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1. O modelo de Avaliação de Desempenho, com todas as incidências que sobre ele têm
recaído, fundamentalmente as que se relacionam com os órgãos criados e com a
doutrina que os sustenta, semeou já insanável desconfiança, inaceitável arbitrariedade e
incongruências várias que mesmo o recurso a contínuos despachos regulamentadores
não consegue sanar.
6. Não é legítimo, dado que são muitas as variáveis que aí interferem, fazer incidir a
avaliação nos índices de sucesso, abandono e avaliação dos alunos, sem ter em
consideração diferenças consideráveis entre escolas, turmas, tecido social e outras.
7. Também não se nos afigura de todo legítimo e até legal que direitos
constitucionalmente protegidos como obrigações legais, nojo, maternidade/paternidade,
doença, participação em eventos de reconhecida relevância social ou académica, entrem
nos critérios para a obtenção de M. Bom e Excelente.
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8. A imposição de uma avaliação por pares é potencialmente geradora de inevitável
ambiente de conflito podendo ser parcial e perigosa, na medida em que aqueles que vão
avaliar – coordenadores e avaliadores por delegação - não serão, pelo menos por agora,
avaliados pela inspecção. Acresce que em algumas circunstâncias os próprios PCE
podem nem sequer reunir as condições exigíveis aos restantes avaliadores, cabendo-
lhes, no entanto, papel preponderante na avaliação.