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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR PLANALTO

FACULDADES PLANALTO

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WELRIKA BEATRIZ SILVA MOREIRA

PSICOLOGIA E UM BREVE ASPECTO JURÍDICO


SOBRE A FAMÍLIA MODERNA

9° SEMESTRE – outubro/2010
Professora Adriana Gebrim
INTRODUÇÃO

Um dos assuntos mais importantes que podemos tratar é sobre a família,


trata-se de um contexto bastante delicado, principalmente quando envolve problemas entre
seus entes. É um tema amplo e podemos falar sobre diversos aspectos, mas limitarei a
sintetizar no presente trabalho sobre a FAMÍLIA MODERNA dentro da psicologia jurídica.
Em análise do passado, podemos compreender algumas dessas mudanças e
ver como tudo evoluiu de forma tão rápida, pois antigamente não havia restrições impostas
pelos costumes sociais, e as pessoas se rendiam a promiscuidade sexual, relações carnais que
envolviam uma ou mais pessoas, não se era exigida a fidelidade masculina, então a traição era
tida como um ato natural entre eles, e até as mulheres aceitavam.

Com o passar dos anos vieram os conceitos de famílias consanguínea, punaluana e


sindiásmica. “Eram consanguíneas os grupos conjugais classificavam-se por gerações, ainda
havia as relações grupais. E assim permaneceu com a chegada da família punaluana,
quando foram proibidas as relações sexuais entre irmãos dentro dos grupos. O primeiro
passo para as relações individuais veio com a família sindiásmica, em que um homem vivia
com uma mulher, sem, contudo, perder o direito à infidelidade casual. E, então, vimos nascer
a tal da monogamia, que, a princípio, garantia o direito à infidelidade masculina. O Código
de Napoleão trazia expressamente esse direito, desde que a concubina não fosse levada ao
domicílio conjugal”. (http://conversademenina.wordpress.com/2009/01/05/de-onde-vem-a-
familia-moderna/).

O incrível de as relações se tornarem monogâmicas é o motivo, pois os


homens não se tornaram fiéis por amor ou por valor a sua família, mas sim para garantir que a
riqueza fosse mantida dentro da própria família.

Muitos outros casos ocorreram, até chegarmos onde estamos hoje, pois
quando as pessoas se separam por meio do divórcio, vindo de um casamento infrutífero, algo
muito comum hoje em dia, a mulher era taxada como errada por requerer o divórcio, por
vários motivos, e infame por ser requerida, e a primeira pergunta era, e os filhos? Nossa não é
justo, viver com pais separados, isso os prejudicará psicologicamente e tal, vários eram os
pensamentos em relação a este assunto, vários preconceitos, afinal na época mulher
divorciada era considerada indigna.

A primeira coisa que você deve se perguntar é, quem são as pessoas que
formam uma família? Pai, mãe, irmãos, tios e avós. De certa forma você não estaria errado,
contudo a família moderna pode ter como seu núcleo, por exemplo, a mãe e o filho. Nossa e o
pai onde entra nessa história? Pois então, acontece que o mundo de hoje está mudando, e
precisamos nos adequar e aceitar as situações que por ele são impostas, como no caso da mãe
solteira.
Jamais poderíamos imaginar que uma família poderia ser constituída por
apenas duas pessoas, mas hoje isso já é possível, como várias outras situações também são
permitidas e aceitas na sociedade. Não que seja em toda a sociedade, pois ainda existem
muitas culturas e pessoas conservadoras que têm imensa dificuldade para aceitar tal
“modernismo”. È um tema novo que será discutido em vários âmbitos e muitas mudanças
acontecerão para que a sociedade se adéqüe e aceite a forma de viver de cada um.

Hoje já se pode questionar a paternidade dos filhos, requerer pensão do pai


ausente, para ajudar na educação, saúde, lazer do filho. E as crianças aceitam na maior
naturalidade a separação dos pais, principalmente aqueles que um dia nem mesmo chegaram a
ser casados, mas apenas se relacionaram sem o devido cuidado e teve como conseqüência
uma gravidez indesejada. È justo com esses pais, que por ironia do destino seus caminhos se
cruzaram, mas sem qualquer afeto um pelo outro, serem obrigados a se casarem por que
tiveram um filho? Hoje, depois de isso acontecer reiteradas vezes a sociedade aceita
tranquilamente.

Claro que há diversos casos, porém tudo vem sendo aceito de forma tão
óbvia que existe até um programa do governo que cuida para que os filhos sejam
reconhecidos pelos pais, com o contexto de que “não existe filho sem pai”, e este programa
incentiva a mudança do registro civil da criança, para que conste o nome do pai. È um
programa bem interessante principalmente sua forma de atuar, pois essa verificação é
realizada nas escolas, e nos casos em que a criança não tem o nome do pai, com autorização
da mãe, são encaminhados para a Defensoria Pública e as providências são tomadas.

Outra conjuntura bem comum fruto da família moderna é a existência de


madrastas e padrastos. Se um relacionamento não deu certo, a pessoa não irá viver sozinha o
resto da vida, criando os filhos. Isso é óbvio, e também tem aceitação por toda a sociedade.

Pode-se dizer que esse assunto é relativo, afinal, madrasta não é mãe, e
padrasto não é pai. Contudo são pessoas que irão conviver com a criança, por anos, se não for
pela vida toda, e acabam assumindo um papel importante na vida da criança, integralizando
também uma família.

Tudo depende da boa relação entre os envolvidos, pois por muitas das vezes
a mãe não aceita a figura da madrasta por medo de perder o afeto do filho, e por decorrência o
filho acabar gostando mais da madrasta, este é o instinto maternal e tal comportamento não é
tão comum entre os homens. Ai é quando surge àquele infeliz sentimento que estraga tudo, o
ciúme.

Sim é este sentimento, que na presente situação trás inúmeras perturbações


para os envolvidos, principalmente para a criança, que passa a ser usada pela mãe, que sem
perceber acaba fazendo chantagens psicológicas, acreditando que o filho não a ama quanto
ama a madrasta e o pai. A criança acaba ficando confusa diante da insegurança trazida pelo
ciúme que acaba prejudicando-a, podendo ocorrer complicações futuras.

Por outro lado, todos têm em mente que a madrasta ou padrasto são pessoas
incapazes de gostar do filho do parceiro. Sim acredite, existe este preconceito. Isso é questão
de cultura e costume, afinal desde muito tempo todos nós crescemos ouvindo contos de fada,
histórias em quadrinhos que a madrasta sempre ocupa o lado vilão da história. E isso por fim
acaba afetando a cabeça das pessoas. Mas isso vem mudando a cada dia, pois madrastas e
padrastos são pessoas boas, diferente do que vem sendo ensinado no decorrer dos anos, que
podem ajudar a criar e dar muito carinho aos filhos do companheiro.

Concluindo, não existe um conceito sobre o que é uma família moderna,


família moderna é aquela que melhor se encaixa nas necessidades da sociedade, que vem
buscando sua evolução a cada dia. E onde existe o respeito, a confiança, a reciprocidade, o
amor e principalmente incondicional, qualquer situação que surja para melhorar a convivência
familiar é aceita nos limites de seu bom senso.

FONTE:

http://conversademenina.wordpress.com/2009/01/05/de-onde-vem-a-familia-moderna/

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