrica. 1328-(2) Na claboragéo do presente Estatuto participaram as organizagées mais representativas © procurov-se que 10 fosse apenas um reposit6rio de obrigagées sanges para os técnicos responsdveis, mas também Ihes facultasse os meios legais para fazerem valer os seus pareceres pontos de vista a favor da qualidade seguranca des instalagdes eléctricas, com 0 apoio, como € Obvio, da Direcgdo-Geral de Energia ¢ dos distri buidores. Assim: ‘Tendo presente o disposto non? 5 do artigo 17° do Regulamento de Licencas para Instalagies Eléc- tricas, na redacgao que the foi dada pelo Decreto-Lei n? 446/76, de 5 de Junho: © Governo decreta, nos termos da alinea c) do artigo 202° da Constituigao, 0 seguinte: Artigo 1.° E aprovado o Estatuto do Técnico Res- ponsével por Instalagdes Eléctricas de Servigo Parti- cular, anexo a0 presente decreto regulamentar e que dele far parte integrante. 7 Art. 22 As instalagdes eléctricas de_servigo parti- cular referidas no Estatuto sao as definidas no ar- tigo 7.° do Regulamento de Licencas para Instalagdes Eléctricas, aprovado pelo Decreto-Lei n° 26 852, de 30 de Junho de 1936, c alterado pelo artigo 18° do Decreto-Lei n 517/80, de 31 de Outubro. Art. 3° Enquanto néo for regulamentada a acti dade de técnico responsivel por instalagoes eléctricas de servigo piblico, 0 exercicio dessa actividade relati- ‘vamente aos técnicos que nfo fagam parte dos quadros de pessoal do respectivo distribuidor sera regulado, na parte aplicavel, pelo Estatuto ora aprovado. ‘Art. 42 O presente decreto regulamentar & apli- vel apenas no territério do continente e entra em vigor 30 dias apés a sua publicacao. Francisco José Pereira Pinto Balsemao — Luts Al berto Ferrero Morales—Ricardo Manuel Sim@es Bayo Horta Promulgado’ em 25 de Margo de 1983. Publiquesse. © Presidente da Repiiblica, ANTONIO RAMALHO Eanes. Referendado em 29 de Margo de 1983. © PrimeiroMinistro, Francisco José Pereira Pinto Balsemao. ESTATUTO DO TECNICO_RESPONSAVEL POR INSTALACOES ELECTRICAS DE SERVICO PARTICULAR CAPITULO I Disposigées gorais ARTIGO 17 (objective) © presente Estatuto regulamenta a actividade dos técnicos responséveis no que diz respeito a elaboragSo de projectos, & execugao e & exploracio de instalagbes eléctricas de servigo particular. ARTIGO 2" (Concotte de téenteo responsdvel) 1 —Consideram-se técnicos responséveis por insta- agdes eléctricas os individuos que, preenchendo os TL SERIE — Nv 89 — 18-4-1983 requisitos fixados no presente Estatuto, podem assumir ‘a responsabilidade pelo projecto, pela execugéo ou pela exporagfo das referdesinstuagies, E permitida a acumulagdo das qualidades de gcizo rebponsivel provistas now argos 4 32°06 do presente Estatuto. ARTIGO 3° (Codigo doontolégico) © cédigo deontol6gico dos técnicos responséveis (anexo 1) faz parte integrante deste Estatuto. CAPITULO 11 Competéncia dos técnicos responsévels ARTIGO 4: Ufecnicos responsivais pelo projecto) 1 —Salvo 0 disposto nos n.* 3 © 4 deste artigo, 36 podem ser técnicos responsiveis pelo projecto de instalagdes eléctricas os engenheiros electrotécnicos e 0s engenheiros técnicos da especiulidade de electro- tecnia, 2—Tratandose de. projectos de instalagies elée tricas com tenséo nominal igual ou superior a 60 KV, para assumir a responsabilidade € indispensdvel experiéncia profissional, no mbito do assunto versado no projecto, de, pelo menos, 2 anos para os enge- nheiros ¢ de 4 para os engenheiros téenicos, 3—Tratandose de projectos de instalagSes eléc- tricas de concepcdo simples, a responsabilidade pode ser assumida por electricistas que provem ter compe- téncia para o efeito € possuam habilitagao considerada apropriada, 4—As instalagdes eléctricas de concepgio simples, a que se refere 0 mimero anterior, so as de servigo particular de 5.* categoria definidas no Regulamento de Licengas para Instalagdes Eléctricas, de poténcia total prevista, nao afectada de coeficientes, igual ou inferior a 50KVA, estabelecidas nos seguintes locais: @) Locais residenciais ou de uso. profissional; ') Estabelecimentos recehendo piblico, com ex- tem locais sujeitos a risco de incéndio ou de explosio; d) Estabelecimentos agricolas ou pecuérios que ‘no comportem locais sujeitos a risco de incéndio ou de explosio. 5 — Relativamente as competéncias de téenicos res- ponséveis pelo projecto referidas nos ndmeros ante iores serf0 atribuidos os seguintes a) Nivel I.— Aos técnicos que possam ser res- ponsiveis pelo projecto de qualquer insta- Taco eléctrica; b) Nivel II. — Aos técnicos que possam ser res- ponsiveis pelo projecto de qualquer ins talagdo eléctrica de tensio nominal inferior 8 6OKV; ©) Nivel IIT. — Aos técnicos que possam ser res ponsveis pelos, projectos das instalagdes eléctricas referidas nos n™ 3 e 4. F SERIE — Nov 99 ~ 184-1983 ARTIGO 5. (Técnicos responsiveis pela execucto) 1 —Com as limitagdes constantes dos niimeros se- guintes, podem ser técnicos responsaveis pela execugdo de instalagoes eléctricas: a) Engenheiros electrotéenicos; '5) Engenheiros técnicos da especialidade de elec: trotecnia; ©) Blectricistas’ que possuam habilitagdo conside- rada apropriada e tenham, pelo menos, 2 anos de experiénci 4) Electricistas com a categoria de oficial, possut dores de carteira profissional passada pelo competente sindicato com data anterior a 30 de Abril de 1981; @) Electricistas que provem possuir_experiéncia profissional equivalente & dos técnicos refe- Fidos na lines d) e tenham requerido a inscrigdo até 30 de Abril de 1981 2—0s técnicos indicados nas alineas a) © 6) do radimero anterior podem assumir a responsabilidade por qualquer instalagdo e serlhes atribuido, quanto & competéncia, o nivel 1. 3—0s tkenicos indicados nas alineas ¢), d) ee) podem ser responsiveis por qualquer instalagao, desde que nao incluam szbestagies de transformagéo ou de conversio e reds de alta tensio, ¢ ser-lhesé atribuido, quanto & competéncia, 0 nivel’ 1 4—Os clectricistas’referidos nas alineas d) € €) don 1 96 podem assumir responsabitidades no ém- bito das respectivas especialidades. 5—Tratandose da execuglo de instalagdes que compreendam tubos de descarga de tensio em vazio superior a 1 kV, a responsabilidade s6 pode ser assu- por ienicos que provem ter experiéncia © com- peténcia dentro desic ramo de actividade. 6 —Tratandose da montagem de elevadores eléc- tricos, a responsabilidade s6 pode set assumida por wSenicos que provem ter experiéncia e competéncia deniro deste ramo de actividade. ARTIGO 6° (Técnicos responsive's pela exploragso) 1 —Podem ser tenicos responséveis pela explora- edo de instalagdes eléctricas: 4) Engenheiros electrotéenicos; 5b) Engenheiros técnicos da especialidade de elec- ‘trotecnia. de poténcia nominal até SO KV, a responsabilidade pode ser assumida por electricistas que possuam habilitagio considerada apropriada e tenham, pelo menos, 4 anos de experiéncia comprovada neste Ambito. 3 —Quundo a dimensio ou complexidade das insta- lagdes eléctricas © justificar, pode haver mais de um técnico responsdvel pela exploragio, devendo um deles exercer as fungdes de coordenador € consideran- dose todos eles solidérios na sua responsabilidade. 4—Relativamente is competéncias referidas nos nS 1 © 2, serdo atribuidos os seguintes niveis: @) Nivel I. — Aos téenicos que possam assumir «a responssbilidade pela exploragao de qual- quer instalagdo eléctric 1328-(3), b) Nivel 11, — Aos técnicos que possam assumir a responsabilidade pela exploragao das ins- talagdes eléctricas de poténcia nominal até 250 KVA € tensio até 30 kV. CAPITULO III Inscrigdo dos técnicos responsaveis ARTIGO 7 (Perdido de Insorigso} 1—O requerimento para a inscrigio do técnico responsivel por instalagses eléctricas (anexo 11-1), dirigido ao director-geral de Energia, deve ser acom: panhado de: @ Documento comprovativo das habilitagoes lite- rérias ou profissionais apropriadas ou ainda documento comprovativo “da experiencia si 5) Questiondrio “devidamente preenchido, em duplicado (anexo 11-2); ©) Ficha de inscrigao devidamente preenchida, em quadruplicado (anexo 11-3); ) Impresso do cartio de técnico responsivel devidamente preenchido (anexo 11-4), ©) Um selo fiscal de 5008. 2 — Nos casos previstos nos n.%* 2 ¢ 3 do antigo 4". nos n.* 5 e 6 do artigo 5. € no A.” 2 do artigo 6" deveré ser apresentada documentagio comprovativa da experiéncia ou da competéncia profissionais ai rele vidas. 3.— Para melhor apreciagio do pedido poderio ser solicitados a0 requerente outros elementos ou esclare- cimentos. 4—A passagem do nivel 11 a0 nivel 1 de compe- téncia dos técnicos responséveis pelo projecto seri requerida 20 directorgeral de Energia, devendo o interessado juntar os documentos comprovatives a experiencia profissional exigida no n° 2 do artigo 4 ARTIGO 8 (Comissio de anilise © classiticacio} 1—A comissio de anilise e classificagio de we nicos responsdveis € constituida por 2 representantes da Direccio-Geral de Energia, 2 representantes de cada um dos grupos profissionais (engenheiros electro- téenicos, engenheiros técnicos da especialidade de electrotecnia e electricstas), 2 representantes dos ins- taladores, 2 representantes dos distribuidures pyiblicos de energia eléctrica e 1 reresentante do Minists tio do Trabalho, licenciado em Dircito, nomeados pelo directorgeral de Energia nos termos do smtigo 34°. € competethe apreciar © informar os assunios qutt the forem submetidos pela Direcgfo-Geral de Frere» no Ambito deste Estatuto. 2—A comissio a que se refere © nfimero a reuniré sempre que necessirio, mas s6 poder’ deli berar validamente desde que se encontrem presentes, pelo menos, 7 elementos, dos quais 2 serio obrigato- famente os representantes da Direccao-Gerat de Frer- ai

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