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Nome: Mariana G.

Lopes RA: 103386


Prof.: Valeriano Costa
Texto: O Estado no Brasil Contemporâneo: Um passeio pela história
Autora: Maria Hermínia Tavares de Almeida

Fichamento 1
A autora faz de forma resumida todo o trajeto do Estado Brasileiro sob uma concepção
weberiana de Estado: Todo Estado supõe um conjunto de organismos e burocracias próprias e
um ordenamento legal.
A primeira experiência de organização do Estado brasileiro veio depois da independência, que
uma identidade nacional forte foi facilmente criada junto com a definição precoce dos limites e
reconhecimento internacional. Essa monarquia parlamentarista durou de 1824 a 1889, teve
como símbolo o governo representativo, onde o Brasil praticou de forma simples a política
parlamentar e eleitoral.
Em 1860 surgiu a idéia de federação ligada a república que veio a ser realizado em 1891 com a
República Velha, que deu arranjo a chamada política dos governadores uma federação dual
controlada pelos estados de São Paulo e Minas Gerais, que funcionavam como a máquina
política para controlar as eleições fraudulentas e para dominar os grupos oligárquicos
predominantes, a assimetria da 1º República era facilmente notada pela diferença de
autonomia entre os estados da federação, já que dependiam das condições financeiras e
militares que somente eram encontrados em Minas Gerais e São Paulo.
Várias forças políticas confluíram para dar fim a República Velha e a popularização das idéias
de um Estado centralizado como uma forma de ampliar as funções do Estado visando políticas
para enfrentar as desigualdades entre estados e para promover a modernização do país a
partir dessas idéias surge a Era Vargas, o Estado Novo que durou de 1937 a 1945. O Estado
Novo pode ser caracterizado pelo fim da federação e instituições democráticas e
representativas, os estados foram rebaixados para províncias e governados por interventores
do governo federal, a centralização e expansão dos poderes do Estado foi legitimado desde
pela elite civil até por militares vinculados a organização do Estado central.
No governo Vargas também foi responsável pelo inicio da industrialização buscando a
substituição de importações através de empresas públicas produtoras de insumos básicos para
possibilitar a expansão industrial, também podemos atribuir ao governo Vargas políticas de
controle social exemplificados pelas leis trabalhistas, que assegurava direitos sociais básicos
para trabalhadores urbanos, sendo que a maioria dos trabalhadores da época eram rurais que
ficaram excluídos dessas políticas de cidadania social.
No final de 45, a federação volta e com a ela a democracia, mas dessa vez não mais dual e com
grandes tensões entre idéias centralizadoras e descentralizadoras devido a heterogeneidade
do interesses e foi sob esse aspecto que surgiu a 2º República, que conviveu com a oposição
entre varguismo e antivarguismo.
A 2º República que terminou previamente por causa do golpe militar de 64 onde mais uma vez
o Brasil conviveu com a falta da democracia. A ampliação do aparato federal também trouxe o
desenvolvimento com promoções industrial através do controle econômico do Estado. A
supressão das eleições fez com que a federação se aproximasse do modelo centralizado.Para
manter democrática a oposição ao regime foi criada de forma limitada eleições através do
bipartidarismo(Arena e MDB).
A constituição de 1988 continha o impulso descentralizador dos governos subnacionais eleitos
no final da ditadura militar e que também exerceram grande oposição ao mesmo. Além de ser
responsável pela descentralização política tal constituição previa responsabilidade
compartilhada pelos governos locais, estaduais e federal para garantir os serviços básicos.
A descentralização da reforma federativa, trouxe como conseqüências no campo fiscal um
aumento na carga tributária a disposição do governo federal assim aumentando o montante
das transferência para os governos dos estados e dos municípios. Fixada na constituição a
política de provisão social, os três poderes tiveram que se preocupar em tomar conta da
população disponibilizando o básico.
Tais medidas descentralizadoras trouxeram para o governo federal poderes legislativos
importantes que se assemelha aos governos autoritários.A crença na importância do papel do
governo federal permite a centralização das decisões e ajudou na promoção de reformas
econômicas sem radicalismo.
Hoje o Brasil convive com a organização federativa, a fragmentação dos partidos políticos, e
com o presidencialismo de coalizão e eleições competitivas, e com políticas comandadas pelo
Executivo federal mas não determinada por ele.

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