Contos de um Bequilha

Contos de um Bequilha

Daniel Ford

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Traduzido por Nelson Leonel De Benedetti 

Contos de um Bequilha

Escrito por Daniel Ford

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Traduzido por Nelson Leonel De Benedetti

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Conteúdo

Roger, Eu Tenho Os Controles

Viagem Sentimental

Atitudes Incomuns no Arizona

Baixo e Lento em Nova Jersey

Um pequeno avião e um grande lago

Encontrando a Emergência da Defesa Nacional

L'Envoi

Copyright

Sobre o Autor

CONTOS DE UM BEQUILHA

Meu Romance De Amor Tardio Com Um Piper Cub E Suas Irmãs Mais Jovens

Daniel Ford

Warbird Books 2018

Roger, Eu Tenho Os Controles

Comecei fazendo algumas aulas de vôo em Janeiro de 1998, para (como justifiquei a despesa para mim e para a esposa Sally) enriquecer os livros e artigos de aviação militar que eu estava escrevendo na época. Minhas primeiras poucas horas foram em um Piper Colt no Aeroporto Skyhaven em Rochester, New Hampshire, noroeste dos Estados Unidos. Infelizmente, Skyhaven estava no processo de fechar sua escola de voo, e parecia que toda vez que eu dirigia para lá, me deparava com um avião diferente ou com um instrutor diferente. Então me aventurei até o Aeródromo de Hampton, no litoral, onde me enamorei por um Piper Cub com o nome de Quatro Um Victor, abreviação de seu número de cauda de N1141V. Quando me inscrevi para as aulas, fui encaminhado para um instrutor chamado Brian Boudry, que havia deixado o Corpo de Fuzileiros Navais porque não permitiam que ele voasse tanto quanto queria, e que agora acumulava horas de voo na esperança de se tornar um piloto de linha aérea. Eu escrevi este ensaio para a revista da Universidade de New Hampshire naquele Setembro.

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BRIAN É MEU instrutor de voo. Ele tem vinte e quatro anos e eu tenho sessenta e seis anos, embora eu não ache que ele tenha compreendido inteiramente a magnitude da diferença. Como a maioria dos jovens, ele ainda acredita que as pessoas com mais de trinta anos são meros extras no documentário sobre sua própria vida emocionante.

Estamos voltando para o prédio de telhas do aeroporto depois de sete decolagens cambaleantes e sete aterrissagens com solavancos - minha cota para a hora. Bem! Ele diz alegremente. Nós enganamos a morte mais uma vez! Brian é cheio de brincadeiras como essa.

Nem tudo vem com facilidade aos sessenta e tantos como ocorria aos vinte e poucos, e, consequentemente, acumulei mais tempo de vôo do que qualquer outro piloto estudante no Aeródromo Hampton - talvez no país. Um estudante razoavelmente competente pode voar solo em quinze horas. Com vinte e cinco horas de vôo nas minhas costas, ainda estou tentando fazer minha primeira decolagem realmente boa. Sem falar dos pousos, que geralmente mandam nosso Piper Cub saltar no ar, como se estivesse relutante em deixar seu elemento.

Mas as alegrias de voar são muitas, mesmo para os incompetentes. Em um Cub de 1943 construído para o Exército Americano, com um esqueleto de tubos de aço finos, com um motor de 65 cavalos de potência e 12 galões de gasolina, cruzamos o litoral de New Hampshire com a porta e as janelas abertas. (No lado de estibordo, a janela abre para cima e a porta abre para baixo, como as metades de uma concha aberta.) O ar de verão sopra através do cockpit, juntamente com o cheiro de óleo de motor quente e, às vezes, quando pousamos em uma pista de aterrissagem privada para praticar, o cheiro de feno recém cortado.

Eu tenho os controles, diz Brian. Recém-saído do Corpo de Fuzileiros Navais, ele ensina do mesmo livro que o ensinou. Roger, eu concordo. Você tem os controles.