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Sumário
I. PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL ............................................................................................................................... 5
3. Princípio do Juiz Natural (art. 5º, incisos XXXVII e LIII da CF) ................................................................................ 7
4. Princípio do Estado de Inocência ou Presunção de Inocência (art. 5º, LVII da CF) ................................................ 7
1. Acusatório ............................................................................................................................................................. 8
2. Inquisitivo .............................................................................................................................................................. 8
3. Misto ..................................................................................................................................................................... 8
1. Conceito ................................................................................................................................................................ 9
2. Características do IP .............................................................................................................................................. 9
3. Instauração do IP ................................................................................................................................................. 10
4. Desenvolvimento do IP ....................................................................................................................................... 11
1. Espécies: .............................................................................................................................................................. 15
1. Introdução ........................................................................................................................................................... 25
c) Crimes a Distância previstos em tratado ou convenção internacional (Art. 109, V, CF) ................................. 32
d) Crimes praticados a bordo de navio ou aeronave, ressalvada a competência da Justiça Militar (Art. 109, IX,
CF) ...................................................................................................................................................................... 32
a) Conexão .......................................................................................................................................................... 36
X. PRISÕES .................................................................................................................................................................... 40
1. Conceito .............................................................................................................................................................. 40
2. Espécies ............................................................................................................................................................... 40
3. Prisão em Flagrante (Art. 302 do CPP) ................................................................................................................ 41
7.1. Situações em que não será concedida a fiança - Art. 323, CPP ................................................................... 50
4.1. Procedimento especial dos Crimes contra a honra (calúnia, injúria e difamação). ..................................... 60
1. PRINCÍPIOS .......................................................................................................................................................... 69
1.1. LOCALIZAÇÃO: Este princípio não está expresso na CF, mas dele decorre o direito de ficar
calado, previsto no artigo 5º, LXIII, da Constituição Federal ("o preso será informado de seus
direitos, entre os quais o de permanecer calado,...").
ATENÇÃO: O Pacto de San José da Costa Rica – Convenção Americana de Direitos Humanos
(1969) (introduzido no Brasil pelo Decreto Federal n. 678/92) previu expressamente este
princípio: “Toda pessoa tem o direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-
se culpada”. O pacto tem caráter supra-legal.
1.2. FUNÇÃO: A principal função do princípio nemo tenetur se detegere é proteger o acusado
no momento da produção das provas, não permitindo que seja violado além do direito ao
silêncio, mas também outros direitos do acusado, tais como a dignidade humana, a honra e a
intimidade.
No sistema brasileiro, admite-se que o indiciado ou réu minta, que negue relação com o
fato, que cale a verdade, que fantasie, que amolde versões aos seus interesses.
São proibidas intervenções corporais ou colaborações ativas sem concordância do acusado.
Colaborações passivas são permitidas. Ex.: reconhecimento.
Direitos de:
Presença
Postular pessoalmente
2. INQUISITIVO
- Não há separação de funções: julgador e acusador são as mesmas pessoas. É sigiloso, não
contraditório e reúne na mesma pessoa as funções de acusar, defender e julgar. O réu é mero
objeto de persecução. A tortura é aceita.
3. MISTO
- Há uma fase inicial inquisitiva, na qual se procede a uma investigação preliminar e uma
instrução preparatória, e uma fase final, em que se procede ao julgamento com todas as
garantias do processo acusatório.
OBS.: todos os princípios “bons” (contraditório, ampla defesa etc.) são ligados ao sistema
acusatório.
LEI NOVA
PEGADINHA!: A lei processual NÃO retroage em favor do réu. A lei material SIM!
2. CARACTERÍSTICAS DO IP
OBS.: Descabe falar em NULIDADES no IP, uma vez que é um procedimento administrativo, de
caráter preliminar e informativo, cujos vícios são considerados meras IRREGULARIDADES.
3. INSTAURAÇÃO DO IP
• REQUERIMENTO do ofendido:
o Se o delegado indeferir o pedido de instauração, caberá reclamação ao chefe
de polícia.
b) Ação Penal Pública Condicionada a Representação
• É autorizada pelo ofendido mediante REPRESENTAÇÃO.
• O delegado não poderá instaurar IP de ofício, somente mediante requerimento do
ofendido.
Depende de manifestação do ofendido.
c) Ação Penal Privada
4. DESENVOLVIMENTO DO IP
4.1. Prazo do IP
4.2. Encerramento do IP
- Ao final do IP a autoridade policial fará um relatório resumindo as diligências empreendidas
durante a investigação e o encaminha ao juiz (art. 10, § 1º, CPP).
3. (OAB CESPE 2008.3) Com base no CPP, assinale a opção correta acerca do inquérito policial.
a) O MP, caso entenda serem necessárias novas diligências, por considerá-las imprescindíveis ao
oferecimento da denúncia, poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial.
b) Se o órgão do MP, em vez de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial, o
juiz determinará a remessa de oficio ao tribunal de justiça para que seja designado outro órgão de MP
para oferecê-la.
c) A autoridade policial, caso entenda não estarem presentes indícios de autoria de determinado crime,
poderá mandar arquivar autos de inquérito.
d) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a
denúncia, a autoridade policial não poderá proceder a novas pesquisas, ainda que tome conhecimento
de outras provas.
GABARITO:
1.B; 2.B; 3.A.
Havendo indícios de
autoria e prova da Denúncia
materialidade
MP
Não havendo base Requer diligências
pra denúncia complementares
NÃO SIM
Juiz
Discorda Concorda
Procurador Arquiva
Geral
- Com os autos de IP em mãos, o MP poderá propor a ação pública por meio de denúncia, se
verificar os indícios de autoria e prova de materialidade do crime. Fiscalizando os atos
processuais e observando a lei – (art. 100, § 1º do CP).
- Não havendo base para ação penal, o MP poderá requerer diligências complementares (art.
16, CPP). Nessa hipótese devolve o IP para o delegado, que irá proceder às novas diligências.
- Se o MP entender que não há base para Ação Penal Pública, poderá requerer ao juiz o
arquivamento dos autos de IP.
OBS.: O delegado nunca arquiva IP, o MP é quem requer o arquivamento, que pode ser
deferido ou não pelo juiz.
OBS.: O MP poderá propor ação penal oferecendo denúncia de inquérito já arquivado nas
seguintes condições:
• Se surgirem novas provas que a fundamentem;
• Essas novas provas surjam antes de extinta a punibilidade.
SÚMULA STF Nº 524
Arquivado o inquérito policial, por despacho do
juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não
pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
1. ESPÉCIES:
pública privada
à requisição do MJ à representação
Pública Privada
Art. 385. Nos crimes de ação pública, • Perdão aceito extinção da punibilidade.
o juiz poderá proferir sentença
condenatória, ainda que o Ministério • Perdão recusado ação prossegue até o
Público tenha opinado pela absolvição, final.
bem como reconhecer agravantes, embora
nenhuma tenha sido alegada. OBS.: Art. 106, CP
Art. 106 - O perdão, no processo ou
fora dele, expresso ou tácito:
I - se concedido a qualquer dos
querelados, a todos aproveita.
3 - Princípio da Intranscendência: Segundo esse principio a ação penal não pode passar de quem
cometeu o fato, ou seja, a ação penal só pode ser interposta contra quem se imputa o fato criminoso.
que não tem base de ação penal. Parágrafo único - Importa renúncia
tácita ao direito de queixa a prática
Porém, continua a ação contra o 1º e 2º. de ato incompatível com a vontade de
exercê-lo; não a implica, todavia, o
Ou seja, esse princípio pode se dividir no seu fato de receber o ofendido a
nascedouro. indenização do dano causado pelo
crime.
GABARITO: 1.D; 2. A; 3. B; 4. C.
b) Se o ofendido é menor de 18 anos ou doente mental, esse direito passa para seus
representantes legais (em via de regra, são seus pais).
c) Quando o ofendido é menor que 18 anos ou doente mental, mas não há representante legal
ou existe um conflito de interesse (ex: o patrão estuprou a filha do empregado e ameaça o
empregado que se denunciá-lo vai ser demitido), portanto, o juiz nomeia o Curador Especial
para exercer o direito de representação - Art. 33 do CPP.
- Exceção: Lei Maria da Penha (Lei de violência doméstica ou familiar contra a mulher) – Art.
16, Lei 11.340/06.
2) Prazo: Não há prazo, o CPP é omisso a respeito. Assim, entende-se que poderá ser exercida
a qualquer tempo, enquanto não houver a extinção da punibilidade.
3) Hipóteses:
• O ofendido (em regra), desde que c/ 18 - Prazo: Não há prazo, poderá ser exercida a qualquer
anos completos; tempo, enquanto não houver a extinção da
punibilidade.
• Se o ofendido < 18 anos ou doente
mental: 3) Hipóteses:
o representantes legais (em
regra são os pais). a) Crime contra honra do Presidente da
• Se o ofendido < 18 anos ou doente Republica ou chefe de governo estrangeiro;
mental, e ainda: b) Crime contra honra do Presidente da
o não há representante legal ou República ou Chefe do governo - lei de
imprensa – não vigente);
o existe um conflito de interesse
c) Extraterritorialidade – aplicação da lei
o Curador Especial (Art. 33 do brasileira à fatos praticados fora do Brasil.
CPP).
• Se o ofendido morre/ausente
- Prazo:
1. INTRODUÇÃO
Temos então que: o ilícito penal sempre implica um ilícito civil, de sorte a suscitar
a pretensão ao ressarcimento do dano civil porventura suportado pelo ofendido em razão
da infração penal.
A ação civil poderá ser proposta durante a tramitação da ação criminal, caso em que
terá a natureza de ação de conhecimento, em que a culpa do autor do ilícito (ainda não
apurada na ação penal) deverá ser comprovada.
Assim, se o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros desejarem, não
necessitarão aguardar o término da ação penal, podendo ingressar, desde logo, com a ação
civil reparatória.
Na hipótese da ação penal e da cível correrem paralelamente, o juiz, no intuito de
evitar decisões contraditórias, poderá suspender o curso da ação civil, até o julgamento
definitivo da ação penal (Art. 64, parágrafo único, CPP). Esta dependência de julgamento é o
que se denomina de questão prejudicial (Arts. 93 e 94, CPP).
A ação civil de conhecimento pode ainda ser proposta tão logo o fato ilícito tenha
ocorrido, isto independente da iniciação da persecutio criminis.
Art. 64.
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz
da ação civil poderá suspender o curso desta, até
o julgamento definitivo daquela.
- A sentença penal condenatória transitada em julgado funciona como título executivo judicial
no juízo cível;
- Faz coisa julgada no cível, impedindo a discussão do conteúdo da decisão;
- O ofendido pode obter a reparação do prejuízo sem a necessidade de propor ação civil de
conhecimento, uma vez que já se tem a certeza;
- Nesse caso, a parte requerente somente pleiteará a liquidação do dano para apurar o
quantum, não havendo qualquer discussão sobre a culpa ou sobre o evento, uma vez que essa
matéria já está acobertada pela autoridade da coisa julgada material no juízo criminal;
- De posse da certeza e liquidez poderá então o ofendido ingressar com a ação civil ex delicto
de execução.
OBS.: Na decisão condenatória penal o juiz pode já fixar o valor mínimo de reparação civil.
Nesse caso, como já se tem certeza e liquidez, pode-se, não havendo questionamentos com
relação ao quantum, partir para a execução direta (Art. 387, IV do CPP).
A absolvição do réu no juízo criminal não faz coisa julgada fora da esfera penal,
qualquer que seja ela (civil, tributária, etc.), ou seja, a sentença penal absolutória não impedirá
o ofendido de exercer a actio civilis ex delicto.
Assim, não impedirão a propositura da ação civil:
• o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
• a decisão que julgar extinta a punibilidade;
• a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime;
• a sentença absolutória por insuficiência de provas;
• a sentença absolutória em face de causa excludente de culpabilidade.
Entretanto, em caráter de exceção, não caberá ação civil reparatória, portanto faz coisa
julgada na esfera extra-penal, a sentença absolutória quando:
a) o juiz criminal reconhecer a inexistência material do fato (Art. 66, CPP);
b) o juiz criminal reconhecer que o sujeito não participou do fato (Art. 386, I, CPP);
c) o juiz criminal reconhecer uma causa excludente da ilicitude (Art. 64, CP):
• legítima defesa;
• estado de necessidade;
• exercício regular de direito; ou
• estrito cumprimento do dever legal.
CÓDIGO CIVIL
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa,
no caso do inciso II do art. 188, não forem
culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à
indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o
perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este
terá o autor do dano ação regressiva para haver a
importância que tiver ressarcido ao lesado.
NOTAS:
Em conformidade com o art. 68 do CPP, quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art.
32, §§ 1º e 2º), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a
seu requerimento, pelo Ministério Público, que atuará como substituto processual do ofendido.
É importante obsevar que a moderna jurisprudência vem admitindo a propositura dessa ação pelo
companheiro (união estável) para que este obtenha do autor do ilícito uma reparação pelos danos decorrentes
do homicídio praticado.
IX. COMPETÊNCIA
1. CONCEITO
Estrutura:
• Tribunal Superior Eleitoral (Brasília)
• Tribunal Regional Eleitoral (capital do Estado)
• Juiz Eleitoral (Juízes de Direito da Justiça Estadual)
a) Crimes políticos
A lei não define o que é crime político. Os doutrinadores estabelecem dois critérios:
• subjetivo: leva em conta a finalidade, que deve ser política;
• objetivo: leva em conta o bem jurídico violado (crimes que violem o Regime
Democrático ou praticado contra as Instituições Políticas); crimes enquadrados na Lei
de Segurança Nacional.
- UNIÃO
Crimes B
praticados - ENTIDADES AUTÁRQUICAS FEDERAIS
contra I (Autarquias + Fundações Públicas) Ex.: INSS
S
- EMPRESAS PÚBLICAS FEDERAIS
Ex.: Correios, CEF
*OBS.: BIS Não basta ser praticado “por” ou “contra”, tem que ter relação.
GABARITO
1.B; 2. B
4. JUSTIÇA DO TRABALHO
5. JUSTIÇA ELEITORAL
6. JUSTIÇA MILITAR
PEGADINHA! A justiça Militar não é competente para julgar o crime doloso contra a vida
praticado por militar contra civil. Neste caso vai ao tribunal do júri.
PEGADINHA! Se o civil cometer crime contra instituição militar federal, será julgado pela justiça
militar federal;
Se o civil cometer crime contra instituição militar estadual, será julgado pela justiça
comum estadual.
O foro por prerrogativa de função não é privilégio pessoal, mas sim garantia inerente a
cargo ou função.
A razão do legislador, ao atribuir o julgamento a um órgão colegiado, é evitar que um
juiz monocrático pudesse ceder a eventuais pressões, comprometendo sua imparcialidade.
Obs.: Encerrado o mandato da autoridade o processo descerá para a comarca onde o crime
aconteceu.
Obs.: A competência por prerrogativa de função prevalece sobre o júri, se estiver prevista na
Constituição Federal.
9. COMPETÊNCIA TERRITORIAL
a) Conexão
A conexão existe quando duas ou mais infrações estiverem entrelaçadas por um
vínculo, um nexo, um liame que aconselha a junção dos processos. Nesse caso, as ações serão
reunidas e julgadas em conjunto, simultaneus processus, a fim de se evitar o inconveniente de
decisões conflitantes na área penal, bem como possibilitar ao juiz uma visão mais ampla do
quadro probatório (Art. 76, CPP).
- Hipóteses:
• Concurso formal (Art. 70, CP): 1 conduta produzindo vários resultados.
o Ex.: envenenar a comida que será servida a várias pessoas.
• Aberratio ictus: erro na execução com resultado duplo (art. 73, parte final,
CP);
o Ex.: atirar em uma pessoa e acertar duas.
• Aberratio criminis: resultado diverso do pretendido com resultado duplo (art.
74, parte final, do Código Penal).
• Concurso de agentes: quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela
mesma infração.
Erro na execução
Obs.: Não serão reunidos os processos para julgamento em conjunto nos seguintes casos:
(Art. 79, CPP)
Lugar de Atração
Obs.:
I - Se a pena máxima for igual, compara-se a pena
mínima.
II - Sendo iguais as penas (máxima e mínima),
prevalece o local onde foi praticado o maior
número de crimes.
Ex.: 3 furtos em Natal e 1 furto em Mossoró
prepondera Natal
X. PRISÕES
1. CONCEITO
O Código Eleitoral prevê que, 5 dias antes e 48h depois do dia da eleição, não podem ser
cumpridos mandados judiciais de prisão processual. Tal disposição visa assegurar o exercício do
direito político. Podem, entretanto, ser efetuadas as prisões em flagrante e as decorrentes de
sentença penal condenatória com trânsito em julgado.
2. ESPÉCIES
Quem decreta prisão no Brasil é o Juiz, via de regra, salvo duas exceções:
- Prisão em flagrante;
- Prisão disciplinar.
* Esta espécie de flagrante não tem prazo, perdura enquanto durar a perseguição.
GABARITO
1.B; 2. B; 3.C
FORMALIDADES LEGAIS:
• Verificada a falta de formalidade legal, torna-se ILEGAL a prisão, ensejando o
RELAXAMENTO – Art. 5º, LXV.
o LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
FORMALIDADES:
1) Lavratura do AUTO de prisão em flagrante – art. 304, CPP.
• Assim que o preso for apresentado à autoridade competente, lavrar-se-á o auto de
prisão em flagrante.
• A lavratura do auto deveria ser imediata, mas a Jurisprudência tem admitido uma
elasticidade maior, devido ao número excessivo de prisões, podendo o auto ser
lavrado no máximo 24 horas da prisão.
o Ouvir o condutor do preso;
o Testemunhas;
o Interroga indiciado.
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o
condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do
termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das
testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre
a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas
assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.
• Comunicação ao preso do motivo de sua prisão e por quem ele foi preso.
3) Em 24 horas, o delegado deverá COMUNICAR a prisão ao juiz – art. 306, § 1º, CPP.
CUMULATIVOS, ambos
o indícios de autoria; e
têm que estar presentes. o prova de materialidade.
• - “Periculum in mora”: revela a necessidade da prisão.
o Que seja necessária para a garantia da ordem pública;
o Que seja necessária para a garantia da ordem econômica,
ALTERNATIVOS
o Para garantir a produção de provas ou conveniência da instrução criminal;
Basta a presença de um
desses 4. Ex.: O sujeito está prejudicando a produção de provas.
o Para assegurar a futura aplicação da lei penal;
Ex.: Risco de fuga indícios concretos.
Art. 311. Em qualquer fase do inquérito policial Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da
ou da instrução criminal, caberá a prisão tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, a drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis
requerimento do Ministério Público, ou do de:
querelante, ou mediante representação da
I - anistia, graça e indulto;
autoridade policial.
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão
será cumprida inicialmente em regime
preventiva se, no correr do processo, verificar a
fechado.
falta de motivo para que subsista, bem como de
novo decretá-la, se sobrevierem razões que a § 2o A progressão de regime, no caso dos
justifiquem. condenados aos crimes previstos neste
artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5
(dois quintos) da pena, se o apenado for
6. CESSAÇÃO DA PRISÃO
1) Prisão em Flagrante:
• Relaxamento (pressupõe ilegalidade da prisão – art. 5º, LXV, CF).
o Há relaxamento da prisão em flagrante sempre que incide vício formal ou
material.
o Houve ILEGALIDADE no flagrante.
o Há vício formal quando algum dos requisitos expostos não foi cumprido,
como a inversão de oitivas na lavratura do auto, a ausência de “nota de culpa”
ou a não comunicação imediata da prisão à autoridade judiciária competente.
Tais irregularidades não geram nulidade, que inexiste na fase inquisitiva, mas
ceifam a legitimidade da custódia em razão do flagrante.
2) Prisão Temporária:
o Cessa por REVOGAÇÃO.
o Por ser um ato do juiz, é desconstituída também pelo juiz.
OBS.:
RELAXAMENTO = DESCONSTITUIÇÃO DA PRISÃO.
LIBERDADE PROVISÓRIA = SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO PELA LIBERDADE.
7. LIBERDADE PROVISÓRIA
• Art.323/324, CPP.
o Esses artigos trazem as hipóteses em que não cabe a fiança. A interpretação
deverá ser feita a contrário senso ou por exclusão para chegar às hipóteses em
que poderá ser arbitrada a fiança (sempre que não houver proibição).
7.1. Situações em que não será concedida a fiança - Art. 323, CPP
• Nos crimes punidos com reclusão em que a pena mínima cominada for superior a 2
anos;
• Nas contravenções tipificadas nos arts. 59 e 60 da Lei das Contravenções Penais;
• Nos crimes dolosos punidos com pena privativa da liberdade, se o réu já tiver sido
condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado;
• Em qualquer caso, se houver no processo prova de ser o réu vadio;
• Nos crimes punidos com reclusão, que provoquem clamor público ou que tenham
sido cometidos com violência contra a pessoa, ou, grave ameaça.
OBS.: Se ausentes todos os requisitos da prisão preventiva (art. 312, CPP), deve ser
substituída por prisão provisória.
Art. 321. Ressalvado o disposto no art. 323, III e IV, o réu livrar-se-á solto,
independentemente de fiança:
I - no caso de infração, a que não for, isolada, cumulativa ou alternativamente,
cominada pena privativa de liberdade;
II - quando o máximo da pena privativa de liberdade, isolada, cumulativa ou
alternativamente cominada, não exceder a três meses.
• Exige a prestação de garantia real feita pelo • O réu livrar-se-á independente de fiança e
acusado ou em seu nome para liberá-lo da de qualquer vinculação quando a infração
prisão, quando a lei permite, com o objetivo cometida não for isolada ou
de vinculá-lo ao processo. cumulativamente cominada com pena
privativa de liberdade, não sendo o acusado
• Via de regra, a fiança é prestada em
vadio ou reincidente em crime doloso (Art.
dinheiro, mas nada impede que tenha por
321, I, CPP);
objeto pedras, metais e objetos preciosos,
títulos de crédito e até imóveis, desde que • Quando a infração for apenada com pena
avaliados por peritos. privativa de liberdade inferior a 3 meses,
não sendo o acusado vadio ou reincidente
em crime doloso (Art. 321, II, CPP).
• Preso e autuado em flagrante, o acusado
por infração de que se livra solto
independentemente de fiança, deverá ser
posto em liberdade após a lavratura do
auto.
• Será concedida igualmente quando o agente
agir acobertado por situação de excludente
de ilicitude, não importando saber se a
infração é ou não afiançável; também o juiz
verificar a ausência dos motivos
autorizadores da decretação da prisão
preventiva.
• Se não for possível constatar a existência de
motivos para a prisão preventiva, deve o
magistrado, de ofício ou a pedido da defesa
ou do Ministério Público, conceder a
liberdade provisória.
• Trata-se de direito subjetivo do acusado,
que será concedido pelo juiz, ouvido o
Ministério Público. O acusado assinará
termo de comparecimento aos atos do
processo, sob pena de revogação.
• Ocorrerá revogação da liberdade provisória
apenas até o transito em julgado da
sentença.
• Se a sentença for condenatória, a pena será
executada e se for absolutória, a liberdade
transformar-se-á em definitiva.
1. (OAB.CESPE/2008.2) De acordo com a Lei n.º 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da
Penha, constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, o juiz poderá
aplicar ao agressor, de imediato, a seguinte medida protetiva de urgência:
A) proibição de aproximar-se da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando limite
mínimo de distância entre estes e o agressor.
B) decretação da prisão temporária do agressor.
C) proibição de contato direto com a ofendida, seus familiares e testemunhas, salvo indiretamente,
por telefone ou carta.
D) arbitramento do valor a ser prestado a título de alimentos definitivos à ofendida e aos filhos
menores.
• PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
o Podem ser previstos no CPP (procedimentos dos crimes contra a honra, dos
crimes funcionais etc.) ou em leis extravagantes (Lei 11.343/06 – lei de
drogas).
• PROCEDIMENTO COMUM
o Não cabendo o rito especial, procede pelo rito comum (residual).
o O rito comum divide-se em: art. 394, CPP.
1) Ordinário:
• Crimes cuja pena máxima seja igual ou superior a 4 anos.
2) Sumário:
• Crimes cuja pena máxima seja menor que 4 anos e maior que
2 anos.
3) Sumaríssimo:
• Procedimento do JECrim, aplica-se aos crimes de menor
potencial ofensivo.
o Contravenções penais;
o Crimes que tenham pena máxima de até 2 anos.
1. PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
• Inicia-se a ação penal com a acusação propondo a ação penal – denúncia ou queixa.
Procedimento:
1) Oferecimento denúncia/queixa
• Arrola testemunhas:
o Ordinário: 8 testemunhas
o Sumário: 5 testemunhas
c) Citação do Acusado
• É o chamamento do réu para se defender em juízo.
• Deverá apresentar RESPOSTA em 10 dias.
o Caso o réu não a faça, juiz nomeia defensor para oferecê-la.
• Pode ser de 3 tipos:
o PESSOAL (regra): citado por mandado; carta precatória (outra comarca); carta
rogatória (outro país); na pessoa do superior (militar).
Até o cumprimento da carta ROGATÓRIA a prescrição ficará
suspensa.
Funcionário Público será citado PESSOALMENTE, devendo ser
comunicado o chefe de sua repartição.
O preso será citado PESSOALMENTE.
Réu não comparece? processado a REVELIA.
o POR HORA CERTA: Quando o réu se oculta para não ser citado pessoalmente.
Mesmo procedimento do CPC.
Não comparece? processado a revelia.
e) Profere absolvição sumária ou recebe a denúncia ou queixa (recebimento – art. 399, CPP).
• ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (397, CPP) - Cabimento:
Existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
Existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente,
salvo inimputabilidade (somente a doença mental não afasta a absolvição
sumária porque dela ocorrerá a Medida de Segurança);
Que o fato narrado evidentemente não constitui crime (atipicidade);
Extinta a punibilidade do agente.
OBS.:
SE CABE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.
A ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA FAZ COISA JULGADA MATERIAL.
• RECEBIMENTO DA DENÚNCIA:
1º - No oferecimento (396, CPP)
• Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a
denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á
e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por
escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
2º - No não cabimento de absolvição sumária - após a verificação de
existência formal e material de crime. (posição minoritária)
Procedimento Ordinário
Recebimento Resposta a
Denúncia ou Absolvição Audiência
da Denúncia ou CITAÇÃO acusação no SENTENÇA
queixa – Art. Sumária – Art. Instrução e
queixa prazo de 10
41, CPP 397 CPP Julgamento
dias
1) Os parâmetros previstos no CPP para que a autoridade determine o valor da fiança não
incluem
A) a natureza da infração.
B) o grau de instrução do acusado.
C) a vida pregressa do acusado.
D) o valor provável das custas do processo.
2. PROCEDIMENTO SUMÁRIO
• Crimes cuja pena máxima seja menor que 4 anos e maior que 2 anos.
• Não se aplica a lei 9099/95: casos de violência doméstica e familiar contra mulher (Lei
Maria da Penha).
3 Fases:
1ª Fase: FASE POLICIAL
• É lavrado o termo circunstanciado (TC é um boletim de ocorrência mais completo).
• Debates orais;
o 20min + 10min.
• Sentença.
4. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
4.1. Procedimento especial dos Crimes contra a honra (calúnia, injúria e difamação).
2) No caso de TRÁFICO:
• Da denúncia à absolvição sumária aplica-se o procedimento ORDINÁRIO.
B) Fases:
• 1ª Fase – JUÍZ: Judicium accusationis
• 2ª Fase – JÚRI: Judicium Causale
2ª FASE:
• Lei 11.689/08;
• No total serão sorteados 25 jurados para comparecer à audiência.
o Desses, deverão estar presentes 15 jurados,
o 07 irão compor o Conselho de Sentença;
OBS.: O juiz não pode condenar o réu, baseando-se apenas no IP, pois este não possui
contraditório e ampla defesa. (art. 155, 2ª parte, CPP).
OBS.: Existem algumas provas policiais com maior valor probatório: são as provas
cautelares não repetíveis e antecipadas.
Ex.: exame necroscópico.
2. PROVA ILÍCITA
3. PROVAS EM ESPÉCIE
- As partes podem nomear assistentes técnicos (que atuarão somente depois de realizada a
perícia).
- A prova pericial não vincula o magistrado que poderá julgar contrariamente às provas.
A prova ilícita poderá ser usada em benefício do réu, em razão do princípio da
proporcionalidade.
3.2. INTERROGATÓRIO
• É o ato processual pelo qual o acusado é ouvido pelo juiz sobre a imputação contra
ele formulada.
• O interrogatório possibilita ao acusado o exercício de autodefesa.
• Ato público (excepcionalmente, a publicidade poderá ser restringida, nos termos
do artigo 792 do Código de Processo Penal).
• Ato processual oral.
o Exceções: para o surdo, as perguntas serão feitas por escrito e respondidas
oralmente; para o mudo as perguntas serão feitas oralmente e
respondidas por escrito; para o surdo-mudo, as perguntas e as respostas
serão feitas por escrito. Se o réu for estrangeiro ou surdo-mudo e
analfabeto, será nomeado um intérprete que funcionará também como
curador.
• Ato personalíssimo. Só o réu pode ser interrogado.
• Ato individual.
• Ato privativo entre juiz e réu.
o As partes não podem fazer reperguntas. O defensor poderá, entretanto,
zelar pela regularidade formal do processo. Com a entrada do Novo Código
Civil, não se exige mais a presença de curador para o menor de 21 anos.
3.3. CONFISSÃO
• É a admissão pelo réu da autoria dos fatos a ele imputados.
o A confissão refere-se à autoria do fato. A materialidade do delito não é objeto
da confissão.
• Espécies:
o Simples: quando o réu admite a autoria de fato único, atribui a si a prática de
infração penal.
o Qualificada: quando o réu admite a autoria dos fatos a ele imputados, mas
alega algo em seu benefício, opõe um fato modificativo ou impeditivo, por
exemplo: excludente de antijuridicidade, culpabilidade.
o Complexa: quando o réu admite a autoria de fato múltiplo.
• indireta ou “de audito”: depõe sobre os fatos que tomou conhecimento por terceiros, que
“ouviu dizer”;
• referida: são aquelas citadas no depoimento de outra testemunha; serão ouvidas como
testemunhas do Juízo;
• numerária: testemunha arrolada pela parte de acordo com o número máximo legal e que
são compromissadas (número máximo: 8 no processo comum; 5 no processo sumário; 5
no plenário do júri; 3 no juizado especial criminal);
• Vítima não responde pelo crime de falso testemunho (observação: se der causa a
investigação policial ou a processo judicial, imputando a alguém crime de que o sabe
inocente, responderá pelo crime de denunciação caluniosa).
• Vítima não precisa ser arrolada pelas partes, devendo ser ouvida de ofício pelo juiz.
XIII. RECURSOS
É o Mecanismo necessário destinado ao reexame das decisões judiciais.
1. PRINCÍPIOS
a) DEVOLUTIVO Sua interposição serve para que a instância superior (TJ, Turma
Recursal, STJ, TRF etc.) analise, total ou parcialmente, a matéria combatida. Ou seja, é
a garantia de uma segunda opinião sobre o tema.
b) SUSPENSIVO Suspende o andamento do processo principal enquanto não for
resolvida a questão discutida no recurso.
• Há diversos recursos que não possuem efeito suspensivo, mas em determinadas
ocasiões é possível entrar com um Mandado de Segurança para imprimir o efeito
suspensivo desejado ao recurso.
• Alguns exemplos: a apelação contra sentença condenatória; alguns tipos de RESE
(art. 584, CPP); os embargos de declaração; e quando demonstrado o risco de dano
irreparável caso não seja concedido o efeito suspensivo ao recurso.
c) REGRESSIVO Juízo de retratação.
• Recurso em sentido Estrito (RSE); Agravo em execução; Carta Testemunhável.
•
d) EXTENSIVO (Art. 580, CP).
• Decisão que arquiva inquérito policial ou absolve o réu nos crimes contra a
economia popular.
4. RECURSOS EM ESPÉCIE
4.1. Apelação
É o recurso interposto da sentença definitiva ou com força de definitiva, para a segunda
instância, com o fim de que se proceda ao reexame da matéria, com a conseqüente
modificação parcial ou total da decisão.
Composto por 2 peças: interposição e razões.
• Interposição para o JUIZ “a quo” (p/ que se faça o juízo de admissibilidade,
verificando os PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS).
Cabe o RSE se ele negar.
• Razões para o TRIBUNAL.
• Prazo:
5 dias para interpor ;
8 dias para oferecer as RAZÕES.
Exceção:
No JECRIM o prazo da apelação é de 10 dias para interposição e
razões.
A oposição dos embargos de declaração interrompe o prazo dos demais recursos. O prazo
volta para o zero.
O habeas corpus não é recurso; não tem prazo para a sua interposição; não é
obrigatório sua existência em um processo. É ação constitucional de caráter penal e
procedimento especial.
A Constituição Federal de 1988 institui duas espécies de habeas corpus:
• habeas corpus preventivo ou salvo conduto: não houve dano consumado, havendo
risco futuro de se sofrer uma coação.
• habeas corpus repressivo ou liberatório: visa combater o dano à liberdade de
locomoção, coação ou violência que se encontram consumados.
P.: É possível o impetrante alegar em habeas corpus alguma hipótese e o tribunal conceder por
outra?
R.: Sim. O tribunal pode até conceder habeas corpus de ofício, não estando vinculado à alegação.
O mandado de segurança encontra-se previsto nos incisos LXIX e LXX do artigo 5.º da
Constituição Federal.
Desde seu surgimento discutia-se a possibilidade de cabimento contra ato
jurisdicional. Hoje não há dúvida: é cabível contra aquele ato jurisdicional para o qual não se
previu recurso.
Ex.: pedido de habilitação do assistente de acusação negado; decisão que determina a
apreensão de objetos não relacionados ao crime, para garantir as prerrogativas do advogado.
E se o ato for recorrível? Segundo a Lei do Mandado de Segurança não será cabível. É
válida essa restrição?
Partes
São legitimados para impetrar o mandado de segurança a pessoa física ou jurídica - e,
até, ente despersonalizado - titular do direito líquido e certo ameaçado ou violado pela
ilegalidade ou abuso de poder. Normalmente, no processo penal, esse remédio será utilizado
pela acusação – pois a defesa pode fazer uso do habeas corpus.
O órgão do Ministério Público pode impetrar mandado de segurança perante tribunais.
No pólo passivo, segundo a doutrina dominante, encontra-se a pessoa jurídica de
direito público a cujo quadro pertence a autoridade coatora.
Competência
Como se trata de mandado de segurança em face de ato jurisdicional, a competência
será sempre dos tribunais – originariamente.
Procedimento
• Prazo para impetração: 120 dias contados da ciência do ato impugnado.
• A petição inicial deve atender aos requisitos dos artigos 282 e 283 do Código de
Processo Civil e estar munida da prova pré-constituída do direito do impetrante.
• O tribunal pode ou não conceder a liminar.
• A autoridade coatora será notificada para prestar informações no prazo de 10 dias.
• O órgão do Ministério Público deve apresentar parecer em 5 dias – atua como custos
legis.
Liminar
A lei do mandado de segurança assegura a possibilidade de concessão de liminar ao
impetrante sempre que a ameaça ao direito líquido e certo for atual e objetiva (art. 70, inc. II).
Obs.: a notificação da autoridade coatora para apresentação das informações tem valor de
citação.
GABARITO:
1. C; 2. A