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Módulo 2

Cálculo Integral

Nesta unidade, passaremos


Função primitiva a nos preocupar com o
teorema mais importante
do cálculo diferencial, que
1RHVWXGRGDGHULYDGDSULPLWLYDWtQKDPRVXPDIXQ-
é o Teorema Fundamental
omRHREWLYHPRVDSDUWLUGHODXPDRXWUDDTXHFKDPDPRV
do Cálculo. É importante
de derivada1HVWDVHomRIDUHPRVRFDPLQKRLQYHUVRLVWR
TXHYRFrFRPSUHHQGDHVWD
é, dada a derivada, vamos encontrar ou determinar uma
temática antes de prosseguir
IXQomRRULJLQDOTXHFKDPDUHPRVGHSULPLWLYD9RFrGHYH
seus estudos. Não esqueça
REVHUYDUTXHpLPSRUWDQWHFRQKHFHUEHPDVUHJUDVGH
TXHYRFrQmRHVWiVR]LQKR
derivação e as derivadas de várias funções, estudadas no
conte com o Sistema de
Capítulo 5, para determinar as primitivas. O que acabamos
$FRPSDQKDPHQWRSDUD
GHPHQFLRQDUQRVPRWLYDDVHJXLQWHGHÀQLomR
auxiliar-lo nas suas dúvidas.

Uma função F (x) é chamada uma primitiva da função


f (x) em um intervalo I , se para todo x DI , tem-se
F '(x)  f (x) .

Vejamos alguns exemplos.

x5
Exemplo 7.1 A função F (x)  é uma primitiva da função f (x)  x 4 ,
5
pois 4
5x
F '(x)   x 4  f (x) , ™x D°
5

x5 x5
Exemplo 7.2 As funções T (x) 
9 , H (x)  < 2 também são
4
5 5
primitivas da função f (x)  x , poisT '(x)  H '(x)  f (x) .

281
Curso de Graduação em Administração a Distância

e <3 x
Exemplo 7.3 A função F (x)  é uma primitiva da função
<3
f (x)  e < 3x , pois
<3 = e <3x
F '(x)   e <3x 1 f (x) , ™x D° .
<3
Exemplo 7.4 A função F (x)  x  x 2 é uma primitiva da função
1
f (x)  , pois
2 x
1 1
1 <1 1 < 1 1 1
F '(x)  x 2  = x 2 = 1   f (x) , x  0 .
2 2 2 2 x
x2
Observação Seja I um intervalo em ° . Se F : I A ° é uma primitiva de
f : I A ° , então para qualquer constante real k , a função G(x) dada por
G(x)  F (x)
k é também uma primitiva de f (x) .

Se F ,G : I A ° são primitivas de f : I A ° , então existe uma


constante real k , tal queG(x)  F (x)
k , para todo x DI .


Exemplo 7.5 Sabemos que sen x '  cos x . Assim, F (x)  sen x
é uma primitiva da função f (x)  cos x e toda primitiva da função
f (x)  cos x é do tipo G(x)  sen x
k para k D ° .
3
Assim,G1 (x)  sen x
10 , G2 (x)  sen x < 50 e G3 (x)  sen x < são
4
todas primitivas da função f (x)  cos x , pois

G1` (x)  G2` (x)  G3` (x)  cos x  f (x) .

Exemplo 7. 6 E n c o n t ra r u m a p r i m it iva F (x) , d a f u n ç ã o


f (x)  2x 3 < 4x 2
5x < 1, para todo x D° , que satisfaça a seguinte
condição F (1)  4 .

Resolução:3HODGH¿QLomRGHIXQomRSULPLWLYDWHPRVF '(x)  f (x)


para todo x D ° , assim, F (x) será uma função cuja derivada será
a função f (x) dada. Logo,
2 x3 x2
F (x)  x 4 < 4
5 < x
k ,
4 3 2
pois
2 3 x2 x
F '(x)  u 4x < 4 u 3
5 u 2 < 1
0
4 3 2

282
Módulo 2

 2x 3 < 4x 2
5x < 1  f (x) ,
ou seja,
1 4 x3 x2
F (x)  x <4
5 <x
k.
2 3 2
Como F (x) deve satisfazer a condição F (1)  4 , vamos calcular o
valor da constante k , fazendo x  1 na função F (x) ,
isto é,
3 2
1 4

F (1)  1 < 4
1
<5

1 
< 1
k  4
2 3 2
10
e resolvendo temos k  .
4
Assim,
1 4 x3 x2 10
F (x)  x <4
5 <x
.
2 3 2 3
Portanto,
1 4 x3 x2 13
F (x)  x <4
5 <x
,
2 3 2 3
é uma função primitiva de
f (x)  2x 3 < 4x 2
5x < 1,

que satisfaz condição F (1)  4 .

Exemplo 7.7 Encontrar uma primitiva F (x) , da função

1
f (x)  2

x 3 +2 ,
1
x

que satisfaça a seguinte condição F (0)  2 .

Resolução: Sabemos que F (x) é uma função cuja derivada é a


função f (x) dada. Conforme visto no Capitulo 5, temos

d 1 1
dx
arc tg x  1
x 2 
ou arc tg x ' 
1
x2
.
Logo,
x4
F (x)  arc tg x

2x
k ,
4
pois,

283
Curso de Graduação em Administração a Distância

£ x4 ¥ v
F '(x)  
arc tg x ' + ² ´
(2x)'
k '
¤ 4¦
1 4x 3


2
0
1
x2 4
1
= 2

x 3
2  f (x) ,
1
x
ou seja,
x4
F (x)  arc tg x

2 x
k.
4

Como F (x) deve satisfazer a condição F (0)  2 , com isto vamos


calcular o valor da constante k fazendo x  0 na função F (x) ,
isto é,

x4
F (x)  arc tg x

2x
k
4
04
‰ F (0)  arc tg 0

2 u 0
k  2
4
‰0
0
0
k  2 ‰ k  2
Assim,
x4
F (x)  arc tg x

2x
2 .
4
Portanto,
x4
F (x)  arc tg x

2x
2
4
é uma função primitiva de
1
f (x)  2

x 3 +2
1
x
que satisfaz a condição F (0)  2 .

Exemplo 7.8 Encontrar uma primitiva F (x) , da função

f (x)  e <3x
x ,

que satisfaça a condição F (0)  1 .

Resolução: Sabemos que F (x) será uma função cuja derivada

284
Módulo 2

será a função f (x) dada, logo


3
e <3 x 2 2
F (x)  <
x
k,
3 3
pois,

£ e <3 x ¥ v £ 2 3 ¥v
F '(x)  ² < ´
² x2 ´ 3
k
¤ 3e ¦<3 x
¤23 3 ¦ <1
 <(<3)
u x2
3 3 2
1
 e <3 x
x 2  e <3 x
x  f (x) ,
ou seja,
3
e <3 x 2 2
F (x)  <
ux
k .
3 3
Como F (x) deve satisfazer a condição F (0)  1 , com isto vamos
calcular o valor da constante k fazendo x  0 na função F (x) ,
isto é,
3
e <3 x 2
F (x)  <
. x2
k
3 3
<3 . 0 3
e 2
‰ F (0)  <
.0
k  1
2
3 3
1 2
‰ <
u0
k  1
3 3
1
‰<
0
k 1 .
3
1 4 4
‰ k  1
 ‰ k 
3 3 3

Assim, 3
e <3 x 2 2 4
F (x)  <
x
.
3 3 3
3
e <3 x 2 2 4
Portanto, F (x)  <
x
, é uma função primitiva de
3 3 3
f (x)  e -3 x
x que satisfaz a condição F (0)  1 .

285
Curso de Graduação em Administração a Distância

+PVGITCNKPFGſPKFC

Sabemos que a derivada é um dos conceitos mais importantes do


Cálculo. Outro conceito também muito importante é o de Integral. Exis-
te uma estreita relação entre estas duas idéias. Assim, nesta seção, será
introduzida a idéia de integral, mostrando sua relação com a derivada.

Se a função F (x) é primitiva da função f (x), a expressão


F (x)
C é chamada LQWHJUDOLQGHÀQLGD da função f (x)
e é denotada por

0 f (x) dx  F (x)
C
onde
0 < é chamado sinal de integração;
f (x) < é a função integrando;
dx  ²DGLIHUHQFLDOTXHVHUYHSDUDLGHQWLÀFDUDYDULiYHOGH
integração;
C – é a constante de integração.

/rVH,QWHJUDOLQGHÀQLGDGH f (x) em relação a x ou simplesmente


integral de f (x) em relação a x .
2 SURFHVVR TXH SHUPLWH HQFRQWUDU D LQWHJUDO LQGHÀQLGD GH XPD
IXQomRpFKDPDGRintegração.

Observação 'DGHÀQLomRGHLQWHJUDOLQGHÀQLGDWHPRVDVVHJXLQWHV
observações:

(i) 0 f (x) dx  F (x)


C ‹ F '(x)  f (x) .

(ii) 0 f (x) dx representa uma família de funções, isto é, a família


ou o conjunto de todas as primitivas da função integrando.

d
(iii)
dx
 0 f (x) dx  dxd  F (x)
C  dxd F (x)  F '(x)  f (x) .
286
Módulo 2

Vejamos alguns casos, no exemplo a seguir.

Exemplo 7.9
d
(i) Se
dx

senx  cos x então 0 cos x dx  senx
C .

d 4
(ii) Se
dx

x  4x 3 então 0 4x 3dx  x 4 + C .

(iii) Se
d
dx
 x  2 1 x então 0 2 1x dx  x
C .

d
(iv) Se
dx

tg x  sec 2 x então 0 sec 2 x dx  tgx
C .

d 1 1
(v) Se
dx
arctg x 
1
x
2
então 0
1
x2
dx  arctgx
C .

d £ 3 3¥
5 2 2 5
3 3
(vi) Se x  x , então 0 x dx  x
C .
3 3
dx ²¤ 5 ´¦ 5

Observação Pelos exemplos acima, temos:


d
0 f (x) dx  F (x)
C ‰ dx  0 f (x)dx  f (x) .

Isto nos permite que obtenhamos fórmulas de integração diretamente


das fórmulas para diferenciação.

Propriedades da integral indefinida

Sejam f (x) e g(x) IXQo}HVUHDLVGHÀQLGDVQRPHVPRGRPtQLRH


k uma constante real. Então:

a) 0 k f (x) dx  k 0 f (x) dx .
b) 0  f (x)

g(x) dx  0 f (x) dx
0 g(x) dx .

Algumas integrais imediatas

Daremos a seguir algumas fórmulas de integrais simples e imediatas.

287
Curso de Graduação em Administração a Distância

(i) 0 dx  x
C .
n x n
1
(ii) 0 x dx  x
1

C, n & <1 .

dx
(iii)
x0  ln x
C .
ax
(iv) 0 a x dx 
C, a  0, a & 1 .
ln a
x x
(v) 0 e dx  e
C .

(vi) 0 sen x dx  < cos x


C .
(vii) 0 cos x dx  sen x
C .
(viii) 0 tg x dx  ln sec x
C .
(ix) 0 cotg x dx  ln sen x
C .
(x) 0 sec x du  ln sec x
tg x
C .
(xi) 0 cosec x dx  ln cosec x < cotg x
C .
(xii) 0 sec x tg x dx  sec x
C .
(xiii) 0 cosec x cotg x dx  <cosec x
C .
2
(xiv) 0 sec x dx  tg x
C .

2
(xv) 0 cosec x dx  <cotg x
C .
dx 1 x
(xvi) 0x 2

a 2
 arc tg
C .
a a
dx 1 x<a
(xvii) 0x 2 2
 ln
C, x 2  a 2 .
<a 2a x
a
dx
(xviii) 0  ln x
x 2
a 2
C .
2 2
x
a
dx
(xix) 0  ln x
x 2 < a 2
C .
2 2
x <a
dx x
(xx) 0  arc sen
C, x 2  a 2 .
a <x2 2 a
288
Módulo 2

dx 1 x
(xxi) 0x x2 < a2

a
arc sec
C .
a

Observação Apesar de que não estudarmos as funções inversas trigo-


nométricas, mas nas integrais (xvi), (xx) e (xxi) as respostas das inte-
grais é em termos de funções inversas. Estas integrais foram colocadas
aqui, apenas para cumprir a tabela. Para conhecimento do leitor:
arc tg x  tg <1x , arc sen x  sen <1x e arc sec x  sec <1 x .

Usando as propriedades da integral e a tabela de integrais imediatas,


vamos calcular, através de alguns exemplos, a integral de funções.

Exemplo 7.10 Calcular

0 7x
4

sec 2 x dx .

Resolução: 'DVSURSULHGDGHVGDLQWHJUDOLQGHÀQLGDHGDWDEHODGH
integrais imediatas, temos

0 7x
4

sec 2 x dx
4 2
 7 0x dx
0 sec x dx
x 4
1 x5
=7
C1
tg x
C2  7
tg x
C1
C2 ,
4
1 5
onde C1 e C2 são constantes arbitrárias.

Como a soma C1 + C2  p XPD QRYD FRQVWDQWH DUELWUiULD YRFr


escreve C1 + C2  C e vem
x5 x5
7
tg x
C1
C2  7
tg x
C .
5 5
Portanto,
x5
0
7x 4
sec 2 x dx  7
5

tg x
C .

Atenção:
Sempre que você tiver uma soma de duas ou mais integrais
LQGHÀQLGDVHVFUHYDDSHQDVuma constante para indicar a
soma das várias constantes de integração. 289
Curso de Graduação em Administração a Distância

Exemplo 7.11 Calcular


£ x 1 ¥
0 ²¤ 3 e

4x
< sen x ´ dx .
¦

Resolução: Das propriedades da integral, vem


£ x 1 ¥ 1
0 ²¤ 3 e
< sen x ´ dx  0 3e x dx
0 dx < 0 sen x dx
4x ¦ 4x
1 dx
 30 e x dx
0
4 x 0
< sen x dx

1 dx
= 30 e x dx

40 x
< 0 sen x dx

1
 3e x
ln x < (< cos x)
C
4
1
 3e x
ln x
cos x
C ,
4

onde utilizamos os resultados da Tabela (v), (iii) e (vii), respecti-


vamente.

Portanto,
£ x 1 ¥ x 1
0 ²¤ 3 e
4 x < sen x ´¦ dx = 3e
4 ln x
cos x
C .
Exemplo 7.12 Calcular
£ x sen x 4¥
0 ²¤ 4e < 2

5 ´ dx .
cos x x ¦

Resolução: Aplicando as propriedades da integral e como


cos 2 x  cos x.cos x , vem

£ x sen x 4¥
0 ²¤ 4e < 2

5 ´ dx
cos x x ¦
x sen x 4
= 04 e dx < 0 cos2
x
dx
0x 5
dx

sen x 1
= 4 0 e x dx < 0 cos x dx
0 4 = 5 dx
= cos x x
sen x 1
= 4 0 e x dx < 0 = dx
4 0 x <5 dx
cos x cos x

290
Módulo 2

= 4 0 e x dx < 0 tg x = sec x dx
4 0 x <5 dx

= 4 0 e x dx < 0 sec x = tg x dx
4 0 x <5 dx
x <5
1
= 4 e x < sec x
4
C
<5
1
x <4
= 4 e x < sec x
4
C
<4
x <4
= 4e x < sec x

C
<1

 4 e x < sec x < x <4


C

1
= 4e x < sec x <
C.
x4
Portanto,
£ x sen x 4¥ x 1
0 ²¤ 4 e < cos2 x
x5 ´¦ dx = 4 e < sec x < x 4
C .
Exemplo 7.13 O custo fixo de produção da empresa “Sorriso e
(VSHUDQoDµ p 5 2 FXVWR PDUJLQDO p GDGR SHOD IXQomR
C '(x)  0,03x 2
0,12x
5. Determinar a função custo total.

Resolução: Sabemos que o custo marginal C '(x) é a derivada da


função custo totalC(x) . Assim, para encontrarmos C(x) devemos
FDOFXODUDLQWHJUDOLQGHÀQLGDGDIXQomRFXVWRPDUJLQDORXVHMD

0 0,03x
2
C(x) = 0 C '(x) dx =
0,12x
5 dx

= 0 0,03x 2 dx
0 0,12x dx
0 5 dx

= 0,030 x 2 dx
0,12 0 x dx
50 dx
0,03 3 0,12 2
= x
x
5x
K .
3 2
Logo,
C(x) = 0,01x 3
0,06x 2
5x
k .
Quando a produção for nula, x  0 RFXVWRÀ[RVHUi5
ou seja,
3 2
  
8.000  0,01 0
0,06 0
5 0
k e k  8.000 .

291
Curso de Graduação em Administração a Distância

Portanto, a função custo total é


C(x)  0,01x 3
0,06x 2
5x
8.000 .

Exemplo 7.14 O custo marginal para produção de determinado bem,


é dado pela funçãoC '(x)  18 x
4  6H R FXVWR À[R p GH 5
escreva a função custo total.

Resolução: O custo marginal C '(x) é a derivada da função custo


totalC(x) . Assim, para encontrarmos C(x) devemos calcular a
LQWHJUDOLQGHÀQLGDGDIXQomRFXVWRPDUJLQDORXVHMD

C(x) = 0 C '(x) dx = 0 18


x
4 dx

= 0 18
x dx
0 4dx = 18 0 x dx
4 0 dx
1
= 18 0 x 2 dx
4 0 dx
3
3
x 2
= 18 u
4x
k =12x 2
4x
k .
3
2
Logo, 3
C(x)  12x 2
4x
k

Quando a produção for nula, x  0 RFXVWRÀ[RVHUi5


ou seja, 3
50  12 u 0  2
4 u 0
k e k  50 .

Portanto, a função custo total é


3
C(x)  12x
4x
50 .
2

&RQVHJXLXDFRPSDQKDURFRQWH~GR
estudado até aqui? Para saber
se aprendeu, procure resolver os
exercícios propostos sobre função
primitiva e integral. Caso encontre
GLÀFXOGDGHVEXVTXHDSRLRMXQWRDR
6LVWHPDGH$FRPSDQKDPHQWR

292
Módulo 2

Exercícios propostos – 1

1) Determinar a função primitiva F (x) da função f (x) , onde


a) f (x)  5x 2
7x
2 .
5
<
b) f (x)  x 4
.
1
c) f (x)  .
x x
1
d) f (x)  para x  1.
x <1
e) f (x)  e 4x .

2) Encontrar uma função primitiva F (x) da função f (x) dada, que


satisfaça a condição inicial dada, onde
1 2 / 2
a) f (x)  2 sen x
cos x < x tal que F ( )  < .
2 4 2
2
< 1
b) f (x)  x 3

x tal que F (1)  .
2
/
c) f (x)  sec x = tg x
cos x tal que F ( )  2 .
3
d) f (x)  x 3
x
e x tal que F (0)  2 .

e) f (x)  cos x < sen x tal que F (0)  0 .

3) Calcular as integrais
2 2 Os exercícios propostos nesta
a) 0 
x < 2 = x
2 dx . seção, contribuirão para
<
1 amadurecer os conceitos que
x 3

2
b) 0 3
dx . acabamos de apresentar. As
x2 propriedades apresentadas nesta
£ 5 -
1
¥ seção, serão utilizadas durante
x
2 x 2

3
c) 0 ²² x2
´ dx .
´ o curso. Por este motivo, é
¤ ¦ H[WUHPDPHQWHLPSRUWDQWHTXHYRFr
0 4 < x < x dx . WHQKDUHVROYLGRFRUUHWDPHQWHD
2
d)
1
i) 0x 3
dx .
293
Curso de Graduação em Administração a Distância

+PVGITCNFGſPKFC

Nas Unidades 5 e 6, tratamos da derivada e suas aplicações. A de-


rivada é um dos conceitos mais importantes do cálculo. Outro conceito
também muito importante é o de integral.
Existem dois problemas fundamentais em cálculo: o primeiro é
encontrar a inclinação de uma curva em um ponto dado e o segundo é
HQFRQWUDUDiUHDVREDFXUYD9RFrYLXQD8QLGDGHTXHRFRQFHLWRGH
derivada está ligado ao problema de traçar à tangente a uma curva.
$JRUDYRFrYHUiTXHDLQWHJUDOHVWiOLJDGDDRSUREOHPDGHGHWHU-
PLQDUDiUHDGHXPDÀJXUDSODQDTXDOTXHU$VVLPDGHULYDGDHDLQWHJUDO

&DVRWHQKDG~YLGDV são as duas noções básicas em torno das quais se desenvolve


anote e esclareça antes todo o cálculo.
'HVHMDPRVTXHYRFrQHVWDVHomRSRVVD compreender o
de prosseguir.
FRQFHLWRGHLQWHJUDOGHÀQLGD

Conceito de área

Já sabemos que a integral está ligada ao problema de determinar a


iUHDGHXPD¿JXUDSODQDTXDOTXHU3RULVVRPRWLYDUHPRVRHQWHQGLPHQWR
do cálculo de área usando o método do retângulo, de uma região R com-
SUHHQGLGDHQWUHRJUi¿FRGHXPDIXQomR f (x) com valores positivos, o
eixo x , em um intervalo fechado [a,b] FRQIRUPH¿JXUDDEDL[R

0 a b x

Figura 7.1

Talvez o primeiro contato que você tenha com o conceito de área,

294
Módulo 2

seja através da fórmula A  b = h , que dá a área A de um retângulo


como o produto da base b pela altura h . Logo a seguir, você tem a área
de um triângulo que é igual à metade do produto da base pela altura.
Isto decorre do fato de que qualquer triângulo pode ser decomposto em
dois triângulos retângulos, e todo triângulo equivale exatamente a meio
UHWkQJXORFRQIRUPH¿JXUDDEDL[R

b
Figura 7.2

1
Dada a fórmula A  b = h para a área de um triângulo, pode-
2
se, encontrar a área de qualquer polígono (um subconjunto do plano A razão é que,
GHOLPLWDGRSRUXPD³FXUYD´IHFKDGDFRQVLVWLQGRHPXPQ~PHUR¿QLWR TXDOTXHU¿JXUD
de segmentos retilíneos). poligonal pode ser
subdividida em tri-
Os problemas para o cálculo de área, não apresentam grande di-
ângulos que não se
¿FXOGDGHVHD¿JXUDSODQDIRUXPUHWkQJXORXPSDUDOHORJUDPRRXXP superpõem, e a área
triângulo. do polígono é então
$iUHDGHXPD¿JXUDSODQDTXDOTXHUSRGHVHUFDOFXODGDDSUR[L- a soma das áreas
PDQGRD¿JXUDSRUSROtJRQRVFXMDViUHDVSRGHPVHUFDOFXODGDVSHORV desses triângulos.
Essa abordagem de
métodos da geometria elementar. Isto nos motiva a considerar, agora,
área ,remonta ao
o problema de calcular a área de uma região R do plano, limitada por Egito e à Babilônia
duas retas verticais x  a e x  b , pelo eixo x HSHORJUi¿FRGHXPD de muitos milênios
função f (x) , limitada e não negativa no intervalo fechado[a,b] , con- atrás. Os antigos
IRUPH¿JXUDDVHJXLU gregos iniciaram a
pesquisa de área de
¿JXUDVFXUYLOtQHDV
no quinto e quarto
século a.C.

295
Curso de Graduação em Administração a Distância

0 a b x

Figura 7.3

Para isso, vamos fazer uma partição P do intervalo [a,b] , isto é, va-
mos dividir o intervalo [a,b] em n subintervalos, por meio dos pontos
x0 , x1 , x2 , ... , xi <1 , xi , ... , xn ,
HVFROKLGRVDUELWUDULDPHQWHGDVHJXLQWHPDQHLUD
a  x0  x1  x2  ...  xi <1  xi < ...  xn  b ,

YHMDDÀJXUDDEDL[R
y
f(cn)
f(x)
f(c3)
f(c2)
f(c1)

0 a = x0 c1 x1 c2 x2 c3 x3 xn−1 cn xn = b x

Figura 7.4

O comprimento do i < ésimo subintervalo, •– xi <1 , xi —˜ , é dado por


6 xi  xi < xi <1 . Vamos construir retângulos de base xi < xi <1 e altura
f (ci ) onde ci é um ponto do intervalo •– xi <1 , xi —˜ .

'DÀJXUDDFLPDWHPRV
6x1  x2 < x1 base do primeiro retângulo;
6x2  x3 < x2 base do segundo retângulo;
... ;

296
Módulo 2

6xi  xi < xi <1 base do i-ésimo retângulo; ... ;


6xn  xn < xn <1 base do Q-ésimo retângulo e
f (c1 ) altura do primeiro retângulo;
f (c2 ) altura do segundo retângulo; ... ;
f (ci ) altura do i-ésimo retângulo; ...;
f (cn ) altura do Q-ésimo retângulo.

Logo, a área de cada retângulo será


6x1 = f (c1 ) área do primeiro retângulo;
6x2 = f (c2 ) área do segundo retângulo; ...;
6xi = f (ci ) área do i-ésimo retângulo; ... ;
6xn = f (cn ) área do Q-ésimo retângulo.

Você já deve ter percebido que, aumentando o número de retângulos,


pode-se obter uma melhor aproximação para a área A da região R .
Assim a soma das áreas dos n retângulos, denotada por Sn , será:

Sn  f (c1 ) = 6x1
f (c2 ) = 6x2
. . .
f (cn ) = 6xn

n
 - f (ci ) = 6xi
i  1

Essa soma é chamada Soma de 5LHPDQQ da função f relativa à


partição P . Quando n cresce, é “razoável” esperar que a soma das áreas
dos retângulos aproxime da área A VREDFXUYD'HVWHPRGRGH¿QLPRV
a medida da área A da região R , como sendo
n
A  lim
n A
'
- f (ci ) = 6xi
i  1

se esse limite existir. E então se diz que a região R é mensurável.

A integral

A integral está associada ao limite apresentado acima. Nesta se-


omRGDUHPRVDGHÀQLomRGDLQWHJUDOTXHQDVFHXFRPDIRUPXODomRGRV
problemas de áreas, e citaremos as suas propriedades. Já sabemos que a
integral e a derivada, estudadas na Unidade 5, são as duas noções básicas

297
Curso de Graduação em Administração a Distância

em torno das quais se desenvolve todo o Cálculo. Conforme terminologia


LQWURGX]LGDDQWHULRUPHQWHWHPRVDVHJXLQWHGHÀQLomR

Seja f (x) XPDIXQomROLPLWDGDGHÀQLGDQRLQWHUYDORIHFKDGR

[a,b] e seja P uma partição qualquer de[a,b]. A integral de


b

f (x) no intervalo[a,b], denotada por 0 f (x) dx , é dada por


a
b n

0 f (x) dx  lim
n A
'
- f (c ) . 6x ,
i i
a i  1

desde que o limite do segundo membro exista.

Destacando:
b

• 1DQRWDomR 0 f (x) dx , f (x) pFKDPDGDIXQomRLQWHJUDQGR


a

0 pRVtPERORGDLQWHJUDOHRVQ~PHURVa e b são chama-


GRVOLPLWHVGHLQWHJUDomRRQGH a pROLPLWHLQIHULRUH b é
ROLPLWHVXSHULRUGDLQWHJUDomR

• Se 0 f (x) dx existe, diz-se que f pLQWHJUiYHOHP [a,b] e


a
JHRPHWULFDPHQWH D LQWHJUDO UHSUHVHQWD D iUHD GD UHJLmR
OLPLWDGDSHODIXQomR f (x) , as retas x  a e x  b e o eixo
x , desde que f (x) * 0 ™x D •– a, b —˜ .

&KDPDPRVDVXDDWHQomRSDUDRIDWRGHTXHDLQWHJUDOQmRVLJQLÀFD
necessariamente uma área. Dependendo do problema, ela pode represen-
tar grandezas, como: volume, quantidade de bactérias presentes em certo
LQVWDQWHWUDEDOKRUHDOL]DGRSRUXPDIRUoDPRPHQWRVHFHQWURGHPDVVD
(ponto de equilíbrio).
$GHÀQLomRGHLQWHJUDOSRGHVHUDPSOLDGDGHPRGRDLQFOXLURFDVR
em que o limite inferior seja maior do o limite superior, e o caso em que
os limites inferior e superior são iguais, senão vejamos,

298
Módulo 2

Se a  b , então
b a

0 f (x) dx = < 0 f (x) dx ,


a b

se a integral à direita existir.

Se a  b e f (a) existe, então


a

0 f (x) dx  0 .
a

Teorema Se f (x) é uma função contínua no intervalo fechado[a,b] ,


então f (x) é integrável em[a,b] .

$VHJXLUDOJXPDVSURSULHGDGHVIXQGDPHQWDLVGDLQWHJUDOGHÀQLGD
que usaremos no curso.

Propriedades da integral definida

$VSURSULHGDGHVGDLQWHJUDOGHÀQLGDQmRVHUmRGHPRQVWUDGDVSRLV
foge do objetivo do nosso curso.

P1. Se a função f (x) é integrável no intervalo fechado [a,b] e se k é


uma constante real qualquer, então
b b

0 k f (x) dx  k 0 f (x) dx .
a a

P2. Se as funções f (x) e g(x) são integráveis em [a,b] , então


f (x) ( g(x) é integrável em [a,b] e
b b b

0
f (x) ( g(x) dx  0 f (x) dx ( 0 g(x) dx .
a a a

P3. Se a  c  b e a função f (x) é integrável em [a,c] e em[c,b] ,

299
Curso de Graduação em Administração a Distância

então, f (x) é integrável em [a,b] e


b c b

0 f (x) dx  0 f (x) dx
0 f (x) dx .
a a c

P4. Se a função f (x) é integrável e se f (x) * 0 para todo x em[a,b] ,


então, b

0 f (x) dx * 0.
a

P5. Se as funções f (x) e g(x) são integráveis em [a,b] e f (x) * g(x)


para todo x em[a,b] , então,
b b

0 f (x) dx * 0 g(x) dx .
a a

P6. Se f (x) é uma função integrável em •– a, b —˜ , então f (x) é inte-


grável em •– a, b —˜ e
b b

0 f (x) dx ) 0 f (x) dx .
a a

Observação Calcular uma integral através do limite das Somas de Rie-


mann é, geralmente, uma tarefa árdua. Por isso nosso próximo objetivo
é estabelecer o chamado Teorema Fundamental do Cálculo, o qual nos
permite calcular muitas integrais de forma surpreendentemente fácil!

Teorema funda-
mental do cálculo*: Teorema Fundamental do Cálculo (TFC)
estabelece a impor-
tante conexão entre o Esta subseção contém um dos mais importantes teoremas do cálcu-
Cálculo Diferencial
lo. Este teorema permite calcular a integral de uma função utilizando uma
e o Cálculo Integral.
O primeiro surgiu a primitiva da mesma, e por isso, é a chave para calcular integrais. Ele diz
partir do problema que, conhecendo uma função primitiva de uma função f (x) integrável
de se determinar a no intervalo fechado[a,b] , podemos calcular a sua integral.
reta tangente a uma As considerações acima motivam o teorema a seguir.
curva em um ponto,
enquanto o segun-
do surgiu a partir Teorema Fundamental do Cálculo* - se a função f (x) é integrável no
do problema de se intervalo fechado [a,b] e se F (x) é uma função de f (x) neste inter-
encontrar a área de valo, então
XPDÀJXUDSODQD

300
Módulo 2

0 f (x) dx  F (b) < F (a) .


a

b
Costuma-se escrever F (x) a para indicar F (b) < F (a) .

Destacando:

O Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) não só torna o


cálculo de integrais mais simples, como também contém em
si a relação entre a derivada, o limite e a integral. Isto por-
que o Teorema )XQGDPHQWDODÀUPDTXHRYDORUGDLQWHJUDO
b

0 f (x) dx , pode ser calculado com o auxílio de uma função


a
F , tal que a derivada de F seja igual a f , possibilitando
encontrar o valor de uma integral utilizando uma primitiva
da função integrando.

Vejamos agora, alguns exemplos aplicando o Teorema Fundamental


do Cálculo.

Exemplo 7.15 Determinar


2

0 x dx .
0

x2
Resolução: Sabemos que F (x)  é uma primitiva da função
2
f (x) , pois,
x
F '(x)  2 =  x  f (x) .
2
Logo, pelo Teorema Fundamental do Cálculo, vem
2 2
2
x2
0 x dx  F (x)  2  F (2) < F (0)
0 0 0

2
2 02 4 0
= < = < = 2<0 = 2.
2 2 2 2
Portanto, 2

0 x dx  2 .
0
301
Curso de Graduação em Administração a Distância

Exemplo 7.16 Calcular:


3

0 x
2

4 dx .
1

x3
Resolução: Aqui, temos F (x) 
4x que é uma primitiva de
3
f (x)  x 2
4 , pois
x2
F '(x)  3 =
4 = 1  x 2
4  f (x) .
3
Logo, pelo Teorema Fundamental do Cálculo, vem
3
£ x3 ¥ 3
0
x 2
4 dx  ²
4x ´  F (3) < F (1)
¤ 3 ¦ 1
1
£ 33 ¥ £ 13 ¥ 1
 ²
4 = 3´ < ²
4 = 1´  9
12 < (
4)
¤3 ¦ ¤3 ¦ 3

£ 1
12 ¥ 13 63 < 13 50
=21 < ² ´ = 21 < =  .
¤ 3 ¦ 3 3 3

Portanto, 3
50
0 x
2

4 dx  .
1
3
3

0 x
2
Observe que podemos calcular a integral
4 dx usando as
1
SURSULHGDGHV3H3GDLQWHJUDOGH¿QLGDHRWHRUHPDIXQGDPHQWDO

do cálculo, o resultado será o mesmo. De fato,


3 3 3

0 x
2 2

4 dx  0 x dx
0 4 dx
1 1 1
3 3
2 x3 3 3
= 0 x dx
4 0 dx 
4x
1 1
3 1 1

£3 1 ¥
3 3
£ 27 1 ¥
= ² < ´ + 4 = 3<1 = ²
¤ 3 3¦
<
¤ 3 3 ´¦

+ 4=2
26 26 + 24 50
= +8= = .
3 3 3
Assim, 3
50
0 x
2

4 dx  .
1
3

3RUWDQWRXVDQGRSURSULHGDGHVGDLQWHJUDOGH¿QLGDHR7)&FKH-

302
Módulo 2

0 x
2
gamos ao mesmo valor no cálculo da integral
4 dx que é
50 1
. Você pode usar sempre este fato.
3

Exemplo 7.17 Calcular:


4
1
02 x
dx .
1

Resolução: Sabemos que F (x)  x é uma primitiva de


1
f (x)  , pois
2 x 1
F '(x)   f (x) .
2 x

Logo pelo TFC, temos


4 4
1
02 x
dx  x
1
 F (4) < F (1)
1

= 4 < 1  2 < 1  1.

Portanto,
4
1
02 x
dx  1 .
1
4

Exemplo 7.18 Calcular a integral 0 f (x) dx , onde:


0

¨x 2 , se 0 ) x ) 2
f (x)  ©
ǻ2x, se 2  x ) 4

Resolução:3HODSURSULHGDGH3GDLQWHJUDOGHÀQLGDWHPRV
4 2 4

0 f (x) dx  0 f (x) dx
0 f (x) dx .
0 0 2

Como f (x)  x 2 para 0 ) x ) 2 e f (x)  2x para 2  x ) 4 ,


vem
4 2 4
2
0 f (x) dx  0x dx
0 2x dx
0 0 2
3 2
x x2 4
=
2=
3 0 2 2

303
Curso de Graduação em Administração a Distância

£ 23 03 ¥ £ 42 22 ¥
= ² < ´ +2 = ² < ´
¤ 3 3¦ ¤ 2 2¦
£ 8 0¥ £ 16 4 ¥
=² < ´ + 2 = ²¤ 2 < 2 ´¦
¤ 3 3¦
£8 ¥
= ² < 0´ + 2 8 < 2
¤3 ¦

8 8
36 44
=
12   .
3 3 3
Portanto,
4
44
0 f (x) dx  3
.
0

Exemplo 7.19 O custo C(x) para produzir a x < ésima TV digital, num
50
programa de produção diária da fábrica GL , é dado porC(x)  ,
x
x ) 200 . Determinar o custo para produzir as 100 primeiras TVs.

Resolução: Vamos considerar C o valor exato do custo total de


produção das 100 primeiras TVs, assim
C  C(1)
C(2)
...
C(100) .
Esta soma pode ser calculada aplicando o TFC, como segue:
100 100
50
C 0 C(x)dx = 0 x
dx
0 0

100 100 100 1


1 1 <
= 50 u 0 x
dx  50 u 0 1
dx  50 u 0x 2
dx
0 0 0
x 2
1
2 100 1 100
 50 u
x
1 0
 50 u 2 u x 2
0
 100 u  100 < 0  1000 .
2
Portanto, o custo C para produzir as 100 primeiras TVs é de
R$1.000,00.

Exemplo 7.20 A mineradora “Natureza Preservada”, produz 400 tonela-


das por mês de certo minério. Estima-se que este processo dure 25 anos
(300 meses) a partir de hoje, e que o preço por tonelada do minério da-

304
Módulo 2

qui a t meses, em reais, é dado pela função f (t)  <0,03t 2


20t
400
Determinar a receita gerada pela mineradora “Natureza Preservada”,
ao longo dos 300 meses.

Resolução: Vamos considerar R a receita da mineradora ao longo


dos 300 meses, assim
R  400 u f (1)
400 u f (2)
...
400 u f (300) .
(VWDVRPDSRGHVHUFDOFXODGDDSOLFDQGRR7)&FRPRVHJXH
300 300

0  <0,03t
2
R  400 u 0 f (t)dt = 400 u
20t
400 dt
0 0

• 300 —

 400 u ³ <0,01t 3
10t 2 400t 0
µ
– ˜

– 
 400 •³ <0,01 300
10 300
400 u 300
3

2


< <0,01 0
10 0
400 u 0 —µ
3 2
  ˜

 400 u <270000
900000
120000
 400 u 750000  300000000,00 .
Portanto, a receita R , gerada pela mineradora “Natureza Preser-
vada”, ao longo dos 300 meses é R$300.000.000,00.

Exemplo 7.21 O administrador de uma empresa estima que a compra


de um certo equipamento irá resultar em uma economia de custos ope-
racionais. A economia dos custos operacionais dado pela função f (x)
unidades monetárias por ano, quando o equipamento estiver em uso por
x anos, e f (x)  4.000x
1.000 para 0 ) x ) 10 . Determinar:

D DHFRQRPLDHPFXVWRVRSHUDFLRQDLVSDUDRVFLQFRSULPHLURVDQRV
b) após quantos anos de uso o equipamento estará pago por si
mesmo, se o preço de compra é R$36.000,00.

Resolução: A economia obtida nos custos operacionais para os cin-


FRVSULPHLURVDQRVpDLQWHJUDOGH¿QLGDGH f (x)  4.000x
1.000

305
Curso de Graduação em Administração a Distância

no intervalo 0 ) x ) 10 , logo, respondendo a letra a), vem


5
5

0  4.000x
1.000 dx   2.000x
2

1.000x
0
0


 2.000 = 25
1000 = 5
 55.000.
Portanto, a economia nos custos operacionais para os 5 primeiros
anos é de R$55.000,00.
Vamos agora responder a letra b). Como o preço de compra do equi-
pamento é R$36.000,00, temos que o número de anos requeridos
para o equipamento pagar-se por si mesmo é n que será a integral
GH¿QLGDGH f (x)  4.000x
1.000 de 0 até n , ou seja,
n

0 f (x)dx  36.000 .
0

Resolvendo a integral acima, vem


n n

0 f (x)dx  36.000 ‰ 0  4.000x


1.000 dx  36.000
0 0
n


‰ 2.000x 2
1.000x  36.000
0
‰ 2.000n 2
1.000n  36.000 ,
‰ 2n 2
n < 36  0 .

Resolvendo a equação 2n 2
n < 36  0 pela fórmula de Bhaskara ,
9
temos n  4 e n  < .
2
Portanto, são necessários 4 anos de uso para o equipamento pagar-
se por si mesmo.

&KHJRXDKRUDGHSRUHPSUiWLFD
RTXHYRFrDSUHQGHXQHVWDVHomR
Resolva os exercicios e tire suas
dúvidas com seu tutor. Só prossiga
após resolver todos as questões
pois tudo que veremos as seguir
depende do ceonceito introduzido
nesta seção.

306
Módulo 2

Exercícios propostos – 2

3
¨7 < x, se x  2
1. Calcular a integral 0 f (x)dx onde f (x)  ©
ªx
3, se x * 2
.
0

2. Determinar o valor das seguintes integrais, aplicando o Teorema


Fundamental do Cálculo.
/
2 1

0 0 x
3
a) x
cos x dx . b) < 6x
8 dx .
0 0
/
4 2
2 x
c) 0 sec x dx . d) 0e dx .
0 0

Integração por substituição

A partir de agora você vai conhecer uma técnica utilizada com


RREMHWLYRGHGHVHQYROYHURFiOFXORGHLQWHJUDLVLQGH¿QLGDVGHIXQo}HV
que possuem primitivas. A esta técnica, damos o nome de integração
por substituição ou mudança de variável.
Suponha que você tem uma função g(x) e uma outra função f

tal que f g(x)  HVWHMDGH¿QLGD f e g HVWmR GH¿QLGDV HPLQWHUYDORV
convenientes). Você quer calcular uma integral do tipo

0 f  g(x) = g '(x) dx ,
Logo,

0 f  g(x) 
= g '(x) dx  F g(x)
C. (1)

du
)D]HQGRu  g(x) ‰  g '(x) ‰ du  g '(x) dx e substituindo
dx
na equação (1), vem

0 f  g(x) = g ` (x) dx  0 f (u) du  F (u)


C.

307
Curso de Graduação em Administração a Distância

Vejamos agora alguns exemplos de como determinar a integral


LQGHÀQLGDGHXPDIXQomRDSOLFDQGRDWpFQLFDGDPXGDQoDGHYDULiYHO
ou substituição e usando a tabela acima.

Exemplo 7.22 Calcular a integral

0 x
3
2

5 = 2 x dx .

Resolução:)D]HQGRDVXEVWLWXLomRGH x 2
5 por u na integral
dada, ou seja, u  x 2
5 , vem
du
u  x2
5 ‰  2 x
0  2 x ‰ du  2 x dx .
dx


3
Agora, vamos em 0 x 2
5 = 2 x dx , substituímos x 2
5
por u e 2 x dx por du e temos:
u4
0
3
x2
5 = 2 x dx  0 u 3 du 
C ,
4

onde utilizamos a fórmula (ii) da tabela de integrais.


Como,

4

2 u4 x2
5
u  x
5 ‰
C 
C.
4 4

Portanto,
x
4
2

5
0 x
3
2

5 .2x dx =
C.
4

Exemplo 7.23 Calcular:


3 x 2 dx
0 1
x3
.

Resolução:)D]HQGRDVXEVWLWXLomRGH 1
x 3 por u na integral
dada, ou u  1
x 3 , vem:
du
u  1
x3 ‰  0
3 x 2  3 x 2 ‰ du = 3 x 2 dx .
dx

3 x 2 dx
Agora, vamos em 0 3
, substituímos u  1
x 3 por u e
1
x

308
Módulo 2

3 x 2 dx por du e temos:
3 x 2 dx du
0 1
x3  0 u  ln u
C .
(Pela fórmula (iii) da tabela de integrais).

Como
u  1
x 3 ‰ ln u
C  ln 1
x 3
C .

Portanto,
3 x 2 dx
0 3
 ln 1
x 3
C .
1
x

Exemplo 7.24 Calcular:


dx
0 16
9x 2
.

Resolução. Na integral dada temos

dx dx dx
0 16
9x 2
 0 4 +3 x
2 2 2
 04 2

(3x)2

aqui a  4 e u  3x .
Assim,
du 1
u  3x ‰  3 ‰ du  3dx ‰ dx  du .
dx 3
dx
Agora, vamos à integral dada 0 , substituímos 3x por u
16
9x 2
1
e dx por du e temos
3
dx dx
0 16
9x 2
 04 2
2


3x
1
du 1 du
3
= 0 2  0 2
2
4
u 3 4
u2
1 1 u
 = arc tg
C
3 4 4
1 u
 arc tg
C.
12 4
(Pela fórmula (xvi) da tabela de integrais).
309
Curso de Graduação em Administração a Distância

Como:
1 u 1 3x
u  3x ‰ arctg
C  arctg
C .
12 4 12 4

Portanto,
dx 1 3x
0 16
9x 2

12
arctg
4

C .

Exercícios propostos – 3

• Calcular as seguintes integrais abaixo:

4 1
1) 0 3
dx . 2) 0x 2
dx .
7 < 5x
3) 0 cos 7t < / dt . 4) 0
/
x 2 < 2x 4 dx .
2
dx 3
5) 0x 2

3
. 6) 0 cos x sen x dx .
0

4 3
lnt 5 x
7) 0 t dt . 8) 0 x2
1
dx .
1 0

Integração por partes

Na seção anterior, estudamos como calcular integrais usando o mé-


todo da substituição. Mas, existem algumas integrais, tais como: 0 ln x dx ,
x 3
0 x e dx , 0 x cos x dx , etc. , que não podem ser resolvidas aplicando o mé-
todo da substituição. Necessitamos de alguns conhecimentos a mais. Neste
caso, iniciaremos apresentando a técnica de LQWHJUDomRSRUSDUWHV.
Sejam u(x) e v(x) funções diferenciáveis num intervalo (a,b) .

310
Módulo 2

Então, podemos escrever:


(uv )v  uv v
vuv ,
ou seja,
vuv  (uv )v < uv v .
Integrando os dois membros da igualdade acima, temos:
b b b
0
a
vuvdv  0a
(uv )v dx < 0 uv vdx ,
a
ou,
b b b
0a
vdu  uv a < 0 udv .
a

(SDUDDLQWHJUDOLQGHÀQLGDWHPVH
b b b
0a
vdu  uv a < 0 udv ,
a
ou simplesmente,

0 vdu  uv < 0 udv . (2)

A expressão (2) é conhecida como a fórmula de LQWHJUDomRSRUSDUWHV.


Quando aplicarmos esta fórmula para resolver a integral 0 f x dx , devemos 
separar o integrando dado em duas partes, uma sendo u e a outra, juntamente
com dx , sendo dv . Por essa razão o cálculo de integral utilizando a fórmu-
la (2) é chamado LQWHJUDomRSRUSDUWHV. Para escolher u e dv , devemos
lembrar que:

(i) a parte escolhida como dv , deve ser facilmente integrável;


(ii) 0 v du deve ser mais simples que 0 u dv .
A seguir, apresentaremos alguns exemplos:

Exemplo 7.25 Calcular a integral:

x
0 x e dx .
Resolução: Sejam u  x e dv  e x dx . Assim, teremos du  dx e
v  e x . Aplicando a fórmula 0 u dv  uv < 0 v du , obtemos
x x
0 x e dx  x e < 0 e x dx
 x e x < e x
C.

311
Curso de Graduação em Administração a Distância

Exemplo 7.26 Calcular a integral:

0 ln x dx.
1
Resolução: Sejam u  ln x e dv  dx . Assim, teremos du  dx
x
e v  x. Aplicando a fórmula (2), obtemos:
1
0 ln x dx  x ln x < 0 x x dx
 x ln x < x
c.
Exemplo 7.27 Encontre:

0 arc tg x dx.
Resolução: Sejam u  arc tg x e dv  dx. Assim, teremos,
dx
du  e v  x. Logo,
1
x2
x
0 arc tg x dx  x arc tg x < 0 1
x 2 dx .
x
Para calcular a integral 0 dx , utilizamos a substituição
1
x2
t  1
x 2 ‰ dt  2x dx , então,

x 1 dt 1
0 1
x 2
dx 
20 t
 ln t
C
2
1
 ln(1
x 2 )
c , pois 1
x 2 é sempre positivo.
2
Portanto,
1 2
0 arc tg x dx  x arc tg x < 2 ln(1
x )
C.

Exemplo 7.28 Calcular:

0 x ln x dx.
1
Resolução: Sejam u  ln x e dv  x dx. Assim, teremos du  dx
x
1 2
e v  x . Logo,
2
1 2 1
0 x ln x dx  2 x ln x < 2 0 x dx
1 1
 x 2 ln x < x 2
C.
2 4
312
Módulo 2

Exemplo 7.29 Calcular:

x
0e sen x dx.

Resolução: Sejam u  e x e dv  sen x dx. Assim, teremos


du  e x dx e v  < cos x. Logo,
x
0e sen x dx  <e x cos x
0 e x cos x dx. (3)
Novamente, considerando, u  e x e dv  cos x dx , temos

d u  e x dx e v  sen x . De (2), obtemos:


x
0e cos x dx  e x sen x < 0 e x sen x dx . (4)

De (3) e (4), segue que:


x 1 x
0 e sen x dx  2 e (sen x < cos x)
C.

Exemplo 7.30 Determine:

3
x dx. 0 sec
Resolução: Podemos escrever:
3
0 sec x dx  0 sec 2 x sec x dx.

)D]HQGR u  sec x , temos du  sec x tg x dx e dv  sec 2 x dx e


v  tg x . Aplicando a fórmula (2), obtemos:
3
0 sec x dx  sec x tg x < 0 sec x tg 2 x dx
 sec x tg x < 0 sec x (sec 2 x < 1) dx
 sec x tg x < 0 (sec3 x < sec x) dx
 sec x tg x < 0 sec3 x dx
0 sec x dx.

6LPSOLÀFDQGRREWHPRV

2 0 sec3 x dx  sec x tg x
0 sec x dx .

Pela tabela de integração sabemos que


0 sec x dx  ln sec x
tg x
C .

313
Curso de Graduação em Administração a Distância

Logo,
3 1 1
0 sec x dx 
2
sec x tg x
ln sec x
tg x
C.
2

Exercícios propostos – 4

% Calcular as seguintes integrais usando o método de integração por


partes:

2
0 e  x
1
x 2
1) dx . 2) 0x ln x dx .

2
3) 0 x ln x dx . 4) 0 sen x dx .
ln x <x
5) 0 x
dx . 6) 0x e dx .

Integrais impróprias

Sabemos que toda função contínua num intervalo fechado é inte-


grável nesse intervalo, ou seja, se f é uma função contínua em [a,b]
b
então existe 0 f (x)dx . Quando f QmRHVWiGH¿QLGDQXPGRVH[WUHPRVGR
a b
intervalo[a,b] , digamos em a , mas existe
b
0
f (x)dx para todo t D(a,b)
bt
SRGHPRVGH¿QLU 0 f (x)dx como sendo o limite lim
0 f (x)dx quan-
a tAa t
do este limite existe. Para os outros casos a situação é análoga. Nestes
casos as integrais são conhecidas como LQWHJUDLVLPSUySULDV. A seguir
DSUHVHQWDUHPRV D GH¿QLomR H R SURFHGLPHQWR SDUD FDOFXODU LQWHJUDLV
impróprias. Analisaremos cada caso em separado.

b
(i) Dado f : (a,b] A ° , se existe 0 f (x)dx para todot D(a,b) ,
t
GH¿QLPRV

314
Módulo 2

b b
0 a
f (x)dx  lim

tAa
0t
f (x)dx , a  t  b ,

quando este limite existe. Caso não exista este limite diremos
b
que a integral 0a
f (x)dx não existe, ou não converge.

*UD¿FDPHQWH

y = f(x)

0 a b x

Figura 7.5

t
(ii) Dado f :[a,b) A ° , se existe 0 f (x)dx para todot D(a,b) ,
a
GH¿QLPRV
b t
0 a
f (x)dx  lim<
tAb
0 a
f (x)dx , a  t  b ,

quando este limite existe. Caso não exista este limite diremos
b
que 0 f (x)dx não existe, ou não converge.
a

*UDÀFDPHQWH
y

y = f(x)

0 a b x

Figura 7.6

315
Curso de Graduação em Administração a Distância

(iii) Dadof : (a,b) A ° , escrevemos:


b c b
0 a
f (x)dx  0 a
f (x)dx
0 f (x)dx , a  c  b ,
c

quando as duas integrais do 2o membro existem.

$VLQWHJUDLVGRVHJXQGRPHPEURIRUDPGHÀQLGDVHP L H LL 
respectivamente.

(iv) Quando f :[a,b] A ° é descontínua em algum c D(a,b) e


não existe algum limite lateral perto de c , então escrevemos
b c b
0 a
f (x)dx  0 a
f (x)dx
0 f (x)dx , a  c  b ,
c

sempre que as integrais do 2o membro existem.

$VLQWHJUDLVGRVHJXQGRPHPEURIRUDPGHÀQLGDVHP LL H L 
respectivamente.

b
(v) Dadaf : (<',b] A ° , se existir 0 f (x)dx para todot D(<',b),
t
GH¿QLPRV
b b
0
<'
f (x)dx  lim
tA<' 0
t
f (x)dx , < '  t  b ,

quando este limite existe. Se este limite não existir, diremos


b
que a integral 0 f (x)dx não existe ou não converge.
<'

t
(vi) Dadaf :[a,') A ° , se existir 0 f (x)dx para todot D[a,') ,
a
GH¿QLPRV
' t
0 a
f (x)dx  lim
tA' 0 a
f (x)dx , a  t  ' ,

quando este limite existe. Se este limite não existir diremos que
'
a integral 0a
f (x)dx não existe ou não converge.


(vii) Dada f : <',' A ° , escrevemos,
' c '
0<'
f (x)dx  0 <'
f (x)dx
0 f (x)dx , < '  c  ' ,
c

quando as duas integrais do 2o membro existem.

316
Módulo 2

$VLQWHJUDLVGRVHJXQGRPHPEURIRUDPGHÀQLGDVHP Y H YL 
respectivamente.
Quando uma integral imprópria existe, ou seja, o limite envolvido
WHPYDORUÀQLWRGL]HPRVTXHHODpconvergente. Caso contrário dizemos
que ela é divergente.
A seguir apresentaremos alguns exemplos.

Exemplo 7.31 Calcular, se existir:


1 dx
0 0
1< x
.

dx
Resolução: Observemos que a função f (x)  não está de-
1< x
¿nida no ponto x  1. Neste caso calculamos o limite, usando (ii)
1
t dx t <
lim<
tA1
0
0
1 < x2
 lim<
tA1
0 0
(1 < x) 2 dx

)D]HQGR u  1 < x ‰ du  <dx , pelo método de substituição, vem


1 1
< <
0 (1 < x) 2
dx  < 0 u 2
du  <2u1/ 2 ,
ou seja,
t
t
<1/ 2 1/ 2
0 (1 < x) dx  <2(1 < x) 0
0

 <2 •–(1 < t)1/ 2 < 1—˜ .


Logo,
t dx
lim< 0  lim< < 2 •–(1 < t)1/ 2 < 1—˜
 tA1 0
1< x tA1

 <2[0 < 1]  2

Portanto, a integral converge e temos


1 dx
00 1 < x  2 .
Exemplo 7.32 Calcular, se existir:
dx1
0
0 x2
.

317
Curso de Graduação em Administração a Distância

1
Resolução: Observemos que a função f (x)  QmRHVWiGH¿QLGD
x2
no ponto x  0. Neste caso, calculamos o limite, usando (i)
1
1 dx x <1
lim 0  lim
tA0
t x 2 tA0
<1 t
£ 1¥
 lim
² <1
´
tA0 ¤ t¦
 '.

dx
1
Portanto, a integral 00 x2
diverge ou não existe.

Exemplo 7.33 Calcular, se existir:


/
cos x
0 0
2

1 < sen x
dx.

cos x
Resolução: Observemos que f (x)  QmRHVWiGH¿QLGD
1 < sen x
/
em x  . Assim, calculamos o limite, usando (i)
2
/
t cos x <1/ 2
lim 0
/ 0
1 < sen x / 0

dx  lim 0 2 1 < sen x cos x dx
xA tA
 2 2
t
• —
³ 1 < sen x 1/ 2
µ
 lim ³ <
 µ
tA ³ 1 µ
/
2 ³ µ
– 2 0˜
t
• 1/ 2 —

 lim ³ <2 1 < sen x
/
µ
tA – 0˜
2

 lim • <2 1 < sen t —


1/ 2 1/ 2

/ ³
 

2 1 < sen 0 ˜µ
tA –
2

• £ /¥
1/ 2
—
 ³ <2 ² 1 < sen ´
2 µ
³– ¤ 2¦ µ˜
 •– <2(1 < 1)1/ 2
2 —˜  2

Logo, a integral converge e temos


/
cos x
002 1 < sen x dx  2 .
318
Módulo 2

Exemplo 7.34 Determinar, se existir:


4 dx
0 0 x<2
.
1
Resolução: Observemos que f (x)  não é contínua em
x<2
x  2. Assim,
4 dx 2 dx 4 dx
00 x<2
 00

0
x<2 2 x<2
,

se as integrais do segundo membro convergirem.

t dx 4 dx
lim< 0
lim
0
tA2 0 x<2 tA2 t x<2
t 4
 lim< ln x < 2
lim
ln x < 2
tA2 0 tA2 t


 lim< ln t < 2 < ln <2
lim
ln 2 < ln t < 2 .
tA2 tA2

Observamos que calculando o primeiro limite obtemos o resultado
' , logo, podemos concluir que a integral proposta não existe, ou
seja, a integral é divergente.

Exemplo 7.35 Determinar, se existir:


0
0 e x dx.
<'

Resolução: Calculamos
0 0
lim 0 e x dx  lim e x ( <'  t  0 )
tA<' t tA<' t


 lim 1 < e t
tA<'

 1.
Logo, a integral converge e temos
0
0 e x dx  1.
<'

Exemplo 7.36 Determinar, se existir:


' dx
0
1
x
.

319
Curso de Graduação em Administração a Distância

Resolução: Calculamos
t t
1
<
1
t dx x 2
x1/ 2
lim 0  lim  lim (1  t  ' )
tA' 1
x tA' 1 tA' 1
<
1
2 1 2 1


 lim 2 t < 2  ' .
tA'

Portanto, a integral diverge.

Exemplo 7.37 Calcular, se existir:


' dx
0<' 1
x2
.

Resolução. Escrevemos,
' dx 0 dx ' dx
0<' 1
x 2  0<' 1
x 2
00 1
x 2 ,
e calculamos os limites:
0 dx t dx
lim 0
tA' 00 1
x 2

lim
tA<' t 1
x 2

0 t
 lim arc tg x t
lim arc tg x 0
tA<' tA'

£ /¥ /
 <²< ´
 /
¤ 2¦ 2

Portanto, a integral converge e temos


' dx
0<' 1
x 2  / .

Exercícios propostos – 5

% Calcular, se existirem, as seguintes integrais impróprias, indicar


se converge ou diverge.

' <x 1
1) 0<'
e dx . 2) 00
x ln x dx .

3 dx '4dx dy
1
3) 00
9 < x2
. 4) 0<' x
162
. 5) 0<1 y 2
.
320
Módulo 2

Saiba Mais...

Para aprofundar os conteúdos abordados neste capítulo consulte:


— FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Fun-
ções, Limite, Derivação, Integração, 5ª ed. São Paulo: Makron
Books, 1992.
— MORETTIN, Pedro A.; HAZZAN, Samuel; BUSSAB, Wilton
de O. Cálculo funções de uma e várias variáveis. São Paulo:
Saraiva, 2005.
— SILVA, Sebastião Medeiros da; SILVA, Elio Medeiros da;
SILVA, Ermes Medeiros da. Matemática: para os cursos de
HFRQRPLDDGPLQLVWUDomRHFLrQFLDVFRQWiEHLVHG6mR3DXOR
Atlas, 1988.

— KWWSSHVVRDOVHUFRPWHOFRPEUPDWHPDWLFDVXSHLRUVXSHULRUKWP
— KWWSZZZFHSDLIXVSEUHFDOFXOR

RESUMO

Nesta Unidade tratamos o conceito de função primiti-


YDHFRPLVVRFRPSUHHQGHXWDPEpPDGHÀQLomRGHLQWHJUDO
LQGHÀQLGDHVXDVSURSULHGDGHV$SUHQGHXDFDOFXODURYDORU
de algumas integrais imediatas, bem como a calcular uma
LQWHJUDOGHÀQLGDDSOLFDQGRR7HRUHPD)XQGDPHQWDOGR&iO-
FXOR9RFrWDPEpPDSUHQGHXDOJXPDVWpFQLFDVGHFiOFXORGH
integrais e de integrais impróprias.

321
Curso de Graduação em Administração a Distância

RESPOSTAS

• Exercícios propostos – 1

5 7
1) a) F (x)  x 3
x 2
2x + K .
3 2
1
<
b) F (x)  < 4 x 4

K.
1
<
c) F (x)  < 2 x 2

K.
d) F (x)  ln (x < 1)
K .
e4 x
e) F (x) 
K .
4

x3 /3
2) a) F (x)  <2cos x
sen x <
K e K .
6 384
1
x2
b) F (x)  3 x
3

K e K  <3.
2
3
c) F (x)  sec x
sen x
K e K  < .
2
7
3 3
d) F (x)  x
e x
K e K = 1.
7

e) F (x)  sen x
cos x
K e K = –1.

x5 8
3) a) < x 3
16x
C .
5 3
1
b) ln x
6 x 3

C.

x4 4 3
c) < 3
<
C.
4 x
3x 2

x2 x3
d) 4x < <
C .
2 3
1
e) <
C .
2x 2

322
Módulo 2

• Exercícios propostos – 2

33
1) .
2
/2 21
2) a)
1; b) ; c) 1; d) e 2 < 1 .
8 4

• Exercícios propostos – 3

1 <1
1) 2

C . 2)
C .

5 7 - 5x x
3
1 <1
3)
7

sen 7t < /
C . 4)
6

1 < 2x 2 2

C .

3 x 1
5) arctg
C . 6) .
3 3 4
5 2
7)
2

= ln 4 . 8) 10 < 1.

• Exercícios propostos – 4

1) exx2
ex
C .
1 3 x3
2) x ln x <
C .
3 9
2 3/ 2 4x 3/ 2
3) x ln x <
C .
3 9
1 x
4) < cos x sen x

C .
2 2
1

2
5) ln x
C .
2

6) <x e < x < e < x


C .

Exercícios propostos – 5

1 /
1) 2 . 2) < . 3) . 4) › . 5) ' .
4 2
323

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