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ESCOLA SECUNDÁRIA D.

JOÃO II – SETÚBAL

EM NOME DE UMA AVALIAÇÃO PROMOTORA DO SUCESSO


EDUCATIVO E DA DIGNIFICAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE

EXMO. SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA

EXMO. SENHOR PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

EXMO. SENHOR PRIMEIRO-MINISTRO

EXMA. SENHORA MINISTRA DA EDUCAÇÃO

EXMO. SENHOR PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

EXMO. SENHOR DIRECTOR REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO

EXMO. SENHOR PRESIDENTE DO CONSELHO EXECUTIVO

PLATAFORMA SINDICAL

MOVIMENTOS INDEPENDENTES - MEP, APEDE, PROMOVA, MUP, PRÓ-ORDEM

LÍDERES DOS GRUPOS PARLAMENTARES

ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

C/ conhecimento ao Conselho Geral Transitório e ao Conselho Pedagógico

Os docentes da Escola Secundária D. João II, abaixo-assinados, reunidos em


Reunião Geral de Professores no dia 18 de Novembro de 2008, aprovaram a
seguinte moção de suspensão de aplicação do novo modelo de avaliação de
desempenho docente, consignado no Decreto Regulamentar nº2/2008 de 10
de Janeiro.

Os professores signatários mostraram o seu veemente desagrado face ao


actual modelo de Avaliação de Desempenho, introduzido pelo Decreto
Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro, pelos motivos a seguir
enunciados:
1. A aplicação do modelo previsto no Decreto Regulamentar nº
2/2008 tem-se revelado inexequível, por ser inviável praticá-lo
segundo critérios de rigor, imparcialidade e justiça, exigidos pelos
Professores desta Escola.

2. O modelo de Avaliação do Pessoal Docente ora em vigor pauta-se


pela arbitrariedade de alguns parâmetros e, portanto, será passível, a
todo o tempo, de ser questionado, inclusive através do recurso aos
tribunais. (a título meramente ilustrativo, atende-se ao artigo 266/2
da Constituição e à alínea a) do nº1 do artigo 44º do CPA.

3. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 não tem em conta a


complexidade da profissão docente que não é redutível a um modelo
burocrático de grelhas e fichas pré-formatadas, numa perspectiva
desmesuradamente quantitativa e redutora da verdadeira avaliação
de desempenho dos docentes.

4. O modelo previsto no Decreto Regulamentar nº 2/2008, pela sua


absurda complexidade, não é aceite pelos professores porque não se
traduz em qualquer mais-valia pessoal e/ou profissional.

5. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 tem por objectivo melhorar a


qualidade da escola pública. Este pressuposto não pode ser
alcançado, devido ao clima de insustentável instabilidade e mal estar,
resultante da implementação do concurso para Professor titular,
concurso baseado em parâmetros arbitrários e por isso, injusto.

6. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 impõe quotas para as menções


de “Excelente” e “Muito Bom”, e, com isso, desvirtua, logo à partida,
qualquer perspectiva dos docentes de ver reconhecidos os seus
efectivos méritos, conhecimentos, capacidades, competências e
investimento na carreira.

7. Não é aceitável que se estabeleça qualquer paralelo entre a

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avaliação interna e a avaliação externa, quando sabemos que este
critério apenas é aplicável às disciplinas que têm exame a nível
nacional, havendo, por isso, uma violação evidente do princípio da
igualdade, consagrado no Artigo 13º da Constituição da República
Portuguesa.

8. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 implica um enorme acréscimo


de trabalho burocrático para os docentes, sem benefício
correspondente para ninguém, correndo-se o risco de ficar relegado
para um plano secundário o processo de ensino-aprendizagem,
prevendo-se graves consequências nas novas gerações e,
naturalmente, no futuro do país.

9. O Decreto Regulamentar nº 2/2008 condiciona a avaliação do


professor à taxa de aprovação escolar dos alunos. Os professores
desta Escola consideram que mecanismos como a consideração
directa da taxa de aprovação escolar – denominada erradamente por
taxa de sucesso escolar (que é objectivamente diferente) – na
avaliação dos docentes são incorrectos e injustos, violando preceitos
legais (por exemplo, o artigo 266/2 da Constituição e a alínea a) do
nº1 do artigo 44º do CPA), estando ainda em desacordo com as
recomendações do Conselho Científico da Avaliação de Professores.

Pelo exposto, os professores signatários, decidiram suspender a participação


neste processo de Avaliação de Desempenho, a começar pela não entrega
dos “objectivos individuais”, até que se proceda a uma revisão
concertada do mesmo, que o torne exequível, justo, transparente, ou seja,
capaz de contribuir realmente para o fim que supostamente persegue, uma
Escola Pública de qualidade.

Os signatários reservam-se o direito de divulgar à comunidade esta


resolução.

Setúbal, 18 de Novembro de 2008.

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