You are on page 1of 84
Como aplicar JOGOS E BRINCADEIRAS | na Educacao Infantil Ana Cristina Alves de Jesus Copyright® 2010 por Brasport Livros e Multimida Lida Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro podera ser reproduzida, sob qualquer meio, especialmente em fotocdpia (xerox), sem a permissao, por escrito, da Editora, Editor: Sergio Martins de Oliveira Diretora Ecitorial: Rosa Maria Oliveira de Queiroz Assistente de Produgao: Marina dos Anjos Martins de Oliveira Revisao: Carla Dawidman Editoragao Eletrénica: Abrou's System Lida Capa: Use Design Técnica @ mut :ngo foram empregadae ne produca deste io. Porém, erioe do digtagio e/cu imprassae podem ocorrer. Qualquer divda, inclusive de conceito, salictames enviar mensagem para brasport@brasport.com.br, para que nossa equipe, juntamente com o autor, possa esclarecer. A Biasporte o(s) autor(es) ndo assumem qualquer responsabildade por evertuais danos ou perdas a pessoas ou bens, orginadios do uso deste fvro, Dados Internacionais de Catalogagao na Publicagao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Jesus, Ana Cristina Alves de Come aplicar jogos e brincadeiras na educacao infantil /Ana Cristina Alves de Jesus, ~ Rio de Janeiro : Brasport, 2010 Bibliografa ISBN 978-85-7452-436-8 1. Brincadeiras 2. Ensino fundamental 3. Jogos educativos 4. Jogos infantis Titulo, (CDD-371.337 10-00810 -372.13 Indices para catalogo sistematico: 1. Brincadeiras e jogos : Educacdo infantil 371.387 2. Brincadeiras e jogos : Ensino fundamental 372.13 3, Jogos biincadeiras . Educagao infantil 371.337 4, Jogos e brincadeiras : Ensino fundamental 372.13 BRASPORT Livros e Mul Rua Pardal Mallet, 23 ~ Tjuca 20270-280 Rio de sJaneiro-Ru Tels, Fax: (21) 2568.1415/2568.1507 e-mails: brasport@brasport.com.br vendas@brasport com br editorial @brasport.com.br idia Ltda. site: www.brasport.com.br Filial Av. Paulista, 807 — conj. 915 0131-100 — Sao Paulo-SP Tel, Fax (11) 3287.1752 e-mail: fillalsp@brasport.com.br Introdugao . 1. Histérico dos Jogos na Educacao A importéncia do brincar para a erian ferente: rmas do Bi Diforengas entre o jogo e a brineadeiva 7 Diferengas entre brincar livre ¢ coordenade 3. Etapas do Desenvolvimento da Criang sistas AL Periodo sensorio motor (0 aos 2:4 mexes) a Periodo pré~operatorio (2 aos 7 anos 1G Periodo operatério concreto {7 aos 12 anos) Periodo operatério formal (apis os 12 anos)... 4. Os Jogos e a Linguagem A importancia do Iiddico no desenvolvimento da linguagem 31 Exemplos de jogos Leimrs de histé 2 Bingo de palavras Es Roliche das palavras 35 avos del 4 Dominé de letras 36 VIII Como Aplicar Jogos e Brincadeiras na Educacao Infantil faincia'A 36 Os jogos nos anos 80... 59 Conhecendo algumas brincadeiras 39 Brincadeiras de dupla. 39 Brineadeiras de grupo. 4 Mais exemplos de brincadeiras dos anos 80. 45 6. A Utilizagao de Jogos no Ensino da Matematica... 49 Os jogos matematicos a z Ce a 49 (Rhian dtl 9 St Gea aconeneneraaanineinamneeen n Como fazer o Tangram 52 Exemplos de jogos matemativos 6 Trabalhando com conjuntos. 06 Formando tridugulos a Formando grupos ¢ conjuntos 57 Cuidados na excolha dos jogos aplicados e beneficios que podem trazer a7 Os Jogos na Educ io Fisica. O ensino da educagio fisica 59 Exemplos de jogos ¢ brincadeiras que podem ser utilizados 61 Brincando com as formas Gl Bola na cesta. Variagio do queimado id: Brincadeiras que envolvem co: Beincadeiras que envolvem bola Brincadeiras com corda Brincadeiras de roda Ginastica dos animais .. 8. Criangas Pequenas .. Os jogos ¢ as criancas pequenas Sugestées de jogos musicais Que som é esse? Que sons sio esses? Cabr: Teletone sem fio sonoro. cega sonora Brincadeiras para os pequeninos. Jogo de Boliche diferente Revezamento do Coelhinho © batt de roupas. Colocando © rabo do Coelho Jogo do tabuleiro A carta maior 9. Consideragées Finais. Bibliografia Consultada Sumario Material com direitos autorais P= notar, ao longo da histéria da educagao, que muitos pesquisadores ¢ estudiosos passaram a se importar com 0 ato de brincar, observando a sua evolucdo. E assim concluiram que a brincadeira e a atividade Itidica eram contribuigées importantes na aquisic&o do conhecimento, auxiliando no pro- cesso de aprendizagem. Como diria Rubem Alves (2003), 0 brinquedo desper- ta interesse e curiosidade, aspectos que contribuem na aprendizagem. r oO momento da brincadeira do educando. E muito importante valor: O brincar na rea da edue: 0 proporeiona no s6 um meio real de apren- dizagem como permite que os educadores desenvolvam sua percepedo ¢ aprendam um pouco mais sobre as criangas e suas necessidades, tornando- se capazes de compreender como elas se encontram em sua aprendizagem e desenvolvimento geral, obtendo © ponto de partida para promover novas aprendizagens de forma cognitiva e afetiva. Mas, infelizmente, mesmo diante da comprovacdo dos beneficios obtidos pela relacio brincar-aprender, ainda encontramos diversas dificuldades na aplicagao pratica dessas teorias. As evidéncias destas dificuldades nas escolas de educagao infantil e de ensino fimdamental sao muito fortes. Diante disso devemos lembrar que, mesmo com toda mos encontrar, ndo devemos es- as dificuldades que pos quecer 6 quanto sao importantes essas atividades, principalmente para aque- le aluno com maior dificuldade de aprendizagem. Na utilizagao do lidico na escola pode estar a chance para chegar até esse aluno. 2. Como Aplicar Jogos e Brincadeiras na Educagio Infantil Podemos, através da brincadeira, explorar a criatividade, o movimento, a solidariedade, o desenvolvimento cultural, a assimilagéo de novos conheci- mentos ¢ as relagdes, incorporando novos valores. O lidico na vida escolar deve ser preser ado. RA HH patavara jogo foi originada do latim “incus”, que quer dizer diversio, brincadeira. Nos nossos diciondrios as definigdes mais comuns sao: “distragfo, passatempo, divertimento”. ivili conheciam a O jogo advém das antigas ages. Gregos e romanos j sua importancia para educar a crianea. Em Atenas e em Roma, ja existiam brinquedos destinados a facilitar a aprendizagem de movimentos, ou para ensinar as letras, como a marcha (cavalo de pau, nos dias atuais), brincadeiras com arcos, jogos com ossinhos, etc. (MANSON, 2002) Plato partilha com Aristoteles e entende que ‘...] 0 jogo fisico, de carater preparat6- io dos militares, possuia um grande valor pedagégico [...] (AGUIAR, 2006, p.27). Podemos dizer entZo que, mesmo advindo da sociedade primitiva, os jo- gos ¢ as brincadeiras na época apenas serviam para tomar consciéncia dos papéis sociais ¢ imité-los, fazendo com que as geracées mais jovens apren- dessem com 0s mais velhos, valores, conhecimentos ¢ normas. A crianga era tratada como um pequeno adulto, e a instrugio estava diretamente ligada ao conhecimento das obrigagSes ¢ @ ascensiio futura. Assim, apesar da sua existéncia ter sido bem mais antiga, os jogos vieram 4 Como Aplicar Jogos e Brincadeiras na Educagio Infantil a ter seu papel realmente relacionado com a educagao da crianga no século XVI, com 0 perfodo da Renascenga e 0 surgimento da educagio humanista. Mas é com base nos novos ideais renascentistas que se esboca uma nova reflexdo sobre as atividades Iddicas da crianga e, a partir do século XVI, os humanistas comegaram a perceber o valor educativo dos jogos (MANSON, 2202) Com a influéncia do eri: ra, visando A abediéncia e métodos de memorizacio, esse interesse foi levado tianismo e sua educacao totalmente disciplinado- ao declinio j que consideravam a pratica de jogos uma mé influéncia para os jovens. Somente com a chegada do renascimento passou a ser accito coma juventude. uma atividade benéfica para No Brasil, com a chegada da Companhia de Jesus na cidade de Salvador, em marco de 1549, religiosos decididos a lutar em prol do catolicismo se agarram a esse proceso educacional como uma arma Comegaram a perceber os valores educativos dos jogos, ¢ os colégios jesu- itas foram os primeiros a por em pratica. Porém, s6 a partir do século XVIII 6 que a crianga pass to 0 brinear torna-se uma atividade associada & idade. Nos Estados Unidos, na virada do século XVIN/XIX, passourse a aderit A proposta do filésofo Froebel (1782 - 1852), que acreditava que o brinear livre e 0 uso de jogos para educar criangas no pré-escolar poderiam ser in- a ser observada como um ser diferente do adulto e en- treduzidos no contexto infantil, considerando que a crianca desperta as ha bilidades mediante estimulos. Sua proposta acabou influenciando a educagao infantil de todos os paises, surgindo dai a criagao dos jardins de infancia. Kishimoto (apud Spodek ¢ Saracho, 1990) comenta que os Estados Unidos serviram como modelo inicial para a grande maioria dos paises. A proposta educacional de Froebel fo isserminada por missionarios cristaos protestan- tes em muitos pa ram a crer que ancas aprendem melhor por meio do brincar. Essa interpretagao forta~ leceu a utilizagao do jogo educativo, do brincar orientado, visando & aquisi- asidticos ¢ latino-americanos, que pa ofio de contetidos escolare Histérico dos Jogos na Educagdo 5 A importancia do brincar para a crianga Temos que concordar que o brincar nao significa apenas recrear, 6 muito mais. uma das formas que a crianga encontra de se comunicar com 0 mundo. ja e diverti- O brincar, em todas as suas formas, é capaz de proporcionar alegr mento. Almeida (2004) afirma que o ato de brincar desenvolve o intelectual, a criatividade e a estabilidade emocional, proporcionando alegria e prazer. Quando observamos um bebé, percebemos a interagao que hd entre a crianga e 0 adulto através do ato de brincar. A medida que o tempo vai ando, 0 ato de brinear vai sendo modificado e sofrendo uma evolu- pa cao de acordo com os diversos interesses proprios da faixa etaria, con- forme as necessidades de cada crianga e os valores da sociedade a qual ela pertence. Pais e educadores estao a cada dia mais cons cientes dos beneficios que as brincadeiras tradicionais podem trazer para as criangas, j podemos encon- trar as atividades Hidicas inclusas no curriculo de varias escolas, especial- mente nas escolas infantis. A tradicionalidade dessas brincadeiras é mantida em nossa sociedade de- © hist6rico-cultural. Podem variar de uma io para outra ou adquirir caracteristicas locais. No entanto, acabamos vido a sua importancia no proces reg sempre reconhecendo em uma mesma brincadeira as suas var Ges com 0 passar do tempo. Essas brincadeiras contribuem para o desenvolvimento de habilidades psicomotoras, cognitivas ¢ também para a afetividade reciproca e a interag4o social, desenvolvendo lagos de amizade entre as criangas Dessa forma incentivam a curiosidades estimulam a crianga & procura cando solugdes para problemas apresentados, descobrindo caminhos, desenvolvendo-se como ser social, co- de novas descobertas, onde ela interage, bu: laborando, assim, para um crescimento sadio ¢ encontrando o equilfbrio no dia a dia. RA a Material com direitos autorais Diferencas entre 0 jogo e a brincadeira A mistura de realidade com ficgao, um adulto é sempre tomado como exemplo, PRENDIZAGEM através do jogo é aquela adquirida por meio de regras; jaa brincadeira é 0 ato onde a crianga expressa suas emogdes, uma para expressar 0 que ela vé eo que vivencia. De acordo com Brougére (1998, p.17), “Os jogos e brinquedos sao meios que ajudam a crianga a penetrar em sua propria vida tanto quanto na natureza e no universo”. O jogo possibilita a criacdo de ages e regras, que definem quem perde e quem ganha. Ele é construtive porque pressupde uma aco do individuo sobre a realidade, estimulando a motiva ao. Jé a brincadeira é a verdadeira ao realizar » da eriang regras do jogo vivendo mais o lidico, propor- cionando alegria e liberdade. Brougére (1998, p. 138) diz que *... o mundo do tempo livre das criangas, espe- cialmente de seus jogos, é cheio de sentido e significagées, e 6 simbélico’. Ou sej imagin a crianga, no ato do brincar, transfere agdes recheadas de pura io. e simbolismos para o mundo real. Winnicott (1975) nos revela a sua teoria de que o brincar favorece o crescimento da crianga, promovendo a 8 Como Aplicar Jogos e Brincadeiras na Educagio Infantil sua satide. E a crianga que nao brinca pode vir a ter algum problema, preju- dicando assim todo o seu desenvolvimento. Os adultos devem estar atentos ¢ jamais proibir ou inibir a brincadeira das criangas, pois estar&o privando-as de momentos que sao importantes em suas vidas. Mas ndo devemos deixar de observar que nem sempre as brinca- deiras ¢ jogos ocasionar sentimentos de frustrago, inseguranga e rebeldia. 40 divertidos para todos, muitas das vezes na escola podem Devemos estar atentos a esses sentimentos, que devem ser trabalhados para que nio seja desenvolvido nenhum tipo de trauma, impossibilitando que a crianga tenha novas iniciativas. rio levar Para que 0 jogo possa ser titil no processo educacional, é neces em conta determinados aspectos. = Permitir que a crianga também possa avaliar seu desempenho Durante 0 jogo a criang: mos tornar esse resultado 0 mais claro possivel para que ela tenha a opor- tunidade de avaliar seu desempenho, percebendo onde errou, contribuindo para a construgao da autonomia. se empenha em obter um bom resultado. Deve- — Promover a participacao ativa de todos os jogadores O professor pode fazer alteragées nos grupos, ou incluir reg haja mais envolvimento ¢ interagao. s, para que — Ser interessante e conter desafios Lembrando sempre de levar em conta a fase do desenvolvimento da crian- ga, o educador deve propor coisas interessantes para os alunos resolverem, buscar inovar ¢ adaptar os jogos tornando-os mais desafiadores e atrativos. Fazer com que seus alunos possam desenvolver sua capacidade fisica e in telectual. Deixar de ser um espectador que apenas intervém em casos de aci- dentes, brigas ou choros, sendo mais participativo e usando sua sensibilidade é necessdria e até mesmo para perceber os momentos em que sua preseng para estimular mais a participagdo de determinadas criancas ou propondo novas brincadeira: As Diferentes Formas do Brincar 9 Diferengas entre brincar livre e coordenado ‘0 convivio escolar 0 brincar pode ser livre ou coordenado. Apesar de muitas vezes acontecer de forma interligada, existe uma diferenga entre as duas formas de brincar. Quando se utiliza o brincar livre é de forma esponta- nea, em que a crianca decide qual brincadeira vai participar sem a mediagao do professor. Por exemplo: nas brincadeiras que envolvem apenas 0 corpo da criang no caso das cantigas (brincadeiras de roda), {pega-pega); ou naque- las em que estio inclufdos também os objetos (cabo de vassoura usado para simular um cavalo); ou giz, lapis ou papel para brincar de escolinha: Ja nas brincadeir or atua como mediador, com o coordenadas, 0 profes objetivo de promover a integragdo e a participagiio das criangas envolvidas. Essa integragio vai au tos de respeito, confianca, conhecimento ¢ envolvimento social ¢ cultural Assim como oportunizar xiliar no processo de desenvolvimento dos sentimen- tuagdes em que a crianga venha a conhecer dife- rentes materiais, objetos e brinquedos antes nfio conhecidos. Como exemplo, os encaixes, as sucatas, as fantasias, os fantoches, as mas caras, as c formas de brincar com os objetos. & importante lembrar que esse tipo de brincadeira 0 professor geralmente jé elabora com um objetivo determinado s, entre outros, possibilitando que elas inventem diferentes a ser atingido. Devemos observar que a crianga nio depende necessariamente da presenga de objetos pz senvolver e adquiri ituagdes onde irdo se de- ra brincar, podendo criar varios jogos conhecimentos, auxiliando no proceso da sua autonomia Seguindo a linha de Piaget, vemos que o ato de ensinar ultrapassa 0 pro- cesso, chegando ao ato de aprender por meio da construcao do conhecimen- to que € realizado pelo educando. Este deve sempre ser visto como um ser atuante ¢ no como um ser passivo que apenas recebe ¢ absorve o contetido que Ihe é passado. HA HH Material com direitos autorais 3: Etapas do Desenvolvimento S egundo Piaget, as ctapas do desenvolvimento seguem uma divisio por perfodos, de acordo com os interesses e as necessidades das suas diferentes faixas etdrias. iangas nas Periodo sensério motor (0 aos 24 meses) E um dos perfodos mais complexos. Ocorre a organizagio do desenvolvi- mento da crianga, nos aspectos perceptivo, motor, intelectual, afetivo e so- cial. Comega com reflexos que vo aos poucos se transformando em esque- mas senso-motores. Figura 3.1: Recsm-nascido 12 Como Aplicar Jogos e Brincadeiras na Educagao Infantil Se colocar um dedo na palma da mao do bebé vai provocar a reagao imedia- ta no bebé de segurar firmemente o dedo. Ao tentar remover o dedo percebe- 4 que isso provocara maior pr so da maozinha do bebé contra o dedo. Figura 3.2: Mao do bebé na méo do adulto Se vové estimular um ponto qualquer na boca do bebé vai desencadear automaticamente o reflexo da succo. Nessa fase as emogées tornam-se o principal canal de interagao do bebé com 0 adulto e com outras criangas. O sentimento de afeto entre adulto ¢ crianca é demonstrado pelo toque e por mudangas no tom de voz ou express Ses faciais que os adultos fazem ten- tando uma comunicagio com o bebé. Essas expressdes vio tomando um sen- tido para cle ¢ acabam por se transformar em um meio de aprendizagem. Figura 3.3: Bebé segurendo a mao da mae durante o benho Etapas do Desenvolvimento da Crianga 13 Dai em diante a crianga comega a imitar as outras pesso: proprias reagdes: balanga o corpo, bate palmas, etc Sec) jar suas Logo em seguida essa crianga aprende a andar e, apesar do seu entusias- mo por ter descoberto a capacidade de se locomover de um lado para o outro, ela ainda nao tem uma finalidade especifica para essa descoberta. Figura .3.4; Bebé descobrindo o andar ssa e com a utilizacio da nova descoberta a crianga amadurece O tempo pe 0 sistema nervoso, aperfeicoa o andar, passando a sentir-se segura para cor- rer e pular. Fssa é a fase em que no fica parada; ela mexe em tudo, explora e é muito curiosa 14 Como Aplicar Jogos e Brincad s na Educago Infantil Ja consegue segurar algo para comer ou beber, mas ainda nao conse- gue distinguir bem 0 uso desses objetos, podendo usd-los também para brincar. Figura 3.5: Bebé brincando ao chupar a laranja janga desenvolve a fase do Por volta do final do segundo ano de vida, a faz-de-conta e revive cenas recorrendo somente a gestos. O jogo de imitar torna-se seu maior instrumento de aprendizagem. Pas- sa a se encantar com as pequenas estrofes de mtisicas e versos infantis, brincar de faz-de-conta e ouvir os contos de fadas. Gosta das tintas, do barro, dos restos de papel e raspas de madeira, da areia, da Agua e da massa de modelar. Etapas do Desenvolvimento da Crianga 15 E nessa fase que as meninas passam a ver as bonecas como filhas. Figura 3.6: Menina brincando com boneca Nessa idade também a crianga comega a reconhecer a imagem de seu pro- prio corpo diante do espelho. Figura 37: Menina dante do espelho aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Etapas do Desenvolvimento da Crianga 17 Figura 3.10: Menina brincando de cozinhar aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Etapas do Desenvolvimento da Crianga_ 19 Segundo Piaget (1978), as primeiras reconstituigdes linguisticas de acées surgem junto & reprodugao de situagdes, através da brincadeira e da imitagao. A crianga comega a verbal ‘a antes motora- yar 0 que 86 realiz: mente. Porém, apesar de todo esse desenvolvimento e do alcance do seu pensamento jA ter aumentado consideravelmente, a crianga ainda estard bastante egocéntrica. Sente-se o centro das atengdes, j4 aprendeu a brin- car com outras criangas, mas ainda nao sabe dividir os seus brinquedos nem suas ideias. Nao consegue admitir que outra crianga ocupe seu lugar de lider numa brincadeira ou que nao esteja de acordo com 0 que esté querendo realizar. Ela tem uma visio totalmente diferente da realidade, ainda no é capaz de entender uma situagao da qual nao faga parte, confunde-se, atribui a pessoas e objetos seus préprios pensamentos e sentimentos. O pensamento egocéntrico se caracteriza por suas “centracées’, ou seja, em vez de adaptar-se objetivamente a realidade, ele assimila a ado propriamen- te dita, deformando as relacées segundo o ‘ponto de vista” desta ultima. Dai 0 desequilibrio entre a assimilacéo e a acomodagao, do qual constatamos os efeitos no curso da fase pré-conceptual. Em consequéncia, é evidente que 2 evolugao se fara no sentido do equilibrio, ou seja, da descentracao. “O pen- samento intuitivo marca, a este respeito, um primeiro progresso, na diregdo de uma coordenagao que encontrara sua realizagéo com os grupamentos operatérios”. (PIAGET, 1964 p. 361). Essa caracteristica s6 sera amenizada aos cinco ou seis anos aproximada- mente, quando a crianga passard a construir novos conceitos ¢ aprender a se relacionar melhor com outros. Ea fase em que comega a tomar consciéncia do mundo que esta & sua vol G e se tornando capaz de emprestar aquilo que é seu, aprendendo a comparti- ta, desenvolvendo melhor a comunica ando a ouvir melhor os outros Jo, pa har e fazer parte de um grupo. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Rosalina e 0 Piano Alonso Mazini Soiet 136 pp. ~ RS 4000 Rosaina ¢ 0 Pano € um caso etabo1ado no Imagnétio individual, ftuto das experiéncias do autor {de suas interagdes com oultos garentes de projefes, que tem sido usade em cutsos e eventos que minista @ coordena 8, a0 longo do tempo, vern sencio aprmorado ¢ ampliado em favor do ersino mais efetio dos fundomentos e nuances do Gerenciamento de Projeios. Como complemento deste vto, 0 CO-ROM inclu © fime de animacéo "Resdlina © 0 Piono”, pore uso em sutBos, opresentacéos e paestcs, Espiritualidade Organizacional Rubens Fava / Ciaucino Gilz 182 pp. - RS 2500 ‘A espituaidade n3o € algo ccncrefo ou papavel, mais Incide diretamente na mane4a de sere ‘gir do ser humano. © Ira 'eva o leltor a descobs na espttuaidade uma faculdode humana corn potencial de gerar harmonia enite arazéo € a eracGo, dlisar © confett sentido a todos os tarefas aces na empresa. 0 cutive de uma espithuaidade pot parle dios colabotadores pode contibuit posiivamente na revitalzacéo organtacional Gerenciamento de Projetos para Pequenas Empresas Maria Luza Gomes de Souza Passos 316pp. — R$ 89.00 24x28 fsle Io aborda um caminno para definr como escoher e adaptor um conlunto de prdticas con- sideradas boos as necessidades de cada projsto. A idela surgiu da parcepcdo da lacuna exstente hoje ne iteratura quanto co que fazer quando os projetos «G0 pequenos Ou #40 realzados nas pe- queras empresas. Nestes ambientes a realidad ¢ bem diferente daquela enconirade nos grandes empreendimentos ou nas gandes empresas, © CD-ROM que acornpaniia o live Goris ‘OdsIos de piocessos, forrnulatios e modelos de insturnentos. Gestao de Programas e Multiplos Projetos Claudio Adonai Muto / Thais Salbbag Muto / 852 pp. - RS 97,00 Verénica Cunha de Aravio / Rafael clos Santos Lima Neves 24x28 A necessidade por infamagées em gerenciamento de Programas tona-se muito mais premente: f9g01a do que antes, A: ornprosas dapendem dette po do iniciatha para clcangar «yas motas © objetivos Igacos a um plansjamento estatégico cade vex mais agressivo, Ese Ivo visa cobyir essa locuna, dasmistiicando a ulizagd0 do padiGo do PM e frazendo ao gerente Ge progiarnes todo © conteuide conceiival e sua apicagéo através de um estudo de caso. Praticando a Seguranga da Informagao Edison Fontes. 308 pp. - RS 65,00 Este ro 6 uma continuagéc do attvicade do autor de comearthar com os profssionals © usustiosem {era suc experiéncia e seus estudos em seguranca da informacdo. Todo o conjunto de orientacdes esciilas neste lito esta ainhado com a Nota ABNT NBR ISO/IEC 27002, a Norma ABNT NBR ISCIEC 27001, a Norma ABNT N&R 1599-1, © COBIT [Common Objecives for Information and Related Techno- bbgy)¢ o Ml. ~ dest Practice for Security Management, Seas BRASPORT LIVROSE MULTIMIDIALTOA. + RUA PARDAL MALLET, 23 - THUCA - RIO DE JANERO - RJ - 20270-280 ae Tel. Fax: (21) 2568,1415/2568-1507 - Vendas: vendas@brasport.com.br

You might also like