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Isto é muito diferente das palavras que Holding põe na boca de Tvedtnes.
"Da Ásia e Gália chegou até nós um relato [tradição] de uma certa prática,
dizendo que quando qualquer um dentre eles morria sem batismo, eles batizavam
outros em seu lugar e em seu nome, de tal forma, ao levantarem-se na ressurreição,
eles não terão que pagar a penalidade de terem falhado em receber o batismo, mas
antes se tornam sujeitos à autoridade do Criador do Mundo. Por esta razão, essa
tradição que até nós chegou conta ser a mesma coisa a qual o próprio Apóstolo se
refere quando diz, ‘Se os mortos absolutamente não ressuscitam, por que se batizam
então pelos mortos?’[80]"
O movimento antecede os Marcionitas por cerca de quase meio século, o que
também se encaixa bem dentro de uma presumida apostasia; uma vez que tal apostasia
“generalizada” debandaria, presumidamente, para cada vez mais longe e criaria cada
vez mais cismas a partir do Cristianismo Apostólico original. Também Marcião era um
Romano, de tal forma que temos agora pelo menos três “alfinetes” em nosso mapa da
Antiga Cristandade em pontos geográficos bem divergentes. O coração da Grécia
(Corinto), a capital do Império (Roma), e a “segunda cidade” e capital intelectual do
Império (Alexandria).
Ele também faz a enganosa declaração de que “os mais antigos dados Coptas
vieram do quarto século, e é, portanto de relevância marginal concernente ao que
estava acontecendo no Novo Testamento. Todavia Tvedtnes reconhece que fatores
sociais possam ter conduzido a aceitação de tal ritual no Egito enquanto outras igrejas
o rejeitaram”. Ele então segue em adicionar uma sentença na qual implica que Tvedtnes
chegou a uma conclusão específica; i.e., a de que os Coptas usaram a mesma linha de
raciocíneo que DeMaris supôs que os Cristãos Corintianos seguiram, mas essa
conclusão não está em lugar algum no trabalho de Tvedtnes.
{10}. Entre estes grupos, batismo é realizado apenas para parentes falecidos; não se
realiza nenhuma tentativa correspondente para fazer pesquisa genealógica. Tal como era
também a antiga prática SUD (por exemplo, em Nauvoo), até que a revelação veio para
Wilford Woodruff e a Sociedade Genealógica de Utah foi estabelecida, veja Thomas G.
Alexander, Things in Heaven and Earth: The Life and Times of Wilford Woodruff, a
Mormon Prophet (Salt Lake City: Signature Books, 1991), 322—23. Um sacerdote
Ortodoxo Sírio me informou que sua igreja também continua com a prática, mas ele não
me providenciou ainda com qualquer documento que apoiasse sua declaração.
{11}. Em um volume que está preste a ser lançado pela FARMS sobre antigos templos
(uma seqüência para Templos do Mundo Antigo), discorro sobre o assunto
extensivamente - com numerosos exemplos textuais - em um artigo intitulado, "Batismo
pelos Mortos no Antigo Cristianismo”. O Artigo acabará com quaisquer dúvidas sobre a
difundida crença em batismo pelos mortos entre os primeiros Cristãos. Wilson
realmente nota esta prática entre a “herética seita dos Marcionitas no segundo século e
pela Sociedade Efrata, um grupo oculto Cristão nos idos de 1700 na Pensilvânia”.
Uma vez que Holdings aparenta subestimar a importância das fontes Coptas
(Egípcias e Etiópicas) que Tvedtness menciona em seu trabalho anterior que se encontra
on-line, aqui estão as referências adicionais que Tvedtness faz em seu mais novo artigo;
nos dá a razão do porque não devíamos nos surpreender de que o batismo vicário é
praticado na igreja Copta, possivelmente até o dia de hoje:
1. A visão geral Egípcia dos mortos era de que eles continuavam a viver numa forma
espiritual, esperançosos da ressurreição do corpo. Grande cuidado era portanto
tomado para preservar o corpo através do embalsamento e do encarceramento do
corpo em túmulos rochosos.
2. Havia uma grande ênfase no antigo Egito sobre a adequada performance dos
rituais, tanto para o mundo dos vivos como para o mundo dos mortos. Mesmo
quando o falecido não tivesse vivido uma vida digna de louvor, era típico designar
para ele justiça e negar qualquer malefícios de seu passado. A menos que seu
coração ou outras facetas de seu ser o traíssem diante dos deuses que se assentavam
no julgamento do seu espírito, rituais mágicos e talismãs eram empregados para
assegurarem sua passagem de forma segura para dentro dos mundos de glória.
3. Iniciação, incluindo a purificação pela água, era já estendida tanto na vida terrena
como nos rituais mortuários que precediam o enterro. Isto era prontamente
identificado com o batismo Cristão tanto para vivos como mortos.