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ALIMENTAÇÃO

Ponto alto do cardápio


Método que dá notas a alimentos de acordo com nutrientes
benéficos e prejudiciais à saúde ajuda a orientar escolhas em
supermercados norte-americanos

Frutas e vegetais que receberam pontuação máxima (100) dos pesquisadores da


Universidade Yale (EUA)

JULLIANE SILVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em vez de buscar complexas informações nas embalagens durante a


compra do mês, escolhem-se os alimentos por notas estabelecidas por um
grupo de especialistas – quanto mais alta, melhor. No carrinho, vão todos
os vegetais com nota cem – e o coco fica de fora, já que sua pontuação é
24. Para o sanduíche, presunto no lugar do salame, pois são 27 pontos
contra 7. Parece bem mais simples, não? E já é um parâmetro para os
consumidores escolherem alimentos em diversos mercados dos Estados
Unidos.
Pesquisadores da Universidade Yale desenvolveram um sistema de
pontuação de alimentos, o "Overall Nutritional Quality Index" (índice de
qualidade nutricional global, em inglês), ou "NuVal System". Para chegar
aos números, eles relacionaram mais de 30 elementos presentes nesses
alimentos. A pontuação do produto foi estabelecida com a divisão dos
teores de bons nutrientes, como vitaminas, fibras, minerais e antioxidantes,
pelos níveis daqueles maléficos à saúde, como a gordura saturada, o sódio e
o açúcar.
Nenhuma surpresa no topo da lista: somente 15 vegetais e frutas receberam
nota cem, já que os níveis de componentes pouco saudáveis são baixos
nesses alimentos – perderam pontos aqueles com poucos nutrientes, como a
alface americana (82), e com mais calorias do que os "concorrentes", como
ocorreu com o maracujá (78). Mas somente o coco teve nota baixa nessa
categoria, por conta de sua quantidade de gorduras – conseguiu somar
apenas 24 pontos.
A nota de partida das carnes foi mais baixa, pois elas contêm teores mais
elevados de gorduras e, no caso dos embutidos, alta concentração de sódio.
Por isso – e também porque os níveis calóricos ajudam a decrescer as
notas-, os pesquisadores não recomendam que as pontuações sejam
comparadas com outras categorias, mas sim que sejam referência na hora
de escolher um produto de seu próprio grupo. Nessa categoria, o peito de
peru sem pele foi o vencedor, com nota 48.
Os últimos da lista são alimentos muito pouco nutritivos: refrigerantes e
uma marca norte-americana de picolés para crianças, com somente um
ponto, e torta de maçã e biscoito "cream cracker", com dois pontos cada.
Além dos nutrientes, foi considerada a relação desses elementos com
condições de saúde específicas. Por exemplo, a gordura trans tem forte
associação com problemas cardiovasculares -o que pesa para diminuir a
nota de um alimento. Em contrapartida, a qualidade dos macronutrientes
(gorduras, carboidratos, proteínas) e o índice glicêmico também foram
considerados e contribuíram para melhorar a pontuação de alguns produtos.
"Era claro que o consumidor médio poderia se confundir ao ler rótulos para
identificar a escolha mais nutritiva. Esse sistema possibilita às pessoas que
melhorem sua dieta e saúde, com informação especializada de uma só vez",
afirmou à Folha o especialista em medicina preventiva David Katz, líder do
trabalho e diretor do Yale Prevention Research Center.
Com base nessas informações, é possível entender por que o bacon -vilão
para quem quer controlar o colesterol- está à frente do chocolate amargo e
do pão branco. "O bacon fornece proteína, então pode ter maior valor
nutricional do que o pão. Alguns chocolates amargos serão melhores do que
o bacon, outros, piores. Tudo depende do coeficiente total de benefícios
contra nutrientes ruins", argumenta Katz. Estão sendo analisados cerca de
50 mil alimentos in natura e industrializados. Para aqueles que já foram
estudados, de acordo com Katz, há notas disponíveis ao lado da etiqueta de
preços nas gôndolas ou em panfletos em vários supermercados americanos.
A idéia de ressaltar os nutrientes gerais dos alimentos agrada à nutricionista
Virgínia Nascimento, vice-presidente da Asbran (Associação Brasileira de
Nutrição). "Essa pesquisa objetivou a prevenção e o tratamento de doenças
crônicas, quando se avaliou o aumento do consumo de alimentos
industrializados e a diminuição dos naturais. Os pontos tornam mais claro o
papel de cada alimento para o organismo e não consideram somente
componentes alimentares que geram calorias", diz.

Ajuda, mas não basta


Ainda que seja uma ferramenta eficiente para fazer boas escolhas
alimentares, o sistema de notas não é suficiente, argumenta Tatiana
Scacchetti, nutricionista clínica do Hospital Israelita Albert Einstein. "É um
método razoável, mas nunca será possível preencher todas as necessidades
nutricionais em um alimento, nem em dez. É preciso saber para que um
alimento é bom ou o que traz de ruim", diz. Mais do que comparar um
alimento com outro, o consumidor precisa saber montar um cardápio
equilibrado, que englobe todos os grupos alimentares.
Nessa mesma linha, o método de Yale apresenta ainda outro problema:
ocasionar limitação do consumo de produtos que fornecem substâncias
importantes e não trazem riscos a pessoas saudáveis. "Não podemos
condenar os alimentos. Por que não comer coco se não tenho colesterol
alto? Por que não consumir pão branco se não tenho diabetes? O sistema de
notas engessa o poder do alimento. A escolha deve levar em conta o estilo
de vida da pessoa", diz a nutricionista Rosana Perim, gerente de nutrição do
HCor (Hospital do Coração).
Para ela, a pirâmide alimentar ainda é a melhor forma de fazer boas
escolhas. Ao separar alimentos por grupos e indicar as porções diárias, esse
sistema ajuda o consumidor a planejar suas refeições.
Na base da pirâmide estão fontes de carboidratos, como cereais e
tubérculos, que devem ser ingeridos em maior quantidade, e no topo estão
doces e gorduras, que não devem passar de duas porções por dia.
"O que eu acho interessante em um plano alimentar é um guia que sugira a
ingestão diária por grupos, porque não concordo com a idéia de comparar
todos os alimentos", afirma Perim.
Enquanto não há sistema semelhante no Brasil, três nutricionistas
elaboraram, a pedido da Folha, uma lista com dez alimentos que
consideram essenciais à dieta. Procure incluí-los com freqüência no
carrinho do supermercado.
Agradecimento: Tok Stok (www.tokstok.com.br)

NA INTERNET - Leia lista com alguns alimentos já pontuados pelo


sistema NuVal www.folha.com.br/083231
TATIANA SCACCHETTI,
nutricionista clínica do Hospital Israelita Albert Einstein
[...]
Não é preciso acrescentar tanta coisa
para ter uma alimentação saudável.
É possível ser simples

>> arroz integral


Tem fibras e minerais

>> feijão
Tem fibras e proteínas e, com o arroz integral, forma uma combinação
bastante saudável

>> peixes
Especialmente os de água fria do mar, que têm mais ômega 3, como o atum
e a sardinha

>> azeite de oliva


Pelos níveis de antioxidantes

>> alho
Antiplaquetário, pode ajudar a reduzir o colesterol e é hipotensor

>> tomate
Pelo licopeno, substância importante para diminuir riscos de câncer, como
já mostram alguns estudos

>> leite desnatado


Tem menos gordura do que a versão integral e é boa fonte de cálcio,
potássio e proteínas

>> laranja
Tem fibras, que ajudam no funcionamento do intestino, e vitamina C

>> água
Porque a hidratação é extremamente importante

>> banana
Tem fibra e minerais, como o potássio, e geralmente não contém tantos
agrotóxicos, pois cresce bem em qualquer lugar R$ 138
ROSANA PERIM
gerente de nutrição do Hospital do Coração
[...]
Todos os grupos alimentares são
superimportantes e devem estar
presentes em todas as refeições

>> leite semidesnatado


Fonte de proteína e cálcio, especialmente para mulheres e crianças

>> pães integrais


Ricos em fibras, têm absorção mais lenta e atendem também os diabéticos

>> carne vermelha e peixes


(consumidos alternadamente) A carne é fonte de ferro, e o peixe, de ômega
3

>> frutas vermelhas


Ricas em antioxidantes

>> azeite de oliva


Fonte de gordura monoinsaturada

>> arroz integral


Fonte de fibras

>> feijão
Fonte de proteína vegetal

>> chocolate amargo


Boa fonte de antioxidantes, estudos mostram que diminui o LDL
(colesterol ruim)

>> vegetais verde-escuros


Ricos em ácido fólico e em vitaminas

>> tomate
Por causa do licopeno, que atua contra o câncer
VIRGÍNIA NASCIMENTO,
vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição
[...]
Procure utilizar alimentos da safra,
pois estarão em estado ideal de sua
formação e, conseqüentemente, de
nutrientes

>> feijão
Rico em antioxidantes

>> banana
Fonte de precursores da serotonina, que atua no controle da ansiedade

>> peixes
Fonte de fósforo, mineral necessário para as atividades cerebrais

>> vegetais crucíferos


Pela ação anticancerígena

>> tomate
Devido à presença de licopeno

>> arroz, milho ou aveia


Contém aminoácidos importantes para o controle do metabolismo

>> azeite de oliva


Fonte de gordura monoinsaturada

>> laranja, limão ou cajú


Fonte de vitamina C

>> alho e especiarias


Estimulam o aproveitamento adequado dos alimentos

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq2011200812.htm

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DIA-A-DIA

EM CASA
Confira dicas para aprender a preparar azeites
aromatizados com ervas em casa
Deixar pratos e saladas mais saborosos e com um tempero que tenha um
"toque pessoal" não é coisa de outro mundo. O chef Ismar Cestari,
proprietário do restaurante vegetariano "Fulô", ensina a fazer azeites
aromatizados em casa. "Além de saborosos, eles ficam bonitos e podem ser
uma boa opção de presente", diz.
A idéia é "temperar" o azeite com ervas como sálvia, alecrim, manjericão
ou até com tomate seco. O primeiro passo é comprar o produto
extravirgem, com acidez menor de 0,5%, embalado em garrafa de vidro.
Em seguida, as ervas escolhidas devem ser higienizadas e mergulhadas
durante 30 minutos em um recipiente com seis xícaras de água e uma
colher de água sanitária. "Isso é feito para evitar contaminação", afirma.
Após esse período, as ervas devem ser lavadas e secas com toalhas de
papel. "Quem não quiser fazer esse processo pode comprar ervas já
desidratadas."
Em seguida, o azeite deve ser aquecido a 60ºC. Ao atingir a temperatura, as
ervas devem ser misturadas e mantidas assim por cerca de duas horas. Para
isso, é necessário ter um termômetro culinário. "Se a temperatura subir
demais, você prejudica o sabor do azeite e as ervas perdem suas
propriedades", diz Cestari.
Depois de frio, o azeite aromatizado estará pronto para o consumo. Ele
deve ser armazenado em garrafa de vidro e fechado com rolha. "O legal é
que você pode enfeitar, deixando raminhos dentro do vidro."

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq2011200813.htm

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Fitness e saúde: Meia hora de atividade física


por dia é o suficiente?
Dicas do Dia
Informações sobre saúde, bem-estar e qualidade de vida

Da Redação

"Assiduidade da prática de exercícios é fundamental e até mais importante


que a intensidade"
“Meia hora diária de exercícios acelera o metabolismo, melhora o
condicionamento físico, o tônus muscular e oxigena o cérebro”

Recentemente, a Associação Americana do Coração e o Colégio


Americano de Ciências do Esporte divulgaram os novos parâmetros sobre
a atividade física. De acordo com as entidades, um adulto saudável deve
acumular pelo menos 30 minutos de atividade aeróbica moderada por dia,
entre cinco e sete vezes por semana. No estudo podem ser consideradas as
atividades moderadas, tais como as corridas e caminhadas com ritmo.

70% da população mundial é sedentária diz OMS


O que a ciência afirma é que quando o assunto é saúde a assiduidade da
prática de exercícios é fundamental e até mais importante que a
intensidade. Isso porque com a assiduidade a atividade física é trabalhada
todos os dias um pouco. Segundo a professora de educação física Keli
Alencar os benefícios são vários.

Atividade física com assiduidade promove:


- bem-estar;
- liberação de endorfinas;
- sensação de prazer;
- lubrifica as articulações;
- fortalece a musculatura e a elasticidade;
- previne o risco cardiovascular, lesões, diabetes, osteoporose e
hipertensão.

A prática de atividade física assídua e de intensidade moderada é uma boa


para quem quer deixar de lado o sedentarismo – que alcança hoje 70%
população mundial, de acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e
aumenta os riscos para doenças como obesidade, Diabetes Tipo II e
cardiopatias. “Meia hora diária de exercícios acelera o metabolismo,
melhora o condicionamento físico, o tônus muscular e oxigena o cérebro”,
valida Keli Alencar, professora de educação física.

Nesse contexto, as academias que utilizam circuitos de meia hora são uma
boa opção, especialmente para quem decidiu mudar de estilo de vida. O
chamado modelo express vence a eterna desculpa da falta de tempo e,
embora as aulas sejam reduzidas, os benefícios são reais.
Para quem ainda não reuniu força de vontade suficiente para colocar o
corpo em movimento, o cardiologista Anderson Rodrigues ressalta: “O
sedentarismo é o grande vilão da aterosclerose, aumenta em até oito vezes
o risco cardiovascular”. De trinta em trinta minutos, é possível ganhar
longevidade e qualidade de vida.

http://www2.uol.com.br/vyaestelar/atividade_fisica_meia_hora.htm
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Não tenha medo das “gorduras”, antes, fique esperto com o consumo
exagerados dos “carboidratos”. Deixe de lado os alimentos que em sua
composição contenham açúcar refinado, farinha de trigo refinada – as
farinhas brancas em geral – os refrigerantes (mesmo os light e diet) e vários
outros produtos industrializados e processados. Consuma em torno de 5 a 7
porções de frutas e verduras diariamente.
Adote um estilo de vida saudável, praticando exercícios físicos todos os
dias, tomando um pouco de sol diariamente, entre as 7 e 10 horas da
manhã; procure dormir mais, indo para a cama o mais cedo possível, com
regularidade; faça exercícios com halteres, os exercícios de musculação;
faça exercícios respiratórios, exercícios de alongamentos, flexibilidade;
pratique alguns minutos diários de meditação; faça caminhadas diárias, e se
estiver mais em forma, pratique a corrida com regularidade. Enfim,
movimente-se. O corpo foi feito para o movimento!
Afaste-se dos “medicamentos sintéticos”, aqueles fabricados pelos
laboratórios farmacêuticos. Cuidado com os psiquiatras! Cuidado com os
medicamentos sintéticos, cuidado com os medicamentos controlados.
Cuidado! Informe-se!

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