O Horóscopo
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O quinto caso so comissário Germano.
Uma série de estranhos homicídios vão ensanguentando a província de Roma e a averiguação dos crimes fica a cargo de Vincent Germano – só o comissário conseguirá resolver este enigma.
Claudio Ruggeri
Claudio Ruggeri, 30岁。出生于Grottaferrata (罗马)。现为从业人员,前裁判员。他遍游各地,在美国呆了很久,2007年回到意大利。写作是一直以来他的最大爱好。
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O Horóscopo - Claudio Ruggeri
Nota do autor
Este livro relata uma história fictícia.
Quaisquer referências a acontecimentos que tenham tido lugar e/ou a pessoas reais contidas nesta obra são consideradas como mera coincidência.
Índice
17 de Dezembro
18 de Dezembro
5 dias depois (às 20 horas)
24 de Dezembro
25 de Dezembro, almoço de Natal
26 de Dezembro
27 de Dezembro
28 de Dezembro
Meia-hora mais tarde
17 de Dezembro
––––––––
Estou sim?
.
Estou. Boa noite. É da Polícia?
.
Sim. Está a falar para a esquadra
.
Há uns dez minutos pareceu-me ver sangue
.
Um momento...como se chama?
.
O meu nome é Mário Vinciguerra
.
E onde é que viu este...sangue?
.
Estava a descer para a garagem. A porta elevadiça da garagem do meu vizinho parecia-me fechada mas por debaixo saía algo que parecia sangue
.
Estava escuro?
.
Inicialmente, sim. Quer dizer, estava mesmo muito escuro e por isso acendi a luz para poder ver melhor e pareceu-me mesmo que era sangue...
.
Onde mora, Sr. Vinciguerra?
.
Em Frascati, na rua da Vinha 74
.
Deixe-se estar aí. Espere por nós. Vamos já para aí
.
Poucos minutos depois de ter recebido o telefonema o inspector Parisi estava já a caminha, acompanhado pelo agente Marco Venditti.
O trajecto até ao local indicado foi curto. Às vinte e três horas numa noite de inverno não havia quase ninguém disposto a andar na rua e submeter-se àquele frio e a tal humidade.
Ao chegarem em frente do prédio com o número 74 na Rua da Vinha os dois polícias viram o Sr. Vinciguerra esperando por eles e este assim que viu a viatura da polícia saiu rapidamente do carro e começou a esbracejar.
O inspector Parisi saiu ao seu encontro enquanto que o agente Venditti permaneceu ainda na viatura por alguns segundos, na esperança de encontrar um lugar para estacionar.
Uma vez todos juntos, os três dirigiram-se imediatamente para a garagem do prédio descendo a rampa de acesso.
Desculpem-me se vos incomodei mas...
.
Não tem que se justificar, Sr. Vinciguerra
, a resposta de Parisi não deu hipótese ao seu interlocutor para continuar e com um aceno fez sinal para parar. Tinham chegado ao fundo da rampa.
A verdade é que os dois agentes se tinham encaminhado sozinhos na direcção da porta elevadiça que lhes tinha sido indicada. Atentos onde pisavam, aproximaram-se e ambos se baixaram de modo a poderem observar mais de perto os pingos escuros.
O que achas, Marco?
.
Não me parece ser óleo...
.
Nem a mim. De quem é esta garagem?
.
Fábio Meluzza, mora no segundo andar
.
Tá bem. Vê se encontras este tipo, mas primeiro ajuda-me a abrir a garagem
.
Tacteram durante alguns segundos tentando forçar a porta mas logo perceberam que era inútil pois esta não estava trancada.
O contraste entre o interior escuro e a luz fraca da rua não permitia vislumbrar mais do que alguns centímetros. O inspector ligou a lanterna e estava para lembrar o colega que deveria localizar o proprietário - o tal Meluzza.
Marco Venditti, subiu a rampa dirigindo-se para a viatura parada na rua mas tinha apenas dado dois passos e ouviu o inspector.
Espera Marco, acho que já o encontrei
.
O corpo de um homem aparentando cerca de quarenta anos, grisalho e estatura mediana jazia inerte no interior da garagem a poucos metros da entrada. Quase dava a impressão de estar a dormir, não fosse o buraco, bem visível, que tinha entre os olhos – simétrico entre as duas órbitas.
O agente Venditti, que já se tinha aproximado do cadáver, conseguiu tirar a carteira do bolso traseiro das calças da vítima. Ao ver a carta de condução, confirmaram-se as suspeitas do inspector Parisi – o corpo encontrado era o do proprietário da garagem.
O local foi imediatamente isolado aguardando a chegada do médico legista. Alguns segundos depois de ter chamado os técnicos, o inspector estava de novo a usar o seu telemóvel para fazer outra chamada.
Estou?
.
Olá Ariana...desculpa ligar a esta hora, sou eu, Angelo
.
Procuras o Vincent?
.
Sim, está aí ao pé?
.
Estar está...espera que vou tentar acordá-lo
.
Obrigado
.
Do outro lado da linha o inspector ouviu uns breves resmungos antes que a conversa telefónica fosse retomada.
Quem fala?
.
Olá Vincent. Sou eu, Angelo...
.
Que raio! O que aconteceu?
Acordei-te?
.
Agora não interessa...conta-me lá o que se passa!
Parisi tentou explicar apenas o essencial, contando ao comissário Germano os acontecimentos daquela noite. Este tomou ainda algumas notas antes de se levantar da cama e começar a vestir-se.
Quem é que que mataram desta vez, Vincent?
.
Um tal Fábio Meluzza. Conheces-o, Ariana?
.
O nome não me diz nada. Porquê, deveria...?
.
Nah...falei por falar...no entanto, a mim não me parece totalmente desconhecido, este Meluzza
.
Está bem. Vai lá...
.
Vou vou...boa noite!
.
Bom trabalho, Vincent...
.
Naquela noite de Dezembro, mais concretamente no dia dezassete, o termómetro do carro de Germano marcava quatro graus centígrados e o ar quase gelado ajudou o comissário na difícil tarefa de acordar.
Bastaram-lhe apenas poucos minutos para chegar ao local onde o cadáver tinha sido encontrado, onde aliás o inspector Parisi já o aguardava na entrada do acesso da rampa para o conduzir directamente à garagem.
Que noite, hein...
.
Para nós sim, Vincent. Mas para o dono da última garagem ali correu ainda pior...
.
Ajuste de contas?
.
Parece-me que sim. Quando acendemos a luz parecia tudo em ordem, não parece faltar nada e nem sequer parece ser um caso de roubo. A carteira da vítima tinha algumas centenas de euros
.
Este nome, Meluzza, diz-me alguma coisa...O que é que sabemos deste tipo, Angelo?
.
Tem alguns antecedentes com a polícia, foi condenado por receptação de carros roubados há seis anos. Apanhámo-lo por acaso durante uma investigação sobre jogo clandestino
.
Já me lembro...
.
Pois Vincent, mesmo achando que não aprendi a lição para não fazer um julgamento precipitado com base no que encontrámos no interior da garagem...
.
Por acaso, algo parecido com uma carroçaria?
.
Exactamente, as partes de automóveis aqui empilhadas...devem ser perto de uma centena...
.
Quando as retirarem daqui, tenta identificar todos os proprietários e avisa-os para virem buscar o que resta dos carros
.
Ok
.
A conversa é interrompida quando os dois agentes chegam ao local do crime. O comissário tentou obter mais informações do agente Venditti.
Olá, Marco
.
Boa noite, comissário
.
Há quanto tempo chegaram aqui?
.
Chegámos uns minutos depois do telefonema do Sr. Vinciguerra, deviam ser umas onze e um quarto".
Fala-me sobre este sangue
.
O Sr. Vinciguerra diz que reparou que o sangue saía da garagem do vizinho quando estava a descer. Segundo nos contou, primeiiiro acendeu a luz para se certificar que era mesmo sangue e depois chamou imediatamente o 112
.
Após ter ouvido aquelas informações breves, o comissário dirige-se novamente para ao agente Parisi, que esperava ali em pé a quatro ou cinco metros de distância do Germano.
O Meluzza morava sozinho?
.
Sim, nunca casou e sem filhos, morava neste prédio háquase vinte anos. Perguntei ao Vinciguerra se se recordava de ter visto alguma namorada, talvez apenas de passagem ao menos uma vez...mas nada. Negou que tivesse dado conta de alguém
.
Estou a ver. E além da receptação, a vítima aparece envolvida noutros tráficos?
.
"Tenho de ver melhor, Vincent. Mas parece-me que não. Por agora não apareceu nada. Não sei se te