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2958 MINISTERIOS DAS FINANGAS E DAADMINISTRAGAO PUBLICA, DA ADMINISTRACAO INTERNA E DAS OBRAS PUBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICA- GOES. Portaria n.° 213/2011 do 30 de Maio © Decreto-Lei n.* 102/91, de 8 de Margo, criou a taxa de seguranga, que constitui contrapartida dos servigos pres tados aos passageiros do transporte aéreo, no dominio da seguranga da aviagao civil, para repressio de actos ilicitos e destina-se & cobertura parcial dos encargos respeitantes aos meios humanos e materiais utilizados para o efeito. A plena implementagao de uma politica de seguranga no dominio da aviagao civil implica a adopgao de no- vas solugdes de identificago que asseguram uma methor protecedo contra a fraude documental, com repercussdes assinalaveis na melhoria das condigdes de seguranga e da celeridade dos controlos fronteirigos. Nesta senda, em cumprimento de directrizes emanadas pela Organizagao da Aviagao Civil Intemacional (docu- mento ICAO 9303 — parte 1) e do disposto no Regula- mento (CE) n.° 2252/2004, do Conselio, de 13 de Dezem- bro, relativo ao passaporte electrénico, foi assumida como prioridade do Estado Portugués, desde 2005, a adopgio de uma solugdo integrada de controlo electrénico de fronteiras para passageiros com passaporte electrénico, em perma- nente optimizagao tecnolégica. A implementagao desta solugao pressupde a aquisigao, a operacionalizaga0 ea manutengao de sistemas electrSnicos integrados, bem como o reforgo dos meios humanos ade- quados, cujos encargos devem ser tidos em consideragao nna revisio dos montantes da taxa de seguranga. Por scu turno, de harmonia com o n.° I do artigo 42.° da Lei n° 23/2007, de 4 de Julho, que aprova o regime Jjuridico de entrada, permanéncia, saida e afastamento de estrangeiros do teritério nacional, as transportadoras aé- reas que prestem servigo de transporte agreo de passageiros sho obrigadas a transmitir, at ao final do registo de embar- que e a pedido do Servigo de Estrangeios ¢ Fronteiras, as informagdes relativas aos passageiros que transportarem até um posto de fronteira através do qual entrem em ter ritério nacional. Para esse efeito, e nos termos do artigo 9.° do Decreto Regulamentar n.° 84/2007, de 5 de Novembro, 0 Servigo de Estrangeiros e Fronteiras & responsével pela imple- mentagio, operacionalizagao ¢ manutengao da solugao teonoldgica adequada — o Advance Passenger Information System (APIS) —, que implica necessariamente encargos financeiros acrescidos. ‘Assim, impde-se a revisio do montante devido pela prestagio dos referidos servigos, que se repercutem nos ‘yoos internacionais, Neste contexto, a presente portaria altera a Porta- ria n.° $41/2004, de 21 de Maio, alterada pela Portaria 1." 1360/2009, de 27 de Outubro, que fixa o valor da taxa de seguranga dos servigos prestados aos passageiros no transporte aéreo. Assim: Manda 0 Govemno, pelos Ministros de Estado ¢ das Finangas, da Administragdo Interna e das Obras Piblicas, Transportes ¢ Comunicagdes, a0 abrigo dos n.* 1 © 2 do artigo 6° do Decreto-Lei n 102/91, de 8 de Margo, alte- Diério da Repiiblica, 1.*série—N." 104—30 de Maio de 2011 rado pelo Decreto-Lei n.” 11/2004, de 9 de Janeiro, ¢ pelo Decreto-Lei n.° 208/2004, de 19 de Agosto, o seguinte: Artigo 1.° objecto A presente portaria altera a Portaria n. 541/2004, de 21 de Maio, alterada pela Portaria n.° 1360/2009, de 27 ‘de Outubro, que fixa 0 valor das taxas de segurana dos servigos presiados aos passageiros no transporte aéreo. Artigo 2° Alteragdes a Portaria n2 54/2004, de 21 de Maio 1 — Sfioalterados os n.* 1, 5 ¢6 da Portarian.° 541/2004, de 21 de Maio, alterada pela Portaria n° 1360/2009, de 27 de Outubro, que passam a ter a seguinte redacgio: 41." 0 montante da taxa de seguranga na compo- nente a que se refere a alinea a) do n.° 3 do artigo 2.° do Decreto-Lei n® 102/91, de 8 de Margo, alterado pelo Decreto-Lein.* 11/2004, de 9 de Janeiro, pelo Decreto- -Lei n 208/2004, de 19 de Agosto, € fixado nos se- guintes valores: a) [J 4)[..] ) Vos internacionais —€ 7,07. 5.°Da taxa aplicada ao abrigo da alinea b) don. 1, « independentemente da repartiga0 das taxas a0 abrigo do n.”3, € 1 reverte para o Servigo de Estrangeiros e Fronteiras 62° Da taxa aplicada ao abrigo da alinea c) do n." 1, ¢ independentemente da repartigdo das taxas ao abrigo do n°3, €3 revertem para o Servigo de Estrangeiros Fronteiras.» 2—Os n."5 e 6 da Portaria n.” $41/2004, de 21 de Maio, alterada pela Portaria n.° 1360/2009, de 27 de Ou- tubro, passam a constituir os n.°"7 e 8, respectivamente, Artigo 3° Entrada em vigor A presente portaria entra em vigor 60 dias apés a data da sua publicagao. © Minjstro de Estado e das Finangas, Fernando Teixeira dos Santos, etn 13 de Maio de 2011. — O Ministto da Ad- ‘ministraydo Interna, Rui Carlos Pereira, em 21 de Margo de 2011, — 0 Ministro das Obras Pablicas, Transportes e Comunicagses, Antdnio Augusto da Ascenciio Mendonca, ‘em 16 de Margo de 2011 MINISTERIO DO TRABALHO. E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL Portaria n° 214/2011 do 30 de Malo De acordo com a Resoluso do Conselho de Ministros n° 173/2007, de 7 de Novembro, que aprova a Reforma Ditrio da Repiiblica, 1.*série—N." 104—30 de Maio de 2011 da Formagao Profissional, conjugada com o Decreto- -Lei n° 396/207, de 31 de Dezembro, que estabelece o regime juridico do Sistema Nacional de Qualificagdes (SNQ), a melhoria da qualidade da formagao profissio- nal, das suas priticas e dos seus resultados, exige uma actuago que promova a capacidade técnica e pedagdgica dos formadores, através do reforgo permanente das suas competéncias, Face a experiéneia adquirida, aos constrangimentos observados e 4 evolugio entretanto verificada a0 nivel do perfil de competéncias do formador, volvidos mais de 10 anos de implementagdo dos processos ¢ proce- dimentos em vigor, justifica-se proceder & revisio do enquadramento legai da respectiva formagao ¢ certifi- cagdo pedagégica. Este novo regime juridico visa conferir ao dispositive de qualificagdo e certificagao pedagégica de formadores ‘uma maior exigéneia, coeréncia e transparéncia, no plano substantive, facilitando a sua petcepedo por parte quer dos piiblicos quer das entidades formadoras, bem como hharmonizar, simplificar e desburocratizar os procedimen- tos, ao nivel formal, procurando desmaterializar toda a relacdo processual com os servigos da Administragao Piblica. Pretende-se igualmente, com este diploma legal, te- forgar a qualidade da formagao profissional, através da prossecugdo dos seguintes objectivos: i) vatorizar a certificagao da aptidio pedagégica do formador, estimu- Iando a mobilizagdo das competéncias capazes de induzir ‘uma relacdo pedagégica eficaz em diferentes contextos de aprendizagem; ii) estabelecer a obrigatoriedade da formagao pedagdgica inicial para o avesso a actividade de formador, garantindo uma intervengao qualificada neste dominio, e iff) promover a formagao continua dos formadorcs, salientando a necessidade da sua actuali- zagio permanente, em especial daqueles que intervém em acgées dirigidas a publicos mais desfavorecidos, na mediagao de formagdo, na formagao de formadores, na formagao a distineia, na Formagd0 em contexto de trabalho, na gestio © coordenacdo da formagao, bem como na consultadoria de formagio, particularmente junto das PME. ‘Apesar da formasio pedagégica inicial de forma- dores continuar a ter uma duragao base de 90 horas, © referencial de formagao passa a ter uma organiza go modular, petmitindo uma oferta mais flexivel © adaptada ao perfil de entrada de cada candidato, sendo ‘mesmo possivel a existéncia de percursos diferenciados em fungio do posicionamento definido no ambito de ‘um processo de reconhecimento, validagao e certifica- 0 de competéncias orientado para o exercicio desta actividade, ‘A formacao continua passa a ter uma duragdo varidvel © adaptavel ds exigéncias de actualizagio permanente do perfil de competéncias do formador, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, considcrando as necess dades concretas do mercado de trabalho, devendo a oferta das entidades formadoras ser estruturada com base numa combinatéria de médulos de 10 horas, de acordo com os referenciais disponiveis. Assim: Nos termos do disposto nos artigos 21.” © 23.° do Decreto-Lei n.° 321/2009, de 11 de Dezembro, e no n° I do artigo 20.° do Decreto-Lei n.° 396/207, de 31 de Dezembro, manda o Governo, pelo Secretirio 2959 de Estado do Emprego ¢ da Formagio Profissional, 0 seguinte: Artigo 1.” Objecto presente diploma estabelece o regime da formagio ¢ certificagao de competéncias pedagégicas dos formadores que descnvolvem a sua actividade no dmbito do Sistema Nacional de Qualificages (SNQ). Artigo 2° Ambito 1 — Este regime aplica-se a todas as pessoas que exer- com a actividade de formador, a titulo permanente ou ‘eventual, qualquer que seja a natureza da entidade forma- dora, modalidade, contexto, drea de formagio ou fonte de financiamento. 2— Exceptuam-se do seu Ambito de aplicagdo os de- tentores de habilitagdo profissional para a docéneia, os docentes do ensino superior universitirio ¢ politécnico ¢ ‘0s responsdveis da administragao edtucacional e das acti- vidades de formagio avangada para o sistema cientifico e tecnolégico Artigo 32 Requisitose vias de aceso a certitieagio de competéacas pedaigicas 1 —Pode exerver a actividade de formador quem for titular de certificado de competéncias pedagégicas. 2—O cettificado de competéncias pedagégicas de for- ‘mador pode ser obtido através de uma entidade formadora certificada, nos termos da Portaria n.° 851/2010, de 6 de Setembro, mediante uma das seguintes vias: 4) Frequéncia, com aproveitamento, de curso de forma- ‘edo pedagégica inicial de formadores; 'b) Reconhecimento, validagdo e certificagdo de com- peténcias pedagdgicas de formadores, adquiridas por via a experiéncia; c) Reconhecimento de diplomas ou certificados de ha- bilitagdes de nivel superior que confiram competéncias pedagégicas correspondentes ds definidas no perfil de refergncia, mediante decisio devidamente fundame tada por parte do Instituto do Emprego e da Formagao Profissional, IP. (IEFP, 1. P) 3—0 formador deve ter uma qualificago de nivel superior. 4— Em componentes, unidades ou médulos de for- ‘magio orientados para competéncias de natureza mais, operativa, o formador pode ter uma qualificagao de nivel igual ao nivel de saida dos formandos, desde que tenha ‘uma experiéncia profissional comprovada de, no minimo, 5 —A titulo excepcional, em casos devidamente funda- ‘mentados, pode ser autorizedo pelo IEFP, I. P., 0 exercicio da fungdo de formador a pessoas que: 4) Nao sejam titulares do certificado referide no n° 1 do presente artigo, mas possuam uma especial qualifica- ‘go académica ¢ ou profissional ndo disponivel ou pouco frequente no mercado de trabalho; 2960 5) Nao detenham uma qualificagdo de nivel igual ou superior ao nivel de qualificagao em que se enquadra a acgio de formagao, mas possuam uma especial qualifi- cago profissional nao disponivel ou pouco frequente no mercado de trabalho. Artigo 4° Modbalidades ¢ desenvolvimento da formagio 1 — O principio geral pelo qual se rege a formago pe- dagégica de formadores ¢ 0 da continuidade e progressio, integrando as seguintes modalidades: 4) Formagao inicial: +b) Formagao continua. 2— Os cursos de formagdo pedagdgica, em qualquer modalidade, devem respeitar os referenciais em vigor, disponibilizados pelo IEFP, 1. Pe podem desenvolver-se de forma auténoma ou integrados em percursos de maior duragio, nomeadamente de nivel superior. 3 —0 IEFP, I. P, pode estabelecer protocolos com entidades de reconhecido mérito, nomeadamente institui- des de ensino superior, tendo em vista a homologagao de cursos de formagao pedagdgica, Artigo 5° Formasio pedagogica nici 1 —A formagio pedagégica inicial assenta num refe- rencial base de competéncias, organiza-se em percursos estruturados de forma modular, com uma duragao de re- feréncia de 90 horas e contempla as seguintes dimensdes: 4a) Pedagégica, que visa a aquisigio eo desenvolvimento das competéncias necessérias em fungao das modalidades, dos piblicos © dos contextos de intervengao, inchuindo © uso das tecnologias de informagao e comunicago em diferentes situagdes de aprendizagem; +b) Organizacional, que inelui as t&enicas e métodos de planeamento, gestio, organizago, acompanhamento € avaliagio da formacio; ©) Pratica, que consiste na aplicago ou no exercicio con= textualizado, real ou simulado, das competéncias téenico- -pedagégicas adquiridas ao longo da formagao; 4) Deontoligica e ética, que abrange 0 respeito pelas regras ¢ valores profissionais, bem como pela igualdade de género e pela diversidade étnica e cultural 2.—Os percursos de formagao inicial organizam-se em unidades de 10 horas ou miiltiplos e estruturam-se por dimensdes e competéncias de acordo com o perfil de formador, permitindo uma gestdo flexivel no acesso, posicionamento e saida dos formandos. 3 —A duragio da formago modular que visa responder a necessidades identificadas nos processos de reconheci- mento, validagao e certificagao de competéncias peda- gégicas pode ser varidvel em fungao do posicionamento dos candidatos. Artigo 6° Formagio pedagdglea continua 1 —A formagio pedagégica continua assenta em diver sos referenciais de competéncias, organiza-se em percursos estruturados de forma modular, com uma duragao variavel, Diério da Repiiblica, 1.*série—N." 104—30 de Maio de 2011 contempla, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, uma ou mais das seguintes dimensdes: a) Pedagégica, que integra médulos orientados para 0 aperfeigoamento, 0 aprofundamento ou a diversificagdo

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