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RESUMO
1. Introdução
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http://decomufam.wordpress.com.
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http://www.ppgccom.ufam.edu.br.
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Substituiu o Processo Seletivo Macro (PSM), de acordo com a Resolução nº 005/2009, do Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão.
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Dados do vestibular de 2009 revelam que a relação candidato/vaga era de 8,42 (PSC) e 12,96 (PSM) para a
habilitação de Jornalismo, e 5,80 (PSC) e 7,65 (PSM) para Relações Públicas.
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Disponível em: http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/es/artigos/165.pdf.
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Disponível em: http://www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/trabalho/GT14-1794--Int.pdf.
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forte componente ideológico, que a partir de uma utilização muito abrangente serve
muitas vezes para mascarar processos sociais”. (p. 154). Assim, o conceito apenas
perderia seu caráter abstrato a partir do momento em que fosse relacionado com a
detenção de poder, conforme atesta a autora em sua conclusão: “a utilização do conceito
de elite é válida para conceituar as cúpulas que possuem o poder e que aliás não
mandam seus filhos para a universidade pública”. (p. 158).
Outro conceito fundamental na análise do atual perfil dos acadêmicos de
Comunicação da Ufam foi o de capital cultural, proposto por Bourdieu (2002). Segundo
o autor, a estrutura de distribuição do capital cultural nada mais é que um reflexo da
estrutura de distribuição do capital econômico. Efetivando a discussão, Amaral (2007)
argumenta sobre o capital cultural como um conjunto de “disposições estéticas dos
indivíduos, manifestadas em suas preferências e gostos, resultantes do seu habitus
cultural e determinantes do seu consumo de bens culturais” (p. 101). Assim, o capital
cultural assume três formas básicas:
estado incorporado – preferências musicais, experiências adquiridas em
viagens, lugares que freqüenta, conhecimento assimilado, etc. Pressupõe
investimento em tempo e dinheiro;
estado objetivado - sob a forma de quadros, livros e outros bens
culturais/simbólicos;
estado institucionalizado – um diploma, por exemplo, que confere ao
indivíduo o respaldo de um conhecimento ou preparo adquirido
institucionalmente.
Portanto, procura-se agora preencher esta lacuna, uma vez que na primeira
pesquisa não se pode detectar com precisão a existência desse capital cultural, pois a sua
ênfase se deu no diagnóstico da elitização do curso.
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A pesquisa resultou em artigo apresentado no XII Encontro Nacional de Professores de Jornalismo (ENPJ),
realizado em abril de 2009, na cidade de Belo Horizonte/MG.
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Em 2007, o salário mínimo era de R$ 380,00.
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Conforme dados coletados junto à Pró-reitoria de Ensino de Graduação (PROEG).
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Na época, o salário mínimo era de R$ 465,00.
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Gráfico 1
Esta variável é a mais indicada quando se quer avaliar o perfil econômico, pelo
fato de estar diretamente relacionada ao poder de acesso a escolas particulares, cursos
preparatórios, livros e diversos outros meios facilitadores do ingresso nas universidades
públicas, espaço cada vez mais competitivo.
A pesquisa revelou ainda que a maioria dos entrevistados (16,5% de escola
pública e 19,6% de particular) possui mesada ou pensão como fonte de renda pessoal.
Por outro lado, 29,9% dos respondentes declararam ter como fonte de renda estágio ou
atividade profissional remunerada (13,4% de escola pública e 16,5% de particular).
Bolsas concedidas por atividades acadêmicas vêm em seguida, com 15,5% de
acadêmicos de escola pública e 6,2% de escola particular. No âmbito geral, entretanto, a
renda pessoal dos acadêmicos não ultrapassa a faixa de 01 SM.
Gráfico 2
Gráfico 3
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Gráfico 4
Essa realidade reflete o que Lima (2009) define como “alienação da vida
acadêmica em relação ao mercado profissional”, o conseqüente desinteresse pela
pesquisa e sua desvalorização.
Quanto à formação complementar desses acadêmicos, obtiveram-se os seguintes
dados: 50,5% fazem ou já concluíram curso de idiomas (30,9% de escola particular);
44,3% fazem ou já concluíram curso de informática (27,8% de escola pública); 19,6%
fazem ou já concluíram cursos artísticos (música, teatro, dança, etc.), sendo 12,4%
destes de escola particular; apenas 7,2% dos entrevistados fazem ou já concluíram
cursos técnicos da área de Comunicação (6,2% de escola particular), conforme o
(Gráfico 5):
Gráfico 5
Constatou-se também:
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Apenas 25,8% cursam outra graduação. Publicidade, Letras e Turismo, áreas que
de certa forma se relacionam com a Comunicação, foram os cursos que
apareceram com mais freqüência;
Dos entrevistados que têm domínio fluente das línguas Inglesa e/ou Espanhola
(27,8% e 6,2%, respectivamente), a maioria é proveniente de escola particular;
Os que possuem computador com acesso a internet representam 82,5% dos
entrevistados, contra 13,4% que possuem computador sem acesso à internet e
3,1% que não possuem computador.
Gráfico 6
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Gráfico 7
Gráfico 8
Gráfico 9
Gráfico 10
4. Considerações
5. Referências bibliográficas
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Em 2007 essa estatística era de 11,3%.
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Implementada a partir de 2009.
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http://setufam.blogspot.com
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http://cinevideotaruma.blogspot.com
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MESQUITA, Wilson. Que elite é essa de que tanto se fala? Disponível em:
http://www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/trabalho/GT14-1794--Int.pdf. Acesso
em: 29 jun. 2010.