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Fluzz é o fluxo, que não pode ser aprisionado por qualquer mainframe.
Porque fluzz é do metabolismo da rede. Ah!, sim, redes são fluições.
Fluzz evoca o curso constante que não se expressa e que não pode ser
sondado, nem sequer pronunciado do “lado de fora” do abismo: onde
habitamos. No “lado de dentro” do abismo não há espaço nem tempo, ou
melhor, há apenas o espaço-tempo dos fluxos. É de lá que aquilo (aquele)
que flui sem cessar faz brotar todos os mundos.
Muitos mundos, isso mesmo. Não existe um mundo que se possa dizer o
mundo, a não ser por efeito de hierarquização.
No mundo hierárquico, não há interface para fluzz. Mas quando fluzz for do
regime dos múltiplos mundos interconectados, esses mundos serão os
novos Highly Connected Worlds do terceiro milênio.
Nos novos mundos altamente conectados do terceiro milênio, vida humana
e convivência social se aproximarão a ponto de revelar os “tanques axlotl”
onde somos gerados como seres propriamente humanos. Todos
compreenderemos a nossa natureza de “gholas sociais”.
Não há nada a fazer. Deixem fluzz soprar para ver o que acontece. (Na
verdade, dizer ‘deixem fluzz soprar’ é apenas uma maneira de dizer, pois
fluzz já é o sopro).
Quando fluzz soprar, prá que ensino, prá que escola? Quando fluzz soprar,
prá que religião, prá que igreja? Quando fluzz soprar, prá que corporação,
prá que partido? Quando fluzz soprar, prá que nação, prá que Estado?
Tais papéis inéditos que estão sendo produzidos pela (ou em) rede são
também múltiplos. Por enquanto só conseguimos divisar alguns. Três
exemplos marcantes são os hubs, os inovadores e os netweavers.
Não será mais, entretanto, uma (única) queda, de um (único) muro. Serão
muitas quedas, provavelmente em cascata ou swarming, de muitos muros.
Do ponto de vista dos movimentos invisíveis que se processam no espaço-
tempo dos fluxos, naquele multiverso de conexões ocultas que "produzem"
o que chamamos de 'social', 'muro' significa centralização, obstrução de
fluxo. Onde quer que existam "muros" impedindo o livre curso de fluições,
“muros” estes que caracterizam organizações mais centralizadas do que
distribuídas, poderá haver uma "queda".