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Impresses do Mxico

I
Por uma janela movente
vejo burricos de relance
uma barraca de Pepsi Cola,
um velho ndio sentado
sorrindo sem dentes por uma cabana.

II
Estacionada em Guaymas,
uma pick-up Ford novinha
cheia de trabalhadores melanclicos;
no banco do motorista, uma criana de uns poucos anos
condenada por seu sombreiro.

III
Moinho de vento, de silverwood, sem ps, esttico no Mxico
Moinho sem propsito, com aparncia de pssaro, como uma grua quebrada,
De uma perna s, rgido, arbitrrio, com seu olho arregalado em viglia,
Como voc se deu aqui? Completamente s, estrangeiro, perdido,
Aqui onde no h vento?
Estrutura viva, dbil e resignada, voc se contenta
com esse monasticismo rido, sem ventos?
Mais levemente, o cacto lhe sobrevive.

IV
Eu lhe digo, Mxico
Penso em milhas e milhas de robustos cavalos mortos
Puros-sangues e cavalos de carga, estirados lado a lado
Enrijecidos, as patas retas e a boca sem lbios.
So as patas rijas, Mxico, os dentes saltados,
Que rompem meus sonhos equestres em pesadelo.

V
No zoolgico mexicano
eles tm
vacas comuns americanas.

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