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19/11/2007 23:43 - Construção de viaduto na Avenida T-63 pela Prefeitura foi tema de debate nesta

segunda-feira. Marina propôs novas discussões para maior detalhamento do projeto

Foi realizada nesta segunda-feira (19/11)), das 15 às 18 horas, na Sala de Reuniões das Comissões da Câmara
Municipal, a discussão do projeto de lei nº 359/2007, do Prefeito de Goiânia, que altera a Lei Orçamentária Anual -
LOA 2007, e a sua justificativa referente à construção de viaduto da Praça do Chafariz, na Avenida T-63 com a 85. A
Audiência, coordenada pela vereadora Marina Sant´Anna, presidenta da Comissão de Desenvolvimento Econômico e
Social (CDES) da Casa, contou com as presenças dos vereadores Bruno Peixoto (PMDB), Virmondes Cruvinel (PSDC)
e Santana (PMDB); Leodante Cardoso, diretor de Obras da Companhia Municipal de Obras e Habitação (Comob);
Coronel Paulo Sanches , superintende municipal de Trânsito; Adriano de Paixão, diretor de licenciamento da Agência
Municipal do Meio Ambiente (Amma), empresários e moradores das imediações do local onde está prevista a obra.

Marina iniciou os trabalhos lamentando a ausência do presidente da Comissão de Finanças -- propositora da Audiência
Pública --, vereador Abdiel Rocha, que se responsabilizara pelo convite aos técnicos da Prefeitura para participação no
evento . A parlamentar petista tinha o objetivo de obter maiores e mais detalhadas informações sobre a proposta de
construção do viaduto, inclusive sobre o seu impacto ambiental. Ela informou que irá dialogar com a base do Governo
no sentido de que o projeto seja discutido com moradores, empresários, técnicos e entidades da área, bem como
realizadas as audiências públicas previstas em lei. Marina destacou, entretanto, que não pretende prejudicar, com
esta maior discussão da proposta do Executivo, a verba destinada à Habitação, oriunda do Governo Lula via Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC), para a construção de moradias em Goiânia.

Líder do PMDB, o vereador Bruno Peixoto afirmou que, segundo relatos técnicos, Goiânia teria necessidade de 220
viadutos. Disse, ainda, que outra emergência é a construção de um viaduto na Marginal Botafogo com a Avenida A,
com destaque para o Estádio Serra Dourada , visando a Copa de 2014. O titular da SMT, Coronel Sanches,
acrescentou que, com o dinheiro da construção de um elevado constrói-se três viadutos ou trincheiras. O
representante da Comob informou, por sua vez, que, com a mudança de elevado para trincheira na Avenida T-63,
assim como na Praça do Ratinho, as obras deverão ter início apenas depois do período chuvoso, de março para abril.

Durante a Audiência Pública, os técnicos da Prefeitura não souberam apresentar os relatórios de impacto ambiental,
de vizinhança e de trânsito e transportes. A vereadora Marina Sant´Anna sugeriu que nova audiência seja realizada
para que se discuta detalhadamente o assunto.

Empresários das imediações da Praça do Chafariz propuseram que o Poder Executivo encaminhe um projeto
indenizando-os pelo período em que estiverem com suas portas fechadas, durante a execução da obra.

Confira alguns depoimentos:

Flávio Neiva – Morador da região há 30 anos: “É uma obra de grande impacto, não fizeram a análise dos
impactos negativos. A prefeitura irá fazer uma intervenção gastando recursos expressivos e não irá resolver os
problemas da região".

Fernanda Mendonça – Especialista em Trânsito e Meio Ambiente: “Procurei informações no site da Prefeitura
e na Seplam e não há nada sobre a obra. Os estudos não devem estar de forma transparente à disposição da
população no site da Prefeitura?”

Ludmila da Mata – Representante de comerciantes da Praça do Chafariz: “Estamos presentes aqui no


exercício da cidadania. Agradeço a vereadora Marina por realizar a audiência e nos convidar. Somos empresários,
estamos preocupados e queremos ser ouvidos".

Arlene Carvalho – Moradora: “Os viadutos não resolveram o problema do congestionamento em São Paulo. Será
que resolverão em Goiânia? Por que não se leva a sério um estudo para melhorar o transporte coletivo? Estudei alguns
anos em Madri, na Espanha, e lá as pessoas usam carro nos finais de semana, são inibidas diante de um excelente
transporte coletivo e de altas taxas de estacionamento. Em Goiânia, ninguém lembra dos pedestres”.

Francisco Cândido – Representante do comércio local: “Queremos ser indenizados. Vamos ter nossa renda
parada durante cinco meses, e teremos que pagar folha de pagamento, impostos municipais, entre outros gastos. A
Prefeitura irá nos indenizar? E depois da obra feita, como meus clientes chegarão até a loja?”

Marcos Fidelis – Morador: "Espero que a discussão do projeto não seja escondida da população. Sugiro que uma
das audiências seja na Faculdade de Arquitetura".

Sobre o Projeto 359

O projeto prevê que a suplementação do orçamento passe de 25 para 35%, o que, somado aos 5% de contingência,
dará uma margem de 40% de remanejamento por parte do Poder Executivo. Marina Sant´Anna, a vereadora Cidinha
Siqueira, e os vereadores Maurício Beraldo e Elias Vaz se abstiveram na primeira votação que aprovou o projeto, por
considerarem a medida inconcebível administrativamente. Esta abertura de créditos indica que pode ter havido falhas
na peça orçamentária ou que essas obras não tiveram planejamento prévio.

A justificativa apresentada para a mudança é que a alteração seria necessária para possíveis correções em
insuficiências orçamentárias em diversas unidades e cita, como exemplo, a Política de Habitação firmada pelo
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a construção do viaduto da T-63 com a Av. 85, na Praça do Chafariz,
ainda não iniciada pela Prefeitura.

Reportagem: Liorcino Mendes

Fonte: Assessoria de Imprensa do Mandato da Vereadora Marina Sant´Anna

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