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Computação em Grid

Otavio Rodolfo Piske – angusyoung@gmail.com


Especialização em Software Livre

Centro Universitário Positivo – UnicenP

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1.Índice
1.Introdução................................................................................................................................................4
1.1. Computação Paralela.....................................................................................................................4
1.2. Computação Distribuída.................................................................................................................4
1.2.1. Computação Distribuída: Arquitetura............................................................................................4
1.3.Um Pouco de História......................................................................................................................5
1.4. Conceitos........................................................................................................................................5
1.5. Arquitetura......................................................................................................................................6
1.6. Utilização........................................................................................................................................7
1.7. Grid x Cluster..................................................................................................................................8
1.8. Grid x Peer To Peer (P2P).............................................................................................................9
1.9. Grid x Supercomputadores.............................................................................................................9
1.10. Exemplos de Grids.......................................................................................................................9
2.Global Grid Forum...................................................................................................................................9
3.Globus Alliance........................................................................................................................................9
4.Globus Toolkit........................................................................................................................................10
4.1.Arquitetura.....................................................................................................................................10
4.1.1.Common Runtime.......................................................................................................................11
4.1.1.1.Bibliotecas Comuns C.............................................................................................................11
4.1.1.2.C Web Services Core..............................................................................................................11
4.1.1.3.Java WS Core...........................................................................................................................12
4.1.1.4.Globus XIO – eXtensible Input Output......................................................................................12
4.1.2.Camada de Segurança...............................................................................................................12
4.1.2.1.CAS..........................................................................................................................................12
4.1.2.2.Serviço de Delegação...............................................................................................................12
4.1.3.Camada de Gerenciamento de Dados.........................................................................................12
4.1.3.1.GridFTP....................................................................................................................................12
4.1.3.2.RFT Public Interface.................................................................................................................13
4.1.3.3.RLS Public Interface.................................................................................................................13
4.1.4.Camada de Gerenciamento de Execução.................................................................................13
4.1.5.Informações de Serviços............................................................................................................13
4.1.5.1.WS MDS...................................................................................................................................13
5.BOINC.......................................................................................................................................... ....14
6.Conclusão..............................................................................................................................................14
7.1.Autorização para uso de imagens.................................................................................................15
8.Referências Bibliográficas.....................................................................................................................16

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Resumo

Este artigo faz uma explicação inicial


sobre as várias tecnologias relacionadas a
computação distribuída para então abordar mais a
fundo a respeito da tecnologia de computação em
grid. Por fim, o artigo descreve 2 conhecidas
ferramentas de código aberto utilizadas para
desenvolvimento e implementação de sistemas
grids.

Abstract

This article initiates explaining about the


various distributed computing related technologies
It then, details about grid computing technology.
Finally it describes 2 well known open source
toolkits used to develop and implement grids
systems.

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1. Introdução 1.2. Computação Distribuída

Computação em Grid é o termo utilizado Computação distribuída é um sub-ramo


para se referir a uma técnica computacional que da computação paralela na qual parte das
utiliza os recursos de diferentes computadores operações ocorre em máquinas diferentes
com o intuito de resolver problemas de grande daquela executando o fluxo principal de um
complexidade e/ou volume, estando portanto, não programa.
limitada apenas à execução distribuída de Duas das propriedades da computação
algoritmos de processamento, mas também distribuída são:
gerenciamento de grande quantidade de dados
distribuídos. Estes não precisam necessariamente – abertura: referente à capacidade de
ser o resultado prático da execução de um grid cada subsistema estar continuamente
computacional. aberto à interação com outros
subsistemas.
Indo ainda mais a fundo na definição de
Grid, é possível utilizar-se da definição de – escalabilidade: referente à
Buya[1]: “A type of parallel and distributed system capacidade de cada subsistema ser
that enables the sharing, selection, and expandido administrativa, geográfica
aggregation of geographically distributed e localmente.
autonomous resources dynamically at runtime A maneira como cada propriedade da
depending on their availability, capability, computação distribuída é aplicada é variável de
performance, cost, and users' quality-of-service acordo com a arquitetura utilizada.
requirements” (Trad..: “Um tipo de sistema
distribuído e paralelo que possibilita o
compartilhamento, seleção e agregação
dinamicamente, em tempo de execução, de
recursos autônomos geograficamente
1.2.1. Computação Distribuída:
distribuídos, de acordo com a sua disponibilidade, Arquitetura
capacidade, performance, custo e requerimentos,
do usuário, de qualidade de serviço).
O conceito de Computação Distribuída é
De certa maneira, a computação em Grid bastante amplo, deste modo, é conveniente
encontra-se na mesma área de atuação dos dividi-lo em arquiteturas visando um melhor
clusters e supercomputadores (muitas vezes entendimento, bem como endereçando suas
atuando em conjunto com ambos). particularidades em conceitos distintos.
Com o poder de processamento dos
computadores atuais aumentando a cada ano,
aumenta a complexidade (e o conjunto) de
problemas que podem ser resolvidos utilizando-se
de grids.

1.1. Computação Paralela

Computação paralela é uma técnica de


programação cujo objetivo é executar operações
em paralelo, desta maneira obtendo maior
desempenho em sistemas multiprocessados, Imagem gentilmente cedida por www.gridcafé.org
grids, etc.
De modo geral o trabalho de tornar um
Entre as arquiteturas de computação
programa capaz de ser executado em paralelo
distribuída existentes é importante citar:
consiste basicamente em quebrar suas tarefas
em partes menores. É importante notar, porém, • Cliente/Servidor: arquitetura na qual
que nem todos os programas podem ser uma parte do processamento é
otimizados desta maneira. executada no cliente e a outra parte é

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executada no servidor, podendo o atualmente.
servidor atender 1 ou mais clientes
Adiciolnamente, é interessante notar que,
simultaneamente. Ex.: servidor ftp e
em geral, um computador atual é tão potente
cliente ftp.
quanto um gigantesco supercomputador de uma
• 3-Camadas: arquitetura semelhante à década atrás, tornando o conceito de meta
cliente/servidor, entretanto à lógica computação ultrapassado.
específica da aplicação é executada
em um agente intermediário.
• Peer To Peer: arquitetura na qual não
existe um agente responsável por 1.4. Conceitos
gerenciar ou prover recursos. Neste
caso estas responsabilidades são
divididas entre todos os agentes da Assim como nos clusters, muito do poder
rede. computacional de um Grid está dívido em
diversas máquinas (também chamadas de
Entretanto, essas 3 arquiteturas não são membros). Desta forma é possível assegurar que
as únicas existentes, embora sejam as mais o trabalho de um sistema Grid não está
importantes e conhecidas. Para a completude do relacionado apenas ao processamento de dados,
artigo é conveniente citar, também, a existência mas também ao gerenciamento dos recursos
das seguintes arquiteturas: n-camadas, orientada alocados ao sistema. Por fim, isto torna possível
à serviço, código móvel, repositório replicável, etc. dividir o funcionamento básico de um Grid em
camadas: camada de rede, camada de recursos,
middleware, aplicação e serviços.

1.3.Um Pouco de História

Embora o Grid como este é concebido


atualmente seja uma idéia relativamente nova, os
conceitos nos quais esta tecnologia se baseia não
são tão novos assim e já fazem parte da história
da computação à algum tempo.
Como exemplo disso pode-se citar o
conceito de compartilhamento de processamento,
muito popular nas décadas de sessenta e setenta,
quando a capacidade de processamento dos
mainframes ainda era muito limitada em relação à
sua aplicação. Imagem gentilmente cedida por www.gridcafé.org
Outro conceito importante é baseado na
idéia de meta computação (metacomputing), idéia
Esta divisão além de tornar mais simples
esta, popular na década de 90, e consistia em
o entendimento do funcionamento de um grid,
compartilhar processamento através de centros
torna possível a criação de grids de propósito
de supercomputadores.
geral. Grids de propósito geral são um tipo
Por volta desta mesma época 2 projetos específico de implementação de grid em que a
recém iniciados influenciaram muito o design e parte utilizada para o processamento do dados
aplicação dos Grids atuais: está separada da parte utilizada para gerenciar o
funcionamento do grid.
• FARNER (Factory via Network Enable
Recursion): inspirou conceitos de Uma vez que um grid é constituído de
quebra e distribuição de grandes membros heterogêneos é fácil perceber que a
problemas computacionais. interoperabilidade é um conceito chave no
funcionamento de um Grid. Em geral os Grids
• I-Way (Information Wide Area Year):
resolvem este problema através da utilização de
projeto cujo objetivo era ligar redes de
protocolos abertos (TCP, UDP, IP, Globus Toolkit,
supercomputadores. Inovou através
etc). Isto acaba levando alguns dos teóricos,
da utilização de “resource brokers”, os
como é o caso de Foster[2], considerarem este
quais eram conceitualmente parecidos
como um conceito chave no funcionamento e
com os “resource brokers” utilizados
implementação de grids.

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Ainda, o CERN[9], define 5 conceitos recurso.
básicos para a definição de um cluster:
• Compartilhamento de recursos: refere-se
ao compartilhamento de recursos
computacionais.

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• Uso de recursos: refere-se ao uso


eficiente dos recursos disponíveis e está
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ligado ao princípio da alocação eficiente
de recursos.
• Acesso seguro: devido a necessidade de Desta maneira tornando possível dividir
garantir a confiabilidade e a segurança um Grid seguintes quatro camadas:
dos dados, um cluster deve endereçar os • Rede: define a conectividade entre os
problemas inerentes à política de acesso, membros do grid, e pode ser considerado
autorização e autenticação. No caso de o sistema nervoso de um grid. É
grids comerciais este conceito é ainda interessante notar, também, que na
mais importante, pois é através dele que é grande maioria das vezes os sistemas em
definido quem usa o que. grids utilizam os mesmos tipos de links
• Morte da distância: refere-se a disponíveis para qualquer usuário
insignificância da distância entre os comum: links internet, ethernet
membros do grid. 10/100/1000Mbps, etc.

• Padrões abertos: garante a comunicação • Recursos: define os recursos membros do


plena dos membros do grid através da grid, como computadores, sistemas de
utilização de padrões abertos. Estes armazenamento, sensores, etc.
padrões vêm sendo definidos atualmente • Middleware: responsável pela
através de uma entidade chamada Global interconectividade entre os recursos do
Grid Forum. grid, bem como a segurança dos dados e
comunicação, etc. Entre suas funções
também pode-se citar as negociações
máquina-a-maquina (M2M – Machine 2
1.5. Arquitetura Machine). Esta camada é, muitas vezes,
constituída de um grande conjunto de
softwares. Como exemplo disso, é
Como mencionado anteriormente, a possível citar o projeto europeu de grid de
arquitetura de um grid pode ser dividida em dados: European Data Grid, o qual é
arquiteturas, visando facilitar seu design e constituído de aproximadamente 300 mil
entendimento. Entretanto não existe apenas uma linhas de código fonte. Muitos desses
maneira de descrever um grid em camadas, softwares atuam negociando transações
assim sendo será analisado as duas mais de dados e outros recebendo e
comuns. gerenciando-os. Fazendo, novamente,
uma análogia com relação ao corpo
Uma maneira mais simples de descrever a
humano, pode-se dizer que a camada
arquitetura de um grid baseia-se na divisão do
Middleware é o cérebro do Grid.
mesmo em camadas de acordo com o seu

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possível citar: mantém atualizado o
diretório de recursos disponíveis, negocia
a utilização, envio e processamento de
dados, monitora e diagnostica problemas
no grid, provê fácil acessibilidade a dados
críticos através da sua replicação, provê
• Aplicação e Serviços: aplicações políticas de acesso ao grid.
(científicas, econômicas, de engenharia,
etc) que rodam no grid, ferramentas de • Aplicação: aplicações que rodam no grid.
desenvolvimento, portais, etc. É a responsável por obter as credenciais
de segurança necessárias para obtenção
dos dados, negocia a obtenção de dados
Entre os experts em grids, porém, não é com a camada de serviços coletivos,
incomum encontrar os grids definidos conforme a monitorar o progresso das requisições,
sua estrutura física (hardware, redes, aplicação processamento e transferências de
etc). Embora um pouco mais complicada de ser dados.
entendida por pessoas com pouca ou nenhuma
experiência com tecnologia em geral, esta fornece
uma visão ainda mais clara sobre as n-camadas Por fim, é interessante notar que ambas
que compôem um Grid. Esta definição pode ser as definições das camadas de um grid tratam a
melhor entendida no gráfico abaixo: camada de aplicação como a camada mais alta e
visível pelo usuário.

1.6. Utilização

Sistemas em Grid são utilizados para os


mais diversos fins. Entre alguns dos problemas
que os sistemas em Grid são capazes de resolver
encontram-se os problemas de “grande desafio”
(Grand Challenge). Um problema de grande
desafio é um tipo específico de problema para o
qual não existe solução conhecida e que se
caracteriza, basicamente, por pelo menos uma
das seguintes características:
• requer avanços significativos na
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capacidade requerida para resolve-lo.
• deve ter uma solução, idealmente
deve fornecer uma maneira plausível
de quantificar o progresso em relação
Detalhando cada uma das camadas fica à solução final do problema.
ainda mais simples:
• a solução do problema tem um
• Fabric: referente a estrutura física do Grid impacto econômico ou social
e é correspondente à camada de recursos significativo.
e a camada de rede, na listagem anterior.
• Recursos e protocolos de conectividade:
gerência as transações específicas do Entre os problemas de grande desafio,
grid, bem como a conectividade deste pode-se citar: enovelamento de proteínas
com os recursos disponíveis. Um pilar (processo pelo qual uma proteína assume sua
fundamental deste conceito é a forma funcional), modelagens financeira e
segurança. climática, simulações complexas em geral, etc.
• Serviços coletivos: fornece informações Para tornar ainda mais simples o
sobre o estado e a estrutura do grid, bem entendimento, podemos separar os problemas
como gerência o acesso aos recursos que os clusters podem resolver, da seguinte
disponíveis. Listando os serviços (e maneira:
dados) executados nesta camada é

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• de acordo com o seu grau de paralelismo, de múltiplos nós interconectados que trabalham
isto é, de acordo com a quantidade de cooperativamente juntos como um único recurso.
pequenas operações que podem ocorrer Ao contrário dos Grids, os recursos de um
simultaneamente. clusters são pertencentes a uma única
organização e eles são gerenciamentos por um
• de acordo com a sua granularidade, ou
recurso de gerenciamento e escalonamento
seja, de acordo com a inter-dependência
centralizado. Isto significa que os usuários de um
do resultado de pequenas operações em
cluster tem que passar por um sistema
curso, variáveis armazenadas no sistema.
centralizado que gerencia a alocação de recursos
Este ainda se subdivide em “fine-grained”
para os trabalhos das aplicações).
e “coarse-grained” (também conhecidos
como “embarassingly parallel”). Através dessa definição de Buya fica
Grosseiramente falando, problemas bastante claro afirmar quais são os pontos
puramente “fine-grained” se saem melhor chaves nos quais os clusters se diferem dos grids
em grandes, monolíticos
• os clusters são fisicamente
supercomputadores ao passo que
centralizados, isto é, o membros (nós)
“coarse-grained” se saem melhor em
de um cluster encontram-se dispersos
grids.
sobre uma mesma área física (um
prédio, sala, datacenter, etc).
Problemas destacados como “fine- • os recursos (poder de
grained” são também identificados como sendo processamento, memória, etc) de um
do tipo “high performance computing” e os cluster são administrados pela
“coarse-grained” como “high throughput organização responsável pelo cluster.
computing”. É interessante notar, entretanto, que Em um Grid, a administração deste
muitos dos problemas existentes são uma mistura recurso cabe a cada um dos
de ambos os tipos. responsáveis pelos nós do Grid.
Em geral, estes problemas caracterizam-
se por serem grandes demais para serem
Além disso, segundo a definição de
processados por um único cluster ou
cluster utilizada por Buya, bem como o que foi
supercomputador. De certa forma, neste tipo de
estudado anteriormente, é fácil compreender
problema é possível obter uma vazão de dados e
alguns dos outros aspectos que definem a
processamento muito maior através da utilização
diferença entre ambos:
de um sistema em Grid do que utilizando um
supercomputador de capacidade de • os grids, devido a sua estrutura
processamento semelhante. descentralizada, têm uma disposição
de recursos computacionais muito
mais heterogênea do que um cluster.
Ou seja, a variação do poder de
1.7. Grid x Cluster processamento, memória, disco, etc
dos membros de um grid é muito
maior do que aquela encontrada nos
Uma das controvérsias existentes em membros de um cluster (aonde o que
torno dos sistemas em Grid, deve-se ao fato se deseja geralmente é o contrário,
destes serem comumente confundidos com caso contrário, poderia configurar-se
clusters. como um gargalo).
Porém, antes de definir as diferenças • os membros (nós) de um grid não
entre um cluster e um Grid é preciso conhecer a precisam estar permanentemente
definição de um cluster e como este trabalha. A inter-conectados.
definição de Buya[1] para cluster é a que segue: • clusters tendem a serem utilizados
“A cluster is made up of multiple interconnected para solução de problemas lineares,
nodes that co-operatively work together as a ao passo que Grids devem ser
single unified resource. Unlike Grids, clusters utilizados para sistemas capazes de
resources are owned by a single organization and serem processados em paralelo.
they are managed by a centralized resource
management and scheduling system. That means Por fim, é importante ressaltar que é
that all users of a cluster have to go through a possível criar grids utilizando clusters como
centralized system that manages allocation of membros, entretanto o contrário não é possível.
resources to application jobs.” (trad.: um conjunto

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Hadrons). Obs.: Hadron é uma
partícula sub-atômica de grande força
nuclear.
1.8. Grid x Peer To Peer (P2P)
• Climaprection.net: visa melhorar a
previsão do clima à longo prazo.
Dada sua natureza também • Predictor@home: utilizado para
descentralizada, não seria de se admirar que prever a estrutura de uma proteína a
alguém se perguntasse quais as diferenças e partir de uma seqüência protéica.
semelhanças entre um grid e uma rede p2p.
Segundo Ledlie[3] em seu artigo “Scooped
Again”, tanto sistemas peer to peer quanto
sistemas em Grid compartilham de um conjunto 2. Global Grid Forum
de problemas em comum.
É importante notar, porém, que peer to
peer diz respeito à infra-estrutura e design de O Global Grid Forum (GGF) é uma
uma rede. Portanto é possível afirmar que peer to entidade que reúne usuários, empresas e
peer diz respeito à infra-estrura de acesso, desenvolvedores de Grids no mundo todo. Entre
compartilhamento e busca de informações, ao alguns dos membros do GGF é importante citar:
passo que Grid diz respeito ao acesso e Nasa, IBM, Intel, Microsoft, Oracle, Cisco,
compartilhamento de recursos computacionais. Novartis, etc. É interessante notar que entre os
membros do GCF não encontram-se apenas
empresas de tecnologia, como é o caso da já
citada Novartis, que atua na industria
farmaceutica.
1.9. Grid x Supercomputadores
O principal trabalho do GGF consiste em
definir padrões, políticas e boas práticas
Supercomputador é um termo, de uso relacionadas ao desenvolvimento de grids,
amplo, utilizado para definir recursos criando também, uma comunidade internacional
computacionais de altíssimo desempenho. de troca de idéias, experiências e requerimentos
Idependente da sua estrutura física e lógica, este relacionados à computação em grid.
termo é utilizado para definir recursos
O GGF é a entidade que produz o GGF
computacionais como: clusters, grids, etc.
Document Series, uma série de documentos que
Supercomutadores, do ponto de vista de definem os padrões de funcionamento (por
uma estrutura física e computacional única, exemplo, autenticação, comunicação,
também podem fazer parte de um Grid. transmissão de dados, etc) de um grid. É
baseado nestes padrões que a Globus Alliance
desenvolveu o Globus Toolkit.

1.10. Exemplos de Grids

3. Globus Alliance
Finalizando a introdução sobre Grids, é
interessante exemplificar a sua utilização atual, de
modo a poder avaliar um pouco da sua aplicação A Globus Alliance é uma comunidade
prática. Como exemplo de sistemas em Grid, internacional cujo objetivo é pesquisar e
podem ser citados: desenvolver as tecnologias fundamentais para o
• Seti@home: Search for Extra- desenvolvimento e implantação de um grid. Entre
Terrestrial Intelligence (Busca por os participantes membros to “core team” do
Inteligência Extra-Terrestre). Este projeto encontram-se: o Laboratório Nacional
projeto é utilizado para analisar os Argonne da Universidade de Chicago,
dados recebidos pelo rádio-telescópio Universidade de Endinburgo (EPCC), Centro
Arecibo, localizado em Arecibo – Nacional de Aplicações de Supercomputadores
Porto Rico. (NCSA), Laboratório de Computação de Alta
Performance da Universidade do Norte de Illinois,
• LHC@home: utilizado para melhorar o Instituto Real de Tecnologia da Suécia,
acelerador de partículas LHC (Large Corporação Univa e o Instituto de Informações da
Hadron* Collider – Grande Colisor de Universidade do Sul da California. Além destes

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participantes, inúmeras outras universidades ao Assim como acontece em um grande
redor do mundo contribuem para o projeto. número de projetos OpenSource, o GT conta com
uma vasta gama de canais de fornecimento de
Membros da Globus Alliance participam
suporte, contando com chats, listas de
em uma grande variedade de projetos de
discussões e workshops para treinamento e
computação em Grid, nas mais diversas áreas:
suporte.
astronomia, química, engenharia civil,
meteorologia, geologia, medicina, etc.
A grande contribuição da Globus Alliance
para a pesquisa e desenvolvimento de grids 4.1.Arquitetura
chama-se Globus Toolkit, que é um conjunto de
bibliotecas e programas utilizados no
desenvolvimento e implantação de Grids. O GT4, como mencionado anteriormente,
é um conjunto de ferramentas (aplicativos e
bibliotecas) para desenvolvimento de sistemas
distribuídos.
4. Globus Toolkit De modo geral, o GT4 é estruturalmente
dividido em:
O Globus Toolkit, também conhecido • camada de segurança
como GT4, onde 4 refere-se a sua versão, é um • camada de gerenciamento de dados
dos mais famosos e usados conjuntos de
ferramentas para desenvolvimento e • camada de gerenciamento de execução
implementação de Grids. O GT é um projeto de • informações de serviços
código-fonte aberto/livre iniciado por volta de
1998 pela Globus Alliance e é inteiramente • common runtime (sistemas de execução
desenvolvido implementando padrões abertos. comuns)
O GT permite que se compartilhe, com
segurança através de uma rede, banco de dados,
poder de processamento e muito mais.
O GT4 provê ferramentas e meios para
gerenciamento de recursos, segurança, infra-
estrutura, portabilidade, tolerância a falhas e
muito mais, ao mesmo tempo respeitando a
singularidade de cada entidade que possa vir a
utiliza-lo.
Muitas entidades, empresas e
universidades ao redor do mudo são usuários do
Globus Toolkit, entre elas podemos citar:
• Centro de Terremotos do Sul da
California, o qual utiliza o GT para
visualização de dados simulação de de
terremotos. Estas simulações cobrem
uma vasta área e utilizam-se de gráficos
de alta-resolução, podendo cada
simulação, chegar a 40TeraBytes de
dados.

• O CERN utiliza o GT nos seus grids de


simulação de colisões de partículas.
• Os cientistas do Earth Grid System (EGS)
utilizam o GT para prover acesso,
Por fim, ainda divide-se entre as
armazenar e processar dados de
componentes Web Services e pré Web Services.
pesquisas climáticas da Terra.

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4.1.1.Common Runtime diversas outras linguagens, como Fortran, C++,
Pascal e muitas outras.
O C WS Core é incluí:
O Common Runtime é um conjunto de
bibliotecas e ferramentas cujos objetivos são • Um container para serviços
prover um conjunto de serviços Web e pré-web • Uma interface de programação de
independente de plataforma, permitir a construção aplicações (API, Application
e o desenvolvimento desses serviços em Programming Interface, em inglês)
múltiplas camadas e aumentar a funcionalidade plugável para serviços.
nas camadas mais baixas da pilha de serviços.
• Uma API para gerenciamento de
O Common Runtime implementa uma recursos
enorme quantidade de protocolos padrão web,
entre os quais é importante citar: XML (eXtensible • Uma API para gerenciamento de
Markup Language), SOAP (Simple Object Access clientes notificadores
Protocol), WSDSL (Web Services Description • Bindings (ligadores) geradores de
Language), TLS (Transport Layer Security), WSDL para C.
X.509, HTTP (HyperText Transfer Protocol),
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) e muitos • Serviços de apoio e suporte a
outros. segurança.

O WS Core conta também com


ferramentas de linha de comando para suporte as
aplicações desenvolvidas nessa camada, como
4.1.1.1.Bibliotecas Comuns C uma ferramenta para hosperdar servicos web C e
outra para gerar “esqueletos” em C.

O conjunto de bibliotecas comuns C Uma das grandes características do C WS


fornece uma camada de abstração entre a core, e é bastante dificil não atentar para este
aplicação e o sistema operacional, a biblioteca C fato, é a sua extensibilidade. Ele é tão extensível,
existente e estruturas de dados utilizados por todo que em sua documentação o autor demonstra
o toolkit. como utilizar os bindings WDSL C na criação de
um serviço de blog (um assunto completamente
fora do escopo da computação distribuída).
É importante lembrar, também, que estas Por fim, o C WS Core suporta os
bibliotecas comuns funcionam em diversos seguintes padrões:
sistemas operacionais, tornando mais fácil o porte
de um aplicativo para outra plataformas. As • HTTP
plataformas atualmente suportadas são: Linux, • SOAP
FreeBSD, HP/UX, AIX, Tru64 Unix, Windows,
Solaris. • XML Schema
• WSDL
Por fim, é interessante ressaltar a • WS Security
importância deste componente, uma vez que este • WS Addressing
conjunto de bibliotecas é usado em praticamente
todo o toolkit, devido as camadas de abstração • WS Resource Framework
serem desenvolvidas na linguagem C. • WS Notification

4.1.1.2.C Web Services Core 4.1.1.3.Java WS Core

O C Web Services Core (C WS Core) Assim como o C WS Core, o Java WS


provê uma vasta gama de ferramentas para Core fornece funcionalidades de serviços Web,
implementação de serviços e clientes web entretanto este, ao contrário do primeiro, fornece
utilizando a linguagem de programação C, a partir para a linguagem Java.
da qual é possível fazer ligações (“bindings”) para

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O Java WS Core é divido em duas partes Através da utilização de uma estrutura de
o serviço e o recurso. O serviço é responsável por chaves público-privadas, permite a delegação de
executar a lógica de negócios no recurso, sendo credenciais utilizadas para acessar recursos
que o recurso representa um estado gerenciável. no/do grid.
O Java WS Core implementa os padrões
WSRF e WSN (Web Services Notification).
4.1.3.Camada de Gerenciamento de
Dados
4.1.1.4.Globus XIO – eXtensible
Input Output
A Camada de Gerenciamento de Dados é
a responsável por armazenar, transferir e
gerenciar os dados distribuídos. Ele é constituído
O Globus XIO é a biblioteca de entrada e
de 3 ferramentas principais: GridFTP, Reliable
saída do Globus, e através da qual conexões são
File Transfer Service (RFT service, serviço de
abertas e fechadas.
transferência confiável) e Replica Location
Implementada na linguagem C e definida Service (RLS, serviço de localização de réplicas).
através da utilização de funções de callback, ela
torna possível a utilização de um modelo de
programação assíncrono baseado em eventos.
4.1.3.1.GridFTP
Esta biblioteca permite, entre outras
coisas , que usuários definam “drivers” através O GridFTP é um das
dos quais os dados enviados pelos usuários ferramentas/biblioteca utilizadas pelo Globus
poderão passar, servindo de propósito específico Toolkit para implementar transferência de
à aplicação. arquivos de maneira eficiente.
O GridFTP suporta não apenas o
protocolo FTP tradicional, mas também algumas
extensões cuja finalidade é deixa-lo mais seguro.
4.1.2.Camada de Segurança Além disso permite a inclusão de plugins cujo
objetivo é aumentar a funcionalidade e a
tolerância a falhas do conjunto.
Esta é a camada responsável pela
autorização e autenticação dentro do Globus Por fim, é importante notar que o GridFTP
Toolkit. Ela é subdividada em duas partes é um protocolo padrão, conforme definido pelo
menores: CAS (Central Authentication Service – Global GridForum em conjunto com uma série de
Serviço Central de Autenticação) e Delegation RFCs (Requests For Comments) da IETF
Service (Serviço de Delegação). (Internet Engineering Task Force).
Embora o GridFTP com toda sua
simplicidade seja uma ferramenta poderosa, em
muitos casos ele não é um serviço eficiente para
4.1.2.1.CAS transferência de dados, além de contar com
algumas pontos negativos que podem ser de
extrema importância em alguns casos. Como
É o responsável por gerenciar as políticas falhas do GridFTP pode-se citar o fato de ele
de acesso em uma VO (Virtual Organization – mantém um socket permanentemente aberto com
Organização Virtual). o servidor durante a transferência de dados o que
As políticas de acesso são armazenadas acaba se tornando um empecilho durante longas
em um banco de dados, que é acessador através transferências de dados. Outro detalhe a ser
de uma interface de administração. lembrado a respeito do GridFTP é que este não é
um WSP.

4.1.2.2.Serviço de Delegação 4.1.3.2.RFT Public Interface

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Visando atender as deficiências 4.1.5.Informações de Serviços
existentes no GridFTP, o RFT é um serviço que
implementa o padrão WSP, além de ser
concordante com o WSRF. É a camada responsável por, entre outras
No caso do Globus Toolkit, o RFT é coisas monitoração e descobrimento de sistemas
disponibilizado através de classes em Java, e recursos disponíveis no Grid. No Globus Toolkit
entretanto, segundo a documentação oficial é composto pelos WS MDS e Pre WS MDS.
disponível no site, este ainda encontra-se em
processo de melhoramento. 4.1.5.1.WS MDS
Adicionalmente é interessante notar que o
serviço RFT e implementado tendo o GridFTP
como base. O WS MDS (Monitoring and Discovery
System) é o sistema cuja finalidade é permitir e
facilitar ao usuários a descoberta e monitoração
de recursos disponíveis em uma organização
4.1.3.3.RLS Public Interface virtual. No Globus Toolkit é composto pelos
seguintes componentes:
• Agregator Framework: utilizado para
O RLS é o serviço responsável por construir serviços de coleta e agregação
localizar as réplicas de dados nos dispositivos de de dados.
armazenamento físico que compõem o grid.
• Information Providers: uma fonte de
O RLS atua como um registro múltiplo, dados utilizada pelo serviço agregador.
mantendo informações sobre os arquivos em
diversos servidores, aumentando a • Index Service: um serviço de agregação e
disponibilidade dos dados e diminuindo os pontos indexação de dados.
de falha. • WebMDS: um front-end web para o Index
Service.

Para evitar confusões com entre os


nomes de arquivos, o RLS utiliza um esquema de
nomes de arquivos lógicos e nomes de arquivos 5. BOINC
físicos, sendo que o primeiro é um identificador
único para um arquivo e o segundo identifica a
localização deste no sistema de armazenamento. O BOINC (Berkley Open Infraestructure
for Network Computing – Infraestrutura Aberta
Berkeley para Computação em Rede), é uma
infraestrutura para desenvolvimento e
4.1.4.Camada de Gerenciamento de implementação de sistemas distribuídos. Um dos
Execução grandes diferenciais do BOINC é o fato de que
diversos projetos podem, nativamente,
compartilhar os mesmos recursos.
O Globus Toolkit fornece ferramentas para
Um dos objetivos do BOINC é oferecer
submeter, monitorar e cancelar “jobs” (trabalhos)
funcionalidades poderosas, porém de fácil
em sistemas grids que utilizem o GT. Jobs são
utilização e desenvolvimento. Entre as
trabalhos computacionais cuja execução pode
funcionalidades disponibilizadas pelo BOINC
gerar entrada/saída. No Globus Toolkit o conjunto
pode-se citar:
de ferramentas que permite este controle é
conhecido como Gram. • Framework de desenvolvimento flexível:
aplicações nas mais diversas linguagens
Em muitos casos é desejado pelos
(C, C++, Fortran) podem usar o BOINC
usuários de um sistema de monitorar e verificar a
com pouco ou nenhum esforço.
execução de dos dados relacionados a um job.
Atender a esses requisitos, no Globus Toolkit, é • Segurança: garante a autenticidade e a
função da camada de gerenciamento de confiabilidade dos dados através do uso
execução. de criptografia e a autenticações por
chaves públicas.
• Suporte a múltiplos servidores e

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tolerância a falhas: suporta escalonadores
separados e conta com um algorítimo
inteligente para evitar que clientes
sobrecarreguem o servidor após um
down-time.
• Código-fonte disponível: distribuído sobre
a LGPL (Lesser General Public License),
permite, entre outras coisas, que seu
código fonte seja distribuído em conjunto
com software proprietário/fechado.
• Múltiplataforma: o BOINC funciona em
Linux, Windows, MacOS e outros
sistemas operacionais.

O BOINC é utilizado por uma série de projetos,


muitos deles já citados neste artigo.
Provavelmente o mais famoso dos usuários do
BOINC é o Seti@home, projeto que visa
identificar a existência de vida extraterrestre.

6. Conclusão

A tecnologia de computação em Grid é um


exemplo magnifico de como o a extensa
criatividade e inteligência dos cientistas resulta
em soluções práticas e, principalmente,
acessíveis, capazes de resolver mesmo os mais
complexos problemas.
Por fim, o apanhado geral sobre o Globus
Toolkit, oferece uma visão do design e
implementação de um sistema de grid (mesmo
que este seja apenas um framework), tornando
mais claro o entendimento do sistema como um
todo.

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7.Anexos (the University of Chicago) do not have authority to give you
permission to use them.

For the two SCEC images (second and fourth), please contact
Marcus
Thiebaux <thiebaux@ISI.EDU>.
7.1.Autorização para uso de imagens I do not have a current contact for the CERN lead ion image, but
the
CERN publicity office
Algumas das imagens utilizadas neste (http://info.web.cern.ch/Press/ContactUs.html)
would be a place to start. (We obtained permission to use it at
artigo são de propriedade do CERN e foram least
gentilmente cedidas, sem qualquer custo, para two years ago.)
uso neste artigo através dos seguintes emails:

Os outros gráficos utilizados nesses


De: Otavio R. Piske <angusyoung@gmail.com>
Para: Rosy Mondardini <gridcafe.info@cern.ch>
textos encontravam-se disponíveis para uso sem
custo ou necessidade de requisitar autorização.
Hi, I'm writing an article as a graduation exam for my
postgraduation course and I want permission to use the following
graphic in my material:
http://gridcafe.web.cern.ch/gridcafe/gridatwork/images/gridlayer.gi
f
There won't be any comercial usage of this document. It'll only be
available to other students in my university.

Thanks In Advance
Otavio R. Piske

De: Rosy Mondardini <gridcafe.info@cern.ch>


Para: Otavio R. Piske <angusyoung@gmail.com>

Dear Otavio, please feel free to go ahead and use the images that
you need, just remember, please, to add somewhere close to
them "Courtesy of www.gridcafe.org"

Best Regards
Rosy

Este artigo conta, ainda com imagens


fornecidas pela Globus Alliance e Globus Toolkit,
conforme autorizadas pelos emails a seguir:

De: Otavio R. Piske <angusyoung@gmail.com>


Para: Rosy Mondardini <liming@mcs.anl.gov>
Hi, I'm writing an article as a graduation exam for my
postgraduation
course and I want permission to use the following graphics in my
article:
http://www.globus.org/toolkit/docs/4.0/GT4figure.jpg
http://www-unix.globus.org/alliance/impact/scec-dfm-pair.jpg
http://www-unix.globus.org/alliance/impact/leadimpact.jpg
http://www-unix.globus.org/alliance/impact/scec-terashake-x.gif

There won't be any comercial usage of this document. It'll only be


available to other students in my university
(http://www.unicenp.edu.br/ingles/).

Thanks In Advance
--
Otavio R. Piske – AngusYoung

De: Rosy Mondardini <liming@mcs.anl.gov>


Para: Otavio R. Piske <angusyoung@gmail.com>

You may use the first image without any concern at all.

The last three images were obtained from our science partners
and we

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8. Referências Bibliográficas http://setiweb.ssl.berkeley.edu/
5) LHC@home: http://athome.web.cern.ch

1) Dr. Rajkumar Buyya: 6) ClimaPrediction.net:


http://www.gridcomputing.com/gridfaq.html http://climateprediction.net/
http://gridbus.org/press/EA03/EAInterview. 7) Predictor@home:
pdf http://predictor.scripps.edu/
2) Ian Foster: 8) Grid Café: http://gridcafe.web.cern.ch
http://www.gridtoday.com/02/0722/100136 9) CERN: http://www.cern.ch
.html
10) Globus Toolkit: http://www.globus.org
3) Jonathan Ledlie, Jeff Shneidman, Margo
Seltzer, John Huth – Scooped Again. 11) Globus Toolkit Documentation:
http://iptps03.cs.berkeley.edu/ http://www.globus.org/toolkit/docs/4.0/publ
ic_interfaces.html
4) Seti@home:
12) BOINC: http://boinc.berkeley.edu/

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