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1
Russel, p. 240
2
A razão, em Descartes, estabelece-se em autonomia diante da metafísica escolástica, que a
antecedeu. Com Hegel, a razão expressa claramente ser heterônoma em relação à História.
base octogonal, a cúpula não usou andaimes, teve uma estrutura autoportante. A
pioneira idealização trazia à construção o arquiteto como “profissional especifico
do projeto”, antes trabalho coletivo e corporativo de reativação do emprego do
desenho perspectivo”3.
3
Frank Svensson depoimento oral. maio 2003.
4
Russel. p. 240.
5
Moderno aqui denota mesmo sentido do conceito de moderno empregado no século 5, para
separar o passado pagão do presente cristão, conforme define Habermas em seu artigo A
Modernidade, um Projeto Incompleto. O termo moderno também é atribuído ao momento de
afirmação do humanismo, no Renascimento, e com a racionalidade cartesiana. Ibidem. p. 20
6
Jan Gympel afirma: “Com efeito, a Inglaterra já tinha passado, em 1642-49, pela sua revolução
burguesa e concomitante guerra civil, a decapitação do rei, a abolição da monarquia e a
introdução, em 1653, de uma constituição escrita, enquanto a França rumava ainda para o apogeu
do absolutismo (...).Gympel. p. 61. Ver Burns. Vol. 1. p. 379
Fundamentado em Santo Agostinho, o protestantismo recusou o clero como
mediador homem x Deus. Instaurou a noção de sacerdócio universal: “todo
homem se acha em contato direto com Deus; Cristo não precisa de vigários”7. O
cidadão comum se aproximaria do domínio do clero, da religião e do
“conhecimento” ao se inventar a imprensa (século XV). “A Bíblia”, traduzida do
latim para línguas nacionais, faziam-no conhecer outras doutrinas sociopolíticas e
religiosas8. A reforma protestante e a imprensa forjaram o pensamento político,
associaram-no à religião e difundiram-no na produção literária.
11
Russel p. 243.
12
Idem.
13
Ibidem.
14
Russel. p 269.
15
Russel. p. 262
A filosofia do renascimento contribuiu para secularizar a
consciência consolidada no século XVII. A secularização extraiu da matemática o
substrato para ver o mundo da ordenação lógico-científica aberta à compreensão
de físicos e matemáticos. O motor do mundo eram os fenômenos da natureza. A
noção de infinito pertencia à matemática. Em Descartes a matemática é razão
inata16. Convencionou-se o pensamento racionalista como o fundador da filosofia
moderna17.
16
Em oposição a Thomas Hobbes (1588-1679), para quem a razão é “adquirida” temporalmente e
na prática.Russel. p. 275.
17
A corrente filosófica do racionalismo será objeto de item específico do capítulo 5, de tal modo
que interessa-nos, por ora, introduzir o caráter autônomo que a razão adquire, segundo a História
da filosofia.
18
Bastos, p. 77.
19
in J. J. O'Connor e E. F. Robertson. 1997. http://www-groups.dcs.st-
and.ac.uk/~history/Mathematics/Descartes.html
Realidade. Por conseguinte, o racionalismo vai também
consignar à realidade, um lastro metafísico, de cunho
racional”.20
20
Bastos. p. 78