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Começando a conversa
Objetivo
Conteúdo
Mas uma leitura sem compreensão não é leitura. Ler sem compreender é parar na
primeira etapa do processo, ou seja, na etapa da decodificação do sinal gráfico. Por isso,
a leitura precisa ser atenta, inteligente, uma leitura em que haja interação entre o leitor
e o texto lido, um atuando sobre o outro. Ler é atribuir significado; é construir um
significado para o texto lido.
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Muito se discute sobre a “fórmula mágica” que nos ensinaria a redigir um bom texto ou,
como querem alguns, a produzir uma redação “nota dez”.
Por outro lado, reafirmamos uma convicção: tornando-nos leitores atentos de bons
textos, assumindo uma postura crítica ante os vários textos que se apresentam em
nosso cotidiano, dominando alguns recursos lingüísticos básicos, refletindo sobre a
realidade, é possível, ao longo do tempo, aprimorar a qualidade de nossos textos.
Esclarecemos, também, que produzir um bom texto não significa produzir uma obra
literária. Um texto competente, elaborado para determinados fins, acadêmicos ou
profissionais, não se confunde, em hipótese alguma, com um texto literário produzido
para fins artísticos.
O pensamento é expresso por palavras, que são registradas na escrita, que por sua vez
é interpretada pela leitura.
Como essas atividades estão intimamente relacionadas, podemos concluir que quem não
pensa (ou pensa mal) não escreve (ou escreve mal) e quem não lê (ou lê mal) não
escreve (ou escreve mal).
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✓ o zoólogo lendo os rastros de animais na floresta;
✓ o jogador lendo os gestos do parceiro antes de jogar a carta vencedora;
✓ a dançarina lendo as notações do coreógrafo e o público lendo os movimentos da
dançarina no palco;
✓ o tecelão lendo o desenho intrincado de um tapete sendo tecido;
✓ o organista lendo várias linhas musicais simultâneas orquestradas na página;
✓ os pais lendo no rosto do bebê sinais de alegria, medo ou admiração;
✓ o adivinho chinês lendo as marcas antigas na carapaça de uma tartaruga;
✓ o amante lendo cegamente o corpo amado à noite, sob os lençóis;
✓ o psiquiatra ajudando os pacientes a ler seus sonhos perturbadores;
✓ o pescador havaiano lendo as correntes do oceano ao mergulhar a mão na água;
✓ o agricultor lendo o tempo no céu.
... todos eles compartilham com os leitores de livros a arte de decifrar e traduzir o
mundo.
Damos o nome de linguagem a todo sistema de sinais convencionais que nos permite
realizar atos de comunicação, que nos permite dizer algo.
. a linguagem não-verbal - aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra,
como a pintura (que explora as formas e as cores, por exemplo), a mímica, a dança, a
música, etc.
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As várias linguagens: funções da linguagem
a) Quando você tem a intenção de destacar o assunto de sua mensagem, convém dar
a ela um caráter mais informativo, como nos textos de jornais, revistas semanais e
outros.
Confira:
b) Já se a sua intenção é dar lugar aos seus sentimentos ou idéias, você deve usar a
linguagem de forma bastante expressiva, destacando a sua emoção.
Sinta:
c) Há situações em que você é obrigado a chamar a atenção dos outros, fazendo com
que eles se interessem por aquilo que você está falando. Neste caso, a linguagem
deve ser “imperativa”, uma espécie de convocação.
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Além disso, quem nunca passou por situações constrangedoras como a de entrar num
elevador cheio de gente, encarando você? Nessa hora, frases típicas como: “Calor,
hein!?” são a melhor solução, infalíveis para testar a abertura ou não de um canal
para um bate-papo.
e) E quando a sua intenção é apenas “brincar” com as palavras; fazendo de conta que é
um “poeta”? É simples, veja:
f) Finalmente, toda mensagem que serve para dar uma explicação usa uma linguagem
que fala da própria linguagem, ou melhor, a mensagem tenta se auto-explicar.
Confira:
Para que você possa saber um pouco mais sobre tudo isso, não deixe de
conferir as dicas a seguir...