7 Novembro 2008
OPINIÃO
Estranho mundo EDITORIAL
Por JOSÉ BANDEIRA
josebandeira@hotmail.co.uk
O mundo rejubila com a vitória eleitoral de Barack
Obama e pode ver-se nos rostos um pouco por todo o
lado o renascer da esperança. Bush não deixa saudades
apenas más recordações. Obama já o declarou – não
quer governar de costas viradas para o seu povo. Os
tempos não são fáceis e a crise financeira internacional
ameaça um futuro imediato de turbulência económica e
provavelmente de instabilidade social. Os governos
Europeus e Americano têm andado a correr atrás dos
prejuízos intervindo financeiramente para evitar o
desastre completo e principalmente para evitar as suas
consequências. Por outro lado a crise financeira e as
suas repercussões têm abafado uma outra que também
continua por resolver e que persiste continuando a
matar as suas vítimas em países subdesenvolvidos de
África e da Ásia – a crise alimentar mundial. Vivemos
realmente num tempo estranho e complexo onde as
assimetrias teimosamente se mantêm e agravam. Onde
de uma forma geral a pobreza de uns alimenta o poder
e a riqueza de outros aumentando cada vez mais o fosso
Veni, vedi, vici
Prezados concidadãos,
Primeiro que tudo é sempre gratificante ouvir
elogios que nos confortam, mas ao mesmo tempo, é
vergonhoso ouvir que tem havido uma pequena
minoria que nos têm envergonhado com o seu mau
comportamento, porquanto não têm moral, nem
bandeira! São divisionistas, que se intrometem na
vida alheia, intrigantes, falando o que não devem ao
ponto de cortarem na casaca do pastor ou do
sacerdote, como temos constatado aqui entre nós na
cidade de Londres em que já ninguém sabe dicernir
entre o bem e o mal! Entretanto, o único meio que
dispomos para desmascarar toda esta farsa em que
estamos envolvidos é através do periódico quinzenal
asNotícias que deve ser elogiado pelo seu segundo
aniversário, mercê da sua dedicação e ousadia que
veio, viu, e venceu, todos os obtáculos e artimanhas
que lhe foram urdidas por mei dúzia de manhosos que
se têm arvorado em autênticos deuses e deusas,
acompanhados por uma outra meia dúzia de mafiosos
que não tendo corajem para denunciar as suas tácticas
económico e social que nos separa. Todas estas e outras
razões, estas últimas, mais de ordem pessoal criaram
em mim um desejo de transmitir uma ideia. Há cerca
de uma semana lia que uma equipa de cientistas franco-
alemã criara o primeiro coração artificial totalmente
eficiente e já testado em animais, aguardando agora
autorização governamental para serem iniciados testes
em ser humanos.
A informação acrescentava que o preço deste coração
seria de €150.000 o que era muito pouco se comparado
com o facto de anualmente morrerem 17 milhões de
pessoas em todo o mundo vítimas de doenças cardio
vasculares. O avanço tecnológico e científico dos
nossos dias criou em mim o desejo de agradecer aos
meus irmãos e irmãs, homens e mulheres, pela sua
interminável capacidade de lutar por um mundo melhor
renovando a esperança e o sentido da vida. Por outro
lado não pude deixar de pensar com um olhar de
imensa tristeza nos milhares de crianças que continuam
a morrer.
e armadilhas fazem de camaleões e costas uns com os
outros trazendo a COMUNIDADE engodada com as
suas falsas proezas!
Com efeito, zangaram-se as comadres, e começam
agora os compadrios a porem-se em fuga, porque
estão sendo desmascarados por essas mesmas pessoas
que outrora tinham feito pactos com o diabo e seus
satélites. Além do mais, a maioria do público
encontra-se num beco sem saída, desinformada da
verdade, porque convém que continue a exploração da
ignorância. Porém, tanto os divisionistas, como os
intrigantes e mafiosos, podem estar certos de que já
ninguém acredita neles! Portanto, dito isto, tenhamos
a ousadia de dizer: Corajem e parabéns à equipe que
confecciona o Jornal! Só que a última página deveria
ser corrigida, porquanto já são muitas queixas que se
têm ouvido em relação às fotografias expostas!
Com muita consideração,
F. Gonçalves da Silva
PORTUGUESE ACTION GROUP
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JOÃO DE
Por
NORONHA
Adeus... e até sempre!
Hoje, cumpre-me dizer adeus à responsabilidade de dirigir
editorialmente este jornal que criei há dois anos. Dizer adeus também à
constante luta para vencer as barreiras que, aqui e acolá, me foram
levantadas. As perseguições. As ameaças. Os recados. As traições. Os
vexames. As desconsiderações. E, sobretudo, as promessas falhadas.
A tudo resisti, mesmo a alguns sectores empresariais que passaram a
ideia de sermos um projecto falido e adiado por seis semanas. No
entanto, já lá vão dois anos e 48 edições – de uma regularidade que até
hoje nunca foi igualada por qualquer outra publicação portuguesa no
Reino Unido.
Não escondemos as dificuldades e as vicissitudes de gerir uma
empresa totalmente dependente da receita de publicidade e na boa
vontade de um punhado de pessoas, que mantiveram, ao longo destes
dois anos, o apoio ao nosso jornal. Por eles mesmos e pela confiança
depositada por todos em nós, hoje continuamos a publicar e a chegar a
cerca de 200 mil portugueses, todas as quinzenas. Isto fruto, também,
de uma pequena equipa disposta a fazer sacrifícios, demonstrando uma
dedicação imensurável, muitas das vezes em regime de puro
voluntariado – e, geralmente, muito para além daquilo para que foi
contratada. A estas equipas, presente e passada, devem os portugueses
a manutenção e o sucesso desta publicação.
Aceitamos que fazemos parte de um projecto arrojado, por vezes
polémico e nem sempre consensual. Mas tudo isto faz parte da vida e
da obra que nos propusemos edificar. Sem fortes convicções e espírito
de luta não é possível construir e dar forma a um empreendimento, seja
ele qual for... com altos e baixos, é certo. Só não cometem erros os que
nada fazem!
No que diz respeito a este projecto, chegámos à fase da consolidação
e, por isso, é a altura de passar o testemunho e o novo director, Daniel
Santos, é a pessoa certa para o lugar certo. Com ele o jornal ganhou
outra perspectiva e cresceu para uma dimensão indiscutível. Agora,
cabe-nos dar-lhe apoio para que os “bons ventos” nos mantenham na
rota do crescimento estável. Mais vale devagar, mas bem...
A todos os que me ajudaram a trazer o jornal até aqui, o meu “Muito
obrigado!”. Não abandono o projecto, mas tenho de seguir e dar forma
a outras ideias e empreendimentos em marcha que por mim aguardam.
Propusemo-nos criar uma obra que represente os portugueses nesta
região... O “TEC”, o jornal, o clube, foram o começo. É tempo de
acabar os projectos e, tal como o jornal, entregá-los a quem garanta a
sua continuidade.
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