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O aquecimento tem sido um tema de muita discussão entre os

educadores e fisiologistas, existem várias opiniões sobre o assunto,


mas, segundo Weineck, 1989, um cientista alemão, o aquecimento
engloba atividades úteis para estabelecer o estado ótimo de
preparação psicofísica e coordenativo-cinestésica e para prevenir as
contusões.
Existem 2 tipos de aquecimento: o Geral e o Específico.
No Aquecimento Geral, as possibilidades funcionais do
organismo em seu conjunto devem ser levadas a um nível superior,
isto é, obtido através de exercícios que servem para aquecer os
grandes grupos musculares (por exemplo: aquecimento pela
corrida).
No Aquecimento Específico, o aquecimento efetua-se
especificamente, conforme a modalidade, isto quer dizer que aí são
executados movimentos que servem para aquecer os músculos em
relação direta com o esporte considerado.

O Aquecimento geral deve preceder o específico. Eles ainda


podem ser divididos em Ativo, passivo e mental ou de forma
combinada. O ativo, o esportista executa praticando exercícios ou
movimentos e no mental, ele se contenta em representá-los. No
entanto a preparação mental só pode ser aplicada a
desenvolvimentos motores relativamente simples ou completamente
automatizados e exige previamente uma formação analítica do
movimento. O aquecimento mental é particularmente moderador,
após as contusões. Mas é medíocre se aplicado isoladamente. Em
compensação se combinado com o aquecimento ativo é de grande
eficácia nas diversas modalidades como a ginástica e o atletismo. O
aquecimento passivo, sob a forma de duchas quentes, fricções,
massagens, diatermia etc., só pode ser concebido como um
complemento do aquecimento ativo, pois somente ele contribui
fracamente para a elevação da performance ou para uma prevenção
suficiente das contusões.

Efeitos
O aquecimento tem entre outras missões, harmonizar entre si,
de maneira ótima, todos os sistemas funcionais que contribuem para
determinar a capacidade de performance do esportista.
No livro Exercícios Aquáticos Terapêuticos, 1998, Ed. Manole, o
autor menciona que o aquecimento é o prelúdio do trabalho físico e
deve sempre ser executado em primeiro lugar. E que
fisiologicamente, ele permite ao corpo ajustar-se ao começo da
atividade e preparar-se para poder fazer face à demanda física que
será necessária. Ainda acrescenta, que o aquecimento deve ser
gradual. Pois, prepara os grupos musculares envolvidos para serem
alongados ou fortalecidos por um aumento da temperatura e
circulação nos músculos sem causar fadiga ou reduzir os estoques de
energia. Fazendo com que os músculos fiquem mais flexíveis,
reduzindo as chances de lesões.

Efeito sobre as funções cardiovasculares:


* Aumentar a frequência cardíaca;
* Elevar a pressão sangüínea;
* Aumentar a quantidade de sangue em circulação;

Efeito no sistema respiratório:


A frequência e a profundidade da respiração aumentam em
função da intensidade e do volume da carga corporal, a fim de
suprir o aumento da necessidade de oxigênio da musculatura em
ação e simultaneamente eliminar o dióxido de carbono resultante. A
falta do aquecimento pode causar a tão falada "dor no lado" pois o
diafragma que desempenha um papel importante alimentado em
oxigênio em um ponto de sua fina camada muscular, o que leva a
uma superacidificação local causando a tal dor.
Efeito na musculatura:
Com o aumento da irrigação no aquecimento e o calor produzido
pelo trabalho muscular elevam a temperatura de todo o organismo
e do próprio músculo de acordo com Stoboy, (1972). Este
pesquisador afirma que após 15-20 min de trote a temperatura pode
subir para 38,5 graus favorecendo o deslizamento das fibras
musculares e facilitando a movimentação de tendões e ligamentos.
Daí a diminuição do risco de distensões e de contusões nos
movimentos esportivos que sobrecarregam ao máximo o aparelho
motor ativo e passivo. Além disso, o aquecimento pode:
Melhorar a alimentação em energia e oxigênio no músculo;
Melhorar a otimização dos processos neuromusculares; e ainda
proporciona:

Efeito nos parâmetros psicológicos:


O aquecimento não só provoca uma melhora na disposição física,
como também da disposição psíquica à performance. Pode também
melhorar a atenção principalmente na percepção ótica, assim como
uma ativação das estruturas centrais, sobretudo da formação
reticular, melhorando consequentemente a coordenação e precisão
das ações motoras.
Como aquecimento, cada modalidade tem sua forma particular
de agir, mas seu objetivo geral é sempre iniciar a movimentação da
musculatura utilizada durante a parte mais ativa da aula ou
esporte, ou seja, na Hidroginástica, por exemplo: se em uma aula
vamos utilizar a musculatura total, iniciamos com um deslocamento
lento ou até um trote dentro da piscina e em seguida alongamentos
para que seja preparado o corpo para os movimentos mais intensos
em seguida. Isso ocorre com qualquer modalidade, mas é bem
particular.

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