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“~ Organizagéo @ Adapt Terie Dias Quriror | pout hasone Rib lustogoes EDITORA fez EDITOR: Apresentagaa A Prepare'se para uma viagem méica ‘plo! minds das, virtuides! ( (68 textos euidadosainénte selecianados ¢ adaptados de “A Magia das Virtudest, o levarao para 0 mégien mundo das histérias encantadas. Gonceitos até entdo abstratos para as riangas Se nrnarao de fécil assimilagio ¢ se incorporaréo ‘aos habits do dia-a-dia. Bete livro 6 um excelente instrumento ave uxiliard pais e professores a tratar de assuntos importantes para a formago da crianga de vmancita a gerar didlogos enriquecedores. ‘Acompanha o livro um CD audio com imisieas ¢ marragies de aventuras. ‘As histrias eontadas com clareza & enriquecides de ilustragdes belissimas se tornam inesqueetwais © constituem o aticerce da formagio da personalidade ¢ do carater de tndas ns pessoas os norrores Sumdria Anniaad ‘ble spre, Bye ” ‘Remit Foon Poo ‘Frage dei 60 me eras Fem ‘Reet o reso a8 Asin, em — nouns © gli, Bo. 1 ro antes Bap nom Oa me um din no can Come Fok nga € Autoconhecimento . ‘ite, mio date Bere para ce orn mam Ar Don, Ress Ford ban, ene ev on Autocuidado. (O lotseneabr, - Qatmaaare outro, Po A Rie IRroyome# crv, Bae Biel eprom, Boye ogni, Bp © labo burro, Bor as Auto-estima (sepa o el Bop ” 1 setlatie vale, at ernie. Sige tev destin, Posed Serie me livres, Rel Corto Sea ears, er i Bi desnstente, ar Orem 8 See incon, sve Dt f eepnda es apes owe Cova nnn ‘oselia doe vata,» Foti. Stern, pf Got a Bertani = a Ai ca ie i —= u Mets rachns Ct tle Ts ‘ig ie , pam ender o6 pelo omiae, 3 Porque nso yon andrs BS hain mente nansade Ea semore con. ‘do peo snd 6 pla via, Sem ui aig ods mB ins ots a, Ne Pin 8, Trago dentro 00 men coracdo Fernando Pessoa ‘Trogo dentro do meu corago, Como num cofre que néo se pode fechar de cheio ‘Todos os lugares onde estive, ‘dos as portos a que cheguei, Todos cs poston a qua chagn Caras raposas ~ disse a comandante das lebres Procite ie ajuda pra voncer a gua, que etd em maior mimero sio muita mais velozes, Foi com muita alegria que as lebres reecberama a resposta ‘ducada das raposas. Blas disseram que fariam tudo que fosse Dossivel para ajudar. S6 que essa alegria foi cortada por um eolpe fatal ‘As raposas continuaram seu diseursoafirmando com igual sineeridade que tamlsém ajudariam as aguias, pois elas ‘Todas as paisagens que vi através de janelas, ‘Todos os amigos que encontre, Z mwnecermeetctinres wree-veree O macaco eo golfinho Bsopo B de costume que, eo visjar, as pessoas levern com elas sous bichinhos de estimagio para ajudar a passar o tempo. ‘Cerla ves, num passeio de navi, um homem voltsva do Oriente para Atenas e andava de um lado para o outro do, navio com seu macaquinho de estimagéo Quando se aproximava do litoral, uma enorme tempestade desabou sobre onavio, que acabou virando. "No desespero para oe slvarom, as pessoas lutavam esesperadas contra as ondas e naquela situagao 0 ‘macaquinho perdeu-se do seu dono e também ficou perdido no 4 “As pessoas comosaram a nadar na tentativa de salvar a vida! ‘Um golfinho encontrou 0 macaco e achou que era um hhomem, parou a0 seu lado eo convidou para subir nele, 0 ‘acaco subin e quando jé iam chegasido a0 porto de Atanas, o golfino perguntou: ~ O senhor € ateniense? ~ Claro—respondou o macaco ~ a sinha familia 6 tradicional le! “Entia vact conkode 0 Piréu? — perguntou 0 golfinho, reforindo-se ao Porto de Atenas, ~ Mas ¢ aro, o Pireu ~- eu somos muito amigas! Entio, percebondo que estava sendo enganado, o golfinho ‘mergullou para o fundo de mar deixando o macaca para trés Un amiga ose O urso € 0s viajantes Esopo Certa vez, dois amigos vijavam por uma estrada decorta quand, repentinamente, foram eurpreendides por um ‘Assim que oavistaram, um dos amigos rapidamonte pubiu em uma érvore, pendurou-se num galho e escondewse entre as folhas. ‘O outro ndo teve a mesina sorte nem a mosma rapide. ‘Como era mais pesado, tentou subi, mas ndo conseguis, # Percebendo que néo consoguiria subir, esticou-se no cho © Fingia-se de moto, ( grande urso chegou. Vegarecamente andou om ‘culos, cheirando. inteirinho. Somente sou cara batis, pois o pobre homem estava totalmente imével. Convencido de que © hhamem estava morta, 0 animal desistiu de ataci-lo e foie embora. Dopois do se cectificar de queo perigo jd havia passado, 0 viajante que se escondev na drvore desceu. Curio, perguntou ao amigo © que tanto o animal Ihe eonfidenciava a0 ouvide, 0 que me ditia? Ele me aconselhou a nunca mais viajar com um amigo que, eo primeiro sinal de perign, fog, dsixando-me sozinbe! i Encontvaste-me um dia no caminho Camilo Pessanha Enoontraste-mo um dia no eaminho Ea procura de qué, nem eu sei = Bom dia, eampanheiro — te saudei, (Que a jomnada é maior indo sozinb, 1 Jonge, 6 muito longe, bs muito espinhot Paraste para repousar, eu descanse, Navenda onde descansaste, onde repoust, ‘Bebemos cada um ne mesmo cope, H no monte escabroso, slitario, Corta os pés coma recha de um ealvétio, B queima como areial,.. Foi no entanto, Que choramos a dorde cada um, ‘Tivemos que bober do mesmo pranto, Eo copo que dividimos¢ em que chorames era comun: Autoconfianca e Autoconhecimento ‘Vor Antoconfianga é inal de confianga am : a sot rs, Ss ‘talentos. & ter animo, alegria, entusiasmo para fazer as coisas acontecerem. Autoconhecimento é conhecer ai mesmo, as ‘aractertsticas da personalidade, os proprios sentimentes, AA inclinagses, gosto, prefertncias, necessitiades, sonhos, ets. © autoconhecimento é muito importante para a nossa vide, Quando nos eonkiecemos compreendemes melhor nesses Dréprias atitudes. Somos eapazes de ‘os perdar, parque somos, apazes de reconhecer nossos crros e recomegar, Quando, compreendemos as razes das Hossas ages & muito mais facil mud las quando preciso, Certa tarde, numa floresta distante, o rei dos animals ridiularizava impiedosamente um mosquito dizendo: “Baia de perto de mim, seu inseto imundo, excrement do eagota! Bicho nojentol “Hluito irritado, o pequeno mosquito resolve declarar guerra 20 led: Nao pense voeb que conseguird intimidar-me com a liver de sua cabeeira e com a posigto que orupa na cada Simentar. Voe® eslé enganade! Bu nao tenho modo de voc®, ‘ois muito mais corpulento 6 o tour @ eu 0 conduzo de acardo fom aminha vontade! B, decidida, toma distancia e num véo répido e certo tings o ei dos animais bom no peito. E tem infio « batslhel © felino pose a rugir encolerizado, seus olhos saltam de vaiva, a boca sncha-se, a8 presasfcam 2 vista e toda a floresta te afesta @ ge esconde em lugar seguro. 0 hae Quem dist.» tudo por enn de nse inl Urn mooi! Bo mouguito continuava a fender 0 rei da ore J de todos sno, Pram pica te conta ino, sus ptas, Erg, ‘etrava plat : Sarna dabando oe io desexperado gut som controle, s arranhav, ‘nora som para ‘ao muximo de goa ira, numa invest fnal sobre 0 mowgtn ee lve eacert a propre rasando a€0 we tre ainda glpea oar, frase inno, cat lagese a0 eho. “Apis abstaia sangent, 0 moxqio, ngulbon © vito sel cantando vii. m8 Yontae de colar novidade a Todos da frst, om vo vlaz © ‘Mlanante mosque & Snterenpado por ue singles © dicots tia de aranba.Apaibado, tmanllrnse bv experando pel, more fn de esas avetaras. sent mint snaa tent dy 39 1 INEST Como é por dentro outra pessoa Femando Pessoa Autor Desennhecido C4 Cano por dent otra passoa ‘Un cia, um bezerto precisou GP 5 Quem 6 que o poder shar? Itravessar a floresia virgem para i “t ‘Alina do catrem 6 oto aniversa i b Hf votara seu peta Como um animal ‘Com que nfo 4 eomunicagio possive, lirational, abriv uma trilha tort, “ "Cod Somoanta verde enendineta, feo, an wns i &. ‘Nada sabemos da alma - Sento de nes {NER As dos outros so olhares, Sours sto polavran, Cfyh Com asunasicso do qusinur somethanga Cin |SBIg, No fanaa! Horst, eassn vio um cane, der de vm rebanho, que fmt ren tect. Paton eo fe compare seine ek anh aoe i * } negara « war abe casi: entearat ceatan er : Aiea, a coger, sbaivandnse,Sestondocc ie Quern se ve Sie See genie ae I age rardo... Mas ndo fazinm nada para mudar a trilha. Quem seve maltratedoeombatide Depoin de tants ute, acu rand una etadinha onde Polos cus angstis da vine, os pbresanimais prcorian, com cages ptsadas, on te Quer sede inimigs a velo, Jas uma ditncla que pera ser vencda eas fo net, } ‘Quem geme por tiranes oprimido; ‘uma hora, caso # trilha nao tivesse sido aberta por um bezes?o Muitos ane opassaram; a etradinha tomnousea ee Quem no pote amadee deprinsido rincipal de um vilarejo, depois a avenida principal de urna dade, a avenida transformowse no centro de uina grande ‘metrépole, © porela passaram a transitar diariamente imilhares de pessoas, seguindo a mesma trilha tora feita polo bezerro muitos anos antes, Os homens ttm a tendéncia de seguir, como cog, pelas J tithes de becarres de sua mente se esforgam de sol 2 sola Tepetir 0 que os outros ja fleeram. Contudo, a velha e shia Noresta ria daquelas pessoas ‘Qe percorriam aquelatrilha, como se fosse um camino Ahlen... Som se atrever a muds 7 A propésito, qual 6 seu eaminho?®? . 20 fe ‘Achar nos oéus, ou nos homens eleménea, Quem chorafinalmentea dura auséncia i Deum bem, que para sempre est perdido, 1 Deixaré de viver, quando nfo passa ‘Nem um momento em pas, quando tristeza © coracdo lhe daspedage? Alt! $6 deve agradar-the a autooonfanga, (Que a vida para os frets €sofrimento, E paca os fortes 6 esperanga ! aS “Regras para se tornar bumano ‘Autor Descoahecide Valen a pena ‘Fernando Pessoa 11 — Vood reeeberé um corso, Poderd amtclo ov odiéLo, mas ele seré s0u todo o tempo. ‘2 Voot aprenders goes. Voo8 cesté matriculade noma escola, informal de tempo intagral chamada vida. A cada dia, teré oportunidade de Vateu a pena? Tudo vale a pena Sea alma néo € pequens; Se acroditamos em nés mesmos, ‘Bm nessos sonhs, Bm nosso mundo, ‘spronder lites, Voopoderé amé-las Vale « pena, se a confianga for grande ‘0u considerd-laa idiotase irelevantes. Bra inseguranga pequena. ‘3 Nao ha erro, apenas ligpes. O erescimento 6 um proceso do enssio e erro, de experiments [Os exporimentos "mal-sucedidos" so part do process, assim F como os experimentas que, em sitima anise, fancionam. act mart i Ba “4 Cada ligio 6 repetida sté ser aprendida. Bia seré oe proud vost ons formas, Quundo viet 2 er Bu son uma pessoa. dificil ce or mr Og ae | senhnmna parte da vida que Bo cnn ies, Se votes “ivo,bé igdes a serem aprendias ¢ensinadas. (niga a0 seré menor quo “Aqui. Quando o seu La ; ‘6 ornar um “Aqui, vo08 eimplesmente toré um outro “Lé", ae ee a {que novamente pareceré melhor que “Adu fee al “TOs outros sto apenas espelhos.Voeé nfo pode amar ou odiar alguma coisa em outra pessoa, a menos que ela Basta a gente saber. teflita algo que voct ame ou deteste em vook mesmo, 8-0 que voo! faz de sua vida 6 problema seo. Voot tem Basta olhar para dentro, ‘todas as ferramentas e recursos de que precisa, O que vood fax Bxaminar quem somos, bam eles ndo 6 da conta de ninguém, A cscolha é sua. O que queremas 9. As respostas para as quostios da vida esto dentro de E comear a viver. vost. Veot 36 procsa other, ouvir e confer. : 10. Voed so enquccard de bude iss. e, ands assim, vood se lembrara Autocuidado 2 © guanador de vebanhos andainiaes ‘Sou um guardador de rebanhos. Dam eae Sree oer ee eee. ¥ ‘Pengo com o8 olhos e com os ouyidos ae Tareas Pensarem uma fgeévela € Be ccirain Beamer ofrgto 6eaberthe o Porfssoquando num dja de calor _ “Me sins trite de apovetily tnt Emo delto a comprido na gam, fecha os olhos quent, i ee oes ne Auioesidado 6 euiar de si mosmo, assumindo 0 eitedo na reaidade, compromiso de cultivar hdbitos deligiene etn Ym Sela verdad, soo ix, docalidos eunhas, lavagom des mane face Conhosome gion bus, bonho didi, ete € ter una bos sinestardo, monet cunenensemin —Sapaeemnl mci dane ca 3 me posture fisica adequada; ter procedimentos de tratamento inica maneira +. Tati atttsgearreemmmimae A Mica manera gy, per ee Soe, as m eS E ainda procurar eonhecer-se para controlar os prprios ines manic de ern esagtes nov iimpulsos, evitando, assim, aborvecemenies¢ ‘Bo tilts unais ds herr eoltee covey, eonstrangimentos desnecessirios; é procurar conhecer os | . outros ter cuidado,eautal, pradéncin Da venti coisas nova é haver novidedo no sent esta, pr : ‘Muda de alma come? Decenleen cbt modo, voc! nto permitid que ninguém Ihe cause | © lebe a cabra Bsopo ‘Una vex, um lobo faminto caminhava em busca de ‘comida e avistow de longe uma cabra que pastava sossegada ‘em cima de um rochedo. ‘O lobo, entio, correu até 1é, diseretamento, como 50 cestivesse pessando, Fingia espregaigarse e olhow para cima fo concluir seu falso boro “DNostal Que perigo, dana cabral Desea jé dat A seabora pode eair e eu ndo quero ser testemunha da tristeza de sua Familia! ~ disse ele de modo earinhoso. "A cabra alow para baixo sem dizer nada. = Vena ver... que relva maravilhosa tem aqui para woe se farts. "Nias a cabra conhetia 08 truques do lobo e sabia que ele nf tina eondigies de bir at6 1, por isso queria que ela Govcosse, Obrigada por se preecupar com minha comida, senhor Jobo, mas quem no quer virar comida sou eu! Mort See wilting fader Para amar 0 outro Paula A. Ribeiro Para amar o ovtro Econo yoke aa Gremeuiéa des mais meio para soc Para encontrar Brnocessrio vost seamen Quem nto aecnida to sabe ila qu oof, A raposa e 0 corvo Bsopo |\j___, Cort ver, ao passear pla forest, una rapas va un ‘Vcorvo num galho bem no alto de uma érvore, ‘carve ahava Udo ide cine epacu em silt uandio a rape se aptoxinava, Ble shana tone oe enero ptago de uci ‘rapa querendo se apderar do dlicoso que, tramou um plano para far com le. Com este ion bo, sproximouse da rvore emo cotivese encentada com ais talhoo 6, fginds estar orprest em vl all, Ohl O que vejo nes devore! Un pssaro magalic, aro dentras passers da Mores, B ons eores, ene, que combinagto perteital Com extera eu can 6 tho maravihes quanto Sua apartnia. Este sim deve ser 0, arc Dinnte de anton clogs 9 corwo fe aides. Qua tmostrar que sabia Canta exo, sltou tm git desfinado: crt” ‘Assim que abviua ten equoj cain dvetamente nos Patas da rape, que com reper opegoue antes er lo tritou: ~ 0 quepude notaré que vor o shor tm, porém 0 que wc no fm 6 intaligends O ledo apaixonado ae Epopo } ‘Conta a historia que certa vex 0 rei mais spaixonoae pola am lenhador ah dena at Oleahador nha Foutros planos para o futuro de sua filha e no se maginar sva filha tio cil e meiga ao Iado de F uin marido tao perigoso, Deu sua resposta: B= Senhor Leto, é uma honra receber um pedido camo este, rincipalmente vindo do seahor, ‘Que 6 orei da selva, mas a resposta é nao! Parcebendo que «leo ficou farioso com sua resposta, 0 ‘homem, muito audes, fingiu sceitar o pedi: 5 Sabe, senor Ledio, como dizi, é uma honra aceitar seu Padido, mas com estas garras enormes e estes denldes, wivie juba fcaria muito asustada, Sinto muito, mas pare egredt, literé de cortar as garras e amrancer os dentes 0 Ledo perdidamente apeixonado foi no mesmo instante fazer 0 que o liomem tinha mandado, Depois, desientado e sem garras, © Ledo voltow a casa do jenhador e repetiu oseu pedido de easamento, Maco teshador, vendo que ole30 ndotinha mais seus denes nem Sus garras, pegou um pedago do pau e tocou-e para fora de ‘sua casa sem dé, nem pictade, CE _ a © [obo ¢ 0 burro Esopo + Um burro pastava bem trangiiilo quando percebeu que \t cestava sondo observado. Olhou discretamente para o mato e viu que SRY se trtava do um lobo fa Dw Sabendo do perigo que aquele animal Sus significava, o burro tratou de pensar num plano para sair daquele situagéo. ‘0 burro, entio, sai mancando com a maior dificuldade, fingindo ser um aleijado. ‘0 lobo foi aparecendo de mansinho e achou tudo muito estranho. “Ai, ai ai. Deus me ajude! Preciso tira o espinho de minha pata! ~ chorava o burro alhando para eéu. 0 qu fei, burro? Por que chora assim? Oh! B um espinho na minha pata. Ajudeme a tiré-lo, por favor! Sendo, quando for me eomer, oespinho espetara & sua ganganta, Voot vai softer. ‘0 lobo no queria que esse mal aconteoasse © pOs-se & procurar meticulosamente pelo espinho assim que o burro Tevantou a pata. ‘Percebende o interesse © atongio do lobo procurandoo cspinho em eua pata, o burro deu-lhe 0 maior coice e ele fi parar do outro lado da mata. Enquanto 0 lobo tentava acordar € entender o que havia ‘ontecide, 0 burro sain em disparada para bem longe daquele lobo faminto A, elevada ~ nos faz ter intarosse por tudo, querer faser sempre 9 Auto-estima A ulo-estima consist na acitagi, na vloiagao dest mesino,e esencial para via vida seudva, pois permite 0 Feconhacmento do nossa vradeio valor das nosas Ibid talents ‘ed ‘uisetima 6 parira do amar - que dove comer por ‘és esate «6 promlora da conan da eatividade, do ‘entusiasine; deixa-nos loge do fractso, do med, da Alescrenya, da magna, daria, da tev cd apt Tosheero ost per pescl~ ter avo exis ‘melhor, nos une com a alegria que nos convida ao riso ene roporciona uma vida feliz Aceite-sa! Ame-se! Soria! Cantel Dance! ‘Seja fea! © sapo e 0 boi ‘Bsopo Conta a histéria que hé muito, m bem vestido e elogante, dava seu passeio vespertino, se eneontrou oom im pobre sapo, mal vestid ‘desejando ser boi chamou sous amigos © pbs. a gritar: = Vejam 26 0 tamanho do bacana! Or ‘Se eu quiver, poeso ser ainda mais elegant (0s amigos os olharam admiredos e, duvidanco de sus {ntengdo, observaram os movimentas do pobre sapo. He eamegos ‘estar a barriga e rapidamente dobrou o seu tamanho. Bele porguntava: = 44 esto grande como ele? (08 amigos respondiam: = No, ainda falta muita! (© pobre se estufou mais ce acada estufada repotia sua pergunta, = Pére, amigo! Assim vai acabar 86 ‘machueandol ~ aconselharam os outros sapos. ‘Porém, sua inveja do boi era tanta que de nade adiantaram es consalhos dos amigos. Bo sapo continuo se estufando, estufando, até que. BUM! Betourou! Mora Nao gue imitarorotng xa vr8 anor prendseseuns:, VOCE é especial. Muito especial tempo acontecen ‘um encontro muito interessante. Um boi imponente, muito quando | invejaso que, | @ ‘sao nbo 6 nadal O verdadeiro valor ‘Autor Desconhecido | Un fonaso'estrantecomogeu um semingio para Ife aul segurano won nota de 100 dare. Numa |i co 00 pss, ele pergntn (ft aom quer eta nota de 100 dares? |) tas dos commegaram a se ergur. Be disse {MBs dorl eta notaa ui devote, mas, primaire, | deixem-me fazer isto! no elo amactou ants, E pergunto, ‘As mdos continuaram erguidas. = Bom ~ ele disso ~e se ou fizer isto? E ele deixou a nota cair no chioe comegou a pisé-la¢ esfregéla. Depois pegou a ‘agora imunda e amassada, e perguntou 'E agora ? Quem ainda quor esta nots? ‘Todas 28 mos permanoceram enguidas. = Meus amigos, voots todos devem aprender esta io; Nao imparta o que eu faga com o dinheiro, voots ainda Jno queter esta cédula, parque ela nfo perde o valor, els ‘ainda vale 100 dolares. Besa situapio também ocorre conosco, Mites vezes, em nossns vidas, somos amassados,picoteadose feamos sujos por ecisdes que tomamos dlou polas circunsténcias que vém em ‘nossos eminkos, 1, assim, fcamos nos sentindo desvalorizados, sem ‘mporténcia, Porém, ereiam, no importa o que aconteceu ou © que asantecera: jamais perderemos o nosso valor ante 0 ‘Universo, Quer estejamos sujos, quer estejamos limpos, aver ‘amagsados, quer inteiros, nada disso altera a importéncia que tomos, A noasa valia! O prego de nessas vidas nao é pelo que fzemos ou sabemes, mas polo que SOMOS! Somos especiais “Jamais se exquea disso! ihe do percebeu que __ Unb stan er trang as re eon cherado eg eee ertmente pra mats © v0 ae EG se truava de un no fait, 2g. Sd do eas mele minal at sigmiticava, 0 burro tratou de pensar num ‘plano porn aair doquels stung. ae deel scan com tar diene, fade serum alate nde err apareeendo de mansinbo ¢ chou tno mito cestranho. ne gia, Dous me ajude! Precio tir oespinhe de minha patal--chorava o burr alhando para cf Me G que fi, burvo? Por que chora assim? 7 O38 im expinho na minha pata. Ajademe a tk A sox Sentai fr mecimer, exo eapelard& ‘aulocstima consste na acetagio, na valorizagio de si or for gn, Vob vol sole. mesmo, e@ exsencal para. ura vida saudavel, ois permite @ esa canrao an rosso verdadeiro valor ~das nossa Tabilidades e talentas~,faz-nos sentir quanto somos tnieos © | S tobe ni queria que esse pecsoyer matianearents plo espinko asim que o bur? : evento a pats ‘especial i nto. eta intoresseeatengdo do lobo prucurandae ng ‘lo -atima ¢ parcira do amor ~ que deve comorar Bor cepinho em ava pata, o burro deusihe o maior csice © meg, nds mesmos =e & promotora da conan dda criatividade, do carn couro lado da mate Spin: ian nge do faa edo, da ‘Enquanto 0 obo escrenga, da mégoa, da rsiva, da tristeza. e da apatie. eer x emer nie ete auto estima Sear ehvada os fa tert a, here rer sempre © Se oe va ‘melhor, agsune com alee que nas conv a0 ris0 € 0s ae lparada ‘roporciona uma vida fei para bem longe daquele Too faminte ‘Aovte-se! Ame-se! Soria! Cante! Danee! Soja feliz! Segue 0 teu destino Fernando Pessoa sagen Pg, Sagas ots destina Re Bes so, ss as tea esa. i ee SAYS) Grande e bre 6 sempre RAHM), Vitersimplesmente Deixa a dr dere da te vide, Ele dor, nada pode dizer ie ‘Aresposta gue procuras Bett bom no ado do tou se. ons Pin OB pli of nt a Fi 8, 8 Cria o teu ritmo livremente” Ronald de Carvalho Cra o tu ritmo tivement, Como a natureza crises ‘vores eas ervae rastelras Grin o tu momenta, teu instante Como tinieo, presente; e ria a tua historia, o teu destino Como ui texto cocrente, ria an stio e eriards o mundo 16 ee SFR aa eee A ovelha negra ator Denton Era una ver um rebanfe de indss pebinn gn cise yarns stains go te as warn By Ss carss ace te Bessne oes mp. ff Por sor diferente das outras a ovelhinha ogra sofia todo tipo de maus-tratos. Bra ‘sempre a sltima a provar a comida. Como ela sofia! ‘Muito triste efarta de tanto desenido, ela resolveu deixar fo rebanbo e tomar um outro rumo em sua vida, ‘Andos, andow scabou parando, exausta, num monte de {Saxinha, onde passou a noite. No outro dia teve uma surpresa ao acordar... la he transformade numa ovelha branee como a neve. De volta ao rebanho, foi muito bem recebida « tornou-se rainha por ser tio bela. Na mesma ocatifo soube-se que @ principe dos cordeiros estariavisitando os sebanhios & procura de uma esposa. (Os preparativos para a visita real foram muitos, porém om vo, pois no dia em que 0 {f. principe observava uma a uma as ovelhas do ® rebanho, uma grande tempestade desabou sobre o ‘campo 00 disfarce da ovelhinha foi por éeua abaixo, ‘A chuva dissolveu a farina ¢ la voltou a seu estado natural. 0 principe, encantado com o que viv, escalheu-a para spose, ‘As outras ovelhas, inconformadas com a escolha, perguntavam o porqué. E o principe respondeu que ela era Aiferente das outras, nica e singular, e que para ele iss0 8 5 astava, E foram felizes para sempre. oral Nuseatetsera quo vex nto Acie no 2! © cavalo descontente ‘Autor Desconhecido Eira ma ver um cavalo gue reclamava de tudo Se ia domi, queria acordar, se acordava queria dormir, te descansava, queria ficartrebalhando, bem... um cavalo ‘ndeciso e doscontente. Xi E chegou oinverno. No estdbulo, o cavalo podia atbcansa frangiilamente, porém passava os dias reelamande: ‘Nyassa palha seca é uma droga! Que ssudades da primavera, que me taz as ervas freequinhasl ‘0 tempo paso ¢ a primavera chegou, ‘Bpoca da erva fresco, sim! Mas de trabalho também. Bra épora da. calheita e, parao cavalo, trabalho Nao agiento mais passar o dia inteiro puxando arado— resmungava 0 cavalo. ‘0 vero chegou e com ele mais trabalho e ear. 'E convenedo de que o outono & aque Ihe traria fin de sous males, mais ‘uma vez o cavalo redlamava. wiki, se eu pudesse viveria no outono eternamentel Bo outonechegow e lo teve de abastecer a casa do et dono com lenbaa para o inverno, que prometia ser "Eo cavalo nfo parava de reclamar. ‘Finalmente o inverno chegou e 0 cavalo, em seu estaba, comendo sua palha seta, pide pensar nos menores gestae que tle repetia a cada estagio. ‘He aprenden que o futuro ndo 6 certo e que depende de nosso presente « de nosso tr Jntensementa! Da melhor forma possivel. 38 ee ‘muito frie. ralho, Devemos viver o presente © caracol inruejoso ‘Autor Desconhes ‘Era wma ver um caracolzinho muito infeliz. que ficava E teorvando os outros animus todos 08 dis. Todos eram mais ‘ipidos que ele. Uns brincavam com seus semelhantes ‘ulros saltavem por entre as ores... outres ainda subiam no tito das frvores e comiam suas frutss prferidas. B cle, Eaborzecido embaixo de sua carapasa, punha-se a resmungat: Oh! Que sina a minhal Meu fardo é pesado e mous passos lentos... ‘De nada adiantavam os incentives € 0 apoio da familia © ‘amigos. Ele eatava inconsolavel ‘Dona tartaruga, que tinha a situaglo parecida com a dele, tentava sempre animé: hrnigo caracol, a natureza 6 sfbia. Sua earapaga de ‘uma maneira deve Ihe servir. A Servir para que? ~ pergunta o pobre sem esperangas. B de tanto reciamar, ocaracol acabou sozinho, abandonado e insuportével com sua e=rapaga ‘Un dia, o bu ficou preto, preto...as nuvens no peravam de fazer barulhos ‘Os animeis estavam om polvorosa procurando a arta, pois paresia que o dilvo ia se repetit. “As dguas subiam inandando tude. O caracol vie agora fem perigo todos ds enimaizinhos que {nvejara, ¢ um a um lentando salvar sua vide, ‘Sem oe preccupar com as gu2s, caracal eneontron em su carapaga tum roflgio perfeit. E salvou-se da ‘Das em diate, nfo reelamow voltando a sero velho earaeol hr 39 © leopard e a raposa Bsopg Certa noite, depois de um suntuoso jantar, uma raposa © ‘om leopardo cotsvain descansando, deitadss efalandeds propria beleza. ‘Gada um falava de si, enquanto o outro procurava dar- the alfinetadas no orgulho préptio ‘Muito autoconfiante, disse 0 leopard i Veja, cara emigal Veja com seus prépriosalbos: minha pele justrosa etada pintada parece que foi fits mao, pce? Sua pele & descoloridal Totalmente sem gravel : ‘A raposa roconecia quo sua cauda nso era {do bela quanta a do leopardo, porém nd deixou de responder @ alturs: ne ufeu caro Leo! Gosto de minha eauda estufada com & ‘yoeé em matéria de ‘A coragem é a firmeza de espirito diante de situagies de perigo, situagies dificeis, O eorajoso ¢ aquele que ndo * demonstra ter medo, arrisca, ousa, 6 perseverante, pacient nfo desanima nunca, no desiste e sempre acrdita que poseivel encontrar sclugSes para todo tipo de problema do dinadia, Jantar oa conten ‘0 corajoco enfrenta seus préprios medos, insogurangas & cote de er uma cauta com intra sempre aleanga a vit6ria, Além disso, ele respeita Se cova que tom dentro da Inesmo e 208 ouros, pois moitas vezes és eoragem qoe Ihe o sertiee Baloo assim, clot! |) deforgs para dizer “no” quando é ness. Exempls € preciso coragem para dizer “nao” as drogas! B preciso foragem para perdoar Aqueles que nos ofendem! q pontinha branea! Posso nil concorrer com Eparéncla, mas quando se fala em cérebro. SO que quer dizer? ~ perguntou intigado oleopardo. Para nio perder a prétiea de uma boa diseussio apés 0 Snvejdve, porém invejév i ‘abaga e menos ao redar | Para mim, isso é que € beleza! A licdo da borboleta : ‘Autar Deseonhecido A assebléia dos vatos La Fontaine “Unis, uma pequena abertura apareceu em um easulo, um homem sentou e observou a borboleta por varias horas conforme ea se esforgava para fantr eam que seu Corpo pansaase através daquele pequeno buraco, Entdo pareceu que Boia pazou de fazer quale progress, ‘Paredia que ela tinba ido 0 mais loge que podia,e no By comsseguia ir mais longe, nao conseguiria romper 0 castle. ‘© homein decid sjudar a borboleta, ele pegou 1a tesoura e cortau orestante do casulo. A Poorboleta entdo caiu fecilmente. Mas seu corpo (iff estava murcho o ora paqueno tna as ans JF94{f amassadas. Ohomem continuow s observer a JS Sorboleta porque ele esperava que, 2 qualquer ‘momenta, as asas dela se abrissem © ‘sticassem para serem capazes de suportar 0 corpo, que iia se afar a tempo. ‘Nada aconteceu! Na verdado, « Dorbolela passou o resto da sua vida astejando com um corpo murchoe as foi capas de vor. 0 que@ homem, em su genileza e vontade de ajudar, ndo compreendia era que o casulo apertada ¢ 0° ‘sforgo necessério& borboleta para passar através da peauens ‘Shertura era o modo com que Deus azia com que 0 fluide do ‘corpo da borboleta fose para as suas asas de modo que ela ima ver que estivesse livre do O reino dos ratos estava abalado eo desgosto era geval ‘Tode esse descontentamento tinha ‘um nome: "Lacifer",o mais novo E gatoda casa, que jd sefazia ‘esponsivel por inimeras baixas | dgexércita de ratos que oeupava os ports. v4 nao ee viam os bichinos rondando a cozinba nem buscando pre no celeira, a maioria jaria morta por obra do bichano malvado. Por eausa dele os sobreviventes | ermaneciam em seus esconderijs, vivendo apenas Ga -_Jembranga dos bons tempos de frtura e iberdade! ‘Gorka noite, uma gatinha manhoss aparece pelos arredores do cesario, miando para a luz da loa cheia. Lefer, —Geeantado, no resistin e fi ap seu encontro. vAprovetande a auséncia domalvado, os rats fizeran wins ssmbléia para dociir o futuro de todos. a inka conteibuisso | fin Sia vinda do mais antigo meno da essemblGs eS upiro que amarremas um guize no pescogo dessa soiga rua” €, assim, ouviremes quando ele e aproximar, — Jamais geremos pegos de surpresal TB um ratinho mais esperto replico: as encolhidas. Bla nuncs a ee eri awiettpian | sigapemm fe ee ana a seo ali eee tare eee vateetndaneieocomeinns | ‘um congressista. ‘em nossa vida, t i epuuramisienaonvin | Js sou mito over para morrer ~ respondeu reales, ele nos deixaria sleijados ¢ nés foderfamos tar sido, Nos munca wae = Nem eu! Poi tum adolescente. TE, gem chegarem dissolvida. ‘sem quaisquer obs iriamos ser tho fortes como p poderfamos vout! a uma solugio, a assembléia {01 A diferenca entre Leonardo da Vinci 1h precio tor forg para ser firme, mas 6 preciso coragem £4 para ser gent B preciso tar frga para so defender, mas € Preciso coragem para baixar a guarda. & preciso ter fea age ear uma guerra, mas 6 precio coragem ara se Faler: B preciso ter forea para estar ert, mas & prsio Cagem para ter ddvida.B preciso ter fora para se manter cm forma, mas 6 reso orogem para fear em p68 preciso tar forga para sentira dorde sum amigo, mas S97 6 pre Cay wenn C$) sentir as GS prvnrias doves. OF § precisotar orga para exconder os préprios males, mas 6 previsocoragem pana demonsteclos. E presso ter forga para suportar a abuso, ‘ras € precso coragem para fa-Loparar. preciso ter forga ‘ara Rear sozinho, mas 6 preciso coragem para pei apoio. ‘reiso ter forga para amar, mas 6 preciso coragem para ser mado. Bi preciso ter foga para sobreviver, mas € preciso coragem para viver. ‘Se voud sente que Ie falta a orga oa coragem, queira Deus que e mundo possa abragé-le hoje com Calor e Amor! B {que o vento posva Leverhe uma vor que The diz que hi ura Kinige, vivendo num outro lado do Mundo, desejano que woe tea bem 48 she Esperanca A esperanga 6 0 zontimento quo nos faz acreditar que ¢ possivel realizar nossos desejos e sonhes. Ela nos proporciona orga interior, nos faz acreditar, nos impulsiona, nos faz ssuportar os problemas do dis-a-dia, pois quando temos fesperanga sabemos que tudo é possrel de ser realizado, aleangado, que Ludo 6 passageiro, que tudo tem solugto, Sempre existe wma luz no fim do tincl, um camino a ser cexplorada, algo a ser descoberto, “A esperanga nos faz levantar quando arrasados, pois sabemas que sempre podemos resomocar, Ela nos fz ere 1 impossivel pode ser possivel que wy 49 A aprendizagem ‘Thiago de Melo ‘Chega um dia em quie a noite termina ‘Antes que o dia chegue inteiramente. Chega um dia em que a mao, duvidess ‘De repente aredita em seu gesto. (Chega um dia em que a lenha jé nfo serve ‘86 para aconder o fogs da lareira. ‘Chega um dia em que o amor, que era fraco, ‘De repente se fortalece, de repente orga ésebet amar, pertoe distante, ‘Gomn 0 encanto do rosa livre na haste, ‘Para que o amor nunca se acabe D Na cternidade de um instante. Presenca serena ‘Luts de Camdes, ‘Presenga serena Que a tormenta amanse, Nel, enfim, descansa ‘Toda minha pena. Bota 6a esparanca ‘Que me tem cativo, 2, pois nela vivo, 2 forga que me faz viver Brinquedos ‘Tania Dias Queiroz ‘ive muitos bringuedon vida. O ce mas gosta ferao bringuede esperanga. Ele F ccmpantou taaa minbo vida J Noo noites chuvote 0 oscuras nas tarde tists i fombladas Aesperanga sempre mea conta da Pia vide, Bringueloexperaga no invent, Ff 2t0 compra Dizem que nes do quando somos sind bom equenes. BY Depois a gee gota oor, obngusd coragem.Coragem par viver os das dices, experanga para vive dts Flores. Dizm que par a gee ganor esse binguaos Dlg proce dnt, 26 vontado, dpende dens Tem um cat brinquedo qua 6 aio expcial ese ex pe todo da, tle Grar, 6 difel de gankar, 6 brinqued aot. 0 Trinquedo amr 6 ass: a gone ene, bina e munca uaa, A gento empresa, di toa, 6 ndo vende. Fem um montdo de bringuedse qu on quero ganar. O Irinquedosorrso 6um doles Do tas os bringud, oq tans goste foo binquedo experange, Quando wo mas Tana tomenores abandonadoe oe dane mendios, aria que {do vai muda, Depend den, sé ontade. Toro e pep toda os dias para que toda esa gent grande qu comands eve mando bring com os ringuedos espera coagen, foro e ame. Que selene de qo fram paguens tomo au ewallem a brnea, a oer sorts, a caenta tsperangs,a day, aemprestar ea veer anor 3 rine. A esperanca ido murcha ae inte de Tapa ‘Augusto dos Anjos A csperanga nao niurcha, ela no cansa ‘Tambem como ela no se destréi a erenga. ) a Véo-se sonhos nas asas de descrence, ‘Voltam sonhos nas asas da esperangs. ‘Muita gente assim no penea; No entanto o mundo 6 uma illustio completa. ‘Enno € a esperanga que nos alimenta? ) ‘Javentude, portanto, ergue o teu grito, Sirvacte a renga do alimento bendito, Salva-te a gléria no futuro, avance! ‘Vi meu pove massacrado, ‘mines terras tomadas, minhas Aorestss queimadas, mets animais ceagado. Via mae-terra tremer com as ‘corpos que tombaraz, doentes, explorads, Numa noite enluareda sonhei com meas sntepassades eno sonho me diseram: = Nao so desespere,nés, os Tanomémis, sabemos que Tupa deu a noasos curumins vida, 2 alogris, o amor, a beleza, a harmonia, Temes ainda esperanga. Vai e diz ao homem branco que 0 Deus dele também deu ao seu povo a vida, a esperanga, o amor, 2 beleza, ‘ harmonia, ‘Temas ainda a esperanga. Diz que est cegos, Ora (direis) ouvir estrelas! Olavo Bilae “Ora (direis) oavir estrelas! Certo Perdeste o senso!” H ou voe drei, no entanto, Quo, para cuvilas, muitas veres desperto E abro as janolas pido de espanto.. {que seus coragtes de pedra precisam ser polides, e conte a eles Jum segredo: dentro do gous coragdes hé um diamante ) 1B converssinos toda noite, enquanto Anda que escondido, ainda que brute, um diamante, ¢ A Via Léctes, eomo um pili aberto, Cintila, B, a0 vir do sol, saudoso e etn pranto, Inds as procure pele ofu deserto. em suas mentes uma estrela. O diamante precisa ser polo, a estrele precisa ser vista. N&o se entristeg, morremos, mas la precisa desesperadamente do amor, do espeito eda ajuda 4e todos eles. Pece para que ensinem a seus filhosorespeto & mie-erre, & mfle-égua, A mae-for, ao pai-sol eA maelue Paga'com que st lembrem de que seus fils, 20 naseorom, receberam um presente de Deus Bos nossos curuming, 20 nasoerem, reeeberam um presente de Tupa. Ambos fam o mesmo valor. Cade um recebev um presente dentro de uma caixa. Pega para abrirem tram de dentro dela a coragem, a firmezs, ovespito, 0. si ce Ditreis agora: “Tresloueado amigo! Que conversas com elas? Que sentido ‘Tem o que dizem quando esto contigo? eu vos direi: “Sonhai para entendé-las! Pois sé quem sonha pode ter ouvido Capaz do ouvir e entender estrelas” 54 Ne amor asie a tudo o que representa a vida. Conta + para eles que os nossos eurumins, desde muito 3f ppequenos, abrem sua eaixa e tiram de dentro dela feudo o que precisam para viver e-deixar viver, ‘ndo olham a eaixa dos outros. Cada um vé e abre somente a sua. Filho de homem branca, ao eontrério, deixa a sua fechada e abre a dos outros. Sévé a coragem dos outros, \ peleza dos outros, of hens dos outros, a vida dos outros e ‘ se eaquece da sua prépria, Diz que nés, os Tanomémis, respeitames a vida, a terra, os animais e a nds mesmos. Diz ao homem branco que ensine seus filhos ‘ amarem essa terra ea verem sous presentes, abzirem suas eaixat edeixarem as dos outros fechadas. Diz. ao homem branco que a mac-terra 6 senerosae que espera de bragos abertes a volta de, seus filhos. 2 : ae f Depois outro sol desponta Gongalves Dias ‘Tor f significa ter confianga absoluta em alguém ou em algo. No sentido religioso é depasitar confianga, éerer em sores transcendentais sem necessitar de fandamentas Depois outro sol desponta, } racionais, yi, Eoutra noite também, | Outra lua que a ofa volta, ‘Outro sol que apse Ihe ver, ‘Ter f 6 acreditar,é confiar, 6 ter firme eanviegto nos ropfsitosveliginsos,é confiar em Deus, mesino sem poder vé- Lo, agi de acordo éom seus ensinamentos. A fé nos Apis um dia outro dia, stimula, nos impulsiona a criar, a transformar, a agit a "Ads aluz a escuridao, Ajudar o préximo, aderindo verdadeiramente as verdes EB sempre a esperance gigante ivinas Parada, muda, constante | Af nos liberta do individualism, da eompotigao, e faz Na ealma do met eoragéo, | crescer em nds 0 esptito de solidariedade,altrufsmo e | lealdade, Undi resalveu contar a todos 08 fnimais que era uma eximia forredora e que nic havia péreo para ela... Nem mesmo fs lebre conseguiria vencé-la! ‘lebre ouvia tudo, mas levava na brineadeira, até (que a tartaruga langou um dosato — Aposto como ganho de vocd numa corrida até cidade. = Nomesmo instante a raposa jécomepou a rooeber as apostas oo animais, do gato a0 elefanta, todos queriam spostar. "A corida comegou e a lebre disparou na frente, enquanto & tartaruge, em seus paseos lentos, vnke atrés; 0 dia estava bastante quente e, como havia se distanciado muito da tartaruga, a lebre, entfo,resolveu tomar um banho no rio Quando aviston a tartaruga, voliou a correr e mais na frente parou para descansar, pois linha de chegada estava a alguns metros e a tartaraga ainda demoraria muito a chegas. “h lebre deitow-se A sombra de uma érvore certa de que nfo perderia aquela corrida de jeito nenhum.. ‘Ela vinha a tartaroga, animada e determinada a veneer. 1Néo parou nem um pouguinho para descansar... Bla queria ‘A lebre, despreceupada, pegou no sono e nem se lembrou da tartaruga. De repente acordou assustada como grito da Dicharada, que reeebia a tartaruga na linha de cherada. ‘Que papelao! Néo tem jeito, nfo! Mra: Quam aed sh menos leananeeition, 58 ie ‘Restam hoje, no siléncio hostil, amor universal ea verdade, ‘Mas a chama, que a vida em ns erion, Se ainda ha vida ainda nlo ¢ finda, ji P {rio em cinzas a ocultou: ‘A mio de Deus pode ergué-la ainda. DA o sopro, a aragem, ou fé ou nsia, F Com que a chama doesforgo se remara, ‘Eoutra ver conquistemos a esperanga ‘De antas ou outra, mas que seja nossal ‘fe it, ut ite i, el 8B in 28, O ser que é ser Cruz @ Sousa Oser que ¢ ser e que jamais vacila a [Nas lutas do mundo entra sem susto. ‘Leva consigo este simbolo augusto Do grande amor, da grande fé trangtil 0 abismos normais da vida Ble os vence sem dar e sem custo. Fiea sereno, num sorriso justo, Enquanto tide 20 redor duvida, Quando se vir ‘Luts de Camdes Quando se vir com agua o fogo ardes, E misturar com o dia a noite escura, Beatorra co vir naguela altura Em que se véem os eéus prevalecer; © amor peta razao mandado ser B a dor conviver com a alegria, Com tal mudanga,talvez, um dia, Eu poderei deixar de crer, Porém, nfo sendo vista esea mudanga [No mundo, como claro esté nga verse, [Nao espere ce mim deixar de cret. ‘Que basta estar em Dous minha esperanga, 0 ganho da minha alma e o perder-se, Para nfo deixar nunca de ever Nao esqueca o principal Autor Deseonhecido Urna mulher pobre com uma vianga no alo pssou diante do uma caverna eesuton uma Ye misters quel dentro The di “Entree spanhe tudo o qu voed desejar. Lambros, rorém, do principal: depos que voce san porta so ica ara scmpre, Poranto, aprovete a oportuniade, tas lene: Sedo principal, ‘Amulber elroy na cavernae encontrou mites riquezas, Enxenando somentee ourow ass, eo 8 Gvianga no chloe eotogots a juntar tudo w que pai para Colca no seu venta. A vor mistrioe fal novanoe: ~ Voc! agora tom ato minutos Quando eabnram os ito mites, a mulher, earrgada dv ouraepesrs precios, core para fora a exvermae porta se fechou, ae Lembronse, enti, dose iho que eo ea porta estava fechada para srpre.Aigueeaduou pou e 0 desesper, PAP" meno acntee, por vere, conse, Temes uns cite nos para vver neste mundo, ui Yor sempre nes adver Nt oe exquea do prinial 0 principal ano os valores cspintoais aida as amides, © amor, os amigos, 08 famine Mas agandncn, a iquza, os prazeres materiis nos fascinam lato que o pina vai exndo smpro dead ‘Asim, egpamnaso nteo anpo aque deizamos de lado ‘eeonca Os tsoaron da ama ‘Que jamais eaquagames que a vido, neste mundo, pass brove'e qua morta chogn de snesperada, quando a porta desta vida ge frhar para nd, de nada valerio a lnmentagden To eaquyaoe, pot o pineal ° lexhador ‘Autor Desconhecido ‘rabalhava oda intro eortando lenha, es parava tarde da | noite se leahador tna vm filo, lindo, de poucos meses, e ‘uma raposs, sua amiga tratads como bicho de estimagao e de sua total eonfianga ‘Todos os dias o Jonkador ia trabalhas © deixava a raposa euidando de sou filho. Todas a notes, ao retorna do trabalho, s raposa fieava flz com aus chogada, Os viinhos do lenhadorslertavam que a raposa era um bch om animal setvagen,e portant, nto conivel, Qua ela sete tome comeria a erianga © lenhador sempre retrucava com os vzinhose flava «qe iso era uma grande bobagem. A raposa era rua amiga © Siamais fri isso ar 0s vzinhos insstiam: OL ntuedor, bra bs hos! A raposn vai mer sou fio. = Quando sentir fame, eomeré seu Sito! ein lonhatlor, eansado do trabalho o muito cansado gene eomontrin, o chogar em case vi raposasarindo dere sempre e ua boca tatelmente ensangentad...O aedor suou fio e sem pensar dua vezes acertos © Mctudo na cae da repose ‘ho entrar ne quarto, desesperado, encontrou cou filha no esp dormindo trangtilamente e ao ado do bero wa cobra st ‘Dlenhador enterrouo machado ea rapesa juntas. ora Se acs cna eleven loot ogutenctron esem 8 cyte De tonpacevecenishoe nts eat ae “Bein 6a qualidade de honest. Ser dgno deconfian, justo, dosnt, coarenioun, sé. 1 mest signin ser horade, tar um comportamenta rmoralmenteirepeensiv “Guna evita ingimentofaleidade, a ments procetian as meoqinharan sass, estos snd Fonests. ",Poaestiade¢paresra da verdad eas so neccniins para mls ocd. Sea honest! dh 65 mF hee Oburroeo cachorrinho Esopo ‘Un dia, resolven tomar uma atitude e pensou: “Seré que, se eu me comportar como aquele eachorro, meu dono vvai me tratar melhor? Seré que terei ob mesmos privlégios E que cle tom? Vou tentar! Talves ele goste de me ver assim... Por virios dias o burro observou os passos do cachorro © censaiou'o que devoria fazer. Ja sabia de cor do que o doné * f-mais gostava. Bstava pronto, ‘Na mana soguinte, so invés de ie para o trabelho como de costume, o burro saiu do estabulo e entrou saltitante na jf casa do dono, como fazin o cachorro. $5 que cam todo aquele tamanbo as conseqUncias foram inovitéveis: mesa tombada, pratos talheres no chao, a louga quobrada © 0 dono num canto da sala muito assustado, Quando viu o dono foi ao seu encontro alegremente, tentando pular no seu colo. Mas achando que patrio corria ‘Perigo, payaram 0 chicotee bateram nele até que, muito sere ‘erage, ele fugiu dali fi direto para o estabulo, ‘Nam pequeno sitio viviam wm burro e um cachorrinhe. (© dona dos animais era um velhinho muito bom. ‘O cachorro tinha uma vida boa. Bra muito bem euidado, bbrincava com 0 done, entrava na casa subia no sofé © dormis. no etlode (O burro também era bem enidado. Tinha um estabulo cespagoso e confortével era alimentado com feno e aveia, 26 ‘que tinha muita servgo a fazer. Trabalhava no moinho, ‘moendo trigo, e carregava as carges pesadas do campo até 0 paiol. Trabalhava de sol a sol e, quando parava para pensar nia vida que levava ecachorro, brincando ¢ dermindo 0 dia ode, ficava chateade com o tanto de servigo que sobrava para ele B do eeu canto, todo dolore das chicotadas que levou, le pensou: "Bem feito para mim! Fui imitar aquele eachorro e ‘me dei mal! Por que née fiquei contente com o que sou e com © quetenho? Eu bem que mereci?” sae 75 £ vaidade nesta vida Grego de Matos Bi vaidede gta vida Que da nha lsonjeads, IG Brlhoe mi, om ambiggodourada, GEE Orolo tra, arasa sbi. # planta que favorecida, Pela soberba despertads, Continua de forma errads, A canquistar 0s homens destemida. Servigas presta, elogios preza: = ‘Mas ser planta, ser bare érvore vistosa, De que importa, ae aguarda sem defesa ‘Abumildade, uma bela rsa. Voce sen pagan grande) ‘Autor Desconhecido Voce sabe por que o mar é to grande, t80 Borer eve e humane Taeelefeve a humidade de se colocar alguns centimetros abo de todos ose do mundo. Sabencorecebor, tornowse grande Se quisesse sro primeira aca de todos o is, no seria kum mar, seria apenas una tha 76 ee A grallya vaidosa Esopo (Cert vera oresta extava em poverona, Um If comeiead de Sper aia sos pars ix prt Wf eco om igre cles, omar una feta nein seria declarado re {Com intengso de veneer o eoncurv, a passarada foi tomar banho, alisar suas penas as margens de um riacho. ‘A gralha também estava interossada, mas tnha ela ‘suas penas nfo tinham atrativos nenhom, olhou para echeo, depois 0s péssares foram se =~ caidas etove ume ideia ‘corpo, sorei a mais encantadora da festa ¢ sere esolhida. cezutclosemento um a um cada "Tados lindos e maravillocoe,m: cela foi a escolhida para ser ( deus jé ia ler a proclamacio quando 0 pavio, reconhecendo o azul de suas penas, avangou no futuro rei so que se apresaitou, camo sempre fi hora para que todos os intaressados comparecessem diante do “Terei de dar‘um jeito nisso!, pensou cla. Quando que aprontar, via muitae penas RAL Se Secu reclher as mais ‘bonitas e prender em meu Ho dia da festa chegou, Todos se reuniram em torno do deus ‘ipiter para a t8o esperada escolha,JGpiter examinou ‘a gralha estava oxuborante arrancou-lhe as penas falsas. Na mesma hora tedas as aves fiveram 0 mesmo, Arvancaram suas peas falsas, deixando-a DrppP esses sessss ve O° galo e a perola La Fontaine ‘Ser humilde éser modesto ou eeja,nlo ser vaidoso; 6 Pensa, falar de si mesmo sem exageros, com simplicidade’ Atumildade é uma virtude que deve ser cultivada, pois Aoixa clara a igualdade entre as pessoas, mesmo na Aiversidade. Faz com que possemos peroeber que ni somes o centro do mundo e ajuda-nes a reconhecer 0 valor de tados os gue nos tercam, permitindo, assim, o fim da dispata do poder. Ser humilde nfo signitica ter baixa auto-estina, signitice nao ser ongulhoso Arumildade nos remete a cooperar, a compartilhar DPensanientos,idéia e ideais com todos & nossa volta, tormando nossa vide mais significativa. ‘Seja humildel Caopore com todos! Yo i spn ‘Un gale que caveva tere enontron uma bela pérla «ue brhava como o sl Depts des encanta com ava bela, lous eo leathers mais précino que cones ‘eo fedon oo eecanlaram com neza da pdr, se tamano ese bh ‘gale por suave, coment: = Verdadeiraments ext para 6 de uma bleca extrsordindria, orm sever para in lo # maior do que Ghlquer grio de iho ov aves Lenda Grega Conta a histéria que Palas, « deusa da sabedoria, | ensinava toda a arte da tecelagem a uma moze muito talontasa chamada Aracne, ‘Aracne atrain a atengdo de todos os seres dos bosques ¢ 4os ris que vinham de longe pare vé-l e para apreciar a sua arte. Ninfas © Ses vinham ver sou trabalho, apsixonades por seus movimentos suaves o pela magnifica sbra de suas mos. Magnificns eram os desenbos que Araene bordava eos panos que de sou tear ela tecia.. Seus trabalhos eram divinos« todas aclamavam Palas, raato desta tao invejada perfeigéo. ‘Porém, a jovem Aracne nfo se conformava com os elogios que a Pall eram dirigidos, pois, segundo ela, o mérito era todo seu e nao da deus = Ninguém é melhor tecsla que eu! Nom Palas, nem ninguém! Se ela aveitasse competir eomigo,fcaria tudo muito claro e nfo haveria mais d6vidas. Se ea pordesse, poderia dar-me o fim que quisesse, Palas, com toda sua pacigneia e sabodoria, antes de aceitar 0 desafio, assumiu a forma do wma velhinka e foi 80 ‘enoontro de Aratne, 78 ve Minha menina! Vocé ainda é muito nova e tem muita a aprender da vidal Mas deve aprender desde jé a respeitar 0s G) mais velhos ea recinhecer o poder dos deuses. Arropenda-se © ‘peva perdéo! Palas nfo o negard a vee! tentou argumentar velhinha. Sua velha lovea! Pensa que sou uma de quae netae? Poise enganou, Bu sei muito bom me defender. Palas sabe de minha forga e tem medo de mim... ‘No mesmo instante a velha transformou-se na deusa, ~ Aqui estou, sua tala! "Todos os presentes abriram espago para as dues, que nun canto e noutro do sal teciam, Belssimas tapogarias foram surgindo em cada tear. ‘Palas fazia suas pegas com bordadas que mostravam @ destino dos mortsis que ousaram enfrentar os deuses um dia, ‘Aracne, porsua ver, mostrava oom perfeigso todos 03 2 crimes cometides pelos deuses. ‘As duas obras, depois de prontas, estavam impecdveis Palas até procurou, mas nao encontrou um defeite soquer no trabalho de Aracne; irada, Palas batew com seu bast na ‘testa da moga, ‘Aracne, num momento de dor e desespero, passou uma linha no poscogoe tentou se enforear, mas, com pena da mova, Palas segurou o fio pendente no ar e gaguejou: —Voo8 é uma execlente tocels, devo respitar sua arte. Porém, 6 de mau caréter e rgulhosa demais... nao permitiei {que morra, mas de hoje em diante vooée todos de sua geracto vviverdo dessa forma, durante tao e tempo pendentes 20 ar. Antes de ir embora, a dousa sinda fez cairem seus eabeloo, 20a caboga e carpo encolherem, o¢ dodos erescerem, ‘transformando-a em uma ‘rans, que estave condenada e fabricar fos om perftigdo e belezs para sempre, A vaposa e 0 gato TT nn <7 Numa tarde quente e de céu claro, 0s raios “de ool transpassavam os galhos das drvorese ‘tuigjpavam um eaminho que levava a um riacho crstalin, fim gato que passava por aquele eaminho encantrou a rapoda e pensox: “Como a raposa 6 elogente,inteligente, mais experta que todos os animais do bosque". E resolveu saudéle: ~ Como vi, dona raposa? Como anda levando a video vencendo as difiealdades? ‘Mas a rapose, orgulhosae cheia do vaidade, depois do ftar 0 gato por algum tempo, respond: Yooh nto se enxerga, seu pirralho? Quem voc® pensa que €? Como ce atzeve a indagar sobre meus dias, minha ide? Que ers domina? “hea faga —responden gate, busldementa, Como assin? = Sei fog muito bem quando estou sendo perseguio. Sabo rapidamente em uma érvore qualquer. ~ Pos sso muito powcl- disse a raposa.~ Voc® press tar ail traques eum bai de dee. Sua fragiidade me comove. ‘Vamnee! Sigeane! Vou ensinarlie a arte de exeapar das cain. “Juste naqacle momenta, ouviram o berulho des eacharros ‘de um cagddar. 'No meso instante e num polo s6 o gato saltou esubin na farvore mais prixima e 4 Seow “Abra seu ba de ies, sus traques, dona raposal~ sritava o gat, "Was todos oe eaforga foram ex v80 ‘Arapouajé havi sido press, ominada 7 pelos cachoran i (0 gat, matuto, entdo disse: Sas? = Gra ora, dona raposal Nem mesnio seu bast de ideas 8 salvoa deste infurtinio, Se, como es, subiate om érvore, fesegurava cua vida. ustga 6a virtude quo consiste em estar de acorda queé justo; 0 reconhosimento do aaérito, da qualidade de algaém ou de alge, 60 poder de fazer val Aireita do cada un! Agir com justign sigmifica agir de acordo com odineito, ‘garantindo que cada ‘um tenha aquilo que é Existem formas terriveis de injutiga que esto presentes em todo o planeta. S40 aquelas que impedem a sobrevivéncia digna do ser humano, como a fome, a violencia ou a miséria, © aquelas causadas pelo preconceito, como no caso da discriminaglo racial ou por erengas reigisas. Quando somos preconeeituases impedimas nossa liberdade, poréin uma liberdade que deve ter come limite o direite do outro. Com nossas agies devemos assegurar 10s direitos de todos. ‘Era uma ver dois bois muito mansos que trabalhaver de sol a sol numa chécara. “Logo de manhiizinka eles safam para o trabalho © 86 voltavam a tarde, eansados e famintos: Mas, para a alegria {dos dois, sempre encontravam a manjedoura cheia de feno & ‘um estébulo confortavel para uma noite de descanso. Certo dia, um cachorzo estava dormindo na menjedoura ‘quando os bois chegaram do trabalho, ‘Com o barulho no estébulo 0 cachorro acordou, Muito folgado, o cachorro comegou a latir, nfo permitindo que 0s bois chegassem até a manjedoura. comogou a rosnar,@ ‘order, aavangar nos bois, como se estivesse defendendo wma rmanjedoura cheia de ossas e carne que fseem #6 dele. ‘Os bois se entreolharam sem entender b que estava acontecendo e ficaram muito aborrecdss. = O que dea nele? Ele nem gosta de eno! ~comentou un doles. ~ Sei la $6 sei que nfs gostamos ele nfo nos deixa nem chegar perto, Que egofstal ~responden @ outro. ‘Ao ouvir o8 latidos enlouguecids daquele cachorro, fizendeiro pegow uma vara de marmele ea varadas expalsou 0 eo maluco do estabulo. Maeva ber tin quando oma ou, Ro sie ‘Tantas coisas Vi Olivo Bitae ‘Tantas coisas vi ‘confusamente elo caminbo que trilhaval ‘Tantas havia, tantas! E eu passava Pr todas elas fri e indiferente. Enfim! Enfim! Pude com a mfo tremento Achar na treva aquilo que buscava.. Por que fugias, quando te chamava, ego e triste, tateando, ansiosamente. "Tou fugitive bem buscando G@Eo E vendo apenas coragdes de fero. imperando. ‘Vim de longo, seguindo de erro em erro, Pade, porém,tocé-lasolugand EE hoje, feliz, dentro do meu mundo, vi Ba Fica estabelecido "Thiago de Melo _ Ocao e sna sombr Beopo \ ‘Upn dia um eachorro roubou! um patago dp carne te resolveu combo sozinho fe sua casa, qu feava. dp ) outro lado do eo. ‘Ggun o pedago de carne ng boca, estavaatravessando 010 5 tarido vit oreflexo de sua somba refllida na dua. “Nossa! Que belo fill E sucuento, com certeva!” yensou Gedo ques na mesma hora, abocanou oreflxo, pnsando ser fim outro ef de verdade, e que pudesse rovbar Tho ofl ‘Pords, to morder orellexo, deixou o seu pedage de care cair ea corenteza tratou de lové-lo ( cachoro até procuroy, mas nfo oencontrou. Fica estabelecida, doranto o¢séeulos da vida, “Apritiea sonheda pelo profeta Is lobo e 0 cardeiro pastardo juntos ‘Ea comida de ambos teré o mesmo gosto. Por decreto irrevogavel fica estabelecido O reinado permanente da justica eda caridade, B a alogria serd uma bandeira generosa Para sempre desfraldada na alma do povo, Vénusea Bsopo gata rune ver ume lind gata de ss run que queria lost tka muh Incinfada com qu ere elbavece to eset einaginava ss bem eatin oa sapals sega perfunada cm ‘ulheres qo sempre via Paras elepri dooa da casa cde ciamoravaresoea dar uae econvioue ‘Durante a festa, apaixonou-se por um belo rrapaz que era convidado de sua dona, Entio, em seu horralho, padiu & deusa Venus A, que a ajudasse, que fizesse com que ela virasso ‘uma mulher, pois assim poderia conquistar 9 jovem da festa ‘Venus, que conhecia os desejos da gata e sabendo da paix que éenti, ficou com pena da gata ea transformon ‘numa linda jover. 'No instante que a viu, o rapaz se apsixonou por ela e | ‘lgum tempo depois jé estavam casadose flizes. | ceria. O grande e Corta ver, Venus resolveu pér & prova a mudanga que pobre, 0 adbioe 0 ‘inka acontecido com a gata. Queria ver se havia mudado por Gentro como por fora e para isso mandou um ratinhe passear xno quarto do case. Quando a jovem aviston orato, saiuimediatamente ‘correndo atrés dele para tentar agarré-lo, Eequecida de que nio era mais uma gata, deixou seu companheiro assustado ¢ inconfermado, pincipaimente porque ela parecia querer evorar o pobre camundenge, ‘A densa, decepeionade, vondo toda aquela cons, entendeu que a modificaglo nto havia se dado par completo e zha mesma hora transformou-a de nove numa gata, Moca afrmar a pars tems yor dei. RG athe ‘mesma cor. > pobre egualo Consoguiram? Nao, por equeno,orico ¢ 0 Jgnorante, © seahor ¢ 0 eseravo, © principe eo cavador,o alemio ¢ 0 etfope, todos ali eo da ‘Abram aquela sepultura e vejam qual 6 ali oseahor e qual o serve; qual & ali o Diferenciom ali, ‘5 consoguirem, 0 valente do frac 0 formoso do feo, 0 rei do eserave. 88 O prego do amor Autor Desconhecido ‘Uma tarde, um menino aproximou-sede sua mie, ‘que preparava ajantar, e entrogou-he uma folha de papel com algo escrito. Depois ‘que ela secou as mice e tirou ‘gama do jardim: R$3,00; por Jimpar meu quarto esta bemane: RS], por rao supermercado em seu lager: 1¥2,00; por euidar demeu innfozinho enguanto voct ia ’scompras: R$2,00; por tirar 0 lixo toda semana: R$1,00; por ter um boletim com boas notas: R$5,00; por limpar ¢ varrer o quintal: R§2,00; TOTAL DADIVIDA: $16.00. ‘A mie ollow 0 menino, que aguardava cheio de expectativa. Finalmente, ela"pegoa um lépise no vorso da mesma nota cesereveu: por levarta nave meses em meu ventre.e dar-te a vida: NADA; por tantas noites sem dormir, curar-tee oar por t: NADA; pelos problemas e pelos prantos que me causastes: NADA; pelo medo e pelas preocupagdes que me esperam: NADA; por comias, roupas ebringuedos: NADA; por limpar-te o nariz: NADA; CUSTO TOTAL DE MEU AMOR: NADA. Quando o menine terminou de ler 0 que sva mie havia escrito tinha 0s alhas cheios de légrimas, Othow nos olhos da nde e disse: ~ Bu te amo, mamael!! Logo apés, pgou um lps ¢eszeveu com uma letra enorme: “TOTALMENTSS PAGO”. é. ve A prudéncia 6 a virtude que faz prever e evitar situagies de perigo. Ser prudent, portanto, 6 ser cautelos, sensato,é tevitar perigos de toda ardem, prevendo-os por meio da observagao, andlise e reflext, ‘Uma pessoa prudente evita toda espécie de drogas, 0 aleolismo, 0 cigarto, 08 vicios de maneira em geral, pois prevé o mal que eles fazem. Nao se deixa levar pela furiosidade nem pela pressao des amigos, age com sabedoria, pois vé além das aparéneias e procura o verdadeiro significado das coisa. he Si LVVEEV 4,4 VAISALA AAC SAASL EAL SST I ATLAS Certo dia, uma dguia faminta, num v6o certeiro, capturou sun rena no meio de um enorme reanho. ‘Alga veo vel, levando presn, em ss gras um Mais aiante, um coro assis a enpolailar capturae {i.ecalocara a pesos para fazer 0 meso. do alta exode ua pret, o atizo mais gordo. Imagine gou banquets o 9 air sabre o pobre anal indoor. Prone oaninal com sue gerrae Gres para : toa decopso, sua vontade era mnie que sun fora ele no §}—Sgtemtn ame nom oe mental Suoo Gartasafadas enrotaran+-se na 8 creape eng daviima, Quinto mais o coro se debatia, mai 8 pends. ‘Quando o pastor notou oacmtacidoprendenoinvelaso sina goa e leu para oe eas fihon. et Sepa! ptr og pr. ‘vea perspicseia de eagador, resolven usar a astécia, a arma dos sabios. ‘Bstioou-se em sua caverna efingin estar doente.Ficava {gemendo e aos poucns alrafa cs animais que passevam e que se proximavam para vero que estava acontecendo. Sempre que wm opin camo rn eprom deve Ente targa fone lca peniden ocoprhs ene deen Be a sare ao “case Sone ai Se. Le? “Ved tats pa tages peso nian Pea ence ba iad! Hopes gtr — dna ese Kaan at sree nieve snp: — Fique um pouco comigo! Nao quero morrer sozinho. vases mom ego ae Macatee rs enge coe Patera soe Sa ea eens ieee a ee iat sto Seen Satan ye meres er nlom epee oe GS — 0 que fui? — resmungou o leso. vet tactns npn ssi excae em o eas m Auer daze qu o destino delesndo fa outro senso f ‘a merle Bu vou sir daqul Passe berl < MT num pisear de clos a rape ja estavalonge *~ eae dalit oot Ty “aa 7 Mt A muctcet ain ‘* se or © gata, o galo e o ratinho Esopo O astronommo Esopo Conta a’hist6ra que um ratinho vivie com sua mie num ‘uma de Guas eaminhadas noturnas, 0 distrafdo que eaiu mum pogo. _grilar desesperado por socorro e chamou a. = "Meu amigo! ~gritou o senhor. - Voce est bem? O que ‘Que bom que o senhor esté a... ~ respanden aliviado 0 0 de dentro do buraco,—Estava distrafdoengm vio & Meu bom amigo! Sei que clhar o e6u 6 seu prazer, mas olhar que tem debaixo dos pés 6 um dever! Maa Mats eg ee em non Os homens cometemn trés evros ade Antonio Vieira (fragmenta) Os homens cometem trés erros: 0 do dinheiro, ‘mexia os lados do corpo Quando ouvi aquilo comecei a con essas pasadas ¢ esse tempo ‘dinheiro, quem o hi teria devorado! Barca bela Almeida Garret, 5 ‘Pescador da barea bela, ‘Onde vais pescar com ea, 6 tao bela, pescador? io vie ie a kina ala Nota lds sow? Gate ve O pescador! Deita 0 lango com eeutela, Que a sereia canta bel. Mas cautela, peseader! Nios enrede a rede nela, Que perdido 6 remo e ela 6 de vel, peseader! Pescador da bares bela, ‘Ainda 6 tempo, foge dels, Foge dela, peseader! O ledo e as outras feras Bsopo Certo dio leo, ours, iena e ong pintada esolveram se juntar na busca de alimento, ‘Assim que sairam para ea, log ia primeira investida pogaram um veado. “Muito emtente e eanvenside, com a permissio das outras Contudo,na hora em que os outros foram pegar suas ipartes, o lee falou: ‘sperem, meus amigos! O primeiro pedago é meu, por segundo também é mou, pois sou orei da selva. ‘tereciro voots me dario de presente para agradecer pela inha coragem ¢ pelo maravilhoco sor que sou!! E 0 quarto, jem... desafio a quem quiser disputar eamigo ese pedago, pode vir, estou esperando. Em pouco tempo saberemos quem vencerdll en Sj rade ei en ee sco copra 7 ‘O vento eos Esopo os : ‘Certo di o vento o gal discutiam see ume de oat, Qual ds dis era mis os? a spas frie ans ovento.— Tomb até seatoren tom casas o destrw plantas rs Lom aol Canna muta dons © otra; £00 forte dene! Ponwo até nga $6 de obrem para min cea fm ae qe passava um homer, ers ‘Respeito € a agiio ouo efeito de respeitar ov respeitar-se. ‘Respeito 60 sentiments que leva alguém a tratar or extros ou (Chega a ver do so “iguana coisa com grande atengl, ta em consideragle,nbo Bo venta soprou, dando info & Em primero ger ‘Macar dano.a si mesmo e 28 outros : batalha. Deo um sfastou as nove, a dat ange ou outros quando reseitamas ane mesos sopro tao forte que depois langow seus Nao devemos nos deixar levar pelas aparéncias, muito melhores ¢ mais ‘menos julgar alguém superficialmente. fo casaco quase ‘virou no avesso. Promeeito, discriminagio, exclusio sto amostras vivas ardentes raice parn & da falta de respoito entre as pessoas; devemas evitarculivé ceabega do viajante, Em Mas ohomem, f ‘abotoando seu. questo de segendos Jos em noses coragdes. casaco, ni ohomem tirouo Cine dentro do seu coragdo e deseubra se carrege algum cloneo,cobrivacabesa | tipo de presoncet, see ulga superior a alguém. Se cee atrar algum tipo de preconceito, destaca-se del; voet tcstaré tendo uma stitude de respeito TRespeite todos os que esto sva volta, mesmo aqu que penzam, sentem e agem de forma diferente da sus! ‘deixou que 0 vento © Tevasse. 0 vento soprau. soprou.~. © esau & procara de ‘uma sombre eles rrerrres e2rrerrer kak ak aOR eee ‘Num eanto da florests, 0 tucano, olabo e a rapesa ouviram 0 discurso do velho urso, que se repetia ha muito © ‘muito tempo, sempre do mesmo jeito enntando como gostava, dos homens: Men zespeito pelas homens morlas vai além do que voeés podem imaginer... Eu nao perturbo nem retalho 0 ‘morto disse 0 urs0, coneuindo imais uma vez seu diseurso. ‘A raposa, que jé conhecia o discurso de cor, nfo se conteve e, cinicamente, extlamou: = Deveras, amigo uso! Voo8 é muito bondeso com homens mors... porém seria prova maior para mim se Ihabitualmente nlio comesse os vives! 98 ve Aconteceu que uma jovern raposa, inexperiente e * jniciando suas aventuras pela flores, deu de cara com um S enorme les, ‘Como nance tinha visio vn lego em sua vida, na mesma cencontrou. Quando encontrou oleto pela segunda ves, a raposa correu e de tris de ume érvore ainda olhou para ele antes de fgir. ‘Contudo, quando o encontrou pela terceira ves, a raposs {oi tor com ele , batendo om suas costas, exclamou: ~E al gato tudo bele? Mora Ds faired cabut, aBe nn velhas arvores Olavo Bilac Orta estan ele vores, mai elas paneer nov, mais aes Pega sntlan quanto mais antias ‘dorado ade e Gas proces. © homem, afera e o inseto, A sombra delas Vivem, lies de fome e de fadigass Bom seus galhos abrigamse as cantiges os emores das aves tagarelas. Na gloria da alegria e da bondade, “agasalfando os passar0s BOs TAINOS, Pando combre e consolo aos que padesem. ; a cidade Se, e€.0 vatinyo do camtpo ee ho dca ee Certa ved um ratinho do campo convidou seu amigo da cidade para pasear uns tempos oom ele em sua ass © 0 ratinho da cidade aceitov. “Chogando lf, o ratio da cidade foi reebido com muita login logo convidado para o Jantar. Mas sb hava gros de fovada e umnas razos com gosto do terra. Sassen, neu amigo! Isto nao € vida... Vamos corsigo para fo cidade! Voo! verd quanta cis bos hd para comer! “Animado com a promessa decomida fart, ld ge oi 0 F ratinho do campo para a cidade. "Ghegeram em casa e, sem perda de tempo, o ratinhe da cidade tatu de Ihe mostrar 2 despensa latada de queijs, mel, cereais, figose tamares. ‘ ratinko do campo ni sabia o que olhar primciro © Imaginow o sabor de todas aquelas gostosuras! Fonolveram camer na mesiza hora. Porém, a porta da despensa so abrive alguémn entrou. Os dois fogiram ‘Ggavorados o se exconderam no primeiro buraco que encontrarasn. TPsrade osusto, os dcis amigos iam suindo do esconderio pare, Brlmente come, oura passa chego efi preciso 8 feseonder de nove, er ce altura, oratinho do campo jéestava desanimedo ‘com aquela situagdo de esconde-sconde ede vera comida fem poder coméla entdo disse: PeSrigada, meu amigo, pelo convte, mas a vida na cidade @ amu agitadal Vourme embora para min casa, Steefosso comer minha comida simples cen corer tanto perigo. Mora vee spite one si dn om Bo ae KEE Eo que mais eleva 0 coragdo de um homem ‘Goncalves Dias Eo que mais eleva o coraggo de um homem: Ser homem sempre, na maior pureza Ficar na Terra e humanamente amar Amar o primo e 0 distante; ‘Ser sempre usta e constiente, ‘Respeitando as diferungas existent. [ 6.4 cor 00 amor? Autor Desconhesido Qui = Qual ¢ 0 conde amor? =—— ~ ‘Amaca 6 vermelha, Osol 6 amarela, Océu 6 saul Afolha é verde Anuvom ¢ branca. Ba pedra 6 cinzenta, O mundo tem muitas cosas O mundo tem muitas pessoas, O mundo tem muitas cores, Beada wa delas é diferent. Na fbrest 0s paissaros sio de diferentes cores, Mas vivem felizss juntos. ‘Um do lado do ontro¢.) No campo, Os animais sto de diferentes cores Mas vivem folizes juntos, Um do lado do outro (..) Bm nosso mundo, ‘As pessoas sto de diferentes cores Mas vivem infelizes juntas. Uma do lado da eutrat..) £8. os passares, os animais ‘Téa muito a nos ensinar antes de nbs, deseabriram a cor da armor! A guia e a coruja Leonardo da Vinei Corto dia, uma éguia, do altode sei nénho, avistow um animal estranho que a deixou curiosa. ff ‘Com certa cautela, abriu suas longas acas, (f vou culo a ehager bem perio © Quem 6 voce? Como se chama? = Sou a coruja ~ balbuciou aquela ave quase engasgada de tanto medol = Cor...0 que? ~ Coruja! Bu sou a coruja! Uma ave! ~ Um péssaro que s6 tem olhos e penas! Que feitral 1B pousando no galho a dguia foi olhévla de pero, Nossal Sera que sua vor 6 to linds quanto a ssua cara? Se for, preciso proteger meus ouvids. ‘Accoruja, que ndo era boba, eseondou-se por entre 08 clos, pois sabia do perigo que estava a sua frente. ‘A fguia, pouco a pouco, tentava se aproximar abrindo, com ‘suas asas, wn caminho entree galhada.... mas ndo esperav encontrar problemas... Acontece que um fazendeiro da regi ‘havia espalhado visgo pelos galhos na intengdo de obter cara Repentinamente a éguia viuse presa e de nada adiantou se debater; quanto mais se mexia, mais suas penas se prendiam... Seus esforgos foram em vio, Ba coruja’no seu cantinhe eomentou: = Uma gaiola 60 que a espera, Ou, talvex por vinganga, seu destino seja a morte, Foram tantos os camneiros que comeu... O fazendeiro ndo tarda a chegar! Quem dirial Com toda sua majestade, voando sempre nas altaras e longe de todos os perigos, presa e indefesa | ee 7 Responsabilidade A responsabilidade implica responder pelos préprios ates, palavras € apies, ou soja, assumir ‘oque se fala se fax {implica arcar com as conseqaéncias do préprio. ‘comportamento e cumprir 08 compromissoa assumidos, ‘Adotar uma atitude responsdvel & assumir a propria vida, € decidir por si mesmo, & também ‘cumprir com os doveres e fazer cumprit respeitandlo sempre os direitos das outros; 6 reeonhet préprioserros e aprender com eles, é ser ‘8 noglo dos seus limites e dos limites do ‘Seja responsive! Cumpra com seus deveres! Respeite os direitos dos outros! rospeltar 08 prépriog ‘mesmo, veto, -Sensato ~nfo parder 38 outros, 2 7 ' ‘ ‘ Os vatinhos desobedientes ‘Autar Deseonhecide ‘Era uma ves um casal de ratinhos que vivie feliz nos porges de um fazenda ‘Elestinkam um casal de filhos muito espertos e Dbaguncsios que brincavam o dia todo sem pensar em nada. ‘A me dos ratinhos era zelosae, enquanto o pai safa para. ‘rabalhar, ela esidava da casa e nso tava os olhos de cima dees. . ‘Comida e carinbo nfo thes faltavam, mas resmo assim cles viviam se queixando, principalmente quando a mie 0s, ‘mandava para cama. Eles sempre obedeciam, mas iam ‘sempré contrariados. CCorta note, ao irem mais uma ver para a cama contra & ‘voptade, fearam eonversando e armaram um plano: ~ Vamos sair eseondido, pela janela. Ninguém nos verd, papsi e mame jé estaadormnindol ~ disse oratinho. 106 “fie TE cheios de vontade de brinear, fugiram & proeura de [sous amigninhos. ‘Andaram.... andaram... enéo encontraram nenhum dos vas amiguinhos, que jéestavam dormindo eri suas casinhas. CContinusram andando até que perceberam que havismn Joe afastado muito de casa. ‘Apesar de a noite estar muito linda ede as estrelas britharem no c6u, piscando para eles, os dois irmos pmegaram a ficar com medo. ‘Os ratinhos se abrararam ¢ comesaram a chorar, pois se fastaram tanto que nio subiam mais como voltar para casa, ‘Para maior afliggo, ovens nogras se aproximavam, trazidas polo vento forte que comegava a sopra. Derepente, eles ouviram um raido. Hstremeceram {icaram ainda mais assustados. Responsabilidade Femando Pessoa mm GRE EL = Por que fomos fugir de casa? ~ dizi a ratinha, batendo o queixo - ~ Ai, que saudade da mamie e do papal! Eu nd quero morrer! Eu ndo vou ser desobediente nunca mais! ~chorava, o irmao. 'E,0 barulho ge aproximava agora mais rapidamente, Wes pensaram que era fim! Virariam comida de gato do mat A Sentindo que néo tinham mais sald os dois se abragarem_ arrependidesefecharam os olhinhos & espera do pior.. — Meus fithos! — Mamael!~ gritaram as dois correndo para um abrago. = Voots ainda so muito pequenos e nio sabem se defender na mala, sozinhos! A hora de sair pelo mundo chegard, parém vocés precisam aprender algumas coisas ‘ainda... vamos! Vamos para nossa casa! Vooés jé aprontaram muito por hoje! 'E, abragados, os trésvoltaram para casa muito cenntentes. Ai que prazer Grande é 0 futaro eo saber Que o querer fazer nos traz Quanto maior 9 prazer no dever, ais conquistemos a paz O gaviao, CA0 @ 0s pombos Bsopo Para sey grande, sé inteivo Fernando Pessoa I fol Resolveram, entio, pedir 0 faleko para protegt-tos. Prontamente o faleao accitou 0 podido ¢ comogou @ trabalhar-no mesmo dia. Do que os pombos no desconfiaram é que, enquanto fingia ‘watar de sua proteglo, o falco traia a confianga de seus patroes. ‘Durante os dois primeiros dias de trabalho ele ‘agou tantos pombes 4 {que nem em quatro meses 0 gavido Para ser grande, s@ inteiro: nada eae ‘Tex exagera ou excl Sé todo om cada esisa, Poe quanto 6s Nominimo que fazes. ‘Assim om eads lage a lua toda Brilha, porque alta vive now Moral eyonivel par aguna ge denen doves. Os mentinos e as vas ‘Autor Deseonhecido ‘Numa casa perto do lago moravam um easal ¢ seus sete ‘hos, todos homens. ‘Um dia, 9 garotos estavam brincando com as pedras do Jago quando tm deles avistou una r&. No mesmo instante atirou uma peda, que estava em sua mo, bem na cabecinha dari, que morres. ‘Assustadas com o barulhéo, as rfzinhas que nadavam no sm pulando desesperadas. ‘A molecada aproveitoue comegou a spedrejar as pobres. les mataram muitas, prinepalmente as menores, que demoravam mais para se esconder. ‘Desesperada com aquela matanga desalmade, uma ri cslocou a cabora para fora @égua e disse: ~ Parem! Parem com isso, por favor! A brincadeira de voeds trouse a morte para nfs! Vio embora daguil! E os meninos, que nunca ouviram uma ri falar, correram Aesesperados para casa e nunca mais fzeram isso. Solidariedade Solidariedade 6 um lego, compromisso ou ligagio métua entre duas ou mais pessoas, ss quais se tarnam dependentes, ‘umas das outras. Sor soidérie 6 ser capaz de manifestar sentimento de simpatia, temura, pelos que sofrem, pelea {njustigados. & confortar,ajudar, consolar os que nos eeream. Brespeitar os outros e agir de manciracoerente ejusta, de forma a garantir os direitos fundamentais de todos. A justiga leva a solidariedade, pois, ao aoe indignarmos ¢ agirmee ‘contra os atos ou situacdes injustas, estamos sendo soliddros. Quando falamos em solidariedade, pensamos logo nas ‘ampanhas contra a fome ou para ajudar as vitimas de enchentes, terremotos, etc, mas esistem muitas outras formas de soidariedade. Podemos ser soidias ouvindo os problemas de alguém que precisa desabafar;cedendo nosso assento no Gnibus para um ideso:deixancia de i quando um amigo ridiculariza outte eolegs de alo, ¢ muito mais, Mala al a ap OO Ut namorada... quero ter filhos um dia! Por favor, eu Ihe \jimploro, poupo-me! ~ Basta! Nao vou comé Jo! Pambeéma sou jovem e tenho ‘lanos como voeé... Vé e tome cuidade... numa préxima vex, 3) osso este faminto e f! —Enem pense nisso, majestade! Tomarei cuidadol Passat bem! Bo ratinho sumiu na mata, ainda atordoado pelo suse! Muito tempo se passou, brincando naquela mesma mata, fo rstinko 6 seu grupo de amigos bagunceiros ouviram os ‘gidos desesporadee de um ledo “Tem fra ferida por afl, pensou o ratinho, Os outros fugiram de medo, mas ele, sozinbo, aproximou: se de uma clareira e vin um leo preso na rede de uns ‘agadores. Por mais que tentasso se soltar nio eonsepuia, a floresta inteira tremia com seus ragidos de raiva, (ratinho, reconhecendo aquele que um dia poupou sua vida, corre ao seu auxilio; om seus dentesefiados roou as cordasda redo o libertaw 0 ledo, ~ Obrigado, pequenino! Vocd salvou minha vida. — agradeceu 0 naa! 86 ak fi vo POO ae retribut © que voe8 me fea! Somos amigas! EE depois de um aperto B de mao, cada um seguia s0u caminho. Certa ves, depois de cagar 0 dia todo, um feroz leBo Aescansava debnixo de uma frvore, cuja sombra era enorme ‘Alguns ratinhoe que passavam por eli, 20 verem oles0 dormindo, resalveram brinear com © perigo e decidiram passoar em cima dle © leo acordou e todes fugiram no mesmo instante. fi ‘Todos, menos um, que ficou preso debaixo da pata do lao, ~ Socorro! Socorro! ~ gritava oratinho. Nao me eoma, por favor! Sou muito jovem para morvet! Teaho planes, Mi 1 11a. whee 1 Qaom salir some Bx quay amar, amar infinitamentl Amat of por aa! Aga Alm. Maitleste e aquele e outro e toda gente. ‘nef orico, ope, Quem ema ¢ quem nfo ama também, ‘Amaro alegre, orto B aque que totem ninguém, Eu quero amar Flotbela Espenca senhor Palha ‘Autor Desconhecida, A Era uma vez, muitos ¢ muitos anos atrés, claro, porque a melhores histérias sempre {jp se passam hé muitos e muitos ance, um \((Q omen chamado Senhor Palha. Ble ndo tinha casa, mulher, filhos; para dizer a verdade, 86 tinha a roupa do corpo, Pois o Senhor Palha niotinha sorte, Bra XO? tao pobre que mal tinka o que comer e ‘era magrinho como um fiapo de palha. Por ‘sso € que as pessoas o chamavam de Senhor Paha, Todo dia o Senhor Palha ia ao teinplo pedir a Deus para melhorar sua sorte, e nada ‘scontecia. AtE que, um dia, ele oavin uma ~ A primeira coisa que voe8 tocar quando sair do templo The traré grande fortuna. 0 Senhor Palha levou um susto, arregalou os olhos, olhow em volta, mas vin que estava bom acordado ¢ sono. ‘Mesmo assim, sau pensande: "Eu sonhei ‘0 foi Deus que fal comign?™ Na divida, correu para fora do templo to encontro da sorta. Mas na presse, o pobre Senhor Palha tropeqou nes Aegraus e foi rolando até o final da escada, onde caiu na terra, ‘Aose por de pé, ajeitou as roupas e percebeu que tinha alguma coisa na mio, Era um fiapo de palha, “Bom, pensou ele, “um fiapo de pala nio vale nada, ‘mas, se Deus quis que eu pegasse, 6 melhor guardar”. I 1a foi ele, segurando ofiapo de palha PPoueo depois aparecet uma litle zumbindo em volta da ‘cabega dele, tentou espanti-la, mas no adiantou, A libéhula, + continaoa seu caminho, levando a roe. — Estou puxando a carrocinhe 0 dia inteiro ¢ estou com . anta sede que acho que vou desmaiar. Precis de um gle de agua. ~ acho que nfo tem &gua por aqui ~ dies o Senor. PPalha.~ Mas se qulser pode chupar estas tr arenas. ‘ mascate ficou lao grato que pegow um volo da mais fina fGyrims aoe los, mas quando o meno vi a ibétula ‘soda que havi na carga e dea-o ao Senhor Pah, dizendo: rthindo amarrada no fiapo de palhe eu etinho se enimos 50 senhor & rita bondoso, Por fer, aceite esta seda "Nie, med uma Mula? ~ peda. ~Por favor Hem tro, BORE: Ponsouo Senior Palbo, Devs me disse queo fiapo de pala traria sorts, mas cseegarotnho et tho ‘a dee pode fcar inais feliz com wm presontinbo". E dew ts ibélula ne apo para ogarto i ary muita Bondade sa diooe a fist. =WNao tenho nada para Ibe dar em toca lem de uma rosa. Acita? 10 Senhor Pata agradsoeu pensou ele, Se no quer irembora, Squecomign” Apantou a Petula, amarrou 0 fiapo de palhe no rabiaho dela, que ficou ‘erecendo uma peguena ipa eel continsou descendo aus parr a Bibel no fiapo. Logo encontrou ume risa com o fikinho, a caminho do mereado, onde iam vender floes. Vinhas Nao dea des passos eviu passar uma princess numa ‘carruagem. Tinha um olhar preoeupado, mas sua expressio ogo se alegrou ao ver o Senhor Palba. Onde arrumou essa coda? — gritou cla, ~f justamente o {que estou procurando, Hoje 6 aniversério de meu pai e quero ‘dar um quimono real para ele. — Bam, jé que 6 aniversério dele, tenho prazer em The dar cesta soda ~ disse o Senhor Palha. 'A princesa mal podia acreditar om tamanba sorte =O senhor 6 muito generaso ~ disse, srrindo,~ Por {avor, aceite esta dia em troca. “A earrvagem ea afastou, deixando o Senhor Palha segurando aj6ia de inestimével valor refulgindo a luz do sl. "Muito hem", pensou ele, “eomece com um fiapo de palha que nio valia nada e agora tenho tuma joi. Acho que esta bom". ‘Levon a j6ia wo mercado, vendewa Endo mats wn poe vim joes ‘Sito mam oc de dversogurando ‘Tedboga entre on mf Parca to nla Gat Senhor Pala Ib prgston o que avi acne, oes mine nmerada em casement bs Bite quinn o rapans asso to pre que nfo tenho nada ara dar acl care "Bom, também sou pobre ~ disse 0 Senhor | ‘Palha. ~ Ni tendo eo var, aso guner dn acl eta Tom, 648 Fas capa sabi um sro ver wana 705 (80 Boe li App, ©,02M 0 dinheir, comprow ume SB. 3 Fig com eta rts ond VER? plantagao de arror. Trabalhou Jaranas, or favor ~ die 0 muito, aro, semeou,ealhe, © & Jovem a6 oqo pono dar Cada tno latte pedi mis em roca é arroz. Em pouco tempo, o Senhor Pala ficou ‘0 Senbor Paha seguia rio. Mas a riquezs nfo 0 modifcos. Sempre andando,earzegando tts oferoceu arroz aos que tiham fome eajudava a todos que © sucalentaslaranjas. Logo ‘procuravam, Diziam que sua sorte tinha eomegado com um eneontrou tum mascate, ofegante, Fapo de palha, mas quem sabe foi com a eolidariedade? vy 10 & vy, Sua Ato de caridade Djalma Andrade Queen faga o bem, ede tal modo faga, Que ninguém saiba o quanta me custou. ‘Mie, quero de ti mais esta grasa: = que eu seja bom sem parecer que 0 sou. Que pouco que me ds me satistare, E sede pouco mesmo algum sobrou, Que.ea love essa migalhia onde adesgraga Inesperadamente penetrov, ‘Que a minha mesa, a mais, tesha um talher Que serd, minha Mze, Senhora Nossa, Para o pobre faminto que vier. Que eu teansponha tropegos e embaragos: {que eu no cama, sozinho,o pio que possa ser partido por mim, em dois pedagos. Tolerdincia é avirtude ‘que permite acetarmes 08 nts como eles #80, mesmo se as manciras de pensar, orem opostas as rncesas. urna forga interior ‘que nos fox suportarsituagSos das mais adversas com a5 pessoas que fazem parte do nosso convivio, Ser tolerante 6 ser capaz de perdoar aqueles que nos fandom, 6 ser capaz de cobservar fatose situagies com calma, tranquilidade; ser capaz de ouvir, de respeitar as opinies diferentes das nossas sem gerar conflites. Paciéneia 6a capacidade de suportar adversidades; ‘ncdmodos ¢ dificuldades de toda ordem. B a ‘eapacidade de persistir em uma atvidade Afi, de ser perseverante, de esperar o momento certo para certes atitudes; capacidade de ouvir alguém, sem press; capacidade de se lbertar da ansiedade. ‘Atolerdncia e a paciéncin sto fontes de apoio segura nos quis, podemes confiar. ro Esopo Acris de um certo lago estavam muito agitadas. A vida no lago estava wim aos. Ninguém rospeitava ninguém. Todos jam ¢ vinham, ninguém ee importava com a ordem e naquele Jago nfo bavia lei. Certo dia, um grapo das mais amoladas resolvea pedir 8 ‘Zeus que Thes mandasse um rei. “Zeus atenden o podido das ingtnuas rézinhas e jogou um toco de frvore no lago. (© arulho foi infernal e o susto fez com que as ris se apavorassem. = Corram! Corral fo fii do mundo! — gritou uma. —A culpa é eua! Ean idéia de emolar Zeus s6 podia dar nissol — rasmungou a outra. ~ Mergulherl! Vamos para 0 fando! mais seguro! ~ griteva uma mais experiente EE todas mengulharam para o fundo do lago. whe Algum tempo depois, vendo que o monstro ndo se ‘mexia, subiram para a superficie e, em seguida, estavam sobre 0 tooo. “Que rei mais fajute”, pensaram as rs, Bld foram elas podir um outro rei a Zeus. Cansado e ja sem paciéneia, Zeus resclveu pregar-Ihes lum susto. Mandou uma eagonha que, 86 de chegar parto do Jago, pis order naquelas siditas insatiste amt importante epee Mudam-se os tempos «buts de Cambes ‘Madam-se os tempos, ‘mutans ae vontades Mude-so ose, adie a coflang ‘Todo o mundo éconposto de mung, ‘Tomande sempre novasqualdaden, # por isso que a tolerancia Deve ser sempre cultivada Para que compreendamos 0 novo SS Ea pas nos seja dade 1 1 = Ato de caridade Djalma Andrade Queen faga 0 bem, e de tal modo ofaga, Que ninguém saiba quanta me custou, ‘Mie, quero de ti mais esta grag: que eu seja bom sem parecer que o sou, Que pouco que me dés me satisteca, Ese de pouco mesmo algum sobrou, Quo.eu leve essa migalha onde a desizraga Inesperadamente penetrou. Quea minha mesa, « mais, enbe um talher Que ser4, minha Mae, Senhora Nossa, Para o pobre faminto que vier ‘Quo eu transponha tropegos ¢ embaragos: ue eu ndlo coma, sozinho,« pio que possa ‘er partido por mim, em dois pedasos, sem gerar confites. Pacitncia é a capacidade de suportar adversdades, ‘ncOmodes e dificuldades de toda ordem, fa ‘apacidade de persistir em uma stividade dificil, de ser perseverante, de cesporero momento certo para certas atitudes; eapecidade de ouvir alguém, sem pressa; capacidade de se libertar da ansiedade, A tolerancia ea paciéncia sto fontes de apoio seguro nos quais odemos confiar Tolerdncia é avirinds ue permite aceitarmes os ‘nts como eles 8a, ricamo ‘seas maneiras de pensar, sentir © agi forem opostas as nosses. B uma forga interior las mais advereas com as cbservasfatose sitagtes com calme, trangia, ¢ xe gapaz de ouvir, de respitaras opines diferentes das roncag Yo Tata ta tet atat erate © parto da montanha ‘Bbopo Cont istria que os moradores do wma side corfctam pla mash com win barulho enorme, terra sooreeira emer, ee perons acharem que a montana ia ter urn fo. "Be tols cs Tugare vnham curios para verde pesto 0 acontecimento, cseietes exam inGmeros e todos queriam advinher 0 aque ia naser da montanba ‘ius semanas e meses aumentata cada ver mai eeve.caw ay obra ese perguntavam: See ord que vai nascer? O que vai . acontete? Ser quo mundo vai se acaba? ‘Sa lptesenlouguereram.. até que sn eRe um fete tremor, omsaior SOX 2u toloeles, acompanado de uma rte Kploao a um rugio ensurdecedor. As VX. pessoas nem respiravam de tanto medo. PAG! Desay no mei da fumnega ed barutho, 3 pores sm Fate se passaram e nada. $6 obarulho ee Continue no deserto ‘Autor Desconherido “Um eavaleiro passando pelo deserta perguntou 8 um homem: = Por que o senhor vive no deserto? ‘O homera Ihe respondeu: ‘Porque no consigo ser 0 que deseo. iguém consegue. Nias € preciso tentar~ insistin © cavaleir, : Tmpossfvel. Quando comego a ser en mesmo, a8 pessoas ‘me tratam eom uma reveréncia fala. Quando sou verdadeiro a @ eapeito de minha fé entdo elas comecam a duvidar. Todos ‘bereditam que s&@ mais santos que ev, mas fingem-se de ‘ecadores eom medo de insulter minha slid, Precaram Trostrare tempo todo que me consideram um santo ¢ asim se transformam em emissérios do demnio tentando-me com 0 corgulho. = Seu problem ‘outros como sao. E, dleserto~ disse 0 a vio € tentar gor quem 6, mas acitar 08 for agit assim, & melhor eontinuar 20 liv, afastando-se i a te COUT crib adios Aavé e a neta. Bugénio le Castro ‘De mios dadas, lé vio avé e neta ‘A Pegitncia e a Bsperanga de més dadas! ‘Annifa éloira, a avé tom mechas prateadss, ‘Uma leva a boneca, outa a bengala. ‘Uma caminha ¢ a outra salta inguieta, Em silénco vai uma, aoutra dando risada; A.avé reza compenctrada, Ba neta colhe colorda borbolota. ‘Uma vaiconfianta, oatra risonha; ‘Uma aeredita, insiste, ea outra sonha; <* Loves asas tom uma, outra pés no chi E ev, que as vejo passar, com alegri Penso que a av6 6 linda, a 1B que a neta mais linda ainda. 3 ‘Qual a mais forte? Pagundes Varela Qual a mais forte das armas, Armas firme, a mais certeira? ‘Alanga, a espada, a clavina? ‘A pistola? O bacamarte? ‘Acespingarda ou a flecha? (© canhao que em praga forte Faz em dez usinutos uma brecha? ‘Arais poderosa das armas, Percebsi, meus amigos! ‘AvcK dace: Paciéncia, ‘Verdade ¢ aquilo que esté de acordo com os fates ou 8 realidade com exatidao, autenticidade, Principio carlo € verdadeiro, Procedimiento sincero, honesto, verdadeira Ser verdadeiro é estar comprometido com a verdade; 6 ‘no dar espago para a mentira, para a falsidade, em seu coragao; ¢ falar sempre a verdade; 6 nao iudir ninguém, no ser hipdcrita, no ser fingido, E ser coerente em suas ages € ‘ear con seqiineias dos seus ates. a es a aed nd O garoto do “olha Beopo ‘Era uma vez um jovem pastor que cuidava de suas ovelhas, O rebanho pastava bem perto de um vilargj; de vez ‘em quando o pastorzinho gostava de pregar uma pega nas ~ pessoas da vila e gritava: = Socorro! O lobo! Olla © lobo! or tre vezes os habitantes da vila se armavam de paus pedras e iam em socorr do pastorzinho e de suas ovelhas. Quando chegavam, enooatravam o jovem as gargalhadas, zombando de tants esforo. Certo dia, um lobo faminto atacou o seu rebanho de verdad. 0 jovem gritava desesperado: = Olha 0 lobo! Olha lobo! Socorral!~ ¢ nadal Ninguém ‘TE osenhor da farmAcia, ouvindo os gritos do over Drincalhio, disse ao viziaho: Deve ser mais una de suas pogas! $6 que, dessa vez, nfo calms maisl! E voltaram ao trabalho sem prestar atengio ao pedido de ‘socorro, pois acharam que era mais uma de suas brincadeiras ‘Assim, o lobo péde fazer seu banquete trangtilamente ‘cin ger incomodado, ar whe Faint como sempre, a rapa, Assesperade, procarava elgo paca camer Para sua alegre eneantrou tm camino de belissimas parreias com sucess ures verdes que a feeram saliva 36 Oe pens ‘Ui, dis, tr, cin, muitos pulose nada...com estava ate! aldo, resolveu scudirocereado, mas nem una Ai. ai que fume -resmungava a raposs. Derepente,deidéa a abandonarasuteque pare ela seri um belissimo banguete,sentin un vents que vizha om sa deg Mado quo depresa ea voltou ede boca aberta esperon ue case algume va maduraeoperou.. copeou, fea em to, Nada tia “ Daf retlve sbandonaragulevnedo dzende: ~Ainda bem que nfo com dessasuves. Pala eto otto bichadas ram na far nal. Apropo, nem de uras eu geal Beg? Japiter ¢ 08 lenhadores A flor de maracnja ‘Pelas rosas, pelos lirios, elas abelhas, sinh, elas notas mais chororas Palo edie de belezas Da flor de maracujél pres Peas trongas da mie dea 2 Que junto da fonte esté, ‘Polos passaros que brincam Esopo Era uma ver um lenhador que fazia seu trabalho as margens de um rio de ‘vas cristalinas. Num golpe repentino ‘seu machado eseapou ef parar no fundo dori. "No mesmo instante a Ienhador ‘mergulhow e prosarou seu machado, sem ‘sucesso. Que inflicidade! Perder sua ferramenta de trabalho. ‘Ro lenhador, encstado numa pedra, chorou com sentiment “Eis na égua meu sustental Que os ‘us ougam mea lamental Come vou iar seus filhos, trabalhar sem minha Feramenta? ‘Quando levantou os olhos levou um susto, Jépiter, o mais importante dos deuses nha escutado seu clamare foi ao seu ‘Nas braneas plumas do ubé, PPelos eravos desonhades Na flor de maracujél aE isso que procuras, lenhador? Entio, nao chores mais! este seu machado? ‘Com essas palavras, Jupiter trou de dentro das éguas ‘um magnifico machado de ouro. Nao! ~ exelamioa o lenhador! ~ Meu machado é mais, Por tudo que o cfu revels! Por tudo que a terra da, Bu te juro que minha alma Da verdad escrava est Guards contigo este emblema (0 deus, entdo, deixou o machado de oure & beta do io, mergulhou e trouxe dessa vez um belo machado de prata Com satiefagbo afirmou: “agora sim! Como pade me enganas? Aqui esté o seu Da flor de maracujé ‘Som saber que se tratava do préprio ous Jipiter que cestava 8 sua frente, o leahador, meio sem ito, flow ve Mou bondose senhor, deveria me perdonr, mas este “Fipiter, entdo, deixon 0 machado de prata ao lado do ‘machado de ouro & margem do rio evoltax a mergulhar. ‘Desta ver trouxe o velho machado eo entregon 40 tenhador, que de tanta felcidade quase nfo conseguia falar ao fait vbrigado, senhor! & esse mesmo! O meu velho € born machedal Fle mesmo! Obrigada! E diante da honestidade do lenhador presenteou-o com 08 cuits machados também, desapareeendo misteriosamente, 9 (Q leabador pegou nas bragos 0 seu tesour0 €, 80 encontrar com um grapo de amigos, contou o que havi ‘acontecida, ) ‘Os amigos nfo eonsaguiam tirar os alhos de cima daquele tesoure que ele esrrogava nos bragos- ‘Um doles, muito invejoso, depois de ter ouvido © contecido, parliu em diregao ao Tio e, repetindo passo a passe Sque osartudo fez, plese a chorar, encostado numa pedra. ) Camo isso pide acontecer? O que farei agora? Como poderei trabalhar? (Oh! Que destino desgragado! E para sua confirmagto Jépiter aparecen¢ trouxe em svas mBos um Delissime machado de Que maravilhal! = exclamou sem mais um charo.. ~O senhor 0 —enontron..60 meu machadot ' ‘Quando o homem ia pegar © sachade de ouro, Jdpiter ficou tio farloso go pereeber sua desonest ‘Verdade, irma do amor e da justica, ‘Mais uma ves escuta minha proce. a vor de um eoragio que te pede, Deuma alma lire, s6 ati submissa. Por ti 6 que a esperanca De lomens e mulheres e mundos permancce, 6 por ti que avirtade prevalece, B aparece num sorriso de eianga, or ti, nium mundo confuso, as nays ‘Bosca a liberdade, entre clarbes. {que langou o machadode ouro nas Bos que elhm o futuro e aereditam, mudos, | guas novamente e ainda aumentos a | correatera para que carregasse pare Por ti, podem solrer endo se abate, | __ sempre a verdadeio macado do enador. ‘Taos aqueles que combatem ‘Tendo o teu nome eserito em seus escados. Mea Shee gana cm verde oe wy 35 A Lingua e os dentes Leonardo da Vinci Hoavia um garoto muito tagarela que, por vez, falava 0 que nfo devia. Como falava esse garotol Soa lingua nao cabe na bocat ~ Eta, lingua danedal!! ~ disiam os dentes inconfarmades. ‘A lingua, orgulhosa ao ouvir o desabato dos dontes, foi logo retrucando: —De que que vaots esti reclamando? Quem decide 0 trabalho de voces sou eu! Sdo meus servos! Voeds 86 tém de ‘campriro papel que Ihes cabe: mastigar 9 que eu quiser! Acada dia que passava mais novidades a ingua eprendia © 0 menino mais falantefleava ‘Um dia, ao contar uma mentira, os dentes, indignados com 0 ocorrido © sondo defensores da verdade, cerrarain-se & ‘maorderam a lingua com forgal ~ Aiifl —gritou 0 garoto! ~ Que dor! Balingua, que nfo era boba, entendeu a ligdo e daf em diante pensou duas vezes antes de fala. . ~The the eth ti tht shitter one a 126 wee

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