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Os Gregos querem ver Jesus

(João 12:20-24)

Os gregos do tempo de Jesus tinham uma característica


que os tornava diferentes dos demais povos daquela época,
eles eram pessoas que exercitavam o pensamento e a
curiosidade intelectual, eles gostavam de discussões e
debates, de assuntos novos e de coisas nunca vistas antes.
Se alguém surgisse com uma inovação, eles de imediato
eram atraídos por ela (Actos 17:21). Os grandes filósofos
que surgiram na história da humanidade foram gregos, e
marcaram influentemente todo o mundo com os seus
pensamentos e opiniões sobre os vários temas da vida. Se
alguém demonstrava sabedoria, apresentava uma ideia
nova sobre um assunto, sabia discutir bem e era capaz de
influenciar as massas humanas, então, os gregos focavam
a sua atenção e interesse para assimilar as “virtudes” da
pessoa em causa, que poderiam viver por muitos anos e
muito bem na Grécia, cercada de discípulos, de fama,
conforto e quem sabe riquezas.

Durante todo o seu ministério terreno, o Senhor Jesus


causou admiração em todos os que o conheceram, por
causa da sua sabedoria, pelos seus ensinamentos nunca
antes vistos em nenhum homem e pelo poder de operar
sinais maravilhosos e milagres. Por tudo isso, Jesus
arrebanhou em torno de si muitos discípulos e muitos
inimigos também. No final do seu ministério, que durou
pouco mais de três anos, Jesus chegou em Jerusalém para
passar os seus últimos dias na terra. A cidade estava a
prepara-se para a festa da Páscoa, e a cada dia ia se
enchendo mais e mais de pessoas vindas dos mais variados
lugares. Naqueles dias, corria o comentário no meio do
povo de que os sacerdotes e os fariseus pretendiam matar
Jesus, de tal forma que, um grupo de gregos, talvez uma
embaixada, que se encontrava em Jerusalém para a festa,
procurou através de uma audiência transferir Jesus para a
Grécia, escapando este dos seus malfeitores.

Os gregos tinham uma grande admiração pelo Senhor


Jesus, consideravam-no um “grande filósofo”, um sábio
com poderes milagrosos e sabiam que Jesus iria ser morto
pelos judeus sendo um grande “desperdício” para a
humanidade. Por isso, foram propor-lhe que fugisse para a
Grécia, onde poderia viver com segurança e conforto, com
honra e talvez cercado de riquezas e luxo, vindo a morrer
em boa velhice escapando do assassínio dos judeus
religiosos. Diante destas circunstâncias, Jesus poderia ter
aceitado a proposta dos gregos, mas a sua resposta foi
sábia, pois precisava dar a sua vida pela humanidade,
assim respondeu: “É chegada a hora em que o Filho do
Homem há-de ser glorificado”. Mas a glória a que Jesus se
referiu, não foi aquela proposta pelos gregos, a glória
humana. Se Ele tivesse aceitado a glória que os gregos lhe
ofereceram na Grécia, toda a humanidade estaria
eternamente perdida e sem salvação. Mas a glória de Jesus
estava na “Cruz do Calvário”, exposto às humilhações, à
vergonha e à dor, como consequência, Jesus foi exaltado
como Senhor e Salvador do mundo. A glória deste mundo é
passageira, mas a glória da cruz é eterna.

Jesus disse: “se o grão de trigo, caindo na terra, não


morrer (Jesus histórico), fica ele só; mas, se morrer (Jesus
Ressurrecto, o novo Homem), produzirá muito fruto”. Se
Jesus tivesse ido para a Grécia, teria morrido velho e
solitário, sem produzir fruto algum, mas, Ele como o grão
de trigo, veio a este mundo para morrer por nós, a fim de
produzir o fruto da vida eterna, a salvação das nossas
vidas. Hoje, nós somos os frutos da sua morte e
ressurreição, e da mesma forma devemos almejar a glória
eterna que Ele alcançou através da sua obra.

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