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Na música "Meu Pé de Cedro", o poeta pede, como último desejo, que seja
enterrado em sua cidade natal, e que fosse plantado um "pé de cedro", junto ao seu
túmulo. Seu desejo foi realizado em 20 de janeiro de 1981. Ele tinha muitos projetos,
mas infelizmente sua perda foi inevitável.
Filiação
Ganhei de meu pai, uma gaita de boca, que foi minha companheira por
muitos anos, até que troquei-a por um cavaquinho, mas, a minha alegria maior foi
quando ganhei um violão "de tarrachas", que era o meu grande sonho... Comecei a
cantar em dupla com vários parceiros, dentre eles, Anterino Coutinho, meu irmão
Nelson, Geraldo Telles (Geraldinho do Vigilato), seu irmão José (Zé do Vigilato), e
quando chegávamos naquelas festas animadas, o pessoal sempre dizia: - "Chegou o
fio do Cerso cum seus cumpanhêro!" E a coisa "fervia" até o nascer do sol!
Essa época marcou muito para mim e é responsável, em grande parte, pela
saudade impossível que sinto da infância!
Foi em 1953 que parti para Goiânia, onde fiquei conhecendo gente
maravilhosa, e onde permaneci por dois anos, aprendendo muito, em todos os
sentidos! Formei o "Trio da Amizade", com programas diários na inesquecível Rádio
Brasil Central, e fomos os primeiros do Estado a gravar discos em São Paulo (2 discos
com 78 RPM na antiga Columbia, atual CBS).
De lá parti, no último dia do ano de 1955, e confesso, parti com lágrimas nos
olhos, mas a grande meta era São Paulo, o grande eixo, também no mundo artistico.
Aqui, gravei alguns discos com o "Trio Mineiro" e após uma temporada na
Rádio Nacional, nos programas do amigo "Nhõ Zé", transferí-me para a Rádio
Bandeirantes, onde fui contratado como aprensentador de programas, inicialmente no
"Maiador da fazenda", do amigo e parceiro Zacarias Mourão, e posteriormente lancei o
"Choupana do Goiá", além de ser substituto eventual dos saudosos Capitão Balduino e
Comendador Biguá, em seus tradicionais programas "Brasil Caboclo" e "Serra da
Mantiqueira".
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