Professional Documents
Culture Documents
1. Não se trata dum confronto entre sindicatos e ME, mas dum confronto entre
professores e ME, pese embora a importância dos sindicatos enquanto estruturas
representativas dos professores.
2. Trata-se dum confronto que se instalou a partir do momento em que o ME
demonstrou não estar na disposição de ouvir os professores e as escolas quanto
às suas dificuldades em aplicar este modelo de avaliação. Na verdade, às
dificuldades identificadas e apresentadas pelos professores, a resposta do ME
sempre foi a de que o modelo era para ser aplicado integralmente, sendo as
dificuldades sempre desvalorizadas e consideradas erros de leitura/interpretação,
visto que o modelo era, por natureza, muito simples e repleto de benefícios para
os professores.
3. O que era óbvio para as escolas e para os professores - a complexidade, a
burocracia, a inoperacionalidade, a inadequabilidade - levou nove meses a ser
compreendido pela equipa ministerial que, em virtude das competências de que
está incumbida, deveria ser a primeira a tomar as iniciativas adequadas à
aplicação dum novo modelo de avaliação (por si considerado em total ruptura
com o modelo anterior e com a cultura da maior parte das escolas). Referimo-
nos à necessidade de aplicação em regime experimental, à aplicação faseada do
modelo, às necessidades de formação, à introdução de alterações nos horários
dos professores para facultar o trabalho colaborativo, etc..