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ÍNDICE
Pág.
i. filosofía e religiao
II. DOGMÁTICA
TV. MORAL
V. HISTORIA DO CRISTIANISMO
I. FILOSOFÍA E RELIG
1. A Yoga hindn
— 139 —
a Yoga visa cultivar, é parte do Espirito Universal ou do
Principio Divino (divindade). Nao há distingáo essencial entre
espirito humano e espirito divino, nem entre o mundo e a
Divindade; o homem é centelha emanada do Fogo Divino.
2) Fora do homem, só existe um mundo de ilusóes ou
de realidades meramente aparentes. As realidades externas,
na medida em que prendem a atengáo do individuo (o que
se dá táo freqüentemente), impedem-no de tomar conhedmen-
to do seu verdadeiro Eu. Daí a tendencia fundamental de todo
yogui (assim se chama o praticante da Yoga) a evadir-se das
coisas exteriores, visíveis, para concentrar-se em seu intimo;'
o yogui nao visa de modo nenhum o «éxtase», ou seja, um
«transportar-se» mental para um Objeto maior e mais belo
(de que falam as outras escolas de mística), mas, ao contrario,
procura um estado de «enstase» ou de entrada total em si
mesmo.
_ 140 —
Um passo adiante: a fim de poder meditar com todo o
proveito, o yogui se esforga por tornar-se senhor de seu corpo
e de todos os seus movimentos naturais. Dois sao os tipos de
instrumentos mediante os quais ele procura chegar a essa
soberanía:
a) a abstinencia e as virtudes conexas. Base impres-
cindível do itinerario yoguista é a abstinencia (yama) em seus
varios aspectos, tais como: a náo-violéncia (o yogui abstém-se
de qualquer pensamento, palavra ou agáo que possa acarretar
sofrimento a algum ser vivo); a veracidade (ou fuga de toda
mentira e hipocrisia); a castidade (o orante procura evitar
mesmo as emocóes eróticas); a pobreza e o respeito dos bens
alheios.
Essa múltipla abstinencia, porém, tem que ser fecundada
pela prática de cinco virtudes positivas (Niyáma): 1) a
pureza (pureza externa e pureza interna ou de coragáo); 2)
o contentamento com tudo que aconteca, de agradável ou desa-
gradável, na vida cotidiana; 3) a austeridade de vida, que
contém o individuo constantemente dentro de certas normas;
4) o progressivo conhecimento de si mesmo; 5) a adesáo ou
o abandono de si á Divindade.
A outra categoría de instrumentos favoraveis á meditagáo
diz respeito mais diretamente ao corpo; é
b) a disciplina das atitudes somáticas (Asanas). Há
reconhecidamente certas posigóes do corpo que estimulam o
metabolismo, ativam a circulagáo do sangue, fomentam o fun-
cionamento das glándulas e acalmam os ñervos, proporcionando
conseqüentemente ao espirito a paz e o bem-estar oportunos
para a concentragáo; toda a energía espiritual latente no íntimo
do individuo é assim mobilizada. O yogui hindú pratica habi-
tualmente 84 dessas posigóes de meditagáo, sendo vinte délas
acessíveis a qualquer pessoa dotada de fórga de vontade (a
título de exemplos, váo aqui enumeradas, segundo os seus
nomes característicos, as posigóes «da grande saudagáo, da
árvore, da serpente que se defende, do delfim, do arco teso,
do grande derrubamento, da folha dobrada, da candeia, do
carro, do poste...»).
Aínda entre os meios de disciplina do corpo, ocupa lugar
de relevo especial na Yoga o controle da respiragáo (pranáya-
ma).
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O yogui procura colocar sob o controle da vontade o
próprio reflexo automático da respiragáo; esta se torna entáo
novo fator de canalizacáo das energías do individuo; nenhum
orante hindú entra em meditacáo sem ter previamente purifi
cado os cañáis do corpo e despertado o espirito mediante res
piragáo profunda e cadenciada; durante muito tempo mesmo
os hindus guardavam o segrédo a respeito de certas receitas
respiratorias.
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2. O cristao e a Yoga
— 143 —
conseguinte também existe independentemente da materia, nao
é materia (pois o modo de agir corresponde ao modo de ser).
c) a depreciagáo de tudo que é corpóreo, como se fósse
a grande ilusáo cósmica (maya), inspira-se em pessimismo
pouco razoável. O mesmo se diga da distincáo entre o verda-
deiro e o falso Eu. A sá filosofía professa, sim, a realidade das
coisas sensíveis; estas sao..., e sao boas, embora na hierarquia
dos valores ocupem lugar inferior ao do espirito e, conseqüen-
temente, meregam menos aprégo do que as realidades espiri-
tuais. O mundo visível pode tornar-se armadilha e ocasionar
ilusáo, mas nao é por si mesmo ilusáo nem falacia. Esta afirma-
gáo baseia-se no fato de que tanto a materia como o espirito
sao criaturas de um só Criador; todo ser finito deve sua exis
tencia ao Ser Infinito e, em suas proporgóes, é bom como
Éste é bom.
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os seres inferiores; Deus, porém, houve por bem tirar a criatura do
triste impasse em que se colocou, oíerecendo-lhe Redencáo. Para o
cristáo, por conseguinte, a salvacáo vem a ser dom de Deus, e dom
gratuito que o individuo nao pode íorcar por método algum ; é na
íé, na esperanza, no amor filial e na humildade que o cristáo recebe
a graga do Redentor e procura guardá-la ciosamente.
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pre um meio, nao um Fim, e um meio entre outros; o tempera
mento pessoal de cada individuo, a agáo própria da grasa
de Deus faráo ver em que medida a técnica hindú é ou nao
recomendável para cada um em particular. O yogui cristáo,
mediante a sua metodología, procurará sempre crescer na
humildade e no amor de Deus, evitando a seducáo da auto-
-suficiéncia; o seu objetivo será nao o «enstase» hindú ou
esquecimento incondicional de todas as criaturas exteriores,
nem o «éxtase», graca concedida por Deus em circunstancias
extraordinarias, mas a experiencia da presenga de Deus, que
pela graca santificante habita a alma do justo; é tal experien
cia que constituí o estado místico.
— 146 —
Assurbanipal (668-626 a. C), as quais já contém oráculos
de Astrologia. Os sacerdotes da Babilonia eram encarregados
oficialmente de observar os astros e catalogar as predigóes que
de tal arte se podiam colhér; os vaticinios possuiam sempre
caráter religioso, pois cada astro da abobada celeste era tido
como a figura concreta de determinado deus.
— 147 —
Com o desenvolvimento da Astronomía científica, devido
principalmente a Galileu (f 1642), a Astrologia foi aos poucos
perdendo sua voga. No fim do séc. XVIII, porém, alguns ocul
tistas pretenderam restaurá-la, de sorte que em nossos dias
sao principalmente as correntes esotéricas (isto é, de iniciagáo
secreta) que apelam para as normas da Astrologia; esta
parece comunicar as concepcóes fantasistas da pseudo-mística
um caráter científico, fidedigno...
— 148 —
como um anel que envolve a Térra) doze compartimentos
iguais chamados «casas do horóscopo». A cada um désses
compartimentos corresponde um símbolo ou um sinal próprio;
os doze símbolos assim concebidos constituem os famosos sidais
do zodiaco (do grego zódion, sinal), que assim se denominam :
1. Ariete (Carneiro) 7. Balanca
2. Touro 8. Escorpiáo
3. Gómeos (Irmáos) 9. Arqueiro (Sagitario)
4. Cáncer (Caranguejo) 10. Capricornio (Cabra com
5. Leáo cauda de peixe)
6. Virgem 11. Ánfora
12. Peixes
Os doze nomes podem ser agrupados em dois versos mnemónicos
latinos :
— 149 —
A 7' casa (Salanga) marca a unlüo. É a casa de todos os contra-
tos: casamentos, sociedades comerciáis, sociais, políticas...
A 8* casa (Virgem) determina as obrigacóes niatcriais; toca de
perto os problemas de conservacáo do corpo, decrepitude e morte.
A 9' casa (Leáo) tem por objeto a geracSo inteletual (Religiáo,
filosofía, sonhos, viagens distantes).
A 10» casa (Cáncer) indica a atividade, isto é, profissáo, cargos
e autoridade que possam convir á pessoa.
A 11* casa (Gémeos) compreende a associacáo material, isto é,
amizades, relac6es humanas, clientela comercial, lucros de trabalho, etc.
A 12* casa (Touro) designa as obrigacóes motáis, ou seja, os
vínculos materiais e moráis que prendem o homem ao trabalho e as
idéias. É a casa da Jnimizade, do cárcere, do ciúme, da inveja, da
maldade.
Na Idade Media, o significado das doze casas do horóscopo era
resumido nos dois seguintes versos :
«Vita, lucrum, fratres, genitor, nati, valetudo,
Uxor, mors, pietas, regnum, beneíactaque, carcer.»
As varias casas do horóscopo nao gozam todas do mesmo poder
influente na vida do individuo ; a primeira (Ariete) é a mais in
fluente ; a décima (Cáncer) vem logo a seguir, nessa escala.
Dentre os sete astros, ensinam os astrólogos, dois implicam sem-
pre bom presagio : Venus e Júpiter. Ao contrario, Marte e Saturno
sao maléficos ; o Sol, Mercurio e a Lúa sao neutros, capazes de se
combinar com a influencia boa ou má dos anteriores. Também aos
signos zodiacais é atribuida influencia de bom ou mau agouro: bené
ficos sao o Touro, o Cáncer, o Leáo, a Virgem, o Arqueiro e os Peixes;
maléficos vém a ser o Ariete, os Gémeos, a Balanca, o Escorpiáo, o
Capricornio e a Ánfora. Além disso, os doze sinais zodiacais sao
distribuidos em quatro tríades, cada urna das quais corresponde a
um dos elementos fundamentáis da natureza:
Gémeos, Balanga e Ánfora — Ar
Touro, Virgem e Capricornio — Térra
Cáncer, Escorpiáo e Peixes — Agua
Ariete, Leáo e Arqueiro — Fogo
Na antigüidade, os astrólogos atribuiam influencias masculinas
aos sinais do Ar e do Fogo; íemininas, aos da Térra e da Agua.
Poder-se-iam multiplicar os principios e normas observados pela
horoscopia; os que foram ácima expostos, dáo suficientemente a
ver quao relevantes sao. as partes da fantasía (quase humorista) no
cultivo dessa arte.
3. Urna conceituagao...
— 150 —
carne, sangue e verme soberbo, e procurara transferir a responsabi-
lidade para Aquéle que criou e governa tanto o céu como as estrélas»
(Confissóes IV 3).
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diante a bula «Caeli et terrae Creator», documento éste que Ur
bano VIII corroborou e ampliou na nova bula «Inscrutabilis iudicio-
rum» de 31 de marco dé 1621.
3. Alias, parece digno de nota o fato de que, até mesmo entre
os mestres da cultura paga, se íizeram ouvir vozes depreciativas
sobre a técnica dos astrólogos (os quais eram equivalentemente cha
mados em Roma «astronomi, astrologi, mathematici, planetarii, ge-
nethliaci, chaldaei, babylonii»). É de Tácito (t 120 d.C), por exem-
plo, o seguinte juízo :
«Mathematici genus hominum potentibus infidum, sperantibus
fallax. — Os matemáticos (astrólogos) constituem urna categoría de
homens desleal para os poderosos, engañadora para os esperancosos»
(Hist. I 22).
Cicero (t43 d.C), por sua vez, escreve:
«Contemnamus babylonios et eos qui ex Caucaso, caeli signa ser
vantes, numeris et motibus stellarum cursus persequuntur; con-
demnemus eos aut stultitiae aut vanitatis aut imprudentiae. — Des-
prezemos os babilonios e os que, oriundos do Cáucaso, observam os
sinais do céu, assinalam com números e tragados o curso dos astros.
Condenemo-los por motivo ou de tolice ou de vaidade ou de impru
dencia» (De divin. I 19).
Embora os pagaos, principalmente em Roma, nao tivessem senso
religioso muito apurado, sabiam por vézes denunciar os abusos da
fantasía e da pseudo-mística...
— 152 —
tatis) nulla est quaestio, quia haec absque peccato fiunt; quoniam
effectus quaeruntur et reducuntur in suas causas naturales. A res-
peito do testemunho dos astros concernente aos corpos (como, por
exemplo, em questdes de saúde e doenca, íertilidade e esterilidade,
chuva e seca), nao resta divida de que a observacáo dos astros nao
envolve pecado, pois quem os observa procura reduzir os efeitos ás
suas respectivas, causas naturais» (pág. 25).
Aínda a propósito déste texto, parece oportuno inculcar que todas
as legitimas concess5es íeitas pelos cristáos a práticas astrológicas
ressalvavam sempre tanto a Providencia Divina como a liberdade
de arbitrio do homem; baseavam-se, porém, em concepg5es imperfei-
tas da ciencia dos séculos passados.
II. DOGMÁTICA
S. F. (Campiña Grande):
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lidar. E justamente para santificar esta etapa intermediaria, a
qual nao deixa de oferecer perigos (cf. 1 Cor 7, 32-35), Cristo
instituiu o sacramento do matrimonio.
b) Voltando agora nossa atengáo para a virgindade,
verificamos que ela representa a antecipagáo do estado consu
mado na medida em que isto é possível na térra; o celibatário
e a yirgem procuram viver em presenta de Cristo, livres das
solicitudes da carne e do mundo, á semelhanga do que se dá
no céu. Assim o celibatário procura por via direta aquilo a que
o cónjuge tende por via indireta. O estado virginal carece
daquela nota de divisáo a que alude o Apostólo em 1 Cor 7.
Por isto também o estado virginal nao precisa de ser santificado
por um sacramento próprio.
3. A fim de aprofundar estas idéias, utilizaremos aquí
urna distingáo que se tornou clássica entre os teólogos.
Todo sacramento apresenta á nossa consideragáo tres
aspectos :
a) um sinal externo, que é mero sinal destinado a causar
efeitos invisíveis na alma; por exemplo, a agua no batismo, o
óleo na crisma, as palavras do consentimento matrimonial
no casamento. É o que se chama o sacramentum tantum, na
terminología técnica;
b) um efeito interno na alma, que por sua vez aínda é
sinal de ulterior efeito; por exemplo, o caráter (configuragáo
espiritual) ¡mediatamente produzido pela aplicacáo da agua no
batismo, bu o vínculo conjugal causado pelas palavras do con
sentimento no matrimonio. É o que se chama res et sacra
mentum (efeito e sinal);
c) um efeito que nao é mais sinal, mas efeito apenas
(res tantum); é a graga santificante, que todo sacramento
confere.
Como se sabe, os sacramentos podem ser válidamente adminis
trados sem produzir necessáriamente a graca santificante. É o que
se dá todas as vézes que o cristao participa do rito sagrado sem ter
as devidas disposicóes espirituais ; dado, por exemplo, que alguém
contraía matrimonio em pecado mortal, se se casa segundo os trá
mites canónicos, o sacramento é válido e o vinculo conjugal se esta-
belece, mas o nubente nao recebe graga santificante. Também a
crisma pode conferir o caráter á alma sem comunicar a graca san
tificante, caso a pessoa que se crisma esteja em pecado mortal.
m. SAGRADA ESCRITURA
MIÜDO (Cámara):
— 155 —
de Justiga». Alguns exegetas, porém, o entendem no sentido
de «Meu Reí é Sedheq», sendo Sedheq urna divindade cananéia,
mencionada igualmente no nome de 'Adhoni-Sedheq rei de
Jerusalém nos tempos de Josué; cf. Jos 10,1.
— 156 —
cenário dos livros históricos da Biblia para só aparecer bem
mais tarde, num texto sapiencial.
2. O novo sacerdocio em SI 109,4
— 157 —
pulo déste) aprofunda o paralelismo Melquisedeque — Cristo.
P5e em plena luz os tragos de Melquisedeque que prefiguram
o Messias. Acompanhemos a linha do seu pensamento.
a) O Senhor Jesús, descendente da tribo regia de Judá,
é, sim, Rei e Sacerdote por excelencia, como outrora Melquise
deque o era em pálido grau (cf. Hebr 7,2s. 14).
b) Justiga (Sedheq) e Paz (Salom; donde o nome da
cidade de Salém), atributos que acompanham a figura de
Melquisedeque em Gen 14, constituem precisamente as duas
grandes dádivas do Cristo ao mundo (cf. Hebr 7,2).
c) A nota, porém, á qual o autor sagrado mais importan
cia parece atribuir, é o fato de que Melquisedeque na Escritura
aparece «sem pai, sem máe, sem genealogía; os seus dias nao
tém comégo e sua vida carece de fim» (v. 3); dir-se-ia que
vem da eternidade e volta á eternidade, passando rápidamente
sobre a térra (como se entende, o simples silencio da Escritura
sobre as origens e o fim de Melquisedeque nao nos permitiría
dizer que na realidade éste personagem foi diferente dos demais
homens). O autor vé neste caráter meteórico do Melquisedeque
bíblico um indicio de que o sacerdocio no Novo Testamento
nao está baseado em descendencia de estirpe nem deverá ceder
a ulteriores disposigóes de Deus concernentes a nossa santifi-
cagáo. Em outros termos: o sacerdocio de Cristo é perfeito,
preenchendo plenamente a fungáo de fazer ponte entre Deus
e os homens. Desta verdade o autor de Hebr deduz mais as
seguintes proposigóes:
d) Há um só Sacerdote no Novo Testamento, ao passo
que no Antigo Testamento eram numerosos os Pontífices, visto
que cada qual terminava as suas fungóes ao morrer e era pre
ciso dar-lhe um sucessor.
— 158 —
e) Como há um só Pontífice, há também um só sacrificio
no Novo Testamento, pois o sacrificio de Cristo é perfeito;
o que quer dizer: mais do que suficiente para expiar todos os
pecados do mundo, nao precisando, por isto, de ser renovado.
Sob o sacerdocio levitico, ao contrario, múltiplos eram os
sacrificios, pois constayam de vitimas irracionais, que eviden
temente nao estavam á altura nem de Deus nem dos homens,
e por isto nao podiam obter a reconciliagáo perfeita.
Conclusáo
— 159 —
Rabinos mais recentes, porém, tendiam a depreciá-lo: diziam
uns que perderá o seu sacerdocio, pois em sua prece (Gen 14,19)
antepds o nome de Abraao ao de Deus ; em conseqüéncia, Javé teria
transferido o sacerdocio do Rei de Salém para Abraáó. Outros afir-
mavam que Melquisedeque era o próprio Sem, filho de Noé (o qual
ainda sobrevivía nos tempos de Abraáo); destarte Abraao nao teria
sido abencoado por um estrangeiro, mas pelo próprio Patriarca dos
semitas (Lutero e Melancton, no séc. XVI, compartílharam esta
opiniao). Urna terceira corrente duvidava de que AbraSo tivesse
realmente pago o dizimo a Melquisedeque; prefería dizer que o
próprio Deus tributara a Abraáo o mencionado dízimo!
Como se vé, estas tendencias mais recentes da exegese judaica
visam, de um modo ou de outro, apagar a subordinacáo de Abraáo
a Melquisedeque, personagem estranho ao povo de Israel. A razáo
de tais tendencias é, como se julga, a reacáo dos rabinos contra o
sentido de tipo messianico (ou tipo de Jesús Cristo) que os cristáos,
baseados em Hebr 7, atribuiam á figura de Melquisedeque. Os mes-
tres hebreus queriam assim cancelar éste testemunho do Antigo
Testamento em favor do Messias Jesús.
Em váo certa escola crista, dita «melquisedequiana», por volta
de 200 d.C, afirmava que Melquisedeque era urna «fórca ou um
poder de Deus», superior a Jesús Cristo mesmo ; os melquisedequia-
nos ofereciam, por conseguinte, seus sacrificios em nome de Mel
quisedeque. Alguns cristáos cairam no erro de dizer que o Rei de
Salém era u'a manifestacáo do Pai ou do Filho ou, mais ainda, do
Espirito Santo ; outros o tinham na conta de anjo que tomara fei-
c6es humanas... Todos ésses intérpretes passaram de olhos fecha-
dqs ao lado da auténtica face do Rei de Justica e Paz...
IV. MORAL
JOTAFONSECA (Bahía):
— 160 —
pessoa mesma ; o nome do Eterno, para o israelita, participava da
santidade do Eterno, devendo conseqüentemente ser tratado com o
respeito devidó a Éste.
O texto do Decálogo nunca chegou a suscitar dúvidas entre os
judeus sobre a liceidade do juramento.
Assim os escritores bíblicos, em sua linguagem antropo-
mórfica, apresentaram o próprio Deus a jurar, e a jurar «por
Si mesmo», já que nao há ser mais santo e veraz do que
Deus. Tenham-se em vista os textos de Gen 22,16 (juramento
a Abraáo), comentado em Hebr 6,13; SI 109,4 (juramento ao
Messias) comentado em Hebr 7,20-22; além disso, Is 45,23;
62,8; Jer 22,5; 49,13...
No povo israelita a Lei chegava a prescrever o juramento
em alguns casos :
— 161 —
2. No Novo Testamento
«Ouvistes que íoi dito aos antigos: 'Nao perjurarás, mas cum
plirás os teus juramentos ao Senhor'. Eu, porém, vos digo que nao
juréis de maneira alguma: nem pelo céu, pois é o trono de Deus;
nem pela térra, pois é o supedáneo de seus pés; nem por Jerusalém,
pois é a cidade do grande Rei. Nem tampouco jures pela tua cabeca,
porque nao está em ti tornar um de teus cábelos branco ou preto.
Seja a vossa palavra: Sim, sim; Nao, nao. Tudo que passa disto,
procede do mal (ou do Maligno)».
A tais dizeres iazem eco íiel os de S. Tiago em Tg 5,12:
«Irmáos, nao juréis, nem pelo céu, nem pela térra, nem por
outra especie de juramento. Seja o vosso Sim sim, e o vosso Nao
nao, para nao incorrerdes em juízo.»
Na base déstes textos houve periódicamente, através dos sáculos,
intérpretes e pregadores do Evangelho que quiseram negar a licei-
dade do juramento. Sejam, dentre outros, citados os valdenses, os
begüinos e beguardos, os «Fraticelli», Wiclef, os hussitas, os anaba-
tistas, os menonitas, além dos filósofos Kant e Fichte...
— 162 —
Jesús nao ignorava que, enquanto sao peregrinos na térra,
os homens tendem á perfeicáo; seria utopia pressupor que
cada um se comporta habitualmente como se já tivesse chega-
do á consumacáo. Por isto o Senhor nao podia deixar • de
reconhecer a oportunidade de certos meios que visam evitar
possiveis fainas dos homens, mesmo dos cristáos. Sem o empré-
go désses meios, a ordem seria fácilmente burlada;... o Evan-
gelho teria aberto o campo aos avancos da injustica, que ficaria
sempre impune. Ora, entre os recursos que por vézes se impóem
para evitar falhas num mundo sujeito a mentira como o nosso,
conta-se o juramento; o apelo ao testemunho de Deus, quando
nao seja possível obter o de homens plenamente fidedignos,
vem a ser a única garantía da veracidade de urna afirmacáo.
Donde se deduz a liceidade do juramento.
3. O juramento lícito
— 163 —
extraordinarios. E, a fim de se evitar qualquer abuso neste
setor, a Moral crista especificou trés notas que devexn caracte
rizar todo auténtico juramento, notas, alias, sugeridas pelo
texto de Jer 4,2 :
V. HISTORIA DO CRISTIANISMO
— 164 —
Jé. que o ideal das Ordens militares se prende de perto ao do
cavaleiro medieval, será oportuno lembrar, antes do mais, alguns
traeos característicos déste último.
1. O cavaleiro medieval
— 165 —
do sangue que ele devia estar pronto a derramar pela fé). Assim
trajado, o candidato ia para a cápela, onde passava a noite em «vi-
g.lia de armas»; de manhá cedo confessava-se e participava da S.
Missa pela Comunháo. Seguia-se a investidura própriamente dita:
após a béncáo da espada, o candidato ouvia de joelhos a leitura dos
seus futuros deveres, entre os quais primavam os de servir a Deus
e k Igreja, nao mentir, proteger os fracos. Feito isto, os padrinhos
lhe impunham urna blusa, um casaco de malha, polainas de ferro e
a espada; o cavaleiro jurava solenemente lidelidade aos seus ideáis
de guerreiro cristáo ; por íim, para encerrar o rito, o seu senhor
tocava-o tres vézes com a espada, dizendo: «Em nome de Deus, de
S. Miguel e de Nossa Senhora, constituo-te cavaleiro».
2. As Ordens Militares
— 166 —
Regras Religiosas já existentes, como a de S. Bento, a de S.
Agostinho, a dos Cistercienses, Regra que naturalmente devia
ser adaptada á finalidade própria das Ordens militares.
A direcáo suprema de cada uma dessas sociedades tocava
a um Gráo-Mestre, eleito pelos seus cavaleiros. Quanto aos
membros da Ordem, distribuiam-se em tres categorías :
fratres milites ou equites, cavaleiros, aos quais competiam
as funcóes de empunhar as armas e de tratar dos enfermos em
hospitais fundados na Térra Santa;
fratres servientes, escudeiros, que desempenhavam o papel
de auxiliares dos cavaleiros, dedicando-se por vézes aos tra-
balhos manuais necessários na vida comum;
capelaes ou sacerdotes encarregados dos oficios religiosos
nos oratorios da Ordem (nao será preciso frisar que os «Fra
tres» anteriormente mencionados eram leigos).
— 167 —
Tendo perdido o seu objetivo primario, algumas das Ordens
Militares foram sendo sucessivamente extintas pela autoridade
da Santa Sé (haja vista o famoso caso dos Templarios). Outras
subsistem ainda hoje, secularizadas, porém; tornaram-se pro-
priedade dos governos civis (o rei de tal ou tal nagáo é o Gráo-
-Mestre da Ordem); embora tenham conservado os antigos
títulos cristáos, estas sociedades secularizadas carecem de
significado própriamente religioso, sendo meros quadros de
honra ao mérito nacional. Certas Ordens Militares ainda se
apresentam hoje com caráter religioso, embora atenuado em
relacáo ao que tinham na Idade Media (haja vista a Ordem
de Malta, a dos Teutónicos).
— 168 —
Os Templarios («Fratres militiae Templi») foram militares desde
os seus inicios. O histórico e a sorte íinal desta Ordem acham-se
resumidos na resposta n» 7 déste fascículo.
Além das tres grandes Ordens Militares ácima, contam-se outras
de menor projecáo.
A península ibérica conheceu grande número de tais íundagñes
— o que bem se entende, dada a multissecular ocupacáo árabe que
ai pssou sobre os cristáos.
Na Espanha surgiram : 1) a Ordem de Calatrava, instaurada em
1158 sob a Regra de Cister e aprovada em 1164 pelo Papa Alexan-
dre III; 2) a Ordem de S. Tlago da Espada ou de Compostella, insti
tuida em 1170 aproximadamente, com o fim de proteger os fiéis que
peregrinavam ao santuario de Compostella; 3) a Ordem de Alcán
tara, cujos inicios datam de 1176, sob a Regra de Cister. Aos cava-
leiros de Calatrava, S. Tiago e Alcántara o Papa Paulo III em 1540
concedeu licenca para contrairem matrimonio ; 4) a Ordem de Mon
tes», que foi fundada pelo rei de Aragáo em 1317, após a supressáo
dos Templarios, com o fim de defender o litoral nacional contra os
sarracenos ; herdou parte dos bens dos Templarios e permaneceu
sob a tutela da Ordem de Calatrava. A administracáo dostas quatro
Ordens, assim como o titulo de Gráo-Mestre das mesmas, passaram,
por disposicao do Papa Adriano VI, para o rei da Espanha em 1523,
sem que contudo tais sociedades perdessem seu caráter religioso.
Em Portugal deve-se mencionar a Ordem de Aviz, fundada em
1147 e aprovada pela Santa Sé em 1162. Foi incorporada á Ordem de
Cristo, instituida em 1318 apí>s a supressáo dos Templarios pelos reis
Diniz e Elisabete e aprovada pelo Papa Joáo XXII em 1319; á seme-
Ihanca da Ordem de Calatrava, a de Cristo visava a defesa das fron-
teiras do reino contra os moaros, que ameacavam a Algárvia; o
seu Gráo-Mestre veio a ser o monarca de Portugal.
Também na Italia, na Franga, na Alemanha registraram-se seme-
lhantes fundagñes, destinadas a atender a necessidades religiosas
e civis da populacáo nacional.
AGALIÉME (Salvador):
— 169 —
os príncipes temporais tentassem inverter os papéis: em vez
de servir á Inquisigáo, servir-se-iam déla para promover os
interésses do Estado. Foi precisamente isto o que visou fazer
Filipe IV o Belo da Franca (1285-1314). Cf. «P. e R.» 8/1957,
qu. 9 e 8/1958 qu. 9 (sobre a Inquisigáo e sua evolugáo).
Éste monarca, desde o inicio do seu govérno, procurou
submeter a Inquisicáo ao seu controle.
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Santa. Por volta de 1119 o rei Balduino II de Jerusalém Ihes deu
sede no palacio regio construido sobre as ruinas do antigo Templo
de Salomáo; donde o nome de «Templarios» que Ihes tocou (é esta
nomenclatura que da ensejo aos magons modernos de os considerar,
juntamente com o rei Salomáo e com Hirá rei de Tiro, como antessig-
nanos seus). Aos poucos, os Templarios se tornaram urna Ordem
Religiosa militar; aiém dos tres votos regulares, emitiam o de vigiar
as estradas e proteger os peregrinos.
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Destarte o rei de Franga e seus colaboradores visavam
voltar a Inquisigáo contra o próprio Papado...
Clemente V, embora fósse de temperamento fraco, perce-
bia o deplorável alcance das intengóes do monarca; sabia que
a Santa Igreja seria atingida simultáneamente com os Tem
plarios. Por isto, em vez de aceitar o projeto de supressáo da
Ordem, propós ao rei a fusáo da mesma com os Cavaleiros
Hospitalarios.
Filipe, tendo rejeitado a contra-proposta, mandou dar
andamento á acáo contra os acusados. Foi entáo que os oficiáis
do rei, aplicando a tortura, obtiveram dos mesmos as mais
diversas confissóes de crimes. Aconteceu, porém, mais de urna
vez que os cavaleiros interrogados em nova instancia nao
apenas diante de oficiáis do rei, mas também em presenga de
Cardeais, retrataram suas confissóes...
Perante a situagáo assim criada, Clemente V resolveu
confiar aos bispos e inquisidores pontificios a tarefa de exami-
narem os Templarios individualmente; quanto á sorte da
Ordem como tal, ele a decidiría num concilio ecuménico.
Filipe o Belo nao perdia oportunidade de fazer pressáo sobre o
Pontííice. Em 1308 íoi a Poitiers com grande comitiva entender-se
diretamente com Clemente V; durante a visita, um dos cortesSos,
Plaisians, assim interpelou o Papa :
«Santo Padre, Santo Padre, procedei depressa (faites vite). Se
nao, o rei nao se poderia impedir de agir, e, se o pudesse. os seus
bardes nao se poderiam impedir, e, se seus baróes o pudessem, os
povos déste glorioso reino nao se poderiam impedir de vingar éles
mesmos a injuria do Cristo... Entrai em acáo, portanto, entrai em
agáo. Caso nao o facais, ser-nos-á preciso íalar outra linguagem».
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de Aragáo, Castela, Portugal e Majorca, onde seriam entregues as
Qrdens nacionais que lutavam contra os sarracenos. Verdade é que
os Hospitalarios nao receberam de forma liquida os bens dos Tem-
Filipe e os monarcas estrangeiros exigiram déles urna compensacáo
monetaria.
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idolátrico de Bafomé resistiu á crítica dos estudiosos; íoram
sucessivamente propostas e refutadas. Donde se concluí nao
haver provas materiais das infamias imputadas aos Templarios.
CORRESPONDENCIA MIÜDA
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Com efeito. Era virtude da Encarnagáo, a própria carne humana,
que se tornara instrumento do mal, veio a ser o instrumento mesmo da
Redengáo, pois por ela Cristo se entregou ao Pai ; assim até a materia
foi resgatada e renovada ; nada neste mundo, após a v.inda de Cristo,
fica marcado pelo dominio do pecado. Cristo quis viver como verdadeiro
homem na 'erra, passando por todas as fases da vida humana (infancia,
adolescencia, vida pública, sofrimento final e morte), a fim de santificar
todas as vicissitudes da nossa existencia. Em conseqüéncia, o cristáo
sabe que nao há -situagáo desesperada para ele ; mesmo a mais penosa
das contingencias é prenhe de sentido e valor redentor.
Foi por tais motivos de harmonía que o Filho de Deus quis tornar
a natureza humana : a Encarnagáo vem a ser como que a "re-criacáo"
do mundo e do homem. Éste, por Cristo, foi elevado a muito maior digni-
dade do que a que possuía antes da queda de Adáo.
2) Ó fato de que a SSma. Virgem haja sido isenta de concupis
cencia desregrada parece-lhe diminuir os méritos de María. "Teria sido
melhor lutar e vencer, como todos nos..."
Diante desta dificuldade, que é assaz freqüente entre os fiéis, é
preciso nao esquecer o seguinte : embora María nao tenha tido que
pugnar contra o pecado, ela viveu no regime da fé ou no regime dos
viandantes, que somos todos nos (nao gozava da visáo beatífica nesta
vida). E a sua fé.foi mu i tas vézes posta á prova, tendp que se afirmar
heroicamente em mais de urna ocasiáo ; assim, desde e. infancia de Jesús
até a morte de Cruz, a pobreza, as perseguigóes, o fracasso aparente
de tudo que dizia respeito a Cristo, nao podiam deixar de exigir conti
nuos atos de fé, que María foi prestando com generosidade crescente.
Basta comparar o anuncio da natividade milagrosa que o anjo Ga
briel levou a Zacarías (Le 1,11-22) com o anuncio feito a María (Le
1,26-38) : Zacarías se mostrou incrédulo ¿ Maria podía ter imitada ésse
homem de Deus, pois também a sua fé foi solicitada. Acreditou, porém,
isto é, aderiu a Palavra de Deus passando por cima das categorías da
razáo humana... Por isto foi imediatamente proclamada bem-aventu-
rada por Elisabete (Le 1,45) ; Maria mesma, após ésse ato de fé, reco-
nheceu que todas as geracóes a chamariam bem-aventurada (Le 1,48).
Nao haja dúv.ida, a vida de Maria foi vida de luta e comprovasáo,
cheia de méritos e ensinamentos.
3) A respeito da limitacáo de filhos. veja "P.R" 5/1957, qu.4.
Em poucas palavras : a Moral. crista nao obriga os casáis a ter
número indefinido de filhos, o que poderia ser extremamente penoso e
até inconveniente ñas circunstancias da vida moderna. Contudo o que
a consciéncia nao permite, é que os cónjugea fagam uso do ato conjugal
desvirtuandó-o, por meio de métodos artificiáis, da sua finalidade na
tural ; cada fungáo do organismo tem séu objetivo próprio, assinalado
pelo Criador, objetivo que dá razáo de ser a tal fungáo. Sendo assim,
compreende-se que nao seja lícito separar c exercício de um ato fisioló
gico da sua finalidade própria, só para sa usufruir o prazer anexo a
tal ato. A sociedade nao hesita em reprovar aqueles que comem só para
satisfazer o sentido do paladar, expelindo, por conseguinte, o alimento
a fim de nao ser nutridos por ele ; todos entendem que o "comer" só se
justifica ém vista da conservagáo da saúdo do individuo. Ora análoga
mente o consorcio conjugal só se entende se nao se contraria á natureza,
isto é, se nao se excluí a prole.
Há, porém, ocasióes em que a naturesa por si mesma é infecunda.
Em tais casos, será perfeitamente lícito aos esposos usar do consorcio
marital. Teráo, porém, que se abster déste nos períodos em que se prevé
fecundidade (caso nao queiram ter filhos). Para calcular tais fases,
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sabe-se que há varios recursos : o da tabela de Ogino-Knaus, o de
Doyle, o da medicáo da temperatura, etc. Desde que tenham motivos
razoáveis (saúde, econ«iHft?^K£n)'<jr«*fc-ii °s esposos cristáos estao habi
litados a usar déssé^ *$$!^:$$¡Ítf®£7*& comprovados seguros e
'eficazes. y'*>\^>A '**** * ''*^¿/X>'\ , i i •
Como se vX^B&Sfsao da Moral cnsía-ftlafc. depende de urna lea posi
tiva da Igreiée4u> de transigencias intraitf&fotpia,... de adatagáo a
■sida moderñrf ¿u?de meníálidadfe «iréaica. Trata-fise de um preceito da
lei natural, fyie "nem mesmo a autoridad"^ eclesiástica tem o direito
de retocar.
ae retocar. >, V-V,,
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A conclusa^ pode'parecer árduaft.\.\Éém>i-emo-nos, porém, de que
Deus nao impóeYracéitósjsémJid^A^l'á^íorrespondente para que os
cumpramos. Talvez nítfe..e& d5a°n|^»s--Sitiiac.6es difíceis nao se conté
suficientemente com o auxíRoTTvino ; tende-se entao a fraquejar jme-
diatamente. Nao seja assim ; o cristáo eré .na Providencia do Pai do Ceu,
que nao abandona os filhos sequiosos de Lhe serem fiéis. Demos o tes-
temunho de filhos, e Deus nao deixará de dar o testemunho de Pai.
4) Sobre livre arbitrio e preciéncia divina, veja "P.R. 5/19o7,
M. BARRETO (Bebedouro):
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