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O significado da conversão

budista
Escrito por Brasil Seikyo 1582
Sex, 14 de março de 2008 22:34
A conversão ao budismo não é um mero ato de mudar de religião ou de transferir a
crença para um outro tipo de objeto de adoração. Não é também apenas um meio
para resolver os problemas imediatos da vida diária, embora essa realidade constitua o
motivo principal que leva as pessoas a abraçar o budismo.
O ato de iniciar a prática budista corresponde a abandonar todas as formas de crenças
anteriores e promover uma mudança radical no modo de vida, fortalecendo a si
mesmo com a recitação do Gongyo e do Daimoku para conduzir a vida diária com
elevada sabedoria.

Ninguém deve praticar o budismo com uma postura passiva ou de dependência, isto é,
ficar meramente esperando que a simples fé no Gohonzon venha a beneficiar a vida
como num passe de mágica.

No budismo, a fé não é algo abstrato nem idealístico, mas uma capacidade do ser
humano que deve ser praticada e aprimorada para o bem de si mesmo, da família e da
sociedade. Por esta razão, o ato de acreditar no budismo é chamado de “prática da
fé”. Em outras palavras, a oração deve estar acompanhada de uma ação real e
constante na vida diária que esteja de acordo com o princípio universal de causa e
efeito.

Se a conversão será benéfica ou não dependerá exclusivamente de a pessoa praticar


corretamente, aplicando os princípios budistas que direcionam à verdadeira felicidade.

Na Nova Revolução Humana consta a seguinte passagem: “O verdadeiro budismo não


ensina uma felicidade aleatória que provavelmente poderá acontecer num tempo e
lugar incertos. Ensina que agora e neste lugar pode-se criar a felicidade. A força para
criá-la encontra-se dentro do próprio coração e a prática da fé serve para evidenciar
essa força. As pessoas são infelizes porque desconhecem a fórmula para ser felizes no
lugar onde vivem. A prática da fé é uma fonte de ilimitada esperança e vitalidade. Por
meio de uma forte determinação interna e de uma visão positiva, podemos
transformar qualquer circunstância na mais extraordinária condição de vida.” (Editora
Brasil Seikyo, vol. VI, pág. 20.)

A importância da organização

A partir da conversão, as pessoas começam a fazer parte oficialmente da BSGI. Nesse


novo convívio com outras pessoas, algumas podem estranhar a participação nas
atividades de forma organizada e achar que perderam a liberdade por estarem
comprometidas com a organização. Entretanto, todas as pessoas fazem parte de
alguma forma de organização. A família é uma organização, a padaria da esquina
também é uma organização, e tudo na sociedade está organizado com divisão de
tarefas, responsabilidades, direitos e deveres. Portanto, todos atuam de forma
organizada para alcançar seu desenvolvimento humano, suas realizações e a
felicidade. Por outro lado, mais do que um compromisso com a organização, o
compromisso maior é com a realização da própria felicidade.

A Soka Gakkai foi fundada em 1930 pelos presidentes Makiguti e Toda para organizar o
movimento visando à realização do grande ideal do Budismo de Nitiren Daishonin
chamado Kossen-rufu. Para o presidente Toda, a Soka Gakkai era mais importante do
que sua própria vida justamente por promover a paz e a felicidade de todas as
pessoas.

Seguindo sua própria convicção, Toda disse que seus restos mortais deveriam ser
atirados nas águas da Baía de Shinagawa caso não concretizasse o objetivo de
converter 750 mil famílias, revelando assim a sua disposição de servir ao progresso da
Soka Gakkai.

Essas palavras são consideradas até hoje diretrizes para todos os integrantes da Soka
Gakkai, fazendo lembrar sempre a importância de aprimorar a organização com o
constante desenvolvimento de cada um como valor humano atuando em prol do
Kossen-rufu.

Em outras palavras, a felicidade de si mesmo é alcançada ao mesmo tempo em que se


atua pelo bem-estar de outras pessoas.

O presidente Ikeda afirma: “Aqueles que buscam conforto e uma vida tranqüila jamais
conseguirão transpor a longa jornada do Kossen-rufu. Naturalmente, desejo que todos
os meus companheiros vençam suas dificuldades, conquistem uma boa saúde e uma
vida afortunada, e que possam morar em mansões, tenham renome e boa posição
social. Apesar de tudo isso representar os benefícios da prática da fé, não passam de
pequenos benefícios e é apenas um dos objetivos da prática budista. É o que se chama
de felicidade relativa ou felicidade pessoal. O nosso maior objetivo é a felicidade
absoluta. É a edificação de uma grandiosa condição de vida em nosso interior que
jamais será arruinada diante das mais severas intempéries da vida. Essa condição é
também altruística, conduzindo os outros para a mesma felicidade. Por esta razão, o
Kossen-rufu é o nosso verdadeiro objetivo. E nós nascemos neste mundo justamente
para cumprir essa missão.” (Ibidem, vol. VI, pág. 88.)

Portanto, é de fundamental importância que os novos companheiros que abraçaram o


budismo e que estão iniciando uma nova jornada da vida fazendo parte da BSGI,
dediquem-se à leitura das orientações a fim de aprender corretamente os princípios
básicos da prática budista e a importância de atuar na organização para o bem de si
mesmo e de todas as outras pessoas.

Última atualização ( Sex, 14 de março de 2008 22:52 )

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