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AVANÇOS CIÊNTIFICOS E TECNICOS DA EUROPA A PARTIR DO SÈCULO


DA XV

Na Europa a partir do século XV para alem das transformações e sociais. Também se


registaram avanços na ciência e nas técnicas qui permitiram os europeus a expandirem-
se pelo mundo.
Todos estes avanços contribuíram para um objectivo principal: encontrar um
caminho marítimo qui os levasse sem passar pelas terras dominadas pelos muçulmanos.

DESENVOLVIMENTO DAS CIÊNCIAS NAUTICAS

No século xv os europeus desenvolveram as ciências náuticas passando a usarem


novos instrumentos qui ajudavam a navegação tais como: O quadrante, a bússola e o
astrolábio. Estes instrumentos ajudam os marinheiros a orientar-se pelos astros tanto de
dia como de noite podendo assim navegar no alto mar sem risco de se perderem.
Os marinheiros europeus possuíam cartas de marear bastante com a descrição das
costas e dos portos e as respectivas formas de manobra das embarcações.
Grande parte destas informações de navegação foi fruto de contactos feitos com as
civilizações árabes do norte de África e da península ibérica e outras informações dadas
pelos marinheiros italianos e catalães qui desde o século XIII percorriam rotas de longa
distancia entre o mar mediterrâneo e o mar báltico no norte da Europa.

AS CAUSAS DA PENETRAÇAO MERCANTIL EUROPEA NO CONTINENTE


ÁFRICANO.

Os europeus chegaram pela primeira vez a costa oriental de África em 1498 a


caminho da Índia, a penetração mercantil iniciou ai e terminou no século X1X, altura
que se iniciou a dominação colonial.
Podemos definir a penetração mercantil europeia como fenómeno de fixação e
estabelecimento de contactos comerciais dos europeus no continente Africano.
Estabeleceram feitorias fortalezas que eram simultaneamente entrepostos comerciais
e defesa contra os inimigos. Era nesses edifícios que eram realizados as trocas de
produtos comerciais.
As principais feitorias fortalezas construídas neste período foram as de Sofala
construída em 1505 e da Ilha de Moçambique ordenada por Vasco Da Gama em 1506
durante a segunda viagem a Índia.
Quando os europeus chegaram a costa oriental de África os árabes dominavam as
trocas comerciais. Haviam-se fixado em pontos estratégicos do litoral e as trocas de
ouro, marfim, âmbar e pedras preciosas. Para se apoderarem deste comércio, os
europeus primeiro tiveram que lutar contra a presença árabe destruindo as cidades
árabes construindo os seus próprios fortes na costa. Depois de dominarem os pontos
estratégicos do litoral, os europeus penetraram no interior para fazer trocas directamente
com os chefes e as comunidades locais, contornando os intermediários Swahili fiéis aos
árabes.
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O PAPEL DE PORTUGAL NA EXPANÇAO

Portugal teve um papel muito importante na expansão mercantil europeia sobre tudo
com a exploração da costa oriental Africana e a descoberta do caminho marítimo para
Índia.
Portugal foi o primeiro país europeu que fez viagens exploratórias iniciadas em 1415
com a conquista de Ceuta.
Em 1488 Bartolomeu Dias, dobra o cabo de boa esperança na África do Sul.

DESCOBERTA DO CAMINHO MARITIMO PARA INDIA

Nos finais do século X1 (1498) os portugueses descobriram o caminho marítimo para


Índia.
A experiência acumulada e as informações transmitidas pelos povos da costa oriental
Africana que faziam frequentes viagens a Índia, este acontecimento significou o
cumprimento de um objectivo da Europa: descobrir uma rota comercial mais barata e
segura para fazer especiarias e outros produtos.

AS RAZÕES DA PERIORIDADE PORTUGUESA NA EXPANÇÃO

SITUAÇAO GEOGRAFICA FAVORAVEL

O papel pioneiro de Portugal na expansão Europeia devesse a vários factores:

-A larga extençao da costa portuguesa fez, com que desde muito cedo os portugueses
adquirissem experiência marítima. Desde o século X11 que se aventuravam no
comércio marítimo de longa distancia, entre a península e o norte da Europa.

CONDIÇEÕS CIÊNTIFICAS E TÉCNICAS

-Os portugueses dominavam a navegação astronómica, fazendo o uso do quadrante, o


astrolábio e a bússola. Possuíam um conhecimento acumulado de outros povos
marinheiros, nomeadamente: Italianos, muçulmanos e catalães faziam embarcações
rápidas e versáteis adequados a navegação no oceano.

CONDIÇÕES POLITICAS E SOCIAIS

- A crise do século X1V tinha feito sentir a falta de metais preciosos e cereais, mão-
de-obra e matérias-primas eram favoráveis a expansão e viam-na como a solução
dos seus problemas económicos.

INICIO E RAZÕES DO TRAFICO DE ESCRAVOS

No nosso continente a escravidão era praticada mesmo entes da chegada dos europeus,
mas os escravos eram usados apenas em trabalhos doméstico. Nessa época eram
considerados escravos os filhós dos condenados por certos delitos e as crianças
vendidas em tempo de fome.
A fonte principal de obtenção de escravos eram as guerras, os prisioneiros era
obrigada em muitos casos os escravos ocupavam posições de elite dentro das sociedades
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africanas, como aconteceu com os achicundas no vale do Zambeze no nosso pais os


muçulmanos do norte de África também compravam escravos sobretudo para o uso
doméstico.
Nenhum destes comércios ultrapassou as proporções do tráfico realizado pelos
europeus a partir do século XV1.

AS RAZÕES QUE LEVARAM O TRÁFICO PARA AMÉRICA FORAM AS


SEGUINTES.

- Desenvolvimento de grandes plantações de açúcar e tabaco que exigiam um número


elevado de mão-de-obra.

-A fraca adaptação dos nativos americanos ao trabalho duro das plantações que
provocava morte de muitos deles, numa população já reduzida devido aos mesacres
realizados pelos primeiros conquistadores europeus e ao contacto com novas doenças
trazidas por eles.
Sem mão-de-obra para as plantações os europeus importar Homens fortes de África.

Os elevados lucros obtidos pelo comercio de mão-de-obra negra para América animou
os europeus a intencificarem o trafico desde África.

OBTENÇÃO E TRATAMENTO DE ESCRAVOS.

Haviam muitas de obter escravos, as guerras entre reinos pelo controlo do comércio e
alargamento dos territórios constituíam as principais formas de aquisição de escravos
que eram vendidos na costa aos comerciantes, traficantes. As vezes o trafico de escravos
realizava-se entre grupos de uma mesma chefatura quando a procura fosse maior. Estas
guerras eram frequentemente fomentadas pelos europeus traficantes porque a partir das
guerras que eles obtinham grande quantidade de escravos.
Haviam ocasiões em que os escravos eram obtidos através da imposiçao de tributos
aos chefes. Esse tributo tinha de ser em jovens escravos.
Os escravos eram horrivelmente maltratados e armazenados nos barracões do litoral
principalmente nos portos de exportação.
Estes armazéns eram fortemente defendidos para evitar possíveis revoltas e fugas.
A captura de escravos era violenta muitos morriam por doenças e fome os escravos
eram acorrentados com goris no pescoço e nos pernas. Nos barcos negreiros é que
transportavam os escravos, estes eram encurralados como se fossem cabritos, ou
sardinhas enlatadas.
Os negreiros procuravam carregar o máximo possível de escravos, durante a viagem a
viagem os escravos iam acorrentados, pós os negreiros temiam as violentas revoltas que
estes faziam constantemente.
Como iam aglomerados e o espaço ocupado (cada um dispunha de 160*4cm), um
escravo não podia fazer um mínimo movimento sem emcomodar o vizinho muitas das
vezes podiam encontrar um Homem algemado morto, quando alguém quisesse entrar
tinha que se discalsar porque tinha que caminhar em cima dos corpos por causa da falta
de espaço para por os pés.
A maior parte dos escravos vendidos na costa de Moçambique provinham das guerras
entre reinos, de raptos organizados e razais realizados directamente do litoral.
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As guerras eram feitas entre os diferentes reinos, nas épocas de maior procura de
escravos
As comunidades do interior que praticavam o tráfico, armazenavam os prisioneiros
destinados a exportação, nos vários armazéns e burra coes do litoral.
Estes armazéns estavam bem defendidos para o caso de possíveis revoltas e fuga dos
escravos.

TRAFICO DE ESCRAVOS EM ANGOLA (1482-1775).

Na costa ocidental de África o tráfico de escravos teve início no século X1. Em1441
os portugueses capturaram pela primeira vez escravos africanos, começando assim a era
do tráfico de escravos em África que durou até o século X1X.

PORTOS E ROTAS DO TRAFICO

O trafico de escravos em Angola foice generalizando a partir do Congo. Por vezes


afectava zonas vizinhas.
Nos fins do século XV1 era já significativo o número de escravos não só por Mpinda
também por Luanda. Em princípio de 1575, encontrava-se na baia de Luanda 7 barcos
para o transporte de escravos.

O TRAFICO DE ESCRAVOS EM MOÇAMBIQUE.

O tráfico de escravos transatlântica, isto é por travessia atlântica, chegou a costa


oriental de África mais tarde à costa ocidental.
Foi a partir de 1645 depôs dos holandeses em1641 terem ocupado Angola, que os
traficantes e comerciantes portugueses começaram a frequentar os portos da costa
oriental africana e em particular os portos de Moçambique. A partir do curso da historia
dos reinos e impérios nesta região.
O trafico de escravos intencificouse a partir da segunda metade do século XV111
quando a procura de escravos ultrapassou a procura de ouro e marfim, mas sim de
comprar ou capturar aquele que tirava o ouro da terra e obtinha o marfim, (O próprio
produtor)
A partir dos primeiros anos do século X1X, as relações comerciais com o exterior
passaram a depender quase exclusivamente da exportação de escravos.
O território actual de Moçambique foi uma das zonas de África onde se destacou com
maior violência a procura de escravos durante os séculos XV111e X1X no decorrer dos
dois séculos, centenas e milhares de moçambicanos foram, capturados, vendidos e
exportados para longe das suas terras de origem.
Dadas as necessidades de mão-de-obra nas plantações da América do sul, sobre tudo
do Brasil (açúcar, cacau e minas de ouro) mercadores brasileiro, norte-americano
começaram a nossa costa e, nos princípios do século X1X, o tráfico para as Américas
ultrapassou o das ilhas do Índico.
Destacaram-se também no tráfico de escravos os yao e os maraves do lago Niassa que
vinham ate a costa com caravanas de escravos para os venderem aos traficantes árabes.
Os yao levavam também escravos para os prazos do vale do Zambeze.
A partir de 1830 os árabes (os pangaios) foram principais traficantes de escravos.
Muitos barcos levavam de diferentes portos da costa de Moçambique grande número de
escravos para as Compores e Madagáscar.
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Em meados do século X1X abundavam por toda a costa de Moçambique os pangaios


de Zanzibar trocando tecidos por escravos, para as ilhas Compores e Madagáscar. A ilha
do Ibo passou a ser frequentada pelos árabes de Zanzibar, kilwa, Mombaça e sobre tudo
as ilhas comores.
A partir de 1854, o tráfico para as ilhas francesas passou a chamassem “exportação de
trabalhadores livres”. Isto foi devido a proibição do tráfico e ao controlo dos ingleses no
Indico. Este tipo de comércio só terminou praticamente em 1902.

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