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‘ADRIANA DE ALMEIDA MENEZES Procuradora Federal Especialista em Engenharia Econdmica e em Direito Pabico. Professora do Curso Praetorium, do Instituto 108, do Curso Logos. | + questdes comentadas | + Questdes de concursos separadas por t6picos + Principals simulas dos Tribunals Superiores. | 11.457 extinguiu, com efeitos a partir de o2/ ‘maio/2o07, a Secretaria da Recelta Previdencidria e a Secretaria da Receita Federal passou a se chamar Secretaria da Receita Federal do Brasil, “Super Receita’, vincu- {ada ao Ministério da Fazenda, com a atribuicao de arrecadar, cobrar e fiscalizar todos os tributos federais, incluindo, agora, a partir de o2 de malo de 2007, as contribuigdes previdencidrias. 0s créditos previdenciatios origindrios, a partir de centdo, pertencem & Unido, segundo a nova lei. HOIE: 0 INSS tem a atribuicio de conceder e manter os beneficios previdenc- rios € 0 beneficio de prestacao continuada da assisténcia social, mais conhecido Como LOAS, niio mals atuando na arrecada¢ao e na cobranca das contribuigses chamadas previdencirias. A atriouigao de arrecadar, cobrar e fiscalizar as contribuigdes previdenctérias € da Secretaria da Receita Federal do Brasil, vinculada ao Ministério da Fazenda. > RESUMINDO: ‘A preocupacao com os infortinios da vida tem sido uma angistia constante 4a hurmanidade. Desde tempos rematos,o homem tem se ajustado no sen. i tido de reduzir os efetos das adversidades de sua existéncia, como fome, S doenca, velhice, et. Com o tempo, nota'se a assunco por parte do Estado de alguma parcela de ‘esponsabilidade pela asistencia aos desprovides de renda até, fnalmente, ser crlado um sistema securtrio coletivo e compulséro. Resumidamente, a evolucio da protegio socal campreende o aumento da ‘esponsabilidade do Estado pelo bem estar da sociedade de modo cada vez [9-84] mals abrangente, visando & protegio total seguridade socal, i © Hoje, no Bras, entende-se por seguridace socal o conjunto de a¢bies do Es- 55 2 tado no sentido de atender as necessidades bisicas de seu povo nas areas de Previdencia Social, Asssténcla Sociale Said. A seguridade social compreende um conjuntointegrado de agbes de inidativa | dos PoderesPablcos eda socedade, destinado a asseguraros direitos sade, oe 4 previdéncia e &assisténca social (CF, ar. 194 caput). + «| Asaide 6 direto de todos e dever do Estado (art. 155, F/88). Assim, indepen JG ee] dente de eontrbuigio, qualquer pessoa tem o direto de obter atcndimento na rede pba de sade. ‘assisted social serd prestada a quem dela necesstar (art. 203 7/88), ou onveinzacao | 825s 7 A i: soja, Aquelas pessoas que no possuem condigdes de manutenezo propris, ‘Assim como a sate, Independe de contribu para a sistema. 0 requis b ara o audio assistencial & a necessidade do assistido, |Aprevidéneia social é seguro colo, contribute, eompuls6ro, de organizacio | estatal (SS), organizado no regime financeio de repartico simples e deve coneliar este repime com a busta de seu equitbro finance e atuarial (ar. 201, CF). [A Securspine Soci D> Histérico no Mundo Inglaterray4601 | Poor Relief Ac~ primero ato relative & assisténda socal “TT ehaneeler Bismark obteve a aprovario do pariamento de seu projeto de — : rode acenes de vaio Ai 5 | Segue de doen, qu apie po sepa de 2 (4884) € pelo seguro de invalidez e velhice (1889) ‘appi | Encelca Rerum Novorum, de Leo x “oy ‘A primeira Constituigao a mencionar 0 seguro socal foi a do MEXICO "sig. | AConstnlgao de Weimar traz varios dlspostvosrelatvos &Previdéndia ‘crc protetva espalhow-se pelo : ‘A partir €o modelo Bismarkiano, esta técnica protetva esp a sit, mundo senda que, no perio ene a ins wandes eas, howe Papas | maior abrangénca da técnica, atingndo um nimero cada vez maior de Vr | pessoas Neste perodo, pode-e ct o Sd Sart At. ‘Relatdrid BEVERIDGE) Este relatério, responsével pelo surgimento do plano de ‘mesmo nome, fol que eu.arigem & Seguridade Social, ou sej, a responsa~ blldade estatal nao s6 do seguro social, mas também de agBes na rea de safde-c assiténca social _ > Histérico no Brasil i secret rassresaler aaa Sed ee eon Recast tae eee "| era concedida a funciondrios piiblicos, em caso de invalidez. iemeiaeiee Gaara McRae omebeaee Legislative n° 4.682, de 24/01/1923), que criou caixas de aposentadorias e pensies saree “ Ieee duroptcodee newman caine ute cs a reer ectoleees certian cee oes oneness empresas de servicos telegraficos e radiotelegréficos. See ecards aaen ne ir aspera | peace q riplice da fonte de ne 4 rae ‘com contribuigdes do Estado, de empregador € do ‘em Cee ea Sa oe eee oe pe eee 25 Anwina 0 Auton Menezes ‘ Constnuicdo de 1946 ola primera a uillzar a expressio “previdenda socal, 2948. | substuindo a expresso “seguro soca ‘seo |_| Ale? 5807, de 26/0/56, uniicou toda a legisla seca e ficou conheciéa 2° | como a tel Organica da Previdéncia Socal - LOS. 563. | stig do Fundo de Assténda ePrevidnda do Tabalhador Rural—FUNRURA, instudo pela lel 1? 4.214 de 02.03.1963. ‘nda na C46, fl incu, em 365, pardgrafo probindo a prestagio de beneo sem 2 correspondentefonte de csteo,. Wes foram unificados no INPS, por meio do Decreto-ein* 72, de 23.1396. || 2967 Aci 5.6, de 14.00.1967 Integrou o seguro de acidentes de trabalho & 2967" | previdenda socal fzendo assim desaparecer este Seguro como ram & part. Alsi complementarn xa, de 2505.97, nstuu o Programa de Asssténca 20 gp | Taattador Purl PRoRURAD, de natureza asistencia, co pindpal beneiGo i era.aaposentadoria por vetice,apés 6 anos de dade, equvalene a 50% do | salriovninima de maior valor Pa 47 | Alsi? 6.9/7 silo SNPS. ____ | Aconstiugéo de 1568 ratou, pela primeira vez no Bri, da Seguridad Soda, 988 | ertendda esta como um conju de ages nas reas de Sad, Previdenca © Assisténca Sodal. ‘OSNDAS foi extinto em 1950. Ll n® 8.029, de 22/04/1999, iow o SS muro "Nacional do SEGURO SOCIAL autarquia federal, vinculada 20 hoje MPS, por meio da fuso diH63 com off) ci 8.212 (Plano de Custelo e organizaczo da Seguridade Soda) e tel n> 8215 (Plano de Benetidos da Previdénda Soca), Decreto a 3.0899, 1 Reforma da Previdénda, ransformando aposentadorla par tempo de serigo em aposentadora por tempo de contribu, 2 Reforma da Previdenda, mudando regras de apasentadoria do servidor, com | ‘fim da integrakdade e i parade, ‘Complement a £C ne 4ajog trazendo mals uma regra transla, (Gago da Secretaria da Receita Previdenciri vinculada ao Minstrio da Pre- ‘dena Social com atibuiao de fscalzr,cobrar e arrecadar as contbuigbes revidencirias Dingio da Secretaria da Recelta Previdenciria - SRO, conferindo & Secretaria da Receta Federal do Brasil a atribuigao, também, da fiscalizao, cobranga € ‘arrecadacao das contribugbes previdencirias Decorreu o prazo para sua conversa em lel e manteve'se,entlo, a SRP tele ;] de Secretaria da Recelta Federal do Grasil~SRFB-, com a atribulcSo, a partir ‘xtinglo da SRP. A Secretaria da Recelta Federal passa a ter a denominacio ide malo/or, de iscalzar,arrecadar e cobrar as contribuigBes previdendaras, 26 \ | | [A Secure Soom. ‘QUESTOES COMENTADAS DE CONCURSOS PUBLICOS ‘x, (DefensoriaPéibca da Unio /CESPE/2010) Ate Eloy Chaves (Decreto Legilativo no 4682/3825), ‘considerada o marco da Prevdencla Social no Brasil criou as cabas de aposentadoria e pen- ses das empresas de estradas de feo, sendo esse sistema mantido e administrado pelo trade, > comentério ssa assertvaencontra se errada na medlda em que a caxa de aposentadoria epensio dos tr balhadores das estradas de fero ndo era Somente com contbulgbes do Estado, Haviaconibuides das empresas e dos prprios trabalhadores. Porém, esd crreta a parte em que diz que a Lel Eloy Chaves & consderada o marco ca Prev nia Socal no Bras. Fundomentaguo: rt. Decreto 4683, 102, (Advogad da Unio /CESPE/2006)- Ap6s modelo de previdéncia sodalconcebido por Wiliam Beveridge, implantado na Inglaterra a partir de 2946, novos sistemas surgiram no cendrio raional mundial 0 sodal-democrata, adotado nos pases nGalios, co objetivo era asse- \ gurarrenda a todos mediante redistribuicio Iualtria; eo liberal ou residual, cjo exerplo mals expressWvo € o ile, caracerizado, especialmente, pela indivicualzagéo dos riscos socais > comentério ‘Aassertvaestécoreta e demonstra dots stems ditnts de previdénca socal que sugram, tendo, de um lado a Inglaterra como representante do modelo social-democratae, de outro, 0 Chile ‘com um sistema liberal 03. (Fiseal Ss/aterada/CESPE/s997) ~O Sistema Nacional de Previdéncia e Asistencia Socal (Ginpas),Introduzido em 2977, buscou reorganizar a previdéncia soca, integrando suas diversas atlvidades, por melo de 6reios tls como: INPS, NADIPS, FUNABEM, DATAPREV e pas, > comentério. ‘Aassetva encantrase coreta, na medida em que, de fat, © SNPAS buscava organiza Prev- dénca a Asst Social no Bras com a inegraguo de virios Gros acima todos, akém da (BA (eCEME. Fundamentagao: Ans. 3 , ambos date 6439/7 ‘QUESTOES DE CONCURSOS ox, (alist Judicirio/frea judilria/r 21 Regio/CESPE/2010)~ As atuais regras consttuco- nals impedem que os municipios tenkam seus prépriosInstttos de previdénda. ‘ABO Certo Derado oz (Avalita Judcro/hrea yudicéria/TRT 21 Repido/CESPE/2030)~Até a década de go do século 1%, previdéncia social brasileira caracerizava-se pela esisténca de insttsos previdencé ios dsites que atendiam a diferentes setores da economia. ABs0 cero D erado 27 Anais 0¢ Aun Menezes 5. (Analista Judiirio/Area juicria/Met 23+ Regiio/CESPE/2020) - Com a crlagdo do Instituto "Nacional do Seguro Social foram unficados,nesse insttuto, todos os dros estaduals de Drevidéncia sodal (10:0 certo D erado 2%. (Defensor Piblico do Estado do Cear4/CESPE/2008) - No ordenamento lurdico brasiro, a primeira referénca a instiuiBes que promovessem agbes relaconadas 20 que hole se omens ree ute amos lds Pbres oor aw em ei astnde Sod endo a roads seal stb spr doco Yor Bana, iia Meant em lt com sae dua st Ge sepres sos eeoeeaeee aa € [areca ¢ [ease E | Art. 27, Lei 8oa9/90 ¢ [boar € [bose 06 | € | Art. 29, Decreto 4682/23 ae [bane ape f 7 c : a [nt el 3807/60, at lel 6499/77 ‘As, Decreto 4682/23 Doutina 2 ‘An, cpu el 8029/90, Doutrina 29 Capfruto 2 A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL Sumrio + 1, A seguridade socal - 2. Sade - 3, A assistncia socal - 4. A previdnia social ~ ‘QuestBes comentadas de concursos pabllos ~ questdes de concursos 1. A SEGURIDADE SOCIAL Como dissemos no capftulo anterior, a Constituicio Federal de 1988 foi a primeira constituicio brasileira que introduzlu no seu texto o conceito de seguridade social. ‘A Seguridade social brasileira, como prevé a Constituigdo de 1988, no art. 194, ‘caput, € um conjunto integrado de agGes nas areas de previdéncia social, assis- téncia social e satide. 0 termo “seguridade” fol trazido pelo constituinte de 1988, a partir do termo espanhol “seguridad”. Por isso, em Portugal fala-se em “seguranca social”. Para nosso estudo, seguridade e seguranca social séo expresses sindnimas. Da ‘mesma forma, 6 comum chamar a previdéncia social de “seguro social” que, para nosso estudo, devem também ser compreendidas como sinénimos. Seguridade provém do latim securitate(m), decorrente de securitas, eviden- ando a concepgio de proviso para o futuro. Conforme preceitua 0 art. 194 da Constituigdo Federal, a Seguridade Social: COMPREENDE UM CORIUNTO ITEGRADO. DE ACOES DE IMICATVA. 005 ‘PODERES POBUCOS E DA SOCEEDADE, DESTIADAS A ASSEGURAR 0S DIRETOS FUNDAMENTAS RELATVOS A SAUDE, PREVIDENCAE A ASSSTENCIA SOCAL. Dai, entZo, conclulse com facilidade que a seguridade social é um género, do ‘qual so espécies a previdéncia social, a assisténcia sociale a saiide. Esse 6 conceito de Seguridade Social factivel [Ensina MARTINS que “o Direito da Seguridade Social é um cénjunto de principios, de normas e de insttuigbes destinado a estabelecer um sistema de protegao aos indi- ‘viduos contra contingéncias que os impecam de prover as suas necessidades pessoais bsicas e de suas familias, integrado por agOes de iniciativa dos Poderes Piblicos e da 4 MARIN én Pit, Reforma da Previdenci Socal n Reus de Preven Soi ano +25, D- 31 Abana De AUD Menezes sociedade, visando assegurar os direitos relativas & satide, d previdéncia e a assis- tncia sociar”. Importante ressaltar que, ainda, 0 seguro social € usualmente Incluido como direito de segunda geracio, por se tratar de direito social criado no século XIX. J a seguridade, como grau méximo da protecdo socal, por materializar de mado mais evidente a solidariedade do sistema protetivo na atualidade, deve ser necessaria- ‘mente inserida na terceira geracio. ‘A Seguridade Social é verdadeiro direito de terveira geracéo, jé que é exten- sivel a toda a sociedade, transcendendo 0 aspecto individual, & semelhanca dos direltos cléssicos de primetra geracto. E de se registrar, no entanto, que a ordem social ndo esgota todas as agdes, ‘em favor da sociedade, mantidas pelo Estado. O constituinte de 1988, ao criar um Fstado Social com amplas acées em prol da sociedade, nao se limitou, a previ déncia, & assisténcia e & satide, mas também direcionou a ago estatal para outras reas de interesse, como a educacéo. Por isso, apesar da seguridade social reunir as principais agBes socials do governo, nao estdo todas af incluidas. A seguridade social é somente um compo- rente (mas o principal) do Titulo “Da Ordem Social” da Constituicio. 2, SAODE ASatide 6, conforme dispe o art. 196 da Constiuicao Federal, “direto de todos dever do Estado, garantido mediante politcas sociais e econdmicas que visem & redugtio do risco de doenga e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio as ‘ages e servicos para sua promogdo, protec e recuperagao". Nao esta o servico de satide sujeito A contribuigdo prévia do beneficiério de seu servico, qualquer pessoa tem o direito de obter atendimento na rede pablica e, atualmente, esse sistema possui organizagao totalmente distinta da previdéncia social. |sso significa que o usuario do sistema de sate piiblica nao necessita comprovar ualquer contribuicao para o sistema de seguridade socal para ser atendido. Inde- pendentemente de qualquer contribuiao, tem-se o direito & satide no Brasil. Com 0 novo modelo de sade trazido pelo constituinte de 1988, néo se exige daquele que vai receber 0 tratamento de saiide, pelo Poder Piblico, qualquer contribui¢do prévia ou mesmo que ele pertenca a um sistema de previdéncia. bom relatar que a confusto que muitas pessoas fazem entre 0s conceitos de previdéncia social e de prestacio de satide pelo Poder Pablico se deve ao fato de ‘que, no modelo anterior & Constituigao Federal de 2988, a protecio a satide no era considerada um direito para todos, universal. As pessoas que tinham direito 32 (A Seaunmace Soa Yo BRAst. A prestagéo do servico pblico de satide eram aquetas vinculadas & Previdéncia ‘Socal, ou seja, 0 trabalhador que contribufa para a Previdéndia Sodal. Para exemplificar, 6 eram atendidos por meio do INAMPS (Satide) os trabalha- dores vincutados ao INPS (Previdencia). A satide, entéo, a partir da nova concepeéo trazida pela Consttuigéo de 1988, 6 garantida mediante polticas socials e econOmicas, visando & redugao do risco de doenca e de outros agravos necesséria para sua promocao, protecdo e recupe- racdo. As condigSes para implantacdo de tais ages da satide, além de sua orgat zaGio e de seu funcionamento, s4o objetos de regulamentacao pela Lei ne 8.080/00. AgBes ¢ servicos piibicos de satde integram uma rede regionalizada e hierar: uizada e constittem um sistema tnico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: descentralizacdo, com direcio Ginica em cada esfera de governo; aten- dlimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuizo dos servicos assistencais; e partcipacdo da comunidade. Percebe-se que, com a nova concepedo das agbes de satide, 0 INAMPS nido mals atendia a0 comando constiucional ¢ fol extinto em 1993. AS agBes de satide passaram, ento, para a responsabilidade direta do Ministrio da Savide, por meio do Sistema Unico de Satide ~ SUS. ‘Ao SUS compete, além de outras atribuigBes, nos termos da lei: + controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substancias de interesse para a sate, além de partidpar da producao de medicamentos, equipa- mentos, imunobiolégicos, hemoderivados e outros insumos; + executar as agies de vigilincia sanitéria e epidemiolégica, bem como as de satide do trabalhador; + ordenar a formacao de recursos humanos na area de satide; ‘+ participar da formulacdo da politica e da execucdo das acies de sanea- mento basico; + Incrementar em sua érea de atuagdo 0 desenvolvimento clentfico e tecno- \éshco; + Ascaizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor rnutricional, bem como bebidas e Aguas para consumo humano; + participar do controle e fiscalizacao da producao, transporte, guarda e ut zacdo de substancias e produtos psicoatives, téxicos e radioatives: + colaborarna protecdo do meto ambiente, nele compreendido o do trabalho. 0 Sistema Unico de Satde é financiado com recursos dos orcamentos da segu- Fidade social, da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, além de otras fontes. 33 onan De Aus Menezes ALel ne 8080/99, que dispde sobre a organizacio e o funcionamento dos servigos de satide, traz em seu art. 31 que “o orgamento da seguridade social destinara 20 Sistema Unico de Satie (SUS), de acordo com a receita estimada, os recursos necessérios & realizacio de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua diregao nacional, com a participacao dos érgaos da Previdéncia Social € da Assisténcia Social, tendo em'vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orcamentérias.” E pertinente destacar que a Constituigéo Federal, em seu art. 198, $2, deter- mina que a Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios devem aplicar, anualmente, em acbes e servicos piblicos de satide, recursos minimos derivados da aplicagao de percentuais calculados sobre suas arrecadagies tributérias, além de parcela dos valores obtidos a partir de repasses da Unido, dos Estados e dos Fundos de Particpacio de Estados e Municipios. Esses percentuais minimos deverao ser fixados em lei complementar, a qual, até 0 momento, nao velo a ser elaborada promulgada. Entretanto, até que venha a ser editada essa lei complementar, a propria Emenca Constitucionat ne 29/2000 inseriu no art. 77 do Ato das Disposigoes Cons- ‘titucionals Transitrias - ADCT regras a serem cumpridas relativas & aplicagio de recursos minimos aplicados nas aces puiblicas de satide, quais sejam: ‘+ no caso da Unio, no ano de 2060, 0 montante empeniado em agbes e servicos piibicos de satide, no exercicio financeiro de 2999, acrescentando- Se, no minimo, 5% (cinco por cento); para os anos de 2001 @ 2004, seria 0 valor apurado no ano anterior, corrigido pela variagao nominal do Produto Interno Bruto - PIB; + no caso dos Estados e do Distrito Federal, 12% do produto da arrecadacao de impostos estaduais € dos recursos repassados pela Unido a titulo de ‘mposto retido na fonte e os obtidos com 0 Fundo de Participacao, dedi zidas somente as parcelas que forem transferidas aos respectivos Muni pos; * no caso dos Municipios e do Distrito Federal, 5% do produto da arre- cadagdo de impostos municipais e dos recursos repassados pela Unio Cimposto retido na fonte e fundo de particpacao) e pelos Estados. Percebe-se que, mesmo apés 2004, no veio a Lei complementar, o que faz com aque as regrasacima sejam respeitadas até que decorra a rferia lel. A Constituicao evidenciou; ainda, a possibilidade de assisténcia 4 satide pela iniciativa privada. Vale dizer, a satide nao é exclusividade do Poder Ptiblico, podendo as instuigdes privadas paricpar de forma complementar do Sistema Unico de Satide, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito piiblico ou convénio, tendo preferéncia as entidades flantrpicas e as sem fins lucratvos. 34 (A Secuioaoe Soci. no Bras. Entretanto, € vedada a destinagZo de recursos piblicos para auxfios ou subvengdes as instituies privadas com objetivo de Wucro (ar. 198, CF). ‘A Constituiglo ndo veda a criaglo de empreendimentos voltados ao lucro na rea da saiide. Apenas veda 0 aporte de recursos péblicas, salvo a quitacdo de servigos prestados ao SUS. Veda, também, a participacao direta ou indireta de ‘empresas ou capitais estrangelros na assisténcia & satide no pais, salvo excegies previstas em lel. Por fim, vale destacar a ditima alteracdo do art. 198 da Constituigéo trazida pela Emenda n. 63/2010 que dispde que “lei federal disporé sobre o regime juri- ico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira 2 regulamentacao das atividades de agente comunitério de satide e agente de combate as endemias, competindo a Unido, nos termos da lel, prestar assisténcia financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios, para 0 ‘cumprimento do referido piso salarial”. 3. A ASSISTENCIA SOCIAL ‘A-ssisténcia Social é tratada pela Constitulcdo nos arts. 203 ¢ 204: “Serd prestada a quem dela necessary, indepenientemente de contr bug & seguridad socal e tempor objetivos: 1-4 proteeo& fama, & matemidade,d infncla,& adolescéncia €@ vec. 11 amparo ds criangase adolescentesearentes 1a promogto da integra ao mercado de trabalho IVa habiitago e reabitagio das pessoas portadore de defkinca 4 promogio de sua itegrato vide comuntra, V2 gpranta de um sald mimo de benfio mensal& pessoa portadora de defténia e ao idoso ave comprovern nao possi melos de prover @ prépria manutengo ode ta provda por sua fama, conforme dispusr ale.” A pessoa dotada de recursos para a sua manutencdo, logicamente, nao seré destinataria das agbes estatais na area assistendal, no sendo possivel a ela 0 fornecimento de benefico assistencal pecunisio. Vale dizer que 0 beneficio pecunidrio s6 serd concedido & pessoa que neces- sita desse amparo, por no ter condicdes financeiras suficientes para suportar sua subsisténcia.Jé em relagio aos servigos socials, ndo hé exigéncia de comprovacio de falta de condicao financeira. Uma pessoa poderd ser atendida, por exemplo, por programas de promocio e integracio ao mercado de trabalho. A assisténcia social € regida por lei prépria (Lel ne 8742/93) ~ Lel Orginica da Assisténcia Social - LOAS, contemplando a concessdo do benefico assistencial 35 ‘Annan de Auweioa Menezes correspondente a um salério minimo, na forma de beneficio de prestagio cont- ruada, para pessoa portadora de deficigncia e idoso com 65 anos ou mais, que comprovem no possuir meios de prover a prépria manutencao ou de nao té-la provida por sua familia, atendidos os requisites legals. 0 benefico de prestacio continuada da Assisténcia Social sera objeto de ‘estudo em capitulo préprio. ‘Que comprovem no poss mmeios de prover 2 propria rmanutengo ou de néo t&- 4a provida por sua fai, _tendidos os recuiskos leas. ‘outro ponto a se destacar diz respeito & incusio do pardgrafo Gnico do art. 204 na Constituigio Federal pela Emenda Constitucional 42/2003, que faculta a0s Estados e ao Distrito Federal a vinculacdo de-até 0,5% (meio por cento) de sua receita tributéria liquida ao programa de apoio & inclusdo e promocao social Neste caso, tais recursos ficam, necessariamente, atrelados &s agBes sodais previstas, sendo protbida a aplicacao destes com despesas com pessoal e encargos socials, servgo da divida ou qualquer outra despesa corrente nao vinculada direta- mente aos investimentos ou agBes socials apoiadas. 4. A PREVIDENCIA SOCIAL {A Previdéncia Social, como um dos pitares da Seguridade Social, pode ser ‘conceituada como 0 conjunto de ages governamentals que tem por objetivo asse- {urar aos respectivos beneficiérios os meios disponivels de manutenco, uma vez Dresentes 05 riscos sociais basicos assim considerados: + Incapacidade; + desemprego involuntario; + idade avancada; + tempo de contribu + encargos familiares; + prisdo ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. Vale ressaltar que, juntamente com a educe¢zo, sate, alimentagdo, trabalho, moradia, lazer, seguranca piblica, protecdo & maternidade, & infancia e a assis- tncia aos desamparados (assisténcia socal), a previdéncia social consttul um direito subjetivo do trabalhador, conforme previsdo do art. 6 da Constituiclo Federal, in verbis: ‘Ar. 6+~ Art 6S crits sodas « eduengto, sade, a alimentago, © trabalho, a morada,o lazer, © segurange, a previdéncia social a 36 ‘A Secunpave Soci. no Bras roteg & materidade ein, a ossstca cos desomparods, ‘fora des Contino. Conforme preceitua o art. 201 da Consttusao Federal: “A previdnca socal ser onpnzoda sob a forma de regime gra, de carter conto de Mago obits, ebseradesctéris que reserve eqilo fiance aural, © atenderd as termes da isa |-eoberura ds everas de doen, nade, mre dade avangnda. l= protegdo@ maternidade, especaimente dgestante I protesto ao trabahadorem stuagao de desemprego Inoluti. Iv sliofantia e audioredusto para os dependetes dos sep rads debates rende; \V- pensto por mort do segurad, homem ou mulher, ao cnuge ou companteroe dependents, abservadoo dispsto no 6." Veja que a Constiui¢do foi dara quando tratou da previdéncia social: + organizada sob a forma de regime gerak vamos ter um regime geral de previdéncia social, abrangendo trabalhadores rurals e urbanos num s6 sistema; + de caréter contributivo: significa que hd a compulsoriedade da contribuicio para a previdéncia social. 0 segurado da Previdencia Social deverd pagar contribuicéo para a manutencio do sistema previdenciario; ‘+ de filiagao obrigatéria: significa que aqueles que venham a exercer ativi- dade remunerada licta deverao obrigatoriamente se fillar & Previdéncia Socal ‘+ preservacdo do equilforiofinanceiro e atuarial: devem-se criar crtérios de modo que o sistema previdenciério se mantenha equilibrado financeira ¢ aluarialmente. Nao se pode admitir que o sistema previdencidrio seja criado sem a preocupacio com o equilrio das contas no intulto de poder arcar com 0 pagamento dos beneficios. Como exemplo, podemos citar: + Jodo, empregado de uma grande indiistria no municipio de Araraquara, vai ser segurado obrigatério da Previdencia Social e terd que contribuir para o regime. No aso, Jodo exerce atividade remunerada Wcita, serd considerado filaco a Previ- déncia Sociale deverd contribuir para a manutengio do sistema. Uma questio relevante deve ser apontada em relaco aos objetivos da previ- déncia social elencados no art. 201 da Constituigdo Federal -a protecio do traba- thador contra o desemprego involuntario. Embora 0 seguro-desemprego seja um benefico criado pelo Governo como forma de proteger o trabalhador quando este é demitido involuntariamente & 37 Abrus o€ Auacion Wlxezes possuir natureza previdenciéria, a Previdéncia Social nao é responsével pela sua ‘administracao e concessao. 0 seguro-desemprego é concedido e administrado pelo \Ministério do Trabalho e do Emprego com recursos advindos do Fundo de Amparo 20 Trabalhador ~ FAT -, no fazendo parte da lista de beneficios da Previdéncia Social. Portanto, a natureza do beneficio é previdenciatia, visto que a Constituicio deu previstio expressa para que a previdéndia social se preocupasse com a questio do ‘desemprego lnvoluntério. No entanto, como o beneficio nao é fornecido pelo Plano dda Previdncia Social, ele ndo é considerado um beneficio previdenciario. ‘A previdéncia brasileira comporta dois regimes basicos que so o Regime Geral de Previdéncia Social - RGPS - e os Regimes Préprios de Previdéncia de servidores péiblicos ~ PPS, este ditimo para servidores ocupantes de cargos efetivos e mil- tares. Em paralelo aos regimes basicos, hd o regime de previdéncia complemeintar trazido pelo art. 202 da CF. ‘Ao RGPS esto vinculados os trabalhadores brasileiros de modo geral, sendo disciplinado no art. 201 da Constituicao. J4 08 RPPS so organizados por Unidade Federada, sendo abordados no art. 40 da Constitulgao. Isto é, cada Ente Federativo (Unido, Estados, DF e Municfpios) ‘tem competéncia para criar um tinico regime previdencidrio para seus servidores, desde que estes sejam ocupantes de cargo de provimento efetivo. Assim, quais- quer outras pessoas contratadas pela Administracdo Piblica que nao ocupem cargo piiblico efetivo so vinculadas ao RGPS, como, por exemplo, empregados piblicos, comissionados, etc. Quando o regime proprio de previdéncia é criado, © ente instituird uma contribui¢do social para financiar o sistema, cobrada de seus servidores, cuja aliquota nao serd Inferior & da contribuicao dos servidores titulares de cargos efetivos da Unido, conforme dispde 0 art. 149, pardgrafo nico da Constituicéo Federal. Percebam que, enquanto 0 RGPS & tinico para todo o Brasil, os RPPS sao varios, criados por Entes Federativos e restritos aos servidores efetivos das respectivas unidades federadas. Cada Ente Federative paderd ter um tinico RPPS. ‘Além dos regimes bésicos da previdéncia brasileira, hd ainda a possibilidade de qualquer pessoa ingressar na previdéncia complementar, que € de natureza facultativa. S6 entra quem desejar. E de fundamental importancia perceber que a adesdo & previdénda comple- mentar nunca excluiré a vinculacio obrigatéria dos trabalhadores aos regimes bisicos! ‘A previdéncia complementar pode ser privada ou pablica, sendo que a privada pode ser aberta ou fechada, enquanto a piiblica é sempre fechada. 38 | Secummoane Soon. No BRAst. Vela 0 quadro que sintetiza, portanto, 0 conceito de Seguridade Social: SEE Seclmibdibe Soca st 15a ee ‘Previdéncia Social, ~Assisténela Social so |) 2.) stp Satide +30: Oanzada sob a forma de Deo de todos regime geral fare bach na am e dever do Estado; ardetercontributivo; Independe indepenc “mugen se cmotito deconbuto (art. 201, CF) Gas, 203 204, 7) (arts. 296 a 200, CF) (QUESTOES'COMENTADAS DE CONCURSOS POBLICOS ‘ox. (IGenleo Previdencri/Iss/CEScRANRO/2005) ~ A seguridade social compreende um con- Junto integrado de aches de Inidatva dos poderes piblicos e da sociedade, destinado a assegurar os direitos relatvos a: 1b satide; educacio; ML habitacdo; IN. assiséncia socal ¥._previdéncia social sido corretos os tens: ) Wvevapenas. @ Luev,apenas. © wey, apenas. © tmen, apenas. © Limen, apenas. > comentério Conforme dispe 0 art 194 da Consttulgo Federal os dietos compreendidos no sistema de seguridad soda sto os relatives @ SAUDE, PREVDENCAE ASSSENCA SOC, soment. Edveagio e habagzo, embora sejam direitos socials, ndo estdo abrangidos pelo sistema de Segurdade Soca. Portato, a respasta coreta &o letra C 02, (Iéerico da Recelta Federal/SAF/2006) - De acordo com a Consttuigdo Federals, as inst ‘ulgBes poderao paridpar do Sistema Gnico de Sade, segundo diretrzes deste, mediante contrato de direto piblico ou convénio, tendo preteréncia as entidades flaniépicas e as sem fins luerativos, podendo elas pantcipar de forma: 0 alternative © supletva (© complementar ©) contibutha © suspensiva 39 ‘Anns oe Avena Mees > comentério ‘Aresposta correta& a letra C Temse que a Sade & um elreto constituelonal grantide a todos, ‘mas a iniatva privada poder aivar nessa dre, ‘Aesposta encorarespao no art 159, §1° da Constivigao Federal: “ar 199. A asistencia dt sade fore @inlcatva privada. 452 ~ As instuigdes privadas poderdo partipar de forma comple- ‘mentar do sistema nico de sade, segundo diretrizes deste, mediante contato de direc piso ou cnvénio, tendo preferencia as entdades flardpiense as sem fn lucatvs.” 05. (Fiscal MSS/CESP/a997)~A preexsténca do cuselo total em relacdo a0 benefio ou servico dda seguridade socal € fetor Indispensivel, sem o custelo, no hé benefco ou servia de sepuridade. Porém, esse principio nao impede que a asistencia social seja prestada Inde pendentemente de contrbuicio do beneficério & seguridade socal. > comentério ‘Acasserva esd coreta. fsa questo, multas vezes, leva 0 létor ao err, Imagnando que os benefes da essisténca social ndo preisam de prévo cstio. ‘So cosas dstnas:o beneicrio da asist2ncia socal ndo precisa ter contribu prévia para ‘sistema de seguridad soca nto se exige dele contibugto para receber bene asistencia. No entanto,todes 0s benefis da Segoridade Social selam de sade, pevidénca ou assstnca neces: sitam da préviafonte de custeio para que seam conceids, estendidas ou majorados, ‘undamentago: Arts. 295, Se 203, ambos da C8 ‘QUESTOES DE CONCURSOS ‘1. (Médico Perito/Nss/CESPE/2020) - 0 benefico de prestaclo continuada é a garantia de 1 salério minimo mensal& pessoa portadora de defcincia e 20 idoso com 7o anos de idade ‘ou mals e que comprovem nfo possuir melos de prover 2 prépria manutencio e nem de tla provida por sua familia. (ch-C cero Derrado (02. (Médico Perito/Nss/CESPE/2020)~ A competéna do SUS para exeeutar as agbes de sade do trabalhador est expressa na CE. (Médico Perito INS- CESPE2010) co: cero D erado 3 (Médico Perito/tss/CeSPE/2030) ~ Cabe zo SUS partiipar da normatizagao, ficallzacio controle dos servicos de satide do trabalhador nas institulgdes e empresas péblicas privadas, cas: (eno D erado (04, (Médico Perito/tss/cEsPe/2010)~€ vedada 2 adogio de requisites e ertéros lferenciados para.a concessdo de aposentadoria aos beneficrios do ROPS,ressalvads os casos de aii ads eneredas sob condicdes especials que prejudiquem a saide ou a integridade sca & ‘quando se tatar de segurados portadores de necessidades espec em el complementar 5. 06. or 8. os. A Seaurnane Soi no Beast (Quécico Pertofnss/CesPE/2010) 0 benefio de prestaclo contnuada deverd ser revisto a ‘ada 5 anos, para reavaliar as condigdes que he deram origem. A cere erado ‘inalsta Previdenclrlo/NSS/CESPE/2008 - As acBes e servgos pblcos de saide Integram ‘uma rede regionalizada e hlerarquizada, que constitul um sistema tnico, organizado de corto com as diretizes de descentralizacio,atendimento integral e partcipacao da comu: nidade, ARO cero ada (inatista Previdenctrio/Mss/CESPE/2008) ~ Considere-se que técnicas da secretaria de fazenda de determinado estado estelam preparando 0 ofgamento para o préximo ano & ecam a José carlos elabore proposta para gastos em programas volades para a promocso social. Considere ainda que José Carlos caleule que o estado ceva aplicar RS 5.00300 em programas desse tipo, corespondentes & parcel, estipulada em lel, da receltawibutrla Tiguida, estimada em RS:oomihdes. Nesse caso, 2 proposta de José Carlos é correta, pos (05 estados devem vineular 05% de sua receta tributiria lqulda a programas de apoio & Incusto e promogdo social GA0:0) certo 0 Erado (écnico Previdenciéri/INss/CesPE/z008) - Pel fato de serem concedidos independente- mente de contbuicio, os benefes e servos prestados na érea de assisténca sodal Drescindem da respect fonte de custeio prévio. ancora 0 trade (naka PrevidenciriINSS/CESPE/2008) ~ As acBes e services piillcos de sade integram uma rede regonalizada e hlerarquizada, que constitu um sistema dnico, organizado de acordo com as diretrizes de descentralizacio,atendimento integral e partcipacio da comu: nidade. AC) Cero ada (Géenico Previdenclrloftss/CESCRAO/2005) - & asisténda social & a poltica socal que Drové o atendimento das necessidades bisias, raduzidas em protegio & fama, & mater nidade, &infancia, A adolescéncia, & velhce e & pessoa portadora de defcénda. A esse respeito, pode-se affmar corretamente que: 6 exigda a comprovacio de ao menos 2 (um) recolhimento & seguridade social para ter iret 4 assisténda. 6 aplcivel em carter excusvo aos segurados e seus dependentes menores de 2 (inte © umm) anos ou maiores de 7o (setenta) anos. 6 independente de qualquer contribuclo a seguridade soca ‘fo benefciados apenas os dependentes de segurados que tenham cumprido 0 period de ‘aréncia previsto em le slo benefcados apenas os seguradas em dla com as contribuigées previdencéias. ‘ABs Cero Cerrado ‘Gnalista Previdencirio/ISS/CESPE/203) A sequridade social compreende um conjunto inte grado de acbes de iniatva dos poderes piblicos e da sociedade, destinado a assegurar 0 ‘iret relatvo& sade, 2 previdnda e & assisténcia social ‘catsCcena Cerrado a1 ‘onus ¢ Auneon Menezes CaPfruzo 3 TS HNOAMENTAGHON. | oe | 35 cn et sy | PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS ape] maou / ee | me bste, nie eae DA SEGURIDADE SOCIAL wfe maine i |e “A. 2, Le 674293 i she ME ‘Sumario + 1.Introdugac Da uni lidade da cobe de ii ‘Da unifor- or |e | Mac pd || Bila eogultt cas tones seins fr popes uous ¢ rau Be afe] mma | Wffmidhnems oe pro erie denanraece da scbuate see Ouves wie AML. 203, CF 1 prineipic Da solidariedade; 9.2 Da solidariedade contributiva; 9.3 Da preexisténca de SF | ECR es cmenstar de onaor pds estes de css LINTRODUCAO Neste capftulo apresentamos os mais importantes principios constituclonals da Seguridade Social. Mas, antes, € necessario defini © que sio principios. ‘Wiadimir Martinez ensina que “o voadbulo principio provém do latim principium. i ‘Quer dizer, origem, comego. (..) Vérias silo as concep¢Ges elaboradas a propdsito dos principios; eles sao considerados 0 inicio, fundamento, ferramenta do ordenamento clentfico. juridicamente, principio & preceito, regra elementar ~ elementar compare- i ccendo no sentido de profundidade e nao de superfcialidade - requisito primordial do i direit, aicerce”. s principios constitucionais da Seguridade Social, conforme Wan Kertzman, “slo idéias matrizes orientadoras de todo 0 conjunto de normas e versam, basica- mente, sobre a esséncia e estrutura da protecio social. So normas programaticas que devemn orientar 0 poder legislative, quando da elaboragdo das leis que tratam sobre 0 regime protetivo, assim como o executivo e o judicdrio, na aplicagao destas”. A constitui¢ao federal de 1988 elenca os principios da seguridade socal, prin- ipalmente, no art. 194, paragrafo tnico, quando os chama de objetivos a serem observados pelo poder piiblico na organizacdo do sistema, in verbis: compete ao Poder Plo, nos termos da te, orgnizar « seguridaie social, com base nos segues objetvos: | -unversalidade da coberurae 0 atendimento; 43 ‘oni 0¢ Auteion Menezes 11-niformidade e equvalncia dos benofiose servigas ds populagbes turbans e rural; lM ~ seletvidade e dlstibutvidade na prestagao dos benefiias © serio: 1W--ireduibitdade do valor dos benefies; '-ealidade na forma ce partcipagao no custeio; 1 - dversidade da bose de Mhanciamento; \Wi-cartker demorético e descentralizado da administagto, mediante ‘estdo quadripatte, com parilpagto dos trabaliadores, cos empre ‘dores, dos aposentados e do Governo nos dros colegiado.” Em relagéo aos objetivos podemos dizer: 2. DA UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO. Auniversalidade da cobertura é vista sob a 6tica objetiva do princfpio. significa ‘que todas as espécies de infortinios e riscos sodals basicos devem ser cobertos pelo sistema de seguridade social por meio de seus benefcios e servigos. Nesse ‘aso, por exemplo, tem-se entendido que 0 SUS ndo pode recusar & prestacdo de todo 0 tipo de atendimento em satide, sob a alegacdo de falta de recursos. Ja universalidade do atendimento é vista sob a ética subjetiva, uma vez que diz respeito a todas as pessoas residentes no territério nacional, sem distingBes, Inclusive quanto aos estrangeiros residentes no pafs, que também fazem jus aos beneficios da Seguridade Socal. Deve-se procurar atender 2 todos. Em outras palavras, o que se pretende com esse objetivo é cobrir todas as cespécies de infortinios sodiais que possam ocorrer e atender a todos os residentes ‘no Brasil, em termos de beneficios ou servicos da Seguridade Social. 3. DA UNIFORMIDADE E EQUIVALENCIA DOS BENEFICIOS E SERVICOS AS POPULA- (GOES URBANAS E RURAIS. Esse princplo ordena que as populagdes urbana e rural devem possuit os mesmos direitos a titulo de seguridade social. Os segurados e dependentes urbanos fe rurals devem ter 0 mesmo tratamento. Essa norma atende, também, ao preceito da isonomia, de modo que serdo tratadas igualmente aquelas pessoas que se encontrarem em situacBes seme- thantes e, desigualmente aquelas em sitracbes desiguals. € interessante salientar que a Constituicio Federal de 1988 iguatou os direitos das populacBes urbanas e rurais pela primeira vez. A parti de entdo, urbanos € rurais esto filados ao Regime Geral de Previdéncia Socal, ndo havendo mais um sistema de previdénda urbana e outro rural. 44 q | | i Penicinos Covstrucionas DA SecuRIoaDE Soci ‘Apesar de exisir a determinago da uniformidade e equivaléncia de trata- ‘mento em relagdo as popuiagdes urbana e rural, o proprio texto consttucional ‘trouxe uma distinlo com relacao & aposentadoria por idade entre o trabalhador rural e 0 trabalhador urbano. Enquanto o trabalhador urbano precisa ter 65 anos de idace, se homem, ou 60 anos de idade, se mulher, para obter a aposentadoria, por idade, ao trabalhador rural Ihe & exigia a idade de 60 anas, se homem, e 55 anos, se mulher. No caso acima mencionado, no houve ofensa ao principio ora estudado, uma ‘vez que a prépria constituicao assim o determinou, preocupada, talvez, com a dife- renca do ponto de vista laboral em fun¢ao da natural desigualdade material entre cessas pessoas. 4, DA SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE DOS BENEFICIOS E SERVICOS. © principio da seletividade propicia ao legisiador estudar as caréncias social priorizando-as em relacdo &s demais, vabilizando a promocio da Seguridade Social factivel, Cobrem-se as necessidades mais essenciais e planeja-se, para 0 futuro, a cobertura das demals, visando alcancar a Seguridade Social ideal. ‘Ao eleger os beneficios e servicos mais fundamentais e necessérios & popu- lado, o legislador define os requisitos que devem ser preenchidos para a obtencao do benefcio e aquele que se enquadrar nos requisitos da lei poderd ter a protecéo social, Conforme menciona ivan Kertzman, “a seletividade serve de contrapeso ao prin- ‘pio da universalidade da cobertura, pos, se, de um lado, a previdéncia precisa cobrir todas 0s riscos sociais existent, por outro, 0s recursos ndo sd ilmitadas, impondo a ‘administrago piilia a selecio dos beneficios e servos a serem prestados”. Em outras palavras, em face da limitacao de recursos para se cobrir todos os infortinios socias, caberd 2o legislador e a0 administrador piblico escolherem os beneficos e servigos mais essenciais & populacio em termos de protegao socal. A distributividade consagra que, apés cada pessoa ter contribuido com o que podia, dé-se a cada um de acordo com suas necessidades. ustiicam-se, com esse Principio, os beneficios de valor minimo a fim de que possam garantir um minimo de subsistencia. Outro exemplo da aplicacéo do principio da distributividade é o caso do bene- ficio previdenciério do salério famfia, na medida em que somente alguns segu- rados o recebem por se enquacrarem nele devido & renda e & existéncia de filhos menores de 14 anos ou invilidos. Esse beneficio & concedido aos segurados da Previdéncia Social na qualidade de empregados e trabalhadores avulsos que tém filhos menores de 14 anos ou invAlidos e cuja remuneracio mensal seja menor ou ‘gual a RS 862,60. 45 ‘ons 0¢ Ausion Menezes 55. DA IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFICIOS. A previso da irredutibilidade do valor dos beneficios no art. 194, parégrafo nico, inciso WV, da Constituigdo Federal, preceitua que haverd nenhuma reducao efetiva dos valores nominais dos beneficios. £ importante destacar que, apesar desse principio ter se preocupado com a irredutibidade nominal dos beneficios securitérios, 0 constituinte em outro dispo- sitivo trouxe a preocupacio em relacio & preservacio do valor real dos beneficios previdenciitios. Isso restou evidenciado no art. 203, §4° da CF/88, que assegura o reajustamento dos beneficios para preservar o valor real destes, conforme critérios fixados por lel ordinaria. abe, entdo, 20 legistador ordinario escolher e fixar o indice de reajustamento dos beneficos previdencidrios de modo que eles mantenham 0 poder aquisitivo. ‘Ao estudar © principio da irredutibiidade dos beneficios, € muito comum ‘encontrar pessoas que confundem esse preceito com a possibilidade de manter valor dos beneficios atrelado ao nimero de salérios minimos. Nao é esse o melhor entendimento. ‘A Constituigdo rio quis determinar e nem poderia, em razio da vedacdo contida no seu art. 7, nciso IV, que 0 reajustamento estaria atrelado a variagao do salério minimo. © art. 7+, em seu inciso WV, veda a vinculagao do salério minimo para qualquer fim, No se pode vincular o valor do beneffcio ao niimero de saldrios minimos, tampouco vincular © seu reajustamento com aquele praticado em relacdo a0 satério minimo. Esse entendimento, inclusive, j4 esta pacifieado perante o Supremo Tribunal Federal ~ STF. (© que se tem, nos Gitimos anos, 6 que o salério minimo vem sofrendo um aumento acima do indice inflaciondrio, havendo ganhos reais. Jé os beneficios ‘pagos pela Previdéncia Social vém tendo aumentos de acordo com o indice infiacio- nrio escolhido pelo legislador ordindrio, de modo a garantir a preservacao do seu valor real. Trata-se de uma poltica governamental que pretende conceder aqueles. de renda minima ganhos maiores que a inflacao para melhorarem suas condicBes de vida. Na verdade, niio houve perda ou irredutibiidade nominal ou real no valor dos beneficios previdenciérios, se comparados os aumentos concedidos com o indice dia inflagdo. Apenas o saldrio minimo teve aumentos acima da inflacéo, propiciando ‘ganhos reais. E muito importante destacar, no entanto, que houve um perfodo em que 1s beneficos previdenciérias foram expressos e pagos em ntimeros de salérios 46 Prncinns Corsnvcowits 94 SecuoAne SOON. rminimos. £ 0 que determina o art. 58 do Ato das DisposicBes Transitérias da Cons- tituigdo - ADCT-, in verbs: “os beneftios de prestagio contiwode, mantdes pela previdéncia social na date da promulgacto da Constinuigto, terdo seus valores revistos,a fim de que sea restabelecido 0 poder aquistvo, expresso fem nero de sliriosmirimos, qu tnham na data de sua concessto, obedecendose a esse crtério de atalangio até a impantagao do plano de custeioe benefios.”. Nesse caso particular, os beneficios concedidos até a promulgacao da Consti- tuigdo de 1988 seriam, apés esta, pagos em nimeros de salérios minimos corres- pondentes & época de sua concessao até que o Plano de Beneficos da Previdéncia Social fosse impiantado e, a partir de entao, sofreriam os reajustamentos de acordo com os indices escolhidos pelo legislador ordinério. Esse entendimento, indusive, encontra-se sumulado pelo STF na stimula 687 6. DA EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPACAO NO CUSTEIO. Senso de equidade significa senso de justia. 0 principio da equidade na forma de participacdo do custelo da seguridade social esté intimamente atrelado aos preceitos da igualdade,e da capacidade contributiva. Aqueles contribuintes que apresentarem maior capacidade contribu tiva para o sistema da Seguridade Social arcardo com uma parceta maior de contri- buigéo. 0 sistema de custelo da seguridade social serd mals justo a medida que aqueles que apresentarem maior capacidade econdmica tiverem malor Gnus com ‘ financiamento do sistema de protegao social ‘ACC/88 criou varias formas de participacio neste custelo, em que aqueles que estiverem em iguais condigGes de capacidade contributiva deveraio contribuir da mesma forma. £ um principio dlrigido ao legistador, que deverd observé-lo quando tratar do custeio previdencisrio, por exemplo. ‘Aaplicasio desse principio encontra-se presente no art. 195, $5" da CE em que © constituinte prevé que as contribulgGes discriminadas no mesmo artigo, inciso | ‘ontribuicao das empresas incidente sobre a folha de salérios e demais ren ‘mentos pagos ou creditados a qualquer titulo a pessoas que lhe prestam servigos, sobre a receita ou 0 faturamento e sobre o luero), poderdo ter suas alfquotas ou bases de céleulo diferenciadas, em razdo da atividade econdmica, da utilzacdo intensiva de mao-de-obra, do porte da empresa, ou da condigdo estrutural do mercado de trabalho. AW presenca desse precelto, também, se faz sentir quando o leglstador optou por fazer variar a contribuigao previdenciéria das empresas incidente sobre a emuneragdo de empregados e trabalhadores avulsos para o financiamento dos beneticios em razio dos riscos ambientals do trabalho ~ SAT ou GILRAT. 0 art. 10 da 47

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