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1. CONCEITO DE CRIMINALÍSTICA.
2. PROVA
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Probatio significa ensaio, verificação, inspeção, exame, argumento, razão, aprovação ou
confirmação.
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Evidência significa qualquer material, objeto ou
informação que está relacionado com a ocorrência do delito.
Prova Confessional
Prova Testemunhal
Prova Documental
PROVA Prova Pericial
a) Prova confessional
b) Prova testemunhal
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no processo. É meio de prova. Em regra toda pessoa poderá ser
testemunha.
c) Prova documental
d) Prova pericial
- Informações introdutórias
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No Brasil cabe à Autoridade Policial (Delegado de Polícia)
requisitar a perícia, conforme determina o CPP no artigo 6º, VII (determinar,
se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias).
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Os documentos criminalísticos serão discutidos em capítulo próprio.
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após a morte, no entanto, diante a evidência de sinais de morte, pode-
se antecipar o exame.
Exame de identificação de cadáver – através das digitais, DNA,
fotografia, exame da arcada dentária e ainda reconhecimento visual
por testemunha.
Exumação de cadáver - exame realizado em cadáver sepultado, seja
porque não realizado antes, quer para comprovar-se ou retificar-se
laudo anterior.
Exame de lesões corporais – determinação da causa das lesões e de
sua extensão.
Perícias sexuais - exames para verificação de crimes sexuais.
Perícias de laboratório - teste de embriaguez; exame de DNA; exame
toxicológico, etc.
Exame de avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que
constituam produto do crime.
Exame de incêndio.
Exames de eficiência em objetos.
Perícias documentoscópicas e exames grafotécnicos.
Perícias econômicas e contábeis.
Perícias psiquiátricas.
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O exame de corpo de delito é classificado em direto
(realizado sobre o próprio corpo de delito) ou indireto (quando é suprido
pela prova testemunhal de acordo com o CPP, art. 167).
4. LOCAL DE CRIME
a) Descritivo escrito
b) Fotográfico
c) Dermatoglífico ou papiloscópico
a) Poroscópia
b) Modelagem ou moldagens
c) Residuográfico
d) Misto
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das
coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;
DEVE ENTRAR E
SAIR UTILIZANDO
INCORRETO O MESMO
PERCURSO.
PRIMEIRO
POLICIAL
(ESPÍNDULA, 2005)
5.1 Auto
O auto é o relatório escrito e minucioso sobre uma perícia
realizada. Chama-se de auto (e não de laudo) quando ditado pelo perito
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diretamente a outro profissional compromissado, como ao escrivão. Se,
do contrário o perito necessitar, ser-lhe-á concedido prazo e este
retornará com o relatório por ele mesmo redigido (recebendo o nome de
laudo).
CPP, Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que
examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
6. DOUTRINA CRIMINALÍSTICA
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(materialidade do delito), verificar os meios e os modos de sua produção
(modus operandi) e indicar a sua autoria.
Art. 7.º - Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a
autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie
a moralidade ou a ordem pública.
8. DOCUMENTOSCOPIA
8.1 Conceito.
inclusive quanto:
- à verificação da autenticidade
- à verificação da falsidade, e
- à determinação de sua autoria.” (CINELLI, 2008)
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Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em
qualquer fase do processo.
Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não serão
admitidas em juízo.
Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a
defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário.
Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da
acusação ou da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de qualquer das
partes, para sua juntada aos autos, se possível.
Art. 235. A letra e firma dos documentos particulares serão submetidas a exame pericial,
quando contestada a sua autenticidade.
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Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão,
se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela
autoridade.
Art. 237. As públicas-formas só terão valor quando conferidas com o original, em presença da
autoridade.
Art. 238. Os documentos originais, juntos a processo findo, quando não exista motivo
relevante que justifique a sua conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e ouvido o
Ministério Público, ser entregues à parte que os produziu, ficando traslado nos autos.
8.7. Sinonímia.
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8.8. Princípios fundamentais e leis do grafismo.
a) Princípio fundamental
c) Leis da escrita
9. BALÍSTICA FORENSE
A Balística Forense é
“a parte do conhecimento criminalístico que tem por objeto
especial o estudo das armas de fogo, da munição e dos
fenômenos e efeitos próprios dos disparos destas armas, no
que tiverem de útil ao esclarecimento e à prova de
questões de fato, no interesse da Justiça, tanto penal como
civil.” (RABELO, 1995)
Classificação Antecarga
das Armas 1. Quanto ao
de fogo sistema de
carregamento Retrocarga
Lisas
2. Quanto à Raiadas
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alma do cano
Sistema
por mecha
Sistema
3. Quanto ao por atrito
sistema de Sistema por Extrínseca
inflamação percussão Intrínseca
Sistema
elétrico
Simples
Múltipla
4. Quanto ao Unitário
sistema de Não automática
funcionament Semi-automática
o Repetição Automática
5. Quanto ao
Coletivas
uso
Individuais
Fixa
Cano curto
6. Quanto à Móvel
Cano longo
mobilidade Semi-portátil
Portátil
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• Efeitos primários
Resultam da ação dos projéteis e são características dos
pontos de impacto.
• Efeitos secundários
“Os efeitos secundários resultam da ação explosiva contra
um alvo animado ou não animado. Os efeitos secundários são
os que resultam nos tiros à curta distância, assim como, da
ação dos gases e resíduos da combustão da pólvora. A região
atingida pelos efeitos explosivos compreende as zonas
seguintes:
Zona de chamuscamento
A zona de chamuscamento é produzida pelos gases
superaquecidos e inflamados produzindo queimadura
da pele, pêlos e vestes da região. A zona de
chamuscamento circunda o orifício de entrada. Através
da zona de chamuscamento pode-se diagnosticar o
orifício de entrada, distância e direção do tiro;
Zona de esfumaçamento
A zona de esfumaçamento forma-se pela fuligem
oriunda da combustão da pólvora em torno do orifício
de entrada, constatados em tiros efetuados à curta
distância, sendo facilmente removidos por lavagem.
Outrossim, as vestes em correspondência com a região
atingida podem reter os resíduos de fuligem;
Zona de tatuagem
A zona de tatuagem é produzida pelos resíduos de
pólvora combusta ou incombusta e, também, pelos
resíduos metálicos que atingem o alvo, incrustando-se
em torno do orifício de entrada. Tais resíduos penetram
como microprojéteis, incrustando-se na pele, não sendo
removíveis por lavagem.” (CINELLI, 2008)
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b) Distância do tiro
Segundo a distância entre a boca do cano da arma de fogo e
o alvo, os tiros classificam-se em:
• Tiro encostado
É aquele em que a boca do cano da arma se apóia no alvo.
O ferimento de entrada do tiro encostado tem forma
irregular, apresenta crepitação gasosa (câmara de mina de
Hoffmann) e apresenta o desenho da boca e da massa de
mira do cano.
• Tiro à curta distância
É aquele desferido contra o alvo situado dentro dos limites da
região varrida pelos gases e resíduos de combustão da
pólvora expelidos pelo cano da arma, produzindo os efeitos
de esfumaçamento.
O ferimento de entrada do tiro à curta distância apresenta
forma arredondada ou ovalar, orla de escoriação
(arrancamento da epiderme), bordas invertidas (de fora para
dentro), halo de enxugo (limpeza das impurezas do projétil
na passagem pelos tecidos), aoréola equimótica (equimose
em face do rompimento de capilares, vênulas e arteríolas) e
zonas de esfumaçamento, chamuscamento e tatuagem.
• Tiro à distância
É aquele desferido contra o alvo situado fora dos limites da
região espacial varrida por grãos de pólvora comburida ou
incombusta e por resíduos metálicos expelidos pelo cano da
arma.
O ferimento de entrada do tiro à distância apresenta forma
redonda ou ovalar, orla de escoriação, halo de enxugo,
aoréola equimótica (equimose em face do rompimento de
capilares, vênulas e arteríolas), bordas reviradas para dentro
e diâmetro menor do que o projétil.
c) Tiro acidental
Segundo a balística forense tiro acidental é aquele que se
produz em circunstâncias anormais, sem acionamento
regular do mecanismo de disparo da arma.
10. PAPILOSCOPIA
10.1. Conceito.
10.2. Divisão.
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a) Conceito
Cristas papilares
Sulcos
interpapilares
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São eles:
• Cristas papilares – linhas impressas do datilograma;
• Sulcos interpapilares – intervalos em branco entre as linhas
formadas pelas cristas;
• Poros – canais que excretam a secreção gordurosa;
• Linhas diretrizes – cristas que, partindo do delta, formam as regiões
basilar, nuclear e marginal;
Região
marginal
Região
nuclear
Região
basilar
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Delta
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Algumas situações especiais, chamadas de desenhos
defeituosos, recebem notações próprias:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FÁVERO, Flamínio. Medicina Legal: Introdução ao Estudo da Medicina
Legal, Identidade, Traumatologia, Infortunística, Tanatologia. 10ª Ed. Belo
Horizonte: Vila Rica, 1991.
GOMES, Hélio. Medicina Legal. 25ª Ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,
1987.
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