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Geração de vapor e

sistema de resfriamento
Baseado em Trovati, J. Tratamento de águas:
sistema de resfriamento e geração de vapor.
Curso on-line. (Data não disponível)
Geração de vapor:
caldeiras
Conceitos gerais
 Calor e Temperatura
 Mecanismos de Transferência de Calor
 Condução
 Convecção
 Radiação
 Vapor
 Combustão e Combustíveis
Conceitos gerais
A geração de vapor é uma importante operação industrial, presente em uma
infinidade de processos e segmentos.

 Geração de energia elétrica nas usinas termelétricas e nucleares


 Papel e Celulose
 Açúcar e Álcool
 Indústrias químicas e petroquímicas em geral
 Refinarias de petróleo
 Frigoríficos, abatedouros e laticínios
 Indústrias têxteis e de tintas/ vernizes
 Cervejarias e bebidas em geral
 Indústrias de processamento de madeira e borracha
 Navegação marítima e fluvial
 Diversas indústrias alimentícias e farmacêuticas, entre muitos outros.

Atualmente, o vapor constitui o modo mais econômico e prático de se transferir


calor, até certo limite, em processos industriais. Também pode ser usado
para geração de trabalho mecânico.
Um ditado popular no âmbito industrial diz que: “O vapor movimenta o mundo”.
Calor e temperatura
 Calor: É uma forma de energia térmica em trânsito, ou
seja, está sempre se transferindo de um corpo com maior
temperatura para um corpo de menor temperatura. O
calor não pode ser armazenado; o que pode ser feito é
apenas facilitar ou dificultar sua transferência.

 Temperatura: É uma medida da energia cinética, isto é,


da energia de vibração das moléculas que compõem um
certo corpo. Quanto mais intensa é a vibração das
moléculas, maior será a temperatura do corpo em
questão. É justamente a diferença de temperatura entre
dois corpos que promove a transferência de calor.
Calor e temperatura
Fluxo Força Motriz Observações

Diferença de potencial Quanto maior a diferença de


Calor
térmico (Temperatura) temperatura, maior é o fluxo de calor.

Diferença de potencial Quanto maior é a diferença de


Corrente
elétrico voltagem, maior será a intensidade da
Elétrica
(Voltagem) corrente elétrica.

Diferença de potencial Quanto maior é a diferença de altura


Fluido (líquido
gravitacional (altura) ou e/ou de pressão entre dois pontos do
ou gás)
de pressão fluido, maior será a vazão do mesmo.

Figura 1: Analogia entre a transferência de calor, a corrente elétrica


e o escoamento de fluidos
Mecanismos de transferência
de calor: condução
É um método no qual o calor flui pelo contato direto,
molécula a molécula, do corpo. Ocorre normalmente
em corpos sólidos. Nas caldeiras, a condução ocorre no
metal dos tubos e dispositivos de troca térmica, onde o
calor flui da face de maior temperatura (em contato
com os gases quentes ou fornalha) para a de menor
temperatura (por onde circula a água).
Mecanismos de transferência
de calor: condução

L e i d e F o u r ie r :
Tq > Tf
(Tq − T f ) k = C o n d u tiv id a d e té r m ic a 2.º
( WC /)h .m
q = k . A. T = T e m p e r a tu r a
l A = Á rea

Figura 2: Ilustração mostrando transferência de calor por


condução
Mecanismos de transferência
de calor: convecção
É um processo que consiste basicamente na
transferência de calor envolvendo corpos fluidos
(líquidos ou gases). A convecção é sinal de
movimento, podendo ser natural ou forçada. Nas
caldeiras, ocorre transferência de calor por
convecção dos gases quentes para as superfícies
dos tubos e das superfícies aquecidas dos tubos
para a água.
Mecanismos de transferência
de calor: convecção

Lei do Resfriamento de Newton


T8 > Tp
q = h . A. (T∞ − Tp ) h = Coeficiente de transferência de
calor por convecção (W /m
2.ºC)

Figura 3: Ilustração mostrando transferência de calor por


convecção
Mecanismos de transferência
de calor: radiação
É um processo predominante em temperaturas
mais elevadas (acima de 500ºC). O calor neste
caso é transmitido por meio de ondas
eletromagnéticas. Altamente dependente da
diferença de temperatura. Numa caldeira,
ocorre transferência por radiação do fogo para
a área irradiada da fornalha.
Mecanismos de transferência
de calor: radiação

Lei de Radiação
ε = Emissividade
q = σ . ε . A . (Tq − Tf )
4 4
σ = Cte. Stefan-Boltzman
(5,669.10-8 W/m2.K4)

Figura 4: Ilustração mostrando transferência de calor por


radiação
Vapor
O vapor é a água no estado gasoso. Esta mudança de estado é
proporcionada pelo efeito direto do calor e inverso da pressão. Quanto
maior for a pressão, mais elevada será a temperatura de vaporização
da água e mais energia o vapor transportará pelas moléculas de água
que o constitui. Ao se condensar, a mesma energia que as moléculas
absorveram para passar para fase vapor é liberada para o meio,
resultando aí na transferência de energia na forma de calor.

Existem basicamente dois tipos de vapor:

 Vapor saturado: É um vapor “úmido”, contendo pequenas gotículas de


água, sendo obtido da vaporização direta da mesma. Quando este tipo
de vapor se condensa, cede calor latente. É usado para aquecimento
direto ou indireto.

 Vapor superaquecido: É obtido através do aquecimento conveniente


do vapor saturado, resultando em um vapor seco. É usado para
transferência de energia cinética, ou seja, para geração de trabalho
mecânico (turbinas).
Combustão
A combustão nada mais é do que uma reação de oxidação de um
material denominado “combustível” com o oxigênio (comburente),
liberando calor. A equação genérica para o processo é:

COMBUSTÍVEL + OXIGÊNIO  CALOR + Produtos (CO2, H2O, CO, etc.)

Diversos combustíveis são usados para queima em caldeiras de


produção de vapor. Entre eles destacam-se: lenha, óleos pesados,
óleo de xisto, gás (natural e GLP), gases de alto forno ou de hulha,
gases de escape de turbinas a gás, carvão mineral, bagaço de cana,
palha de arroz, resíduos em geral, cavacos e cascas de madeira,
licor negro (caldeira de recuperação), entre outros.
Caldeiras
 Introdução
 Tipos de Equipamento
 Caldeiras Fogotubulares (ou flamotubulares)
 Caldeiras Aquatubulares
 Equipamentos Periféricos
 Pré-Aquecedor de Ar
 Economizador

 Soprador de Fuligem

 Superaquecedor
Caldeiras
As caldeiras (“boilers” do inglês) são equipamentos
destinados basicamente à produção de vapor,
seja ele saturado ou superaquecido.
Dentro de uma unidade de processo, a caldeira é
um equipamento de elevado custo e
responsabilidade, cujo projeto, operação e
manutenção são padronizados e fiscalizados por
uma série de normas, códigos e legislações. No
Brasil, o Ministério do Trabalho é responsável pela
aplicação da NR-13, que regulamenta todas as
operações envolvendo caldeiras e vasos de
pressão no território nacional.
Caldeiras Fogotubulares (ou
flamotubulares)

São equipamentos derivados das caldeiras antigas,


onde o fogo e os gases quentes da combustão
circulam no interior dos tubos e a água a ser
vaporizada circula pelo lado de fora. Ambos são
contidos por uma carcaça cilíndrica denominada
casco. Os tubos podem ser verticais ou
horizontais, dependendo do modelo.
Normalmente este tipo de caldeira tem produção de
vapor limitada a cerca de 40 t/ h e pressão de
operação máxima de 16 Kgf/ cm2.
saída de
gases para
chaminé

queimador

tubulão câmara de
retorno

Figura 5:
Representação
de uma caldeira
flamotubular
Caldeiras Aquatubulares
 Surgiram da necessidade de maiores
produções de vapor e maior pressão de
operação. Nestes modelos, a água ocupa o
interior dos tubos, enquanto que o fogo e os
gases quentes ficam por fora. Existem
modelos com produção de vapor superiores a
200 t/ h e pressão de operação da ordem de
300 Kgf/ cm2 (caldeiras supercríticas).
superaquecedo balão de
r vapor

convect
or
seção de
transferência
de calor
convectiva
saída de gases
de combustão
screen
coletores de
economizador cinzas
es
fornalh bullnos
a e
entrada de
combustív
el saída de
Saída de
entradas de smelt
ar Figura 6:
Representação
distribuidores de uma caldeira
tanque de
de água aquatubular
smelt
Figura 7:
Fluxograma de
uma caldeira de
recuperação
aquatubular
Dados técnicos de exemplos
de caldeiras de recuperação
Pré-aquecedor de ar
Tem por finalidade aquecer o ar que será
alimentado na fornalha, de modo a conseguir
um aumento na temperatura do fogo e
melhorar a transferência de calor por radiação.
Com isto também se consegue aumento na
eficiência do equipamento e economia de
combustível.
Economizador

Tem por objetivo pré-aquecer a água


que alimentará a caldeira usando o
calor dos gases de combustão que
saem do equipamento. Consegue-se,
assim, melhor rendimento na
produção de vapor, respostas mais
rápidas e economia de combustível.
Soprador de fuligem
 Trata-se de um dispositivo que penetra no
interior do feixe tubular, fazendo um
jateamento de vapor na parte externa do
feixe. Com isso, consegue-se remover
possíveis depósitos de fuligem aderidos
aos tubos que podem prejudicar as
operações de troca térmica.
Superaquecedor
 São equipamentos destinados a aquecer o vapor saturado
produzido na caldeira e torná-lo seco, apropriado para ser
usado em operações de geração de energia mecânica,
como acionamento de turbinas. O superaquecedor
normalmente é construído com vários conjuntos em
paralelo de 2 a 4 tubos em forma “U”, formando uma
serpentina colocada no alto da fornalha. Pelo fato de
trabalhar somente com vapor, qualquer fluxo de água da
caldeira que atinge o superaquecedor irá imediatamente
vaporizar-se e, caso a mesma contenha certa quantidade
de sais dissolvidos, os mesmos se incrustarão no
equipamento.
Sistemas de resfriamento
Conceitos gerais
 Refrigeração e resfriamento
 Sistemas Abertos de Resfriamento
 Sistemas Semi-Abertos (ou Abertos de
Recirculação)
 Sistemas Fechados (“Closed-Systems”)
 Processos que Exigem Operações de
Resfriamento
 Torres de Resfriamento
Introdução
 A água é largamente utilizada em vários
processos como agente de resfriamento.
Além de sua abundância em nosso
planeta, a água apresenta um calor
específico relativamente elevado,
tornando-a própria para as operações de
resfriamento.
Resfriamento e refrigeração
 “Resfriamento” indica uma redução
de temperatura, em qualquer
intervalo que seja,
 “Refrigeração” indica,
especificamente, a redução de
temperatura a valores abaixo de 0º C
(273 K).
Sistemas abertos de
resfriamento
Também chamado de sistema de uma só passagem (“once-through”), é
empregado quando existe disponibilidade de água suficientemente
alta, com qualidade e temperatura satisfatórias para as necessidades
do processo. A água é captada de sua fonte, circula pelo processo de
resfriamento e é descartada ao final, com uma temperatura mais
elevada.
 Neste tipo de sistema não há como proceder um tratamento químico
conveniente da água, uma vez que volumes muito altos estão
envolvidos. Além disso, este processo tem o inconveniente de gerar
a chamada “poluição térmica”, que pode comprometer a qualidade
do curso de água onde é despejada.
 Emprega-se este sistema em locais próximos a fontes abundantes e/
ou pouco onerosas de água.
Sistemas semi-abertos de
resfriamento
 É utilizado quando existe demanda elevada e
disponibilidade limitada de água.
 Após passar pelos equipamentos de troca térmica que
devem ser resfriados, a água aquecida circula por uma
instalação de resfriamento (torre, lagoa, “spray”, etc.)
para reduzir sua temperatura e tornar-se própria para o
reuso.
 Apresenta um custo inicial elevado, porém resolve o
problema de eventual escassez de água, possibilita
menor volume de captação e evita o transtorno da
poluição térmica. Pode ser submetido a um tratamento
químico adequado, capaz de manter o sistema em
condições operacionais satisfatórias e, com isto, pode-
se reduzir os custos operacionais do processo.
Sistemas fechados de
resfriamento
 É aplicado em processos nos quais a água deve ser mantida
em temperaturas menores ou maiores do que as
conseguidas pelos sistemas semi-abertos.Também é
empregado em instalações pequenas e móveis.
 Neste sistema, a água (ou outro meio) é resfriada em um
trocador de calor e não entra em contato direto com os
demais fluidos do processo (ar, gases, etc.)
 Alguns exemplos que utilizam este sistema são: circuitos
fechados para resfriamento de compressores, turbinas a gás,
instalações de água gelada, radiadores de motores a
combustão interna (automóveis, caminhões, tratores,
máquinas estacionárias) e algumas instalações de ar
condicionado e refrigeração.
Processos que Exigem
Operações de Resfriamento
 Operações siderúrgicas, metalúrgicas, fundições, usinagens,
resfriamento de fornos, moldes, formas, etc.
 Resfriamento de reatores químicos, bioquímicos e nucleares.
 Condensação de vapores em operações de destilação e evaporadores,
colunas barométricas, descargas de turbinas de instalações
termelétricas e nucleares, etc.
 Resfriamento de compressores e gases frigoríficos em circuitos de
refrigeração (condensadores evaporativos), incluindo operações de ar
condicionado e de frio alimentar.
 Arrefecimento de mancais, peças, partes móveis, lubrificantes, rotores e
inúmeras máquinas e equipamentos.
 Resfriamento dos mais variados fluidos (líquidos e gases) em trocadores
de calor, entre muitas outras aplicações.
Torres de Resfriamento

Existem vários modelos e disposições


diferentes de torres e sistemas de
resfriamento de água, cada qual com
suas aplicações mais usuais e
respectivas vantagens e
desvantagens.
Torres de resfriamento

Figura 8: Modelo clássico de torre de resfriamento, mostrando seus


principais componentes.
Torres de resfriamento

Figura 9: Torres de resfriamento de águas


diversas
Sistema de resfriamento do
tipo “spray-pond”.

Figura 10: Sistema de resfriamento do tipo spray-pond

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