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TÉCNICO E DIDÁTICO
EM
Dança de Salão
Modulo I
Ministrante: Rafhael Biazzi
Que danças mais se dançam na região e por consequencia será mais interessante para ele
aprender. Por outro lado, se aquela dança já é bastante dançada na região, será que o
aluno já sabe e quer aprender outras coisas,ritmo diferentes?
Será que algum aluno tem o sonho de aprender a dançar tal ritmo, ou adora outro?
Tudo isso é tarefa do professor saber.
Temos que ter a velocidade maxima ideal à turma. Ir rápido com os passos, novas
figuras e etc.. Porem no limite de uma aula gostosa e que todos consigam acompanhar.
Não podemos nos acomodar e negligenciar esse aspecto, ficando um tempão no passo
básico, ou demorando muito para dar outras figuras(passos,movimentos). Por outro
lado, não devemos sair dando passos feitos loucos.
Será que os alunos já sabem dançar, se já souberem, como vamos trabalhar? O que
oferecemos que os motive a ficar em nosso curso? O que poderemos acrecentar à dança
deles? Isso deve ser estudado, pois se não esses alunos não ficarão mais de uma ou duas
aulas e sairam.
Cada um tem um estilo proprio de se relacionar, conversar, ser. Porem uma coisa muito
importante, qunado se trata de manter um grupo atraido e motivado, é a animação.
Quanto mais animado o evento, mais as pessoas terão motivação em permanecer ali.
Todo ser humano tem um certo grau de timidez, e isso sempre será empecilho para a
motivação, animar e alegrar a turma.
Quando entramos numa loja, dependendo da atitude do vendedor(e isso nem é um
evento) o comprador saira da loja com a mercadoria ou não, logo, não importa ai o jeito
do vendedor, suas caracteristicas, sua criação, importa vender ou não o produto. Ser
alegre, simpatico, cominucativo, podem ser garantias de uma boa venda.
Tambem no nosso caso funciona da mesma forma. Na frente de uma turma, assumimos
a posição de animadores do evento(aula), encarregados de cativar as pessoas com nosso
entusiasmo e capacidade de comunicação. Qualquer coisa pode ser motivo para uma
brincadeira, para uma piada ou para dar uma sacudida na turma. Nossa expressão fala
muito, a maneira com que nos movimentamos, andamos e etc.. Claro, cada um terá seu
jeito, mas todos temos que ser entusiasmados, animados, alegres, falantes e divertidos,
se realmente queremos cativar a turma.
Outra possibilidade é dizer assim, “esse é o meu jeito, se as pessoas gostarem ficam, se
não gostrem que podem ir embora”. Porem perceba, nossos alunos não tem que adaptar
a nós, nós é que temos que nos adaptar a eles. Eles que nos sustenta, sem eles não
ganhamos o pão de cada dia. E a probabilidade de segurarmos os alunos numa aula
animada, é bem mais alta. Veja as novelas e programações da GLOBO,RECORD,SBT
e tal, é só intretenimento, diversão, animação do começo ao fim, e o povão lá assistindo-
os. Temos que ser pelomenos mais animados, divertidos que as emissoras de tv, pois se
não preferirão assistir as programações da tv que a nós.
PRIMEIRA AULA
Teoria de dança:
Nesta parte, estudaremos as principais características que teremos que desenvolver para
nos tornamos dançarinos completos.
Com esse conhecimento, teremos embasamento intelectual para trabalhar os detalhes da
dança de nossos alunos.
Outra característica que tentamos desenvolver através desse estudo teórico, é a
capacidade dos nossos professores,em, através da analise, poder tirar suas próprias
conclusões, desenvolver suas próprias idéias , traçar sua própria linha na dança.
Parte didática:
Parte filosófica:
Estudaremos também, os caminhos a seguir, com relação a nós mesmos, nossa dança,
nossa relação com nossos alunos e com nossos parceiros(as).
Toda a aula comentaremos apostila dada na aula anterior, para que todos possam
discutir,expor suas idéias impressões e dar opiniões.
PARTE DIDATICA
ORATORIA
TEORIA DE DANÇA
PARTE FILOSOFICA
Tenho feito uma pergunta para todas as pessoas com as quais me encontro: O que é arte
em sua opinião?
A resposta é sempre parecida: “Arte é expressão”.
Poesias é o sentimento que expressa o poeta através das palavras. Pintura é o sentimento
que expressa o pintor através das cores e formas. Não poderia ser diferente com a dança,
porém pensamos um pouco sobre a forma que a dança de salão é trabalhada. Será que os
professores estão ensinando os seus alunos a expressar seus sentimentos através de seus
movimentos ou estão ensinando os alunos a repetir passos?
Quando vejo uma aula de ballet clássico, percebo quanta preocupação existe com a
estruturação dos dançarinos, o mesmo se dá nas aulas de moderno ou contemporâneo.
Cia Rafha Biazzi
R. Javari 153 – Uberlândia-MG
Contatos: (034) 3214-2514 ou 9677-6843 | E-mail: ciarafhabiazzi@gmail.com
Acredito que assim, o professor prepara o aluno para que ele tenha condições de se
expressar através da dança. A parte coreográfica vem com o tempo, e com maturidade.
Isso me parece bastante lógico e compreensível. Por que na dança de salão se faz o
contrario? Se inicia com a perte coreográfica, sem a menor preocupação com a
estrutura, nem imediata, nem na seqüência.
Na minha opinião, assim não se constroem dançarinos e sim repetidores de
movimentos, assim não se faz arte, se faz quebra cabeça. Acredito que uma boa solução
para isso, seria que os professores, através do estudo de uma linguagem realmente
expressiva, aprendendo a tirar de dentro de si mesmo a dança e não baseá-las em
movimentos decorados. A partir daí, tentar transmitir ao aluno, o quanto pode ser
interresante uma dança baseada numa expressão, bem estruturada fisicamente.
SEGUNDA AULA
PARTE DE DANÇA
ENSINANDO CADA MOVIMENTO
PARTE FILOSOFICA
Falamos na ultima aula sobre como tornar nossa dança a dois, um elemento de
expressão.
(PARTE PRATICA).
TERCEIRA AULA
PARTE DIDÁTICA
Ao longo dos anos, desenvolvemos uma sistemática para o ensino dos passos básicos
das danças de salão. Com ela visamos criar método, uma linha coerente, pratica e
funcional, para que nossos professores possam ensinar de forma progressiva e
transmitir todas as informações necessárias para que as pessoas possam de forma leve e
prazerosa, compreender como realizar os movimentos, coloca-los na musica e realiza-
los aos pares, com boa , postura e relação corporal entre os dois. Recebendo algumas
adaptações, essa sistemática pode ser aplicada ao ensino das variações também.
Ela inicia com um elemento de movimentação, uma demonstração a à dois e com
musica, do que se vai trabalhar na aula, para que o aluno sinta o quanto que é gostoso
realizar aquele movimento. Isso vai instigar o aluno, vai fazê-lo desejar aprender, e por
isso, a expressão dos professores nesse momento deve ser de alegria e prazer. Ser
bastante musical também ajuda, pois gera harmonia.
Outra coisa que se pode fazer, é como já dissemos em aulas anteriores, demonstrar duas
formas de se dançar, ou duas linhas diferentes que podem ser seguidas dentro da dança,
aproveitando a demonstração pode se fazer uma terceira forma, bem feia para que as
pessoas não a queiram. Em seguida já sem musica e com os alunos em volta ou de
frente para o espelho, o professor pergunta aos alunos o que a dança ou as danças
transmitem a eles. Assim o professor pode aproveitar os comentários das pessoas para
frisar alguns detalhes importantes, que ele se esforçou para demonstrar enquanto
dançava. Por exemplo, se foi um bolero, e o professor conseguiu deixar bem explicito
que deve ser dançado pertinho, sem chacoalhar o corpo, com pernas alongadas, que
devemos ter elegância para dançar e como se deve curtir um ao outro enquanto
dançamos. Usando o método, de deixar as pessoas darem suas próprias opiniões, nós
não temos que ficar colocando isso na cabeça deles, eles próprios, vendo o professor
dançando, chegam a conclusão sobre as coisas que devem ser trabalhadas. A partir disso
inicia-se a parte didática propriamente dita, demonstrando a parte do movimento que
será ensinada primeiro, tendo em vista que o movimento tenha sido dividido em
partes, para facilitar o aprendizado do aluno. Enquanto demonstra essa primeira
parte, sozinho (pedir para que os alunos apenas observem), com os alunos em sua volta,
ou atrás de si, o professor vai explicando de forma simples, como realizá-la. Depois
disso, peça que os alunos façam o movimento junto com ele,enquanto explica,
indicando por meio de fala, o que o aluno deve fazer. Breves pausas nesse momento são
bem vindas, nelas se podem colocar questões para os alunos, sobre algum detalhe que o
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professor esteja querendo que eles captem normalmente coisas sutis que passam
despercebidas pelos alunos, mais que no final farão diferença. Não se deve falar sobre a
coisa, se deve sim perguntar a eles dando uma dica sutil, e questionando, fazendo com
que eles observem através de sua própria observação, o detalhe que se deseja frisar. Por
exemplo, no soltinho, depois de mostrar como se faz o básico, pode se perguntar a eles,
se perceberam o que o pé da frente faz enquanto o outro pé esta atrás, depois que o
professor mostrar, provavelmente eles dirão que ele marca um tempo, ou coisa do estilo,
não fale,: “Percebam que o pé da frente marca um tempo”,mas pergunte: “O que o pé da
frente faz?”. Depois disso pode se introduzir a contagem, para facilitar o entendimento
do movimento. Pede se para que o aluno conte quantas vezes os seus pés tocam o chão
para realizar o movimento, enquanto o professor o realiza. Dessa forma você esta
fazendo novamente com que o aluno participe da sua aula, assim eles percebem a
contagem, sem que você fique ensinando,ensinando e o aluno aprendendo,aprendendo,
assim se usa o construtivismo na introdução da contagem.
Tendo os alunos compreendido essa parte do movimento, o professor emenda-a à
próxima parte do movimento, tentando dar a idéia de continuidade, porem
primeiramente explicando a próxima etapa, e pedindo para que os alunos apenas olhem,
frise isso se necessário. Nesse momento pode se usar o construtivismo. Vai depender de
cada dança. Faça sempre que o aluno fale o que ele tem que fazer, estimule-o a
participar da sua própria aprendizagem.
Depois vem o momento de colocar o movimento na musica. Para isso, você tem que
fazer primeiramente com que o aluno perceba onde esta o ritmo na musica. Muitas
pessoas, quando escutam a musica, percebem os instrumentos, a voz do cantor, mas não
conseguem identificar que eles estão entendendo do que você esta falando ao dizer:
“Vamos fazer esse passo no ritmo”, coloque uma musica e indique o compasso ao
aluno, faça com ele perceba a batida da musica, isso pode ser feito através de ,palmas,
estalar de dedos,com o dedo marcando compasso (maneira que eu particularmente
prefiro), ou com qualquer artifício que demonstre para o aluno, o ritmo da musica.
Depois disso vem a etapa de mostrar ao aluno como associamos a contagem que ele
aprendeu quando lhe ensinou o passo, à batida que nós o ajudamos a identificar, sem
ainda fazer o passo. Em seguida, pedimos para que eles contem acompanhando a
cadência da musica, enquanto nós fazemos o passo que eles acabaram de aprender
seguindo a contagem deles, enquanto eles seguem o ritmo da musica. Assim se
encaixam o movimento na música. Daí o professor deve pedir para que os alunos
façam juntos com ele, na musica, ainda separados. É interessante que eles treinem isso
até ficar bem claro. Compreendido e treinado isso, os alunos estarão aptos a ir para a
etapa onde formarão os pares.
Para fazer isso de forma didática e gradativa, devemos pedir que eles apenas dêem as
mãos. Se pede isso para que ele penetre de maneira gradativa no universo da dança a
dois, pois temos que perceber que para um aluno iniciante, fazer sozinho parece
completamente diferente do que fazer com o par, por isso, não colocamos o aluno direto
na “fogueira” do abraço para que ele sinta a diferença entre sozinho e com o par. Nesse
momento é importante que você lembre qual o pé que vai, qual o pé que volta e para qie
direção, qual a seqüencia do movimento e etc, pois a dois, a coisa complica um pouco
para eles, como já foi dito.
Depois de treinarem algum tempo dando as mãos, pode se passar para a etapa de fazer
abraçados. Nesse momento se deve dar a noção da postura. Para incentivá-los a querer
endireitar a postura, pode se mostrar a eles como ficaria uma dança com o corpo todo
solto, e depois com o corpo na postura correta, daí o professor pode perguntar aos
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alunos, de qual forma eles preferem dançar, é claro que eles preferirão a forma mais
bela, só então passe a falar da postura. Inicia-se pedindo para que os alunos empurrem
para frente com a musculatura superior das costas, a parte da coluna que corresponde ao
peitoral. Depois disso ele deve empurrar também a lombar, só que para traz, com a
musculatura abdominal, sem, no entanto, colocar a pélvis para traz.
É importante manter a pélvis na linha do tronco, por isso, mostre-se bem a eles pedindo
para que eles observem bem o seu posicionamento, pois essa parte é difícil de ser
compreendida pelos alunos, eles não devem permitir que a pélvis vá para frente ou pára
trás demais.
Outra coisa muito importante é colocar o peso do corpo na parte da frente dos pés.
Mostre antes como o seu corpo e o corpo da dama ficam encostados a\penas na parte de
cima, enquanto os pés dele ficam um pouco distante dos pés dela. O professor nesse
momento pergunta aos alunos, se eles perceberam se o corpo do professor está bem
alinhado. Peça para que eles se aproximem da dama nessa postura e tentem ficar assim
também.
Olhe um por um e corrija se tiver algum problema, passe então a falar sobre os braços, o
braço esquerdo do cavalheiro tem a tendência a ficar horizontal, não permita, deixe o
cotovelo apontado para baixo, enquanto a mão aponta para cima, o braço direito dele,
envolve as costas da dama, de maneira segura-la com firmeza, porem sem apertar.
Antes de pedir para que eles treinem, parando e falando sempre que for necessário.
Outro ponto que deve ser muito bem analisado e compreendido pelo professor, é
quando passar adiante. Penso que quando o aluno aprende algo, precisa de algum tempo
para assimilar aquilo, por isso, depois de ensinar algo, permita que seus alunos treinem
na musica. Depois dessa música, fale sobre algum detalhe que tenha dado confusão, ou
que possa vir a dar. Faça isso mostrando o detalhe dançando para que o aluno perceba a
gravidade do problema, e tenha vontade de corrigi-lo. Se a confusão não aconteceu, ou
se resolveu, e caso não surja outra (se surgir outra fale sobre ela), deixe que os alunos
treinem mais um pouco, daí, na próxima aula, revise detalhadamente o assunto e não dê
mais nada novo naquela dança. Na próxima aula depois de uma breve revisão, deixe que
eles dancem um pouco para certificar-se que está tudo OK. Daí você já pode continuar
com uma novidade, que deveria ser a essa altura uma emenda duas ou quantas você
puder imaginar. Para isso, peça ajuda dos alunos, incentive-os a dar sugestões. Se for
impossível dar uma emenda, dê então um passo, ou um conceito novo.
Isso serve para todos os ritmos. Ou seja, se você fez isso no bolero, pode na mesma aula
fazer no forró e no Samba, por exemplo. Quer dizer que podemos ver coisas novas de
mais de uma dança em uma mesma aula?
Claro que sim, mais como as etapas de assimilação são diferentes entre os ritmos, talvez
não coincida o aprendizado de muitas novidades em uma mesma aula, mais se coincidir,
não tem problema, pode trabalhar.
As vezes presencio os professores deixando os alunos praticando algo que eles já
assimilaram, isso aborrece os alunos que se sentem perdendo tempo, As vezes isso se
inverte, os alunos acham que já estão prontos pra passar adiante, quando na verdade
ainda não estão, nesse caso, é melhor ir com eles, e revisar o assunto mais a frente.
PARTE DA DANÇA
Funções da dama:
Antes da dança deve: ter trabalhado seu corpo arduamente para que durante a dança ele
esteja encaixado e dentro dos padrões de postura e tonicidade muscular que favoreçam o
bom equilíbrio, o controle do corpo e do eixo, enfim, a dama deve treinar arduamente
para que possua um corpo adequado para a dança. Deve se exercitar em escutar a
música em toda sua amplitude. Deve colocar emoções a flor da pele.
Dissemos que ela deve trabalhar isso antes da dança, pois durante a dança sua alma deve
estar liberta para viver a emoção que a música lhe transmitira, ela deve estar pronta para
se expressar dentro da dança do cavalheiro, buscando estar toda expressiva, vivendo a
cada momento os movimentos que a música e o cavalheiro lhe possibilitam. Esse corpo
preparado para dança deve se tornar natural, para a dama, para que ela não tenha, como
já dissemos, que ficar preocupada durante a dança,abrindo assim mão de seu próprio
prazer.
Isso apenas já agrada ao cavalheiro, pois nada é mais instigante para ele, que uma dama
tendo prazer em seus braços. Uma dama que com o seu corpo firme, crie belas formas
saídas de sua imaginação, que se expressa através de seu rosto, dedos, mãos, braços,
tronco pernas e pés. Uma dança que do começo ao fim demonstra a ele o quanto aquilo
lhe está satisfazendo, o quanto ele está conseguindo lhe dar prazer, o quanto ele é feliz
nos seus braços. Damas, seu trabalho não é fácil, o corpo muitas vezes se assemelha a
um cavalo selvagem, mas vocês terão que dominá-lo. Nossas emoções, tantas vezes
caladas em nossa garganta, devem agora ser colocados para fora, devem ser expressas, e
isso requer coragem. Nossos ouvidos tão acostumados a fingir surdez por não querer
escutar os gritos do mundo, agora terão que ser abertos para a poesia da música. Emfim
damas, essa é uma tarefa árdua, porém totalmente possível e 1000% gratificante.
FUNÇÕES DO CAVALHEIRO
Quando falo sobre o que eu acredito que sejam as funções dos cavalheiros na dança, as
pessoas normalmente me falam: “Mas onde você vai achar cavalheiros assim?”. E eu
respondo que não pretendo achá-los, pretendo treiná-los.
Em uma das aulas que fiz com o grande (não me refiro a estatura) mestre Jaime Aroxa,
ele chamou na roda, a Isabela, grande dançarina de tango de SP, e depois que ele
dançou com ela, para demonstrar o que ele gostaria que ela fizesse, ela virou para ele e
disse: “Mas ninguém pega assim!”. Você imagina o que ela quis dizer com isso? Ela
quis dizer isso mesmo, que ninguém pega, como o Jaime. Ela não disse nem eu nunca
ouvi ninguém dizer que ele fazia tal ou qual passo melhor que os outros, ou que ele
dançava mais bonito que os outros. Se você pensar bem, perceberá que fazer tal ou qual
passo são tarefas simples, dançar bonito já não é tão fácil, mas, mesmo assim ainda é
simples. Agora a relação entre os pares, ah, isso é assunto que dá pano pra manga.
Conheço pouquíssimas pessoas que realmente se preocupam com isso, trabalham
arduamente em função disso, logo a maioria das pessoas, mesmo as que fazem bem os
passos, tem problemas com os respectivos parceiros. Sabe qual é a posição do Jaime
com relação a isso? Ele diz: “As damas não erram, quem erra é o cavalheiro”.
Infelizmente poucos homens entendem ou admitem isso, porém os poucos que o fazem,
lutam com todas as forças para trabalhar sua pegada, sua condução, seu equilíbrio, sua
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postura, enfim, todas essas coisas fundamentais para que um cavalheiro possa realmente
exercer suas funções de BOM condutor.
Eu já dancei com o Jaime de cavalheiro e como dama dezenas de vezes e sei que o que a
Isabela disse ainda nem esta completo, diria mais, pouquíssimas pessoas conduzem
como ele, deixa a dama tão a vontade (no melhor sentido da palavra) quanto ele, se
preocupa tanto com a dama como ele, e eu acredito e tenho certeza que ele também
acredita que essas são algumas de suas principais virtudes, se não as principais. Hora, se
as principais virtudes de um cavalheiros do porte do Jaime são relacionadas a relação
dele com a dama, por que haveria de ser diferente para nós.
A esse ponto, alguém pode dizer: “Bem, mais isso não é tão simples assim”, e não é
mesmo, isso envolve uma série de qualidades que o cavalheiro tem que desenvolver,
como já citamos acima, para que essa boa condução, boa pegada, enfim, boa relação,
possam correr. Esse cuidado e respeito para com a dama, somado a uma boa
musicalidade é que fazem toda a diferença numa grande e inesquecível dança.
Encontre sua satisfação cavalheiro, no ato de dar felicidade à sua dama, de transportá-la
a uma outra dimensão, de fazê-la sentir-se única. Esse infelizmente é o trabalho mais
difícil, e iremos encará-lo de frente nesse curso, porém é o único caminho, se o
cavalheiro quer realmente ser: um GRANDE DANÇARINO.
PARTE FILOSÓFICA
AUTO CONCEITO
Umas das maiores dificuldades de um profissional é tratar com um aluno que acredita
que tem bastante conhecimento. É difícil, pois mesmo que ele saiba o que o aluno
precisa, este não dá abertura e muitas vezes fala: “ A minha postura foi desenvolvida a
custa de muito trabalho...”, ou “Eu danço a muitos anos e adquiri bastante conhecimento
e experiência, por isso, minha dança é assim e assado...”. Você deve ter opinião própria
sobre os conceitos da dança, mas não sobre a qualidade da sua dança.
Muitas vezes as pessoas falam de qualidades que estão na cabeça delas.
Para ter uma real idéia de seu estagio, e por que caminho deve levar o seu trabalho,
escolha um profissional de confiança e peça para ele ser totalmente sincero com você,
com relação à sua dança e aceite suas opiniões. Talvez você não goste delas, e se as
opiniões forem muito absurdas, procure outro bom profissional, mas bom mesmo, e
peça a mesma opinião, pegue as duas, faça uma média delas e viva de acordo com elas.
Muitas vezes o professor se omite em determinados detalhes para não aborrecê-lo,
porém como profissionais, ou amadores conscientes, você não devem fazer corpo mole
ou acreditar que já dançam assim ou assado, têm que verdadeiramente se entregar ao
estudo, trabalhar para valer.
LIÇÃO DE CASA:
PARTE DIDÁTICA
Temos trabalhado na última aula de como ensinar. Falamos sobre como iniciar o
aprendizado e sobre como despertar e a criatividade do aluno, não dando seqüências
prontas e sim ajudando-o a enxergar como os movimentos podem ser ligados
aleatoriamente.
Trataremos agora de um assunto que já abordamos parcialmente no módulo anterior de
curso: A simplificação de nossas explicações e vocabulário.
Quando pretendemos transmitir uma idéia, devemos torná-la mais simples possível de
ser com pretendida. Quando observamos as aulas da maioria dos professores de dança,
que tem uma boa formação, percebemos que eles complicam um pouco mais as coisas,
eles carregam muito os aluno com informação, enquanto vão transmitindo as idéias, vão
aumentando muito a complexidade do entendimento da coisa. Por exemplo: Ao invés de
falar “Libere o pé esquerdo, transferindo o peso dele para o pé direito, para que você
possa tirar o esquerdo do chão, e daí erga-o, colocando o pé à frente, só que primeiro
colocando a ponta do pé, e depois o calcanhar, transfira o peso do corpo para o pé da
frente e depois retorne o peso para o pé de trás, para que você possa tirar o pé direito do
chão e levá-lo para trás.”. Para um profissional isso tudo parece fácil, mas para uma
pessoa que está dançando pela primeira vez ou segunda vez na vida, pode parecer um
bicho de sete cabeças. Será que não seria melhor se falássemos assim: “ Coloque o pé
esquerdo à frente, depois retorne-o para trás”. Depois que ele conseguir fazer isso, daí
podemos transmitir a ele alguns detalhes essenciais, tais como pedir para que marque
um tempo aqui e ali, mostrar como se comporta o seu corpo nesse ou naquele instante e
pedir para que eles façam o mesmo, etc...
Utilizando esse esquema, nós vamos transmitindo ao aluno a informação, porém sem
carregá-los de idéias que funcionam melhor se forem transmitidas gradativamente.
Inicie seus alunos utilizando um vocabulário simples e de acordo com o progresso
deles, conforme eles forem digerindo a informação que você passa para detalhes como:
Que parte do pé pisa no chão primeiro ou o quanto do peso ele deve levar pra frente ou
para trás. Lembrando que um aliado muito eficiente é o construtivimos, questione o
aluno, faça-o perceber através da sua própria visão, o que é importante para a realização
do movimento.
PARTE DA DANÇA
PARTE FILOSÓFICA
A dança pode vir a ser uma atividade de prazer supremo, porém ela só será, se houver
de nossa parte algo que ela exige absolutamente: DEDICAÇÃO.
Tenho encontrado em meu caminho profissionais de todo os tipos, os que se dedicam
bastante a própria dança e os que não se dedicam, deixando-a disforme, sem estrutura
plástica ou expressiva. Os que se dedicam a se tornarem professores cada vez melhores,
estuda do como vocês, e questionando todo o dia a forma como ensinam, tentando se
aperfeiçoar a cada segundo de suas vidas tendem a se tornar verdadeiros mestres,
educadores e acabando por transformar a vida das pessoas em algo melhor. Encontro
também os que não se dedicam, que muitas vezes têm um auto conceito muito elevado e
acham que suas aulas são excelentes. Para que não caiamos nesse erro, reitero o que foi
dito semana passada, procure um profissional, demonstre como você dá aulas, e peça
para que ele analise. Isso na verdade é muito difícil, pois o profissional teria que ir até a
sua aula e isso talvez se tornasse inviável. Mas se vocês quiserem podemos fazer
laboratórios aqui no curso, para analisar a forma como vocês ensinam e daí passar a dar
sugestões. Esses laboratórios não são perfeitos, pois na verdade os colegas é que serão
os alunos, e sendo assim, dá uma insegurança, mas mesmo assim é uma ótima forma de
se progredir como professor.
LIÇÃO DE CASA
PARTE DIDÁTICA
Você já percebeu que cada vez que explicamos algo, aquilo fica mais claro para nós. È
como se ao ensinarmos, compreendêssemos melhor o assunto.
Se nossa tarefa como professores é fazer com que os alunos entendam bem a “lição”,
porque não fazer com que eles nos expliquem, ao invés de nós explicarmos a eles? Isso
mesmo, encontrar uma forma do aluno explicar o que deve ser feito, e não de nós
explicarmos a ele.
Ai vem a dúvida, como eles vão ensinar se ainda não sabem bem a lição?
O elemento que utilizaremos para resolver o problema é justamente é o que irá melhorar
ainda mais a fixação do aprendizado. Para que ele saiba a lição e possa nos explicar, é
só nós fazermos duas ou três vezes, o movimento que ele deverá explicar, daí pedir que
ele explique o que você fez. Você pode auxiliar o aluno durante a explicação que ele
estiver dando, colocando algumas questões estratégicas, coisas que eles precisam prestar
atenção no detalhe em questão.
Depois disso você pode colocá-los atrás de você ou em roda, e pedir para que eles
expliquem enquanto você for realizando o movimento. Só então peça para que eles
treinem juntos com você, ou sozinhos assim eles podem exercitar um pouco o que já
entenderam, pois entre entender e estar apto a fazer, vem bastante treino.
É importante que essa ordem seja respeitada entender /treinar /fazer.
Muitos professores pedem para que os alunos façam enquanto não entenderam ou
enquanto ainda não treinaram o suficiente.
A diferença desse sistema é que o aluno pode participar do processo de aprendizado, e
isso além de ser divertido e gratificante para ele, é muito mais eficiente, pois ele entende
PARTE DE DANÇA
PARTE DA FILOSOFIA
Acredito que um dos pontos mais polêmicos da dança de salão seja o show.
A uns oito anos atrás, conheci numa ENAF que participei, um professor de dança de
salão que antes dava aula de aeróbica, ele me disse uma coisa que me deixou com um
elefante atrás da orelha, ele falou que no começo todos se apaixonaram pela aeróbica, as
academias encheram, todos adoravam. Até que começaram a proliferar aquelas
apresentações profissionais de aeróbica, onde duplas ou grupos, faziam coisas
mirabolantes, quase impossíveis de serem feitas por mortais comuns.
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO
TÉCNICO E DIDÁTICO
em
DANÇA DE SALÃO
PARTE DIDÁTICA
PROGAMANDO AS AULAS
PARTE DA DANÇA
A FLUIDEZ
PARTE FILOSÓFICA
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO
TÉCNICO E DIDÁTICO
em
DANÇA DE SALÃO
PARTE DIDÁTICA
INTERATIVIDADE
Essas são as duas colunas que sustentam uma aula eficiente e agradável.
Como já dissemos várias vezes nesse curso, a coisa mais chata e ultrapassada que existe
é aquele professor que ensina, enquanto pretende que o aluno decore a lição.
Devemos pensar em como fazer o aluno participar da aula, para que ele se sinta
motivado por estar ajudando a construir a aula, compreender a função de cada
movimento no ato, pois ele está olhando de dentro e não de fora.
Essa é a tarefa do educador moderno. Não dar a idéia pronta, fazer o aluno raciocinar,
buscar dentro dele mesmo as respostas, o por que, como fazer.
Podemos dar dicas, insinuar o caminho, dar sugestões baseadas nas idéias dos próprios
alunos, porém sem entregar as verdade, sem dizer como se faz, deixando essa função
para os alunos.
Acrescente a isso a usa programação de aulas, escreva que abordagem você usará para
despertar o aluno, o que você falará para conseguir isso, quais questões colocará.
LIÇÃO DE CASA
Trazer para próxima aula, uma estratégia para uma aula alternativa.
MOTIVAÇÃO
Trazer uma dança que vise a motivar o aluno a algo, primeiro pense a que você quer
motivar o aluno, para que você possa explicar a turma.
PARTE DE DANÇA
Semana passada, tratamos sobre as danças fluídas e quebradas, sobre como fazê-las com
mais qualidade.
Acredito que o que faz a dança valer a pena mesmo, seja a alma que colocamos nela, a
maneira com o que vivemos a música, a forma com que nós relacionamos com o par e
com o nosso próprio corpo, a criatividade de nossos movimentos, enfim, a vida que
expressamos através de nossa dança.
Levando isso em consideração, descartaremos as formas massificadas de dança, onde a
dança fluída roda o salão, porém utilizando sequências pré estabelecidas, aqueles onde
escadas de pernas são feitas sempre depois de um passo do malandro e emendadas à
caminhadas. Para quem está vendo a primeira vez é até legal, mais depois que o
dançarino repete a mesma ordem de movimentos uma ou duas vezes, igualzinhas, os
espectadores já começam a perceber de que se trata de algo decorado e repetido, isso
tira o brilho da dança, torna-a artificial. Sem contar a dama, que começa a prever o que
o cavalheiro vai fazer e ir a frente, passando até a se entediar, pois sabe a dança toda,
nunca é surpeendida.
Essa dança nasce de um tipo específico de aula, aquela que nós estudamos algumas
aulas atrás, onde a dança já é ensinada em sequência, pronto, os dançarinos estão
fadados eternamente a dançarem sequência, afinal não conhecem as formas sem
separados, apenas ligadas umas às outras, não têm o instrumentos necessários a formar
sua própria dança, construir suas próprias emendas.
A ordem dos passos, devem surgir da vivência da música, da emoção do momento e
não de uma sequência pré estabelecida. Porém ates de mais nada, é necessário saber
cada movimento separadamente, ou esquecer o contexto de passo, pensando nos
movimentos que surgem daquele sistema de “direita / esquerda” que estudamos na
prática do curso, fluir, porém fluir com alma, com a sua dança pessoal.
Podemos dizer o mesmo da dança quebrada, abdiquemos daquela forma de dançar onde
se faz um passo e retorna ao básico, se faz outro e retorna ao básico, quer quebrar a
dança? Então quebre, mas faça isso com criatividade,com musicalidade, brincando com
o par, vivendo a dança. Essa dança quebrada rui, nasce também daquela aula onde não
se ensina as inúmeras possibilidades de emendas entre um movimento e outro, não
ligações prontas, fechadas, porém as inúmeras formas em que os movimentos se ligam,
só se ensina a terminar um movimento e retornar ao básico. Vá além, brinque, se
expresse de uma forma livre e solta, coloque um belo movimento dentro de uma
brincadeira interessante, e dessa brincadeira já faça outro movimento belo e
harmonioso, apesar de quebrada a dança, terá uma certa fluidez, característica do
improviso, com as mil possibilidades de ter duas pernas nos possibilitam.
PARTE FILOSÓFICA
Quando vemos pessoas ministrando aulas, podemos facilmente perceber quem foram seus
professores, pois a maioria cegamente o jeito de trabalhar dos mestres. Também já fui assim.
Creio que isso se dá devido à incapacidade dos professores em desenvolver a identidade dos
alunos.
Isso se torna mais crítico quando se trabalha com futuros professores, afinal de contas,
capacitação dos professores é um assunto muito sério. Deve-se engrandecer o senso crítico do
futuro educador, para que ele possa encontrar sua verdadeira identidade, deve-se valorizar as
características pessoais de cada um, para que elas, guiadas pelas linhas de ensino, criem
educadores com características únicas.
Se você se perceber agindo igual ao seu professor, ensinando igual a ele, pare e seja você
mesmo. Uma maneira de ensinar brilhante para alguns, pode não funcionar para outros, isso é
muito particular, é como uma assinatura, como já disse, peguemos as linhas de ensino, a
metodologia e sejamos nós mesmos.
Disse acima o que aconteceu comigo também. O caso é que quando conheci meu mestre Jaime
Aroxa, me encantei com seu estilo , com a sua eloqüência , com sua maneira de falar,
envolvendo os ouvintes nas histórias, enfim, virei “Xerox” dele. Mas os anos se passaram e eu
consegui chegar às minas próprias conclusões, ao meu jeito de ensinar, porém percebo que com
muita gente isso não acontece, passam-se anos e a “imitação” continua.
O que vale são as regras básicas:
A eloqüência ou oratória (capacidade de envolver os alunos por meio da fala, e fazer com que
eles nos entendam com facilidade), o construtivismo (incentivar os alunos para que aprendam
através da participação), as características primordiais do educador (respeito pelo aluno, etc.),
isso tudo sim é importante, mas deve ser executado com a sua marca, com as suas características
pessoais.
PARTE DE DANÇA
PARTE FILOSÓFICA
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO
TÉCNICO E DIDÁTICO
em
DANÇA DE SALÃO
PARTE DIDÁTICA
EXPLICANDO
Quando ensinarmos algo, temos que tomar cuidado em dar tempo para que o aluno
entenda, assimile,item por item da idéia que pretendemos transmitir.
As vezes vejo professores tentando passar varias idéias ao mesmo tempo, ou uma após a
outra, de maneira muito seguida, não dando tempo para que os alunos entendam o conteúdo da
mensagem anterior, já passando para a próxima idéia. Isso acaba sendo pouco eficiente, pois
muitas informações são perdidas, ou que não são aproveitadas por inteiro.
Vá devagar,transmita uma informação, questione, sinta se o aluno já compreendeu o
assunto anterior antes de passar para o próximo. Se for um movimento, deixe que os alunos
treinem, cada pedaço, cada etapa do movimento ou da informação antes de ir a diante.
A mais ou menos dois anos, eu era um aluno em uma turma avançada de tango em São
Paulo, um profundo conhecedor do assunto, tinha muita coisa a transmitir, só que ele cometia o
erro de passar muito rápido pelas informações, não dando tempo para que os alunos
conseguissem administrar as informações recebidas.
De repente eu comecei a perceber que o professor mandava a turma treinar algo e
ninguém treinava aquilo. Eu achava curioso, porém não me deixava envolver pelo povo, e
seguia estritamente as indicações do meu mestre. Comecei então a analisar aquela situação, e
percebi que o problema era que as pessoas já tinham boiado lá atrás, a muito tempo tinham
perdido o fio da meada e não conseguiam entender o assunto presente. Como quando alguém
assiste a um filme e não entende algumas partes, daí a estória passa a ficar meio confusa,
incompreensível. Foi isso que aconteceu com aquela turma, que depois de pouco tempo foi
encerrada, o professor perdeu o controle da turma, ninguém mais o atendia, culpa dele que não
teve mais paciência ao passar informações no tempo certo.
Perceba se a sua turma está entendendo o que você quer explicar, pedacinho por
pedacinho, antes de passar adiante.
REVISANDO
Quando você ensinar alguma coisa, sempre nas próximas aulas, revise o que você
ensinou, revise cada etapa do movimento em questão, deixe os treinar, só então trabalhe outra
coisa mais recente.
Perceba o grau de entendimento da turma sobre aquele assunto e daí determine se uma
nova explicação é necessária ou se eles já estão podendo fazer o movimento por conta própria.
Caso o movimento precise ser explicado de novo, faça o em separado, nada de explicar de uma
vez dois ou três passos.
Como já dissemos, depois de um movimento revisado, você pode, antes de ir para o
próximo movimento, para as possibilidades de emendas dele com os outros movimentos,
PARTE DA DANÇA
PARTE FILOSÓFICA
A CULPA É DE QUEM?
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO
TÉCNICO E DIDÁTICO
EM
DANÇA DE SALÃO
PARTE DIDÁTICA
AS PAUSAS
Esse é um detalhe muito importante, se é que queremos que nossos alunos dancem no
ritmo.
As pausas se relacionam intimamente com as etapas de um movimento. O importante é
saber se a pausa está antes, durante ou depois de determinado movimento.
Escute a música, perceba, questione onde a pausa deve ser colocada.
Por exemplo, o bolero, no caso do passo básico, corte liso, e cruzado, onde está a pausa,
no três, antes ou depois dele. Ela está depois do três, pois a música marca o “tum e
tum”, ou seja, uns, dois, três, para depois dar a pausa, só então vêm o outro “tum e tum”
ou um, dois, três, ou seja, primeiro nós devemos pisar os três tempos de maneira
continuada, fluída, na mesma velocidade, para daí fazer a pausa. Nesse caso costumo
ensinar que a pausa deve ser feita com o pé passando pelo outro de maneira mais
contida, mais lenta, quando volta do três, ou seja, quando está indo fazer o outro um ou
“tum”. O mesmo se dá com o samba, onde a pausa se dá depois do “tic, tic, tum”, ou
mais especificamente depois do “tum”. Como o “tum” é o passo atrás ou à frente é
depois desse que fazemos a pausa. Neste caso costumo ensinar a pausa pedindo para
que o aluno segure o pé no ar (próximo ao chão) um pouquinho, antes de pisá-lo no
próximo “tic” ou um.
Cada movimento ou passo pede um tipo de colocação de pausa, estude isso e frise
durante as explicações para seus alunos, só assim eles conseguirão dançar no ritmo.
PARTE DA DANÇA
Nas últimas aulas, estudamos sobre a capacidade de viver a dança de dentro para fora.
Conseguimos isso vivendo a música dentro de nós, sentindo-a em nosso interior e
transformando-a em dança. Uma coisa que pode atrapalhar esse trabalho é a dificuldade
que encontramos de entender, perceber, captar a música de maneira integral. Para que
possamos realizar esse trabalho, devemos nos aprofundar nas características da música,
em suas partes, em seus detalhes.
Vamos estudar um pouco quais são essas partes, para que possamos escutar a totalidade
da música.
Podemos identificar pelo menos cinco partes em uma música, são elas:
O RÍTMO
Cia Rafha Biazzi
R. Javari 153 – Uberlândia-MG
Contatos: (034) 3214-2514 ou 9677-6843 | E-mail: ciarafhabiazzi@gmail.com
A MELODIA
AS ÊNFASES
AS FRASES
A POESIA
A grande maioria dos dançarinos vive apenas o ritmo. Porém não devemos restringir a
nossa sensibilidade a apenas uma parte da música, devemos escutar a música como um
todo, para que nossa dança possa ser bela e rica como a música que estamos ouvindo.
Uma parte bastante fácil de ser vivida durante a dança, é a ênfase, ela é a parte mais
forte da melodia, onde o tom da música aumenta.
Nesse momento podemos dar um passo, transferir o peso, brincar com a dama, enfim,
aprendendo a identificar a ênfase da música, avançamos um pouco mais em direção da
boa dança.
Outra parte importante que devemos estudar na música é a frase.
Devemos nos inspirar nos inícios e nos finais das frases, para realizar, alterar ou
emendar nossos movimentos.
O último, e na minha opinião, o mais importante aspecto desse trabalho, vem
justamente a ser o mais negligenciado de todos, é aquele que realmente faz com que nos
envolvamos com a emoção da música, que faz com que sintamos realmente a música
dentro de nós. A poesia. Ela tem a incumbência de tocar o coração do dançarino, faze-lo
sonhar com os versos, se envolver com o enredo da música, através da poesia, nós
realmente nos deixamos levar para a dimensão do sonho e da fantasia onde ambos
devem buscar encontrar sua própria dança.
Desenvolver o ouvido para viver a música em todas as suas nuances, notas, emoções
deve ser um exercício diário.
PARTE FILOSÓFICA
Modulo II
Ministrante: Rafhael Biazzi
Para iniciarmos nosso curso, gostaria de falar sobre duas palavras que estarão
sempre presentes em nosso vocabulário. Usando suas próprias palavras, qual é a
diferença entre eficaz e eficiente?
Eficaz, é fazer a coisa certa. “por exemplo um cidadão que ajuda a um pobre esta
sendo socialmente eficaz, pois isso é uma coisa correta a se fazer”. Mas ele pode não
estar fazendo isto de maneira eficiente, por exemplo pode estar dando dinheiro para um
bêbado na rua; o que ele fará com o dinheiro? Pois bem, ser eficiente seria comprar uma
cesta básica e levar à casa do bêbado.
Ser eficaz é fazer a coisa certa, ser eficiente é fazer a coisa da maneira certa.
“Ser eficiente sem se preocupar em ser eficaz é fazer a coisa pela metade”. Seria como
levar um cesta básica e deixá-la na casa de uma pessoa pobre, porém abandonada, foi
eficiente, pois, fez a coisa da maneira certa, mas não eficaz, pois não se certificou de
que morava alguém na casa. Em nosso curso sempre estaremos tentando associar as
duas coisas em tudo que nos propomos, por isso também, ele é tão abrangente e
completo (eficaz), e transmite tanto em tão pouco tempo (eficiente).
Nesse curso, pretendemos trabalhar ferramentas, que quando aplicadas, tornarão
o aprendizado do aluno mais eficiente, fácil e prazeroso. Alem de conceitos avançados
sobre dança de salão, aprenderemos a falar de maneira mais clara e definida, de forma a
prender a atenção, envolver e se fazer compreender pelo aluno.
Aplicamos também ao ensino da dança de salão, uma metodologia de ensino,
chamada construtivismo, que pretende revolucionar o ensino da dança de salão.
Falaremos desse método à seguir.
Exercício
Peça para que os alunos escolham um ritmo para que eu possa analisar a dança
deles e dar sugestões.
CONCEITOS
Exercício
Todos escutam a música. Depois deixam que a música entre dentro deles,
permitindo ao seu corpo se movimentar na música da maneira com que ele sinta.
Agora todos se movimentam, pegando as nuances que sentirem na música. As
damas fazem 90% o exercício anterior, sentindo muito e se movimentando quase nada,
enquanto os cavalheiros se movimentam mais, porém sem abrir mão da viajem.
Agora ele sente a viajem dela e tenta movimentá-la dentro da viajem dela, pegar
e soltar, sem acordar a dama.
SEGUNDA AULA
O CONSTRUTIVISMO
Lição de Casa
Construir uma aula totalmente baseada nestes sistemas estudados hoje e colocá-
la no papel, programá-la. Pode ser uma dança só, um passo só, porém deve ser
estruturada nos estudos de hoje. Distribuir as três regras de ouro da dança de salão.
Trazer comentários sobre elas, e se algo possível para acrescentar a elas.
Frise todos os detalhes sutis da idéia, os detalhes que não podem, ou que
costumam ser esquecidos, ou ainda as partes onde as pessoas costumam tropeçar. Frise
durante a explicação. Use palavras diferentes, frise durante ou depois da explicação.
TERCEIRA AULA
Quase todos esses desejos são satisfeitos, quase todos. Menos um. Existe um que
se apresenta quase tão profundo, quase tão imperioso como o desejo de alimento ou de
repouso que raramente é satisfeito. É o que Freud chama de desejo de ser grande, é o
que Dewey designa desejo de ser importante.
Certa feita, Lincon iniciou uma carta dizendo: “Todos gostam de um
cumprimento”, Willian James disse: “O mais profundo sentido da natureza humana é a
Cia Rafha Biazzi
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ânsia de ser apreciado”. Ele não falou, veja bem, do “desejo” ou da “vontade” ou da
“aspiração” de ser apreciado. Falou na anciã de ser apreciado.
Aqui esta uma espécie de fome humana insaciável, e os poucos indivíduos que
honestamente satisfazem essa avidez tão enraizada no coração terão as pessoas na palma
de sua mão, e “mesmo o proprietário da funerária fica triste quando eles morrem”.
Muitas pessoas chegam a ficar doentes ou insanas, para ganhar um pouco de
atenção.
Consideramos a habilidade de desperta entusiasmo entre os homens, a maior
força que podemos possuir como professores e o meio mais eficiente de despertar o que
há de melhor nos alunos é a apreciação honesta e o encorajamento. Nunca critique quem
que quer seja, e sempre incentive os seus alunos a conseguirem mais e melhor. Tente
enxergar seus acertos, esteja sempre ansioso para elogias o que eles já estejam fazendo
de bom, diga a eles e os encoraje a continuar.
Conseguir que vocês façam isso em suas aulas de dança é um dos nossos
objetivos. Pois a motivação é um dos recursos mais eficientes para desenvolver uma
qualidade em alguém. E acima de tudo, temos duas funções principais como professores
de dança: fazer com que as pessoas se sintam bem em nossas aulas, sejam felizes ali, e
ensina-las a dançar bem, e as duas coisas podemos conseguir através do elogio honesto
e da motivação.
Façam isso em todos os aspectos da sua vida e verá como as coisas melhorarão
ainda mais à sua volta.
Temos visto por aí, principalmente na área de dança, professores carrascos, isso
parece ate uma epidemia de mau humor, as pessoas erram seus professores as castigam,
apontam seus erros, as recriminam, enquanto deveriam estar tentando descobrir algo
positivo para elogiar, assim conseguiria com muito mais facilidade esta depois,
trabalhando sobre o que você acha que deve ser trabalhado. Ora, se um aluno erra e
persiste no erro, talvez a culpa seja do professor que não ensinou suficientemente bem
pra alcançar a compreensão do aluno, ou do professor que muitas vezes pede uma coisa
e faz outra. Pedir para que o aluno tenha uma boa postura e não ter a mesma é igual a
nada, pedir para que o aluno respeite o baile e não respeita-lo, é hipocrisia, pedir para
que o aluno dance na música e não a conheces a fundo é inútil.
Seja coerente com suas atitudes e honestamente positivo com seus alunos,
respeitando-os e motivando-os e tenha sucesso como professor.
QUARTA AULA
A DICÇÃO
A dicção pode ser sintetizada, como a maneira que pronunciamos as palavras, a maneira
com que as definimos, como as tornamos claras, enfim, a maneira com que falamos.
A fala é o nosso veiculo de expressão. Nossa fala deve ser impecável, limpa e acima de
tudo compreensível. Deve ser assim, para que nos façamos entender muito bem. Nesse
treinamento iremos desenvolver, aperfeiçoar, limpar nossa expressão verbal. Devemos
ter em conta que o principal objetivo de um professor, seja ele de qualquer área, é fazer
com que os alunos entendam bem a lição. Pois mesmo entendo a lição é sempre um
trabalho árduo a realização do ensinamento, imaginem como isso fica se a compreensão
for falha. O aluno patina, anda pouco,volta um pouco, mas progresso é difícil.
Cuidado para que nesse momento você não tenha esse tipo de atitude:
- Minha expressão verbal é perfeita!
Aí estancamos, e acredite, sempre há i que melhorar.
A ARTICULAÇÃO DA BOCA
Para uma boa fala, precisamos de uma boa articulação, precisamos antes de qualquer
coisa, articular grande. Fazendo isso teremos mais definição de palavras e mais potencia
de voz.
Um exercício indicado para que possamos aumentar a articulação de nossa boca, é o da
mastigação, devemos mastigar coisas que demoram a dissolver, como por exemplo pão
amanhecido, cenoura crua, maçã ou carne de segunda.
VOLUME DA VOZ.
É a altura, a intensidade da voz; a maneira audível com que chega às pessoas que estão
no interior da sala.
VELOCIDADE
Não se deve impor uma velocidade padrão para os oradores, pois cada um falará
depressa ou mais devagar, dependendo da sua capacidade de respiração, da sua emoção,
da sua dicção e do sentimento transmitido.
Na verdade, há tantas razões para falar depressa, como para discorrer lentamente. A
velocidade agrada principalmente ao publico, pois transmite de certa forma impressão
de convicção do orador na idéia transmitida. É também útil ao orador, pois lhe permite
deslizar rapidamente sobre as partes eventualmente fracas do discurso.
EXPRESSÃO CORPORAL
Nosso corpo deve auxiliar na transmissão da idéia, os gestos dos braços e das mãos
devem como que exprimir o que estamos dizendo com palavras. Nossa movimentação
pela sala, deve contribuir para prender a atenção do ouvinte e para dar ênfase a algum
ponto do discurso. Nossa expressão facial deve ser coerente com o sentimento que
tentamos expressar. Enfim, nosso corpo deve caminhar em concordância com o que
estamos falando, para facilitar ainda mais a compreensão da nossa idéia.
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
Outra etapa importante é a interpretação do texto. Que sentido, que expressão queremos
que nossa frase tenha, e de pergunta, o de explicação, o de exclamação.
Se tivermos uma fala linear, inexpressiva, não conseguiremos prender a atenção do
aluno e a nossa fala se torna monótona e cansativa.
A PONTUAÇÃO
Outra coisa importante é dar verdadeiro sentido à pontuação. Se houver uma virgula em
sua frase, realmente dê uma pausa, se for um ponto na mesma linha, dê a pausa e depois
continue no mesmo tom. Se for ponto de parágrafo, dê a pausa e, depois, mude a
entonação.
Busque se expressar realmente de forma eloqüente e primorosa.
RUÍDOS
Outra coisa, cuidado com os irritantes hããã, ééé, iii. Quando estamos procurando uma
palavra certa, é preferível que fiquemos em silencio absoluto. Tenha paciência, o
resultado será mais positivo.
Depois dessa pausa, volte a falar com ênfase quando iniciar a frase seguinte. Agindo
assim você transmitirá a impressão de que a pausa foi para optar pelas melhores idéias,
e não porque deu um branco.
Repita diversas vezes o exercício dos trava-linguas, eles são ótimos para resolver uma
serie de aspectos.
Não devemos esquecer também da naturalidade, devemos ser técnicos para falar,
po´rem isso tudo deve soar natural.
Mas lembre-se, ter uma boa fala é apenas uma etapa para se fazer entender pelos
ouvintes.
Seja direto, explicito ao explicar as coisas, diga as maneiras simples, porem completa,
tudo que você precisa que o ouvinte saiba.
Existem alguns elementos que facilitam a compreensão por parte dos alunos.
A imagem extensiva – consiste em associarmos uma imagem que tentamos transmitir a
uma pessoa que já conheça, por exemplo: “Nesse momento, o passo do homem deve ser
forte, como de um cavalo puro sangue”.
“Imagine nesse momento um lenço de seda pura voando ao vento, sinta sua leveza e
flutue como ela...”.
“Imagine o andar de um camelo (que sobe e desce) e compare-o com o andar em uam
esteira rolante”.
Ou seja, pense no que você quer e associe a uma imagem que o ouvinte conheça.
ELEMENTOS DE TRANSIÇÃO
Serão as palavras ou frases que usaremos para ligar partes de uma idéia
(posso,movimento assunto), para que o entendimento do ouvinte flua e consiga entender
a relação que existe entre as partes de uma mesma coisa. Essas transições criam
constante expectativas em relação às mensagem subseqüentes, passando ao publico uma
idéia de evolução de assunto.
Com expressões: “enquanto isso a dama pisa atrás”, “dessa forma se emenda às
partes”, “conseqüentemente a dama vem para trás do cavalheiro”, “concluindo,
conduzimos a dama para o 4° tempo”, “portanto, se iniciarmos o movimento, conduzir a
dama, ela percebe a nossa intenção”.
Outra coisa que facilita a compreensão é o uso da ilustração: usar estórias verdadeiras
ou imaginarias para ilustrar algum argumento.
Esses são alguns elementos que podemos usar para que nossas explicações fiquem mais
compreensíveis.
Lembre-se: dançar já é difícil quando o aluno entende a explicação. É nossa tarefa nos
fazer enterder.
MOSTRE ANTES
Antes de ensinar algo, tome o cuidado de mostrar o que você irá ensinar, não o
movimento completo, porém baseado no sistema de divisão da explicação.mostre
apenas a parte que será ensinada primeiro. Depois de mostrar 2 ou 3 vezes, peça para
que os alunos façam com você.
Quando chegar o momento de passar para a próxima etapa do movimento ligue
através dos elementos de ligação e mostre o que vem a seguir, apenas mostre, 2 ou 3
vezes e daí peça para que os alunos façam com você. Siga assim até a conclusão do
passo.
A CONTAGEM
Quando você já tiver concluído uma etapa da explicação, deve ensinar como
contar aquela etapa, para que através da contagem o aluno possa ter uma visão mais
clara e objetiva do que está sendo realizado. Ao prosseguir com as próximas, vá
introduzindo a contagem etapa por etapa, depois, na hora de colocar no ritmo,
identifique a batida da música, e associe-a a contagem, mostre como fazer o passo na
contagem e esta na música e depois peça para que eles façam.
SAMBA
Essa regra eu não aplico ao samba, ou seja, não costumo aplicar a contagem
numérica ao samba, apenas explico o passo, dividindo-o. Quando chega a hora de ir
para o ritmo, demonstro a batida com o dedo, e peço para que os alunos marquem
comigo, daí peço para que eles repitam no ritmo as palavras:
Peça para que seus alunos comecem a contar alto o ritmo antes de estar
dançando, daí quando ele começa, já dá o primeiro passo na contagem que ele está
realizando verbalmente.
DICA
AS ÊNFASES MUSICAIS
Essas partes da música devem ser aproveitadas, devemos brincar nesses momentos,
caminhar, tentando expressar o que a música quer dizer. Quando isso é feito
caminhando, devemos utilizar movimentos em transferência, isso deve ser feito
também nas pausas, pois com essas transferências podemos dar ênfase também ao nosso
movimento, combinando assim ele a música.
Para se fazer um bom movimento em transferência, devemos colocar a dama realmente
sobre um só pé, transferindo-a e sustentando-a para que ela tenha plena certeza do que
você quer.
Quando estamos trabalhando sobre o ritmo da música, o que nos faz dar pausa é
justamente a transferência de peso, que requer tempo para ser realizada. Quando nos
movimentamos em divisão, nossa velocidade é bem maior, devido ao controle que
podemos exercer sobre a nossa dinâmica enquanto nosso corpo não esta sendo
deslocado.
Pense no seguinte, quando queremos que apenas uma parte de um todo seja observada,
temos que evidenciá-la. Ao dançarmos samba, devemos fazer nossas pernas aparecerem
e para isso temos que movimentá-las, como já dissemos, em divisão. Mas tem mais um
detalhe, se os nossos ombros torcem e destrocem com ênfase, ou nosso tronco faz
movimentos evidenciados, estaremos chamando a atenção para o corpo como um todo,
e não para as pernas. Limpe de sua dança os movimentos evidenciados da parte de cima
do corpo dançando samba (principalmente se for um dança rítmica).
Outra reunião que funciona é a que discute sobre os problemas e dificuldades de cad
aluno da turma ou da academia, como lidar com essas dificuldades, resolvê-los ou
amenizá-los, analisando caso a caso.
Seja sempre gentil e simpático ao se dirigir aos alunos, em qualquer ocasião, seja
explicando um passo, contando um ritmo. Coloque um tom terno na voz, pois isso torna
a aula até mais leve.
Sempre se preocupe com as faltas dos seus alunos, demonstre que você notou a sua
ausência. Se você notar que ele esta com alguma dificuldade se apresse em atendê-lo, dê
sempre o máximo de atenção a todos, procure guardar os nomes dos alunos, e de
preferência parentes próximos também, pois quando alguém se preocupa com aqueles
que amamos nos sentimos importantes.
Peça ara que os amigos o observe e avaliem a forma com que você se dirige e trata as
pessoas, isso vai demonstrar o quanto você se preocupa com elas. Cuidado, isso deve vir
do coração, se não vem, medite a respeito e você entenderá o porque de tudo isso.
Enfim, pense em maneiras de honrar seus alunos com todas as formas possíveis, vendo
sempre o lado deles e respeitando-os através das técnicas descritas aqui, e colha os
resultados.
LIÇÃO DE CASA
Com o passar dos anos temos visto e experimentado diversas maneiras de ensinar.
Existem professores que retiram toda a técnica da dança para que ela se torne mais
terapêutica para os alunos, para que os alunos ao praticá-la se sintam mais alegres e
felizes. Normalmente esses professores têm muitos alunos, são muito queridos e obtém
bastante sucesso.
Temos visto também professores que levam a técnica em primeiro lugar, estes
professores normalmente foram ótimos dançarinos, e estes em ultima estância,
desfrutam de um prazer imenso de alcançar este estagio. O problema é que poucos
acabam suportando a pressão do treinamento e da técnica e acabam abandonando o
curso.
Acreditamos em um sistema diferente, onde damos prazer ao aluno, introduzindo-o ao
mundo da dança através de uma técnica bastante simples, que visa ensinar ao aluno uma
dança satisfatória, que não o sobrecarregue de técnica, e mesmo assim fazê-lo dançar
direitinho. Assim, a aula não apenas tem um cunho terapêutico, mas também transmite a
técnica necessária para dançar legal. Com o tempo, vamos traves de diversos tipos de
estímulos, incentivando-os a querer prender uma dança mais elaborada, dessa forma
tomamos sempre cuidado de dar ao aluno o que ele veio buscar em nossa aula,e em
segunda estância geramos nele a vontade de aprender e aprender cada vez mais uma
dance de melhor qualidade. Pensamos que nossa vontade deve der colocada para o
aluno de forma implícita, pois para nós vem primeiro a vontade do aluno, e
satisfazendo-a mantemos o aluno para que possamos com o tempo aperfeiçoá-lo
seguindo sua própria vontade.
OS ESTIMULOS
SABER VENDER O PRODUTO
Temos a nossa disposição diversos recursos para gerar no aluno o desejo de aprender
com mais elaboração. Temos que cada vez mais fazer com que a vontade de aprender
saia de dentro do aluno e não de dentro de nós apenas. Na minha opinião o melhor dos
estímulos é: durante a aula dançar um pouquinho para o aluno ver o quanto pode ser
bonito e gostoso dançar, como já dissemos, não de forma complexa, mas bonito e
gostoso. Quando o professor for aos bailes, tentar fazer o mesmo, dançar sempre
buscando demonstrar o prazer e a beleza da dança de salão, e não se mostrar. Um
estimulo é falar com os alunos sobre a delicia de se dançar à dois. Outro é demonstrar
ou falar sobre as vantagens que eles terão em dançar bem. Enfim é só pensar que você
encontra uma maneira; o importante é que exista o estimulo e que o aluno sinta vontade
de dançar bem, para que você possa trabalhar a sua dança.
Cia Rafha Biazzi
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A MUNIÇÃO
Um professor deve ter condições de se fazer compreender por qualquer aluno, para isso
ele tem que utilizar todos os elementos que puder, tais como: uma boa e simplificada
explicação. Uma contagem que torne mais compreensível o movimento. O ato de
mostrar cada etapa do movimento antes de ensiná-la. Utilizar o sistema de divisão da
explicação. Usar o construtivismo... Ter uma fala envolvente e expressiva. Um
raciocínio organizado para explicar bem qualquer assunto. Ser coerente em seus
movimentos e nos assuntos do qual você trata, seja durante uma fala, se utilizando das
mãos, do andar, da expressão facial, durante uma explicação, usando os termos exatos
para exprimir o que você quer dizer ou durante uma dança, se movimentando de forma
coerente com a explicada anteriormente. Esses, entre outros são materiais didáticos à
nossa disposição.
O ALICERCE
Já estudamos também, sobre o respeito que devemos ter pelo aluno, respeito esse que
expressamos através de nossos olhos, atitudes e palavras. Devemos estar continuamente
elogiando os alunos, sinceramente, conforme eles forem progredindo, fazendo-os com
isso se sentirem valorizados, incentivados e importantes, estreitando assim nossos laços
com eles. É importante também sermos sempre gentis e simpáticos, interessados pela
vida e problemas dos alunos.
Outra coisa que devemos sempre pensar: dançar sempre realizando movimentos belos e
harmoniosos, que estimulem o aluno desejar aprendê-los.
CONHECIMENTO SUFICIENTE
Para que seus alunos dancem bem, você terá que possuir conhecimento suficiente para
transmitir a eles. Tenho visto professores que sabem até transmitir o passo, mas não
construir um bom dançarino. Nesse curso estaremos transmitindo o máximo de
conhecimento, para que você entenda, compreenda os fundamentos das coisas. Sem isso
nada se consegue, apenas cria um bando de repetidores de passos, mas não autênticos
dançarinos e sem isso a sua contribuição para a dança de salão como um todo será
insignificante.
CONCLUSÃO
Primeira aula
Estudaremos neste curso, quais devem ser os principais objetivos para obtermos sucesso
como professores de dança de salão.
1° Entreter
2° Informar
3° Transformar
4° Fazer feliz através da dança
1° Entreter
Muitos fatores somados levam a uma aula divertida, para melhor compreensão
trataremos deles um a um.
A) Simpatia e gentileza:
Essa é uma das principais tarefas do professor que quer ter alunos, esse é o primeiro
passo. Conhecemos muitas pessoas que mantêm seus empregos, cargos, posições,
apenas por serem simpáticos, agradáveis e alegrarem o ambiente.
Esse é o principal segredo para mantermos nossos alunos. O problema é que fazer uma
aula leve e agradável, nem sempre é uma tarefa fácil.
Um professor bem humorado, sempre alegre, tratando gentilmente a todos (sem
exceção), já resolve uma parte do problema.
Para ilustra o tema, contarei um caso que ocorreu com um amigo quando trabalhava no
Rio de Janeiro, aos 14 anos, vendendo sanduíche natural na praia:
Para vender seus sanduíches, ele percorria toda a baia de Copacabana, que vai do Leme
ao Forte, exatamente nesse sentido. Nessa época havia o “bam bam bam” da venda de
sanduíches naturais, um tal Eduardo, que graças a Deus, percorria a praia no sentido
contrario ao dele, não roubando seus escassos clientes. Um belo dia, o Eduardo lhe
perguntou como estavam as vendas, o meu amigo foi sincero e disse-lhe que não estava
vendendo nada. O Eduardo lhe perguntou se poderia lhe falar um velho ditado de
vendedor, claro que o meu amigo aceitou ouvi-lo, afinal ele era o uma celebridade entre
os vendedores de sanduíches, vendia pelo menos o dobro do segundo melhor da praia.
Ele lhe disse o seguinte: “o tamanho das suas vendas depende do tamanho do seu
Cia Rafha Biazzi
R. Javari 153 – Uberlândia-MG
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sorriso”. Acho que ele (meu amigo) entendeu o recado, melhorou o seu humor e o
resultado foi exatamente igual ao ditado...
Temos também que vender nossa imagem durante as aulas, temos que ser queridos e
admirados, e para isso nada melhor que bom humor, simpatia e gentileza.
2° Informar
A) Ensinar gradualmente
Outro aspecto que vai contribuir para que nossas aulas sejam leves e agradável é a
maneira gradual com que transmitimos nossa técnica. Queremos ensinar, temos ânsia de
transmitir nosso conhecimento, e devemos transmiti-lo, só que de forma gradual, sem
demasiada exigência no principio.
Veja, para um aluno iniciante, pouca informação já é difícil de administrar, se
passarmos um pouco do ponto, exagerando na carga de informação, o aluno tende a
ficar tenso e a aula carregada. Não estamos falando sobre ensinar certo ou errado,
falamos sobre aqueles detalhes técnicos importantes, tais como, por exemplo; que parte
do pé toca primeiro no chão, levar ou não a bacia ou o corpo. Isso tratado no principio
do curso, conferira ao dançarino uma dança muito melhor, porem ele terá que pensar em
muitas coisas ao mesmo tempo e isso estressa. Para alunos mais avançados com um ou
dois anos de aula, a exigência pode ser um pouco maior. Para alunos realmente
avançados com três ou quatro anos de aula ai o assunto é outro, pois ele já demonstrou
que realmente quer aprender, que você pode exigir realmente o maximo.
De passinhos miúdos, permita ao aluno compreender plenamente cada assunto tratado
depois passa a um próximo.
Interatividade
Pedir a contribuição do aluno para construir a aula é algo que além de tornar a aula mais
interessante, leva a uma melhor compreensão do assunto por parte do aluno.
Curiosidade
Você já percebeu que cada vez que explicamos algo, aquilo fica
mais claro para nós. Então por que o aluno não pode ensinar ao
invés de aprender?
Mas como, como um aluno pode ensinar algo? É simples, é só fazermos duas ou três
vezes, bem devagar, o movimento que ele devera ajudar a explicar, daí pedir para que
ele explique o que você fez. Para que ele consiga, coloque algumas questões
estratégicas, coisa que eles precisam prestar a atenção. Se eles não conseguirem
explicar, mostre novamente o movimento para que eles dessa vez prestem atenção no
detalhe em questão.
Depois disso, você pode coloca-los atrás de você ou em roda, e pedir para que eles
expliquem enquanto forem executando o movimento junto com você, assim eles podem
treinar um pouco o que já entenderam, pois entre o entender e o estar apto a fazer, vêm
bastante treino e este é o momento para isso. É importante que essa ordem seja
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respeitada entender/ treinar/ fazer. Muitos professores pedem para que os alunos
façam enquanto ainda não entenderam ou não treinaram o suficiente. A diferença ai, é
que os alunos puderam participar do processo de aprendizado, e isso alem de ser
divertido e gratificante para eles, é muito mais eficiente, pois ele entende bem melhor,
presta mais atenção na aula, fixa por muito mais tempo o movimento, enfim aprende
muito melhor.
Nos livremos daquela postura, aonde o professor vai ensinando o aluno, e este por sua
vez, de maneira passiva, aceita e tenta colocar em prática o aprendido. Faça que o aluno
participe de tudo que for proposto, permitindo que ele manifeste suas opiniões.
Cuidado!!!
Dependendo da sua postura, o aluno não participara da sua aula,
por insegurança ou medo. Não seja carrancudo...
Importante
Outra coisa importante para gerar uma aula interessante é a maneira com que o
professor se comunica.
Veja aqueles animadores, apresentadores de televisão, e observe a maneira com que eles
falam e tentam envolver as pessoas e prender a sua atenção.
Nossas fala tem que ter melodia, tem que ser expressiva , deve envolver o ouvinte.
Não se esqueça:
CONCLUSÃO
Temos que seduzir o aluno com a alegria e a leveza de nossas aulas, para que ele se
sinta impelido a freqüenta-las.
Essa é uma pergunta bastante comum e acho que deveríamos refletor bastante sobre ela.
Acredito que todos nós já percebemos que o processo é realmente lento, e que
independente do talento, são necessárias muitas aulas para que a dança de ninguém
amadureça.
Tenho percebido que em média, só depois de três anos fazendo pelo menos 8 horas de
aula por semana, nas mãos de um profissional com conhecimento bastante abrangente;
um dançarino normal (existe as pessoas com mais dificuldade que podem levar até o
dobro, infelizmente essas não costumam se dedicar o tempo suficiente) começa a
alcançar a maturidade.
Dentro desse tempo, o mais importante é a qualidade dos conceitos trabalhados, sua
coerência e profundidade. Refiro-me a conscientização tanto por parte do professor
quanto dos alunos com relação aos fundamentos, tais como equilíbrio, musicalidade,
contato/condução/entrega, criatividade, postura tonicidade muscular e etc.
O problema é que muitos professores nem trabalham esses conceitos, a maioria
simplesmente ensina os passos e mostra como fazê-los no ritmo (talvez nem isso).
Isso leva a formação de dançarinos sem estrutura e de professores sem base com relação
a esses conceitos. Acabamos nos deparando com um bando de “fazedores” de passos,
sem que exista reflexão sobre os conceitos que fundamentam a execução dos mesmos.
Digo isso, pois conheço pouquíssimos professores no Brasil que abordam esses
fundamentos.
É claro que no começo precisamos ir devagar, que temos que nos ater ao mais simples,
mas sempre dando importância aos conceitos. Desde o primeiro abraço, já falar sobre a
postura necessária para que consigamos ficar perto do nosso par sem que nossas pernas
se choquem. Desde a primeira já demonstra a importância dos detalhes, mostrando e
fazendo com que os alunos reflitam sobre os conceitos que serão trabalhados
posteriormente
Nos deparamos hoje com uma bola de neve, professores sem aprofundamento
conceitual, formando dançarinos sem estrutura que em breve se transformarão em
professores com menos aprofundamento conceitual ainda. Acredito que isso está
levando a uma dança sem razão, sem lógica, onde, sem o menor questionamento, o
passo é supervalorizado em detrimento a questões muito mais importante, tais como:
sentir a música, ter prazer dançando, conduzir eficientemente e sem força, usando o
corpo e o contato para dar a dama a idéia exata do que ela deve realizar, sem preocupa-
la ou estressa-la, e etc.
Outro “gume desta faca” é que a maioria dos professores que estão atualmente no
mercado, trabalhando com alunos de nível avançado, não possuem a carga horária de
aulas que tratamos no início (três anos, com 8 horas de aula por semana). Sem esse
tempo, trabalhando profundamente os conceitos, ninguém se torna realmente avançado
em dança, e não sendo, não estaria preparado para dar aulas a um nível avançado. Sem
esse tempo de trabalho, muitas vezes nem os passos mais complexos são ainda bem
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feitos, sendo isso o resultado, muitas vezes nem os passos mais complexos são ainda
bem feitos, sendo isso o resultado, muitas vezes, da ausência de conceitos.
Professores sem o amadurecimento para trabalhar a nível avançado, formando
dançarinos avançados sem uma estrutura consistente, que se transformarão futuramente
em professores ainda mais precários e assim por diante.
Acredito que o próprio conceito da dança avançada esteja equivocado. Pois antes de
qualificarmos uma dança como avançada, temos que estudar o que vem a ser dança...
A dança, como arte, deve existir como forma de expressão do artista, de suas
particulariedades, deve ser um instrumento de exteriorização de suas emoções através
de movimentos. Logo uma dança avançada é aquela que alcança esse objetivo mais
amplamente.
Infelizmente temos visto que a dança tem sido trabalhada apenas no âmbito da
realização de passos, e que então, uma dança mais avançada seria aquela com passos
mais complexos.
Cabe a nós analisarmos tudo isso e passarmos a questionar a estrutura existente e que
aceitamos como verdade. Não temos que respeitar nenhuma regra que não seja coerente
que não tenha embasamento profundo.
Como já vimos nossas explicações devem ser sempre completas e abrangentes, para que
nossos alunos tenham uma dança de qualidade e para que eles não fiquem com dúvidas.
Ensine cada movimento de forma completa, falando primeiramente sobre:
Tenho visto muitas pessoas que dançam de longe, ou que passam pelas suas pausas
de forma inconsistente. A credito que isso se deva a explicações exclusivamente
relacionadas ao movimento, sem se dar importância à relação entre os dois durante o
passo, bem como sua relação com a música.
Dançar bem tem mais a ver com como se faz do que como o que se faz.
Uma questão importante: “O que vem a ser dança de salão avançada?”.
Acredito que avançar em dança de salão é justamente tratar desse assunto que
citamos acima. Enquanto se esta aprendendo o movimento ainda não se é avançado.
Avançado é aquele que não precisa mais aprender movimentos e passa a
desenvolver a capacidade de fazer com perfeição todos os movimentos que faça.
A dançar em dança de salão é desenvolver o equilíbrio, a leveza, a tonicidade
muscular, o contato com os pés com o chão e do contato entre os corpos.
Isso é dança de salão avançada. O problema é que não se encara assim por ai. O
avanço normalmente se dá pelo conhecimento e acúmulo de passos novos, em uma
seqüência praticamente interminável, e como ninguém consegue guardar tantos
passos, aqueles aprendidos primeiros acabam caídos no esquecimento.
O pior disso tudo, é que, na maioria dos casos, por não haver preocupação real com
a qualidade da dança em si (tonicidade muscular, musicalidade, equilíbrio etc.),
acaba por ser formados dançarinos que quanto mais avançam pior dançam, pois
acumulam movimentos feitos indiscriminadamente, sem estudo ou aprofundando
nos conceitos que levariam a dança a realmente se tornar algo de qualidade.
Dança avançada não se mede por quantos e quão complexos são os passos que em
dançarino faça, e sim em como eles são realizados, em quanto é desenvolvido seu
corpo, em como a música é vivida, como ele se relaciona com o seu par, em
quanto prazer ele tem e dá como sua dança flui e como as emoções são
expressas.
Esse grau de avanço requer muitíssimo estudo e técnica, realmente anos de
dedicação e trabalho com esses conceitos. Por isso, se dedique e se aperfeiçoe
sempre.
Pense nisso quando for ensinar.
Boa sorte!
Se for uma aula inicial, essa é a hora de se apresentar e falar sobre as vantagens
de se fazer dança de salão. Porém mesmo se não for, ralamos sobre nossas intenções, do
que pretendemos e o que vamos ensinar.
A contagem
Quando estamos trabalhando sobre o ritmo da música, o que nos faz dar pausa, é
justamente a transferência de peso, que requer tempo para ser realizada. Quando nos
movimentamos em divisão, nossa velocidade é bem maior, devido ao controle que
podemos exercer sobre a nossa dinâmica enquanto nosso corpo não está sendo
deslocado.
Depois disso treinado, passamos ao ritmo.
Explicar que agora eles farão juntos, só que ainda não abraçados, mas sim dando
as mãos, pois assim eles entenderão melhor como se relacionam os corpos durante o
passo, quem vai para trás, para frente e etc. Mostrar e explicar detalhadamente como
isso será feito, ou seja, informar com ênfase quem vai com o pé para onde e como. Faça
isso primeiro sem musica e depois com musica.
Não esqueça de ensinar qual deve ser a relação entre os corpos dos alunos
durante o feitio de cada passo.
Certifique-se
Sempre que ensinar algo, dê tempo aos alunos para que eles façam algumas
vezes sozinhos, antes de pegar o par, assim você se certifica que eles entenderam.
Ensinando variações
Acredito que, na maioria das vezes, o surgimento de dúvidas por parte dos
alunos, se deve ás falhas nas explicações.
O professor deve detalhar horizontalmente tudo (antes dos alunos terem
dominado a técnica), e ainda saber quais são os pontos onde os alunos poderiam vir a
falhar e prevenir essas falhas com explicações ainda mais detalhadas sobre aqueles
pontos. Depois que os alunos já estiverem conseguindo fazendo aquilo bem feitinho, é
hora de uma abordagem mais vertical para aperfeiçoar o movimento.
Outro ponto que normalmente pode ser melhorado é a organização da explicação
para que essa seja realmente eficiente na transmissão total e completa da idéia.
É claro que ser claro não é tudo, ser claro, e ainda conseguir ser simpático é a
nossa árdua tarefa. Conseguir ter uma fala que soe com doçura e que induza a ação de
forma agradável, sem se tornar maçante, chata ou cansativa é o segredo para um bom
professor.
Não esqueça que você deve conhecer e dominar completamente o assunto
tratado. Você não precisa saber tudo sobre todas as danças, é claro que quanto mais
você souber, melhor, porém você deve saber o máximo sobre o que se propõe a ensinar.
Para isso estude, esmiúce, faça aulas, pense, busque meios de ensinar e/ ou fazer melhor
o que você deverá ensinar. Assim você terá mais consciência sobre os detalhes a serem
trabalhados.
Um professor que equilibre uma técnica desenvolvida, testada e aperfeiçoada
através de bastante estudo, uma capacidade de explicar tudo detalhadamente e
horizontalmente, consegue levar o aluno a ação de forma agradável, envolvente e
simpática, fazendo uma aula alegre, eficiente, eficaz e divertida, está no caminho seguro
e direto para o sucesso profissional absoluto.