Professional Documents
Culture Documents
Com este trabalho espera-se que ajude os enfermeiros a lidar com este tipo de
ostomias e saber o que fazer, no caso de se deparar com algum doente
ostomizado durante o seu exercício profissional.
1
2
1-Fisiologia dos Intestinos
3
4
2 - Ostomias
Segundo Simões (2002), “um estoma é um termo grego que significa “boca” ou
“abertura” e que denomina qualquer abertura cirúrgica de uma víscera ao meio
exterior”.
As cirurgias que dão origem às ostomias são entre outras por laparoscopia e
por cirurgia de Hartmann (Phipps, Sands & Marek, 2003).
5
sonda alimentar. O orifício artificial é criado na altura do estômago e é realizada
em doentes que perderam a capacidade temporária ou permanente de deglutir
os alimentos, tanto em consequência de lesões cerebrais graves ou por
transtornos do tracto gastrointestinal superior (Simões, 2002).
6
3 – Ileostomia
Uma ileostomia surge quando é feito um estoma a partir do íleo e em geral é
permanente (Arkinson & Murray, 1989).
• Ileostomia de Brook;
• Ileostomia Continente;
• Reservatório Íleoanal.
7
O Reservatório Íleoanal envolve a criação de uma bolsa a partir do íleo
terminal, que é suturada directamente ao ânus. Deixa-se intacto o esfíncter
anal, que preserva a continência, adicionado a aproximadamente 2,5 cm de
recto que é desnudado da sua mucosa (Phipps, Sands & Marek, 2003).
Isto faz-se em dois tempos operatórios: o primeiro que segue a colectomia total
e a remoção do revestimento anal (com a preservação do esfíncter anal),
envolve a construção de um reservatório íleal no intestino delgado A abertura
do reservatório íleal é direccionada para baixo através de uma bainha de tecido
muscular rectal e suturada ou anastomosada ao canal anal. O reservatório
armazena as fezes. Uma ileostomia temporária é realizada para possibilitar a
cicatrização da anastomose. No segundo momento operatório, depois de 3 a 4
meses, a ileostomia temporária é fechada e a continência fecal é restabelecida
(Swearingen & Howard, 2001).
3.1 – Indicações
A Ileostomia de Brook está indicada para doentes que tenham (Swearingen &
Howard, 2001; Phipps, Sands & Marek, 2003):
→ Colite ulcerosa;
→ Doença de Crohn;
→ Cancro;
→ Trauma;
→ Polipose familiar;
8
A Ileostomia Continente está indicada para (Swearingen & Howard, 2001;
Phipps, Sands & Marek, 2003):
Colite ulcerosa;
Polipose familiar;
O Reservatório Íleoanal está indicado para doentes que tenham (Swearingen &
Howard, 2001; Phipps, Sands, & Marek, 2003):
Colite ulcerosa;
Polipose familiar;
3.2 – Complicações
Complicações Físicas (Phipps, Sands & Marek, 2003; Hallouët, Eggers &
Malaquin-Pavan, 2006):
9
úlceras, infecções, incrustações de cristais de fosfato, metaplasia
escamosa, que pode provocar estenoses.
Receio de perdas;
10
4 – Colostomia
Uma colostomia surge quando é feito um estoma a partir do cólon e pode ser
temporária ou permanente (Arkinson & Murray, 1989).
→ Colostomia Ascendente;
→ Colostomia do Transverso;
→ Colostomia Descendente;
→ Colostomia Sigmóideia.
Na Colostomia do Transverso com Barril Duplo faz-se uma dupla abertura, para
proporcionar o descanso do cólon para posterior anastomose. O paciente
possui dois estomas: um estoma proximal que é activo e drena fezes e um
estoma distal que é inactivo e drena muco (Swearingen & Howard, 2001).
11
Na Colostomia da Ansa do Transverso, um segmento intacto do cólon é
suturado no abdómen, sem que seja seccionado completamente. O laço é feito
na porção externa do corpo e fixado com uma haste de sustentação de plástico
ou vidro por 7 a 10 dias de período pós-operatório (Swearingen & Howard,
2001).
4.1 – Indicações
Diverticulose;
Doença de Hirschsprung;
Obstrução do cólon;
Trauma;
Fístula rectovaginal;
Polipose familiar;
12
A Colostomia do Transverso está indicada para (Hallouët, Eggers & Malaquin-
Pavan, 2006; Swearingen & Howard, 2001):
• Diverticulose;
• Doença de Hirschsprung;
• Obstrução do cólon;
• Trauma;
• Fístula rectovaginal;
• Polipose familiar;
Situações de emergência.
Diverticulose;
13
Anomalias congénitas;
Trauma;
Polipose familiar;
Diverticulose;
Anomalias congénitas;
Trauma;
Polipose familiar;
4.2 – Complicações
Complicações Físicas (Phipps, Sands & Marek, 2003), (Hallouët, Eggers &
Malaquin-Pavan, 2006), (Swearingen & Howard, 2001):
14
úlceras, infecções, incrustações de cristais de fosfato, metaplasia
escamosa, que pode provocar estenoses.
Receio de perdas;
15
16
5 – Cuidados de Enfermagem
Desde o pré-operatório, que são fundamentais os cuidados ao doente,
incluindo o ensino sobre o que vai mudar na sua vida. É então a função do
enfermeiro prestar estes cuidados e fazer este ensino ao doente sobre esta sua
nova etapa na sua vida, podendo este obter uma melhor qualidade de vida
possível.
17
do doente o mais precoce possível, promovendo o auto-cuidado e a aceitação
da nova imagem corporal (Serrano & Pires, 2007).
O ensino ao doente antes da cirurgia devem incluir (Phipps, Sands & Marek,
2003):
18
material que existe, para que o doente fique familiarizado com o material
que vai ter que passar a usar;
Que vai ser feita tricotomia ao abdómen (no caso de o doente possuir
muita pilosidade);
Que vai ter que estar em jejum após a cirurgia, para evitar distensão ou
pressão nas linhas de sutura;
Deverá pois, ter em atenção a vigilância de (Serrano & Pires, 2007; Phipps,
Sands & Marek, 2003):
− Drenagem gástrica;
19
− Drenos abdominais e perineais (quando existentes);
− Drenagem vesical;
20
grande preocupação após a colostomia cirúrgica, embora o possam ser
por um momento, para restabelecer um padrão normal de eliminação.
21
cicatrização da ferida. Geralmente os doentes preferem a posição de
decúbito lateral. Inicialmente a drenagem da ferida é abundante e sero-
hemática e deve ser removida eficazmente para evitar a infecção e a
formação de abcesso. Inicialmente as lavagens da ferida são feitas,
geralmente com soro fisiológico, mas o doente gradualmente pode
evoluir para uma massagem manual com o chuveiro. Os pensos devem
ser mudados sempre que necessário.
22
de necrose, hemorragia e ulceração; envolver o coto com compressas
embebidas em soro glicosado a 30%, quando existe edema ou com soro
fisiológico se não há edema. Aguardar uns minutos e com o auxílio dos
dedos médios e indicador, segurar o coto intestinal e reduzir com o
polegar. Após a redução, o ostomizado deve permanece deitado durante
30 minutos; ensinar o ostomizado a amparar/comprimir o abdómen
quando tossir, espirrar ou fizer esforços; aparelhar com sistema de duas
peças, atendendo à dimensão pela possibilidade de exteriorização do
coto; ensinar o ostomizado a fazer redução manual; encaminhar para o
cirurgião.
23
O ensino para a alta do doente é feita pelo enfermeiro, sendo este o técnico
com maior responsabilidade no ensino sobre o cuidar do estoma. O ensino
facilita o processo de aceitação da ostomia, como fazendo parte do próprio
doente. Este ensino deve ser iniciado o mais precocemente possível,
envolvendo sempre o doente, família ou pessoas que o doente considere
importantes. Deve ser contínuo e ser avaliada a sua eficácia: avaliar
conhecimentos do doente e saber se está autónomo e apto a cuidar do seu
estoma em casa (Serrano & Pires, 2007).
1. Escolha do dispositivo
24
permitir liberdade de movimentos; deve ser pequeno permitindo o uso
de roupa elegante e mesmo de fato de banho; isolar ruídos e cheiros;
não irritar a pele nem o estoma; de fácil obtenção em vários tamanhos.
25
Deve também informar que não necessita de comprar o material, pois
com a receita médica pode dirigir-se ao centro de saúde ou à farmácia,
requisitar o material que precisa e eles dar-lho-ão gratuitamente.
No entanto, esta opção deve ser tomada pelo próprio doente de acordo
com as suas necessidades.
2. Mudança do dispositivo
→ Retirar o saco com fezes deve ser realizado de cima para baixo.
→ A limpeza da pele deve ser feita com papel higiénico suave e água
tépida, podendo-se utilizar um sabão de pH neutro, para retirar fezes
que possam ter ficado na zona.
26
estoma e o estoma em relação a sinais de irritação ou infecção. Se
necessária a tricotomia da zona peri-estomal, realizá-la com tesoura de
pontas redondas, evitando o uso de lâminas de barbear, pelas lesões
que possam causar e pelo aumento da vulnerabilidade para foliculites.
→ Para verificar se o saco ficou bem fixo, o doente deve puxar ligeiramente
o saco e se este não sair é porque está bem colocado.
27
3. Alimentação
- Comer regularmente;
28
4. Vestuário
5. Viagens
6. Vida Sexual
A pessoa com ostomia pode ter uma vida sexual normal. No entanto se
houver lesão nos nervos pélvicos pode surgir na mulher dispareunia e
no homem um certo grau de impotência. Este grau de impotência está
relacionado com a magnitude da lesão, causando diferentes
manifestações. O utente pode mudar o saco antes das relações sexuais,
optar por trocar para um mini-saco ou cobrir o saco durante a relação
sexual. O casal deve explorar posições para as relações sexuais, que
minimizem a tensão e a pressão sobre o saco. Não deve ter relações
sexuais pelo estoma. Em caso de gravidez, o facto de possuir um
estoma não prejudica o bebé nem a própria, devendo ter
acompanhamento por profissionais desde a preconcepção. Deverá
haver compreensão e um bom relacionamento entre os dois parceiros,
tentando ultrapassar dificuldades, receios e insegurança.
29
7. Desporto
8. Benefícios Fiscais
9. Complicações
30
10. Apoio à Auto-Estima Positiva
31
equipamentos e a maioria dos conjuntos incluem uma mangueira de
irrigação, um cone para introduzir no estoma, um saco para conter a
solução e pinças para fechar a mangueira. O procedimento é idealmente
explicado na casa de banho. Cólicas durante uma irrigação podem ser
causadas pela instilação, demasiado rápida, de água ou soluções que
estejam muito frias ou muito quentes. O fluxo deve ser interrompido até
as cólicas desaparecerem.
32
6 – Conclusão
Como conclusão posso afirmar que os objectivos do trabalho foram atingidos.
Foi muito gratificante para mim fazer este trabalho, pois pude compreender os
diferentes tipos de ostomias de eliminação que, bem como perceber um pouco
mais dos cuidados a ter com estas ostomias.
33
34
7 - Bibliografia
Atkinson, L. D., & Murray, M. E. (1989). Fundamentos de Enfermagem.
Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan.
35
Swearingen, P. L., & Howard, C. A. (2001). Atlas Fotográfico de
Procedimentos de Enfermagem (3ª Edição). Porto Alegre: Editora
Artmed.
36