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Índices Regionais:
Só Centro-Oeste e Nordeste aumentam em 3% volume exportado
- De 2007 para 2008
- De 2000 para 2008
Conclusões
Nota geral:
As análises a seguir são relativas ao período de janeiro a setembro de 2008 para o Índice de Preços de
Exportação do Agronegócio em dólares (IPE-Agro/CEPEA) e para o Índice de Volume Exportado do
Agronegócio (IVE-Agro/CEPEA). Com relação ao Índice de Câmbio efetivo real do Agronegócio (IC-
Agro/CEPEA) e, conseqüentemente, ao Índice de Atratividade das Exportações do Agronegócio (IAT-
Agro/CEPEA), as informações vão até agosto de 2008 devido ao atraso de algumas agências estatísticas
internacionais no fornecimento de dados de preços.
35,000 29,851
30,000
25,000
20,000
15,000 10,785
10,000
5,000
0,000
5,000 2,315
10,000
15,000
20,000 14,357
IPEAgro/CEPEA IVEAgro/CEPEA ICAgro/CEPEA IATAgro/CEPEA
.
Figura 1 – Variação percentual dos índices de exportação do agronegócio brasileiro – comparação da
parcial deste ano (até agosto ou até setembro) com igual período de 2007.
Fonte: Cepea/Esalq-USP
PRODUTOS - Considerando os preços já internalizados em Reais (ou seja, o IAT), os grandes saltos
foram verificados para a soja, com o aumento de preços de óleo (52,35%), da soja em grão (39,13%) e
do farelo (37,53%). Aumentos expressivos também foram observados para carnes suína (19,88%),
bovina (13,19%) e de frango (12,52%). Os aumentos para café e frutas foram de apenas 4% e 3,19%
respectivamente. Há também os casos de queda na atratividade: álcool (-10,53%), açúcar (-16,64%),
suco de laranja (-24,95%). (Fig. 2)
60
50
40
30
Var (%)
20
10
0
-10
-20
-30
Frutas
Álcool
Soja
Suína
Bovina
Suco de
Açúcar
Grão
Frango
Óleo
Café
Soja
Carne
Farelo
Laranja
Carne
Carne
Soja
Produtos
Figura 2 – Índices de Atratividade das Exportações para Produtos Específicos (IAT/Cepea) – variações
referem-se a comparações entre jan-ago/2008 e jan-ago./2007.
Fonte: Cepea/Esalq-USP
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"
IPEAgro/CEPEA IVEAgro/CEPEA
ICAgro/CEPEA IATAgro/CEPEA
Figura 3 - Índice de Preços de Exportação do Agronegócio (IPE-Agro) em dólar, Índice de Volume de
Exportação do Agronegócio (IVE-Agro), de janeiro de 2000 a setembro de 2008 (dados anualizados) e
Índice de Atratividade das Exportações do Agronegócio/IAT - preços em reais das exportações
multiplicado pela taxa efetiva de câmbio do agronegócio (IC-Agro), e a taxa de câmbio efetiva real do
Agronegócio (IC-Agro) de janeiro de 2000 a agosto de 2008 (dados anualizados).
Fonte: Cepea/Esalq-USP
Indicadores Regionais
Comparando o desempenho da parcial deste ano (até setembro) com o mesmo período do ano
passado, verifica-se que as regiões Norte, Sul e Centro-Oeste tiveram os melhores desempenhos
exportadores quando se analisa o preço em dólares - acima do nível nacional (29,85%).
Quanto ao volume exportado, empresas do Nordeste e Centro-Oeste aumentaram ligeiramente os
embarques, ao passo que as demais diminuíram a quantidade exportada, com destaque para a retração
do Sudeste e Norte. (Fig. 4)
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60,00 52,99
43,73
40,00
27,95
0,00
-24,29
-40,00
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro
Oeste
IPE-Agro/CEPEA IVE-Agro/CEPEA
Desde o ano 2000, o Índice de Preços (em dólar) de Exportação do Agronegócio Regional (IPE-
Agro/CEPEA/Região) segue em alta em todas as regiões. As regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-
Oeste tiveram aumentos de preços acima da média nacional (66,3%). Os produtos exportados por
empresas do Norte tiveram aumento de 150% em dólar no período; o reajuste para os embarques do
Centro-Oeste foi de 103%; para os do Nordeste, de 86% e para os do Sul, de 83%. Já a região Sudeste,
que é uma grande região exportadora, teve aumentos de preços menores que a nacional, de 30,2%
comparando-se 2008 (até setembro) a 2000. (Fig. 5)
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300
250
200
150
100
50
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Quando se observa o Índice de Volume Exportado pelo Agronegócio, verifica-se que a região
Centro-Oeste apresentou uma evolução bem acima da nacional, que é 119%. O volume embarcado por
empresas do Centro-Oeste aumentou 350% de 2000 para 2008 (até setembro). A região Nordeste
também teve um aumento acima do nacional, de 148%. Já as demais regiões tiveram crescimentos
ligeiramente abaixo do nível nacional. (Fig. 6)
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ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"
500
400
300
200
100
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
IVEAgro/CEPEA (Norte) IVEAgro/CEPEA (Nordeste)
IVEAgro/CEPEA (Sudeste) IVEAgro/CEPEA (Sul)
IVEAgro/CEPEA (Centro Oeste)
CONCLUSÕES
O agronegócio continua se destacando nas exportações brasileiras. O volume exportado cresceu
de forma acelerada até 2005, com um salto em 2007. A conhecida compensação entre preços em dólares
e câmbio vem se manifestando até aqui: até 2004 o câmbio manteve-se desvalorizado e o os preços
deprimidos; a seguir essas posições se invertem. Esse efeito tende a estabilizar relativamente os preços
de exportação internalizados. Considerando apenas o último ano, observou-se valorização cambial,
aumento de preços internacionais e pequena queda do volume exportado.
Soja e derivados e as carnes têm sido as commodities mais beneficiadas em termos de preços de
exportação internalizados. Etanol, açúcar e suco de laranja estão na ponta perdedora. Esse resultado
causa impacto enviesado regionalmente: as exportações têm sido bem menos favoráveis ao Sudeste do
que às demais regiões. Não se pode alegar, portanto, que exportar não contribua para um crescimento
nacional mais equilibrado.
A crise financeira iniciada nos países desenvolvidos tende a espalhar-se para a maioria do países.
No Brasil, a queda das cotações das commodities tem sido compensada, pelo menos até final e
outubro/08, pelo aumento recente do dólar. A ação do Banco Central voltada para a recuperação da
moeda nacional deve, pois, ter esse efeito compensação em conta: uma excessiva (e artificial)
valorização do Real pode deprimir ainda em demasia os preços internos das commodities. Os produtores
rurais brasileiros já se acham muito pressionados pela queda já havida nas cotações e pela escassez de
crédito, outro efeito da crise.
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