Discover millions of ebooks, audiobooks, and so much more with a free trial

Only $11.99/month after trial. Cancel anytime.

Uma imagem diferente
Uma imagem diferente
Uma imagem diferente
Ebook176 pages2 hours

Uma imagem diferente

Rating: 0 out of 5 stars

()

Read preview

About this ebook

Quando Ryder Malone anunciou os seus planos de se casar com a proprietária de um estabelecimento pouco recomendável, que além do mais tinha um filho, Savannah Smith compreendeu que algo não estava bem em Joeville. Deixando de lado a idade e o aspecto frágil da futura noiva, como é que Ryder ia poder formar uma família de repente?
Savannah só sabia que Ryder tinha sido o marido dos seus sonhos desde os tempos de escola. E tendo em conta que ele lhe tinha ensinado os prodígios da paixão pouco antes do surpreendente anúncio, não permitiria que fosse ao altar com outra mulher que não fosse ela.
LanguagePortuguês
Release dateMar 1, 2018
ISBN9788491709671
Uma imagem diferente

Related to Uma imagem diferente

Titles in the series (100)

View More

Related ebooks

Romance For You

View More

Related articles

Reviews for Uma imagem diferente

Rating: 0 out of 5 stars
0 ratings

0 ratings0 reviews

What did you think?

Tap to rate

Review must be at least 10 words

    Book preview

    Uma imagem diferente - Anne Eames

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 1997 Creative Business Services, Inc.

    © 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Uma imagem diferente, n.º 343 - março 2018

    Título original: A Marriage Made in Joeville

    Publicado originalmente por Silhouette® Books.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

    Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

    As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

    Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-9170-967-1

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Página de título

    Créditos

    Sumário

    Prólogo

    Capítulo Um

    Capítulo Dois

    Capítulo Três

    Capítulo Quatro

    Capítulo Cinco

    Capítulo Seis

    Capítulo Sete

    Capítulo Oito

    Capítulo Nove

    Capítulo Dez

    Capítulo Onze

    Capítulo Doze

    Capítulo Treze

    Se gostou deste livro…

    Prólogo

    – Ora, que sorte a minha, ah? – disse Savannah enquanto dobrava um par de calças de ganga e as punha na mala. – Todos estes anos à espera do homem da minha vida e chega outra e leva-o – disse enquanto atirava duas camisolas para cima da cama.

    Jenny apoiou-se na porta e cruzou os braços.

    – Ainda bem que não enviaram os convites todos para o casamento.

    – Podia ter-me dito antes que havia outra pessoa – Savannah abanou a cabeça, sentindo a aguda pontada da traição.

    – De qualquer maneira, disseste-me que não tinhas a certeza de que ele era o homem da tua vida. Por isso, porquê essa cara?

    Savannah inclinou a cabeça.

    – Porque sou eu a abandonada.

    – Prefiro pensar que foste tu quem tomou a decisão e que ele simplesmente a aceitou – disse Jenny aproximando-se de Savannah. – Afinal, não foi o melhor que podia ter acontecido?

    – Imagino que sim. Tens razão, como sempre.

    – És uma rapariga inteligente. Vá, anima-te. Tudo isto aconteceu há um mês. Não faz sentido que continues a pensar no assunto.

    Jenny agarrou Savannah pelo braço e levou-a até ao sofá branco que havia num canto do quarto. Sentaram-se juntas e olharam-se.

    – Diz-me, Jen: já alguma vez te apaixonaste perdidamente? Refiro-me a esse tipo de sentimento que faz com que o teu corpo estremeça cada vez que ele entra num sítio ou te toca por acidente.

    – Não – respondeu Jenny.

    – Nunca?

    – Senti paixão e desejo. Mas isso é muito diferente.

    – Talvez eu seja uma romântica incurável. Mas, ouve o que te vou dizer, Jenny, o melhor é aparecer alguém depressa. Estou a começar a ficar farta. A minha mãe costumava dizer: Se não o usas, vai ficar ferrugento.

    – Uma mulher sábia – disse Jenny abrindo os olhos. – Em que lugar da Europa é que ela está neste mês?

    – Não vamos falar da minha mãe.

    Savannah ouviu um certo tom de defesa na sua própria voz e surpreendeu-se. Jenny tinha razão ao criticar uma mãe que tinha abandonado a filha adolescente antes da tinta do seguro de vida do seu pai ter secado.

    – Lamento – disse Jenny ao mesmo tempo que tocava no joelho de Savannah com o dedo. – Não devia ter tocado nesta velha história. Vê as coisas desta maneira – acrescentou com voz optimista. – Finalmente vais para Montana para provar que continuas a sentir a mesma paixão por esse amor de que tanto falaste.

    Savannah olhou para a roupa espalhada pela cama e perguntou-se se teria tomado a decisão correcta… ou se se tratava de um impulso louco.

    – Não pareces muito convencida – comentou Jenny. – Muito bem, vamos analisá-lo mais uma vez. Nos sete anos que te conheço, de quem é que acabamos por falar cada vez que acabas um relacionamento?

    Savannah agarrou na almofada que tinha junto dela e apertou-a contra o peito.

    – Vá, diz.

    – Ryder Malone.

    Há doze anos que ele se tinha ido embora de Detroit e ainda exercia um efeito muito poderoso sobre ela. Era impressionante.

    – Mas esqueceste-te de algo, Jenny. Eu era só um brinquedo para ele e mais nada. Passou muito tempo. Talvez nem sequer se lembre de mim.

    – Sabes que sim. Isso não é o que te preocupa. O que receias é que ele já não se interesse por ti.

    – Sabes dar onde dói, não é?

    – Sou tua amiga, lembras-te? – disse Jenny olhando-a nos olhos.

    – Como é que me ia esquecer? – respondeu Savannah com um sorriso. – A este ritmo nunca acabarei de fazer a mala. E ainda temos o cabelo por cortar e por pôr a tinta. Vamos, minha amiga – acrescentou ao mesmo tempo que agarrava na mão de Jenny. – Tu é que me meteste nisto. O mínimo que podes fazer é ajudar-me.

    Agora era Jenny que parecia desanimada. Ficou de pé, imóvel.

    – Disse alguma coisa de mal? – perguntou Savannah.

    – Sei que estás a fazer o que é certo. Vais para Montana, vais trabalhar lá e encontrar-te com Ryder… Mas, meu Deus, este apartamento vai ficar terrivelmente vazio sem ti.

    – Será apenas durante o Verão, talvez menos…

    – Não – interrompeu Jenny. – Nunca mais voltarás.

    As palavras da sua amiga deixaram Savannah sem fôlego.

    – Podes vir para Joeville comigo – disse.

    Pensava que isso não fosse possível, mas a ela também lhe doía separar-se da sua amiga. Jenny tinha sido a irmã que nunca teve, a sua confidente. Mesmo que tudo lhe corresse bem com Ryder, coisa que duvidava, não podia imaginar estar meses ou anos sem a ver.

    – Ah! Imaginas-me a mim em Joeville, Montana, com todos aqueles índios e vaqueiros?

    Sim, podia imaginá-la, mas o que mais a preocupava era o tom com que Jenny tinha pronunciado a palavra índios. Acontecia sempre que falava do seu passado. O abandono do seu pai e o ódio da sua mãe em relação a uma raça pesavam sobre ela de uma maneira determinante.

    Jenny agarrou num livro castanho e dourado da mesa de cabeceira. Tinha encontrado a diversão que precisava.

    – Hum, o que é que temos aqui? Turma de 85…

    – Oh, não, por favor – Savannah preparou-se para o inevitável.

    – Vamos ver… fotografia de licenciatura, página vinte e sete – Jenny começou a passar as folhas rapidamente, depois parou numa e tapou a boca com a mão. – Então é por isso que nunca ma quiseste mostrar!

    – Eu sei. Não é uma imagem muito agradável, pois não? – Savannah fez uma careta ao contemplar-se a si própria há uns anos atrás. Tinha um aparelho nos dentes, o cabelo acastanhado chegava-lhe aos ombros e pesava, pelo menos, quinze quilos a mais.

    – Que pena que não uses lentes de contacto. Podíamos mudar esses teus olhos azuis de menina boa por uns atraentes olhos verdes. De qualquer maneira, com uns quantos arranjos, Ryder não te reconhecerá. Sim, vamos cortar-te mais o cabelo e escurecê-lo.

    – Pois, comecemos já… antes que perda as estribeiras.

    – Vamos cortá-lo até meio ou cortamos já curtinho?

    – Curtinho. Como o teu.

    – Tens a certeza?

    – Vá, começa já – Savannah fechou os olhos e pôs uma toalha à volta dos ombros.

    Jenny cortou o cabelo de Savannah e pôs-lhe a tinta num abrir e fechar de olhos.

    – Temos vinte e cinco minutos antes de te lavar novamente a cabeça. Por isso, podes continuar a fazer a mala. É verdade, essa roupa que vais levar…

    – O que é que tem a minha roupa?

    – Está fora de moda.

    – Não posso comprar um guarda-roupa novo.

    – Eu sei, mas podes levar umas coisas minhas emprestadas.

    – São muito pequenas!

    – Exacto. O que é que achas que Ryder vai pensar que tu vestes?

    Savannah olhou para as suas camisolas e camisas largas. Gostava de roupa cómoda.

    – Não estás a insinuar que posso…

    – Levar corpetes e blusas justas? Claro que sim. Confia em mim. É precisamente o que precisas.

    Savannah perguntou-se se faria o correcto mudando totalmente de imagem. A verdade é que não queria que Ryder a identificasse até que chegasse o momento oportuno… se chegasse. Primeiro queria saber em que tipo de homem é que ele se tinha transformado, se tinha alguma coisa a ver com as fantasias que tinha enchido a sua mente durante tanto tempo. Queria que ele pensasse que se tratava de outra pessoa para não se ver obrigado a ser amável com uma velha amiga.

    – Está bem, vou levar umas coisas emprestadas.

    As duas amigas esvaziaram as gavetas e encheram as malas de roupa interior, camisas de dormir e sapatos.

    – Jenny – disse Savannah, – achas que vou conseguir ser cozinheira? Sempre fui secretária.

    – Claro que sim. Tens uma dúzia de receitas com as refeições mais usuais e vais encontrar mais no livro que te emprestei. Se houver algum problema, só tens que me telefonar. Hora de lavar a cabeça – disse olhando para o relógio. – Fecha os olhos.

    Savannah deixou lavar o cabelo, obediente, enquanto Jenny pensava como iria sentir a falta da sua amiga.

    – Muito bem – disse Savannah enquanto enrolava uma toalha à cabeça depois de finalizada a operação. – Estou pronta. Vejamos se essa tua magia funciona.

    Jenny correu para o quarto ao lado e regressou com o que achava que seria a pincelada definitiva para acabar a sua obra. Savannah enfiou-se num estreito corpete cor de vinho, vestiu umas calças de ganga justas e olhou-se ao espelho.

    – Oh… Meu Deus. Pareço uma fulana.

    – Estás lindíssima. Lembra-te que vais para Montana e os vaqueiros gostam das mulheres vestidas assim. Há até uma canção que fala disso.

    Savannah abriu muito os olhos e sorriu com nervosismo.

    – Sim, acho que já ouvi isso.

    – Então, acalma-te. Tudo vai sair como desejas. Ryder Malone não sabe o que o espera.

    Capítulo Um

    O amanhecer rompeu sobre as montanhas cheias de neve que eram tão familiares para Ryder Malone. Desligou o motor, abriu a porta e saiu do veículo.

    Era Primavera em Montana. Um tempo de esperança, de novos começos. Com um certo cinismo, achou que estava louco ao pensar que naquele ano aconteceria algo diferente, que alguém preencheria aquele vazio na alma com o qual já se tinha habituado a viver. Tinha sobrevivido a outro Inverno.

    Mas ainda continuava a viver sob o mesmo tecto que o homem a quem culpava pela sua actual situação.

    Foi até à beira do precipício e contemplou os campos que rodeavam o rancho que estava lá mais em baixo. O seu lar. Não percebia o significado daquela palavra com muita frequência.

    Até há um mês atrás, só tinha feito breves visitas durante a sua estadia na universidade e, depois disso, passou oito anos a trabalhar num rancho a cem quilómetros dali. Na verdade, não tinha vivido ali desde que tinha acabado os seus estudos no Instituto de Detroit. No entanto, algo o tinha levado novamente àquele lugar. Nalguma parte do seu interior, sentia que aquele era o seu lar.

    Arqueou as costas. Tinha passado outra noite sem dormir no incómodo sofá-cama de Maddy. Espreguiçou-se e bocejou com vontade. Os seus pensamentos dirigiram-se para a mulher e para o pequeno Billy. Não podia pensar num sem que o outro lhe viesse à cabeça. Sentia o coração apertado. Aquele miúdo tinha ainda muito que sofrer.

    Ryder pestanejou e olhou para a cerca do rancho. Havia um grande cartaz que dizia: Os Malone de Montana. Mais além do gado disperso, viu a vivenda principal, um grande edifício feito em madeira. Havia quartos privados para a empregada, Hannah, para o seu irmão mais novo, Joshua, e para ele próprio. Também havia espaço suficiente para Shane, mas ele preferia viver com Bucking Horse na pequena estância que havia por detrás dos estábulos, onde o velho índio tinha ensinado ao mais velho dos Malone tudo o que sabia sobre cavalos. O seu pai tinha a sua própria ala na vivenda principal, separado dos seus três filhos. Como era normal, Shane teria tomado, com certeza, a opção

    Enjoying the preview?
    Page 1 of 1