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Esta determinação da ARSLVT, IP é inqualificável, discriminatória e até desumana, uma vez que penaliza e
marginaliza cidadãos pelo facto de estarem doentes e/ou em situação de gravidez, apresentando-se em completo
desacordo e em contradição com a legislação actual do nosso estado de direito democrático.
Aliás, a própria Constituição da República Portuguesa no seu artigo 68.º, determina que “a maternidade e
paternidade constituem valores sociais eminentes”, consagrando, não só que “os pais e mães têm direito à
protecção da sociedade e do Estado na realização da sua insubstituível acção em relação aos filhos,
nomedamente ... com garantia de realização profissional” mas também que “as mulheres têm direito a especial
protecção durante a gravidez e após o parto”.
Para além disto o Código do Trabalho proíbe qualquer tipo de discriminação por motivo de doença e define que o
despedimento de uma trabalhadora grávida carece sempre de um parecer da entidade com competências nesta
área, neste caso a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, princípio este que não nos parece ter
sido cumprido.
Assim sendo, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) repudia esta inadmissível acção
discriminatória da ARSLVT, IP e, com o intuito de ser reposta a situação de igualdade entre todos os
trabalhadores, apresentará queixa à CITE.