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Obra originalmente publicada sob 0 titulo Doing Ethnographic and Observationat Research ISDN 978-0-7619-4975-6 English language edition published by Sage Publications of London, Thousand Oaks, ‘New Dethi and Singapore © Michael Angrosino, 2008 © Portuguese language translation by Artmed Editora S.A., 2009 Capa: Supervisdo edi Caria Rosa Araujo Projoto e editoracao: Santo Expedito Produsdo e Artefinal © Editoragao Elotrénica - Roberto Carlos Moreira Vieira Reservados todos os direitos de publicacio, em lingua portuguesa, & E proibida a dupticagao ou reproduce deste volume, no tedo ou em parte, sob quais: ‘quer formas ou por qualsquer meios (elettdnica, mecanico, gravacao, fotocépia, distr- ‘buicao na Web e outros), sem permissio expressa da Edltora. IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL SUMARIO Introducao 4 Cotecdo Pesquisa Quatitativa (Uwe Sobre este livra (Uwe Flick) 1 Etnogratia e observacao participante 2. Que tipos de temas podem ser efetiva e eficientemente estudados pelos métodos etnograficos? 35 3° Escolhendo um campo de pesquisa ........ 45 4 Coleta de dados em campo 53 5 Observacao etnografica ......... 73 6 Analisando dados etnograficos 89, 7 Estratégias de apresentacdo de dados etnograficos 101 8B Questées de ética na pesquisa .... 109 9 Etnografia para o século XXI ..... 17 125 129 Indice .... 135 72 Michael Angrosino As técnicas de coleta de dados etnogréticos Fequerem-se em trég | habilidades principais: ¥ observacao ¥ entrevistas ¥_analise de materiais de arquivo, Aobservacdo é 0 ato de perceber as atividades @ inter-retacées das pes. Ela onige ar? de campo através dos cinco sentir do pesquisador, Ela exige ¥ registro objetivo ¥ uma busca de padrées, AS técnicas de observacio podem ser Y iscretas (p. ex., proxémicas, Cinésicas, estudos de tracos de com. 4 Portamento) V_ de cunho participante, OBSERVACAO ETNOGRAFICA Entrevistar é 0 processo de dirigir uma Conversacao a fim de coletar informacio. Ha varios tipos de entrenete Usados por etndgrafos: V_aberta, em profundidade Y_ semiestruturada (contribu para a Pesquisa quantitativa) V tipos especi ~ entrevis Ogicas e de andlise de rede © historias de vida, Pesquisa em arquivo éa analise de materia ue foram guardados para fia tulsa, Servico © outros propésitos, tants oficiais como nao of 4 tanto fontes primérias quanto Secundéirias de dados de arquivo, ‘Objetivos do capitulo Apés este capitulo, vocé devera: : saber mais sobre os conceitos e procedimentos associados com é observacao; ae - camnpreenich mother ua das trés brincipats operacées etnogt discutidas.no capitulo anterior. yy LEITURA COMPLEMENTARES informasao sobre os métodos-chave apresentados neste capitulo: Aces, PA. © Adler, Handbook of Qua Antrosino, MA eA, Mays ce Pérez iD NLK, Denzin ¥S. Lincoln feds) 1, DD, 673 rouse ALK Dencn © XS. Lincoln (ed, Thousand Oaks, CA: Sage, pp. 377/97, ervation: from method to con ve Research RY DEFINICAO DE OBSERVACAO Pes Eat é i observa- Vimos que a pesquisa etnografica 6 uma mistura au rade Federpin {ale S. (2007) Doing interviews (Bock 2 o tive Research Kit). London: 0, entrevistas e estudo em arquivo. Olharemos hl perehe i neg Servacao, tanto nos seus aspectos patiejpantes quar manent Sly Schensul JJ, LeCompte, A. {1999 EsentitEthnosraphic Method: Ober. y arene nd Questionnaires (Wo. ded.) sae \ S.L. Schensut eM, LeCompte, (68), Etnegraphe's Took), Walnut Cais tania, 74m Michael Angrosino © papel-chave da observaca co na pes tempo. De fato, nossa capacidade hum, ee Social foi reconhecido ha nuit na de observar mundo nossa vor processo consideraveiment s fe mals sister iiencbe te a © repetida de pessoas e piel ‘ntenedo de responder a alguma questao tecrica sobre 0u da organizacao social, ote Uma simples definicao de diciondi coma ia ferromente eaten ajuda star a observa a natureza do com. Observacdo é 0 ato de perceber um fenémeno, m itas vezes com Instrumentos, e registrd-lo com propésitos a icos, + © registrd-lo com propésitos cieniffen i 5. nesta definicao.o fate rode que onestadet Quando notamos al reserauemestsandtodosorestos senor Nowe cotdans e Consciente da ihe 20 asPecto visual, mas um bom etndgrafo dene wees formacio vindo de todas as fontes possiven vow" oT siveis. BY OBSERVACAO NA PESQUISA Embora em suas pri primeiras manifestacé a gbora em: festacdes como in setae fess considera “no rata”, Ue fates ere eet tipo de contato com as pessoas ocala dus a ee Pee so observadas. les fete om cmp, on cane at , em Cenario: com aquilo dee seta assim. €™ Malor ou menor grau, um envelvinencs " ae um envolvimento sta questo de grau di fo. teat de 873 diz respeito 20 tipo de a die res Papel adotado pelo etnégra- dicing quate eGo BAPE do pesquisa € a de Gla (1958) ue Pensava-se que tal papel rey de objetividade, embora isso seja basta Etnografia e observacao participante m= = 75 ‘A dissimulago, conduzindo a impasses éticos que os pesquisadores Gontemporaneos tentam evitar. Contudo, alguns exerplos vatidos. feressantes deste género continuam surgindo, como 0 estudo de Cahill (1985) sobre regras de interacdo em um banheiro publico. O objeto deste estudo era o comportamento rotineiro no banheiro. Durante um periado de nove meses, Cahill e cinco de seus alunos observaram © Eomportamento de usuarios debanheiros em shopping centers, centros estudantis, universidades, restaurantes e bares. No papel de observador-como-participante, o pesquisador faz obser- vya.6es durante breves periods, possivelmente visando a estabelecer ‘ocontexto para entrevistas ou outros tipos de pesquisa. O pesquisador & conhecido e reconhecido, mas relaciona-se com os “sujeitos” da pesquisa apenas como pesquisador. Por exemplo, Fox (2001) conduziu fobservacdes de um grupo de prisionetros destinadas a estimular a “au- totransformacao cognitiva” entre criminosos violentos. Os objetivos da pesquisa de Fox foram explicados e endossados tanto pelo Depar- tamento Estadual de Servicas Penitenctérios como pelos facilitadores ‘e membros do grupo. “Embora eu interaja com outros participantes,” iz ela, “fico quieta a maior parte do tempo tomando notas.” (0 pesquisador que é um participante-como-observador esta mals com- pletamente integrado vida do grupo e mais envolvido com as pessoas, tele é igualmente um amigo e um pesquisador neutro. No entanto suas atividades de pesquisa ainda sfo reconhecidas. Por exemplo, Anderson (1990) e sua esposa passaram 14 verdes vivendo em duas comunidades adjacentes, uma negra e de baixa renda, a outra racialmente mista mas cada vez mais branca e de renda tendendo a crescer de média para cima. Durante este tempo ele desenvolveu um estudo de inte- Facées envolvendo rapazes negros nas ruas das duas comunidades. ‘Aqueles jovens estavam conscientes do esteredtipo evocado por seu status e se ressentiam do modo como eram tratados (J. e., evitad por outros que presumiam que eles fossem perigosos; mas eles tam bém eram capazes de, em algumas circunstancias, aproveitar essas supostas caracteristicas para obter certas vantagens. Quando 0 pesquisador é um participante totalmente envolvido, to- davia, ele ou ela desaparece completamente no cenario e se envolve totalmente com as pessoas e suas atividades, talvez até mesmo a ponto de nunca reconhecer a sua prépria agenda de pesquisa. No jargao an- tropolégico tradicional, esta postura foi um tanto desrespeitosamente chamada de “tornar-se nativo”. Por outro lado, ha bastante apoio 20 desenvolvimento da “pesquisa de campo indigena”, isto é, pesquisa ia por pessoas que s4o membros da cultura em estudo (da '994, discutiu detalhadamente esta materia). Presume-se as 76m Michael Angrosino vezes que um “nat os dois papéis, gana Gnfase nessas duas formas de envolvimento, fas tendam agora a discutir papel n 850i uti pa Sop0 (Ver 0 Ale ene ca, PaPe em tras de asocar30 49 + 0s pesquisadores que adotam a asso ghservam de perto as pessoas em studo Sicers, mas néo participam das atividades que constitu Séncin da esociado a0 grupo. Por exempi, oF posers fe as eapeltura da droga nas ruas de uma grande cidade terlam Estee oa eteCér Como pestoas conhecidas e de contlanca, sora &s fendido que eles préprios nio vao us nar ogee teepee terms 98 ar ou vender drogas 'm contraste, aqueles , que assumem o pay ema de Yemserealerte nests athdades exsenciasembora tenervnee rameter com os valores, metas eatitudes do srupo,Por exes Pon noto8 Christopher Touney (1994) estudou tn srupo de

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