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A segurança de autoridades

VINICIUS DOMINGUES CAVALCANTE, CPP

Desde os primórdios, atentados são ocorrências indesejáveis que caminham lado à lado com o
exercício do Poder. Uma autoridade, qualquer que seja ela, exerce uma função de mando que
normalmente angaria para si uma razoável dose de antagonismo. O exercício das funções da
autoridade sempre desagradará aos interesses de pessoas, grupos e até mesmo de governos
estrangeiros, os quais podem tramar e executar as ações adversas, contra as quais a
segurança de tais dignitários deverá estar capacitada a se opor.

O cidadão comum que vez por outra toma conhecimento pela mídia de problemas envolvendo
a segurança desta ou daquela autoridade sempre vai questionar a competência dos
profissionais envolvidos, se dispondo, ele próprio a exemplificar, em seguida, uma grande
quantidade de fracassos das equipes encarregadas da segurança de personalidades. É fato
que todo mundo se crê um pouco “técnico na atividade de segurança” e nessas horas é comum
pensar que de nada serve a segurança ou que, ao exemplo de outras ridicularizadas
instituições da América Latina, a nossa segurança também se destaque pelo primarismo ou
pela incompetência. No julgamento que se faz da “performance“ dos elementos da segurança,
quase nunca se avalia que, em se tratando da proteção de autoridades, a segurança - à contra-
gosto - quase sempre acaba fazendo aquilo que o dignitário deseja que seja feito. Embora
contrariando a boa técnica, em boa parte das vezes é a vontade do protegido que prepondera,
e os seguranças acabam se vendo às voltas com situações que bem se parecem com a
materialização de seus piores pesadelos. Para que se faça uma boa segurança, é necessário
dispor de dados relativos às características pessoais, personalidade e hábitos da autoridade a
ser protegida; mas sua vontade pessoal não deveria ser levada em consideração, sempre que
o seu atendimento implicasse em risco para o esquema de segurança e consequentemente
para a sua própria proteção como dignitário. Só para que se tenha uma idéia da extensão dos
problemas com os quais a segurança se defronta, em Outubro de 1999, um engarrafamento
em Londres fez com que o Primeiro-Ministro britânico, Tony Blair, saísse de seu veículo
blindado e tomasse o metrô, numa decisão que surpreendeu tanto aos passageiros do trem
quanto aos seus próprios guarda-costas!

Se pode listar uma extensa relação de autoridades assassinadas, feridas ou seqüestradas,


mas, na verdade, é impossível apresentar estatísticas de ações desencorajadas pela existência
de bons "esquemas de segurança". A própria atividade de segurança pessoal de autoridades,
por excelência, só vem a merecer comentários quando se vê sobrepujada pela ação dos
criminosos, loucos ou terroristas. Embora tais procedimentos costumem ser bastante
negligenciados na América Latina - cuja adjetivação de pacífica e tranqüila vem sendo à cada
dia mais desmentida pelas estatísticas - torna-se de grande importância que Prefeitos,
Secretários, Parlamentares, Promotores de Justiça, Procuradores, Magistrados, Governadores
e Ministros possam, a exemplo dos Presidentes da República, contar com um grupamento
estruturado de agentes para proporcionar-lhes a necessária proteção em face de todo um
conjunto de riscos cujo levantamento prévio é procedimento pré-operacional de caráter
obrigatório em toda boa segurança de dignitários.
Os seguranças de verdade são profissionais pagos para acreditar que a qualquer momento
poderão ser exigidos a ganhar o seu dinheiro da forma mais dura e arriscada possível. São
sabedores de que em todo planejamento de segurança existe uma possibilidade de falha
impossível de ser eliminada, e tal constatação apenas justifica todo um redobrar de cuidados, o
qual nem sempre é compreendido, tanto pelos protegidos e pelo público em geral. O Líder
Palestino Yasser Arafat, durante seus dias de clandestinidade como inimigo de Israel, dormia
cada noite em uma das 20 casas diferentes da OLP em Túnis. Só esmero de procedimento da
sua segurança, auxiliado, ao que se disse à época, pelo uso de dublês, salvou-o de morrer
num ousado e bem planejado ataque aéreo israelense.

Em se tratando de segurança pessoal não existem "receitas de bolo" e todos os planejamentos


devem ser particularizados, especialmente dimensionados para fazer frente aos perigos a que
um referido dignitário possa estar sujeito. Assim sendo, uma determinada autoridade pode
estar convenientemente protegida em sua casa térrea e sem muros, escoltada por dois agentes
desarmados (ou "apenas" portando pistolas ou revólveres), enquanto que, num outro extremo,
a autoridade, potencial "alvo", pode ser considerado extremamente vulnerável, ainda que
cercado por uma verdadeira parede humana, armada com fuzis e metralhadoras portáteis.

Numa abordagem de senso comum, quando se pensa em "Segurança de Autoridades"


normalmente vem à mente dispendiosos "esquemas" de escoltas com agentes corpulentos,
policiamento ostensivo, numerosos veículos, batedores, helicópteros, mas nem sempre estes
são os fatores chave numa segurança de pessoas importantes... Por maior que seja o desejo
de manter o protegido à salvo, não se pode simplesmente "esconder" o político ou a
autoridade, ainda que sob a alegação de garantí-lo. Por outro lado, a ostentação dos
numerosos recursos de proteção, por sí só, não garante a incolumidade de quem quer que
seja, da mesma forma que a simples "seleção" de militares, policiais, ex-militares, lutadores ou
de quaisquer outros "elementos de confiança", ainda que "fortemente armados", não se
constitui num dissuasor eficaz em se tratando de adversários inteligentes, capazes de planejar,
treinados e determinados. A proteção permanente de personalidades sob ameaça é uma
missão delicada, que vem a exigir qualificação dos efetivos empregados, meios e
equipamentos adequados para fazer frente a cada risco específico, de forma que se possa
garantir a integridade dos segurados com um mínimo de contrariedades ou alterações no
cumprimento de suas agendas de trabalho.

A execução de uma boa segurança, seja ela em que ambiente o for, deve ser precedida de um
elaborado planejamento, no curso do qual se avaliará todas as informações disponíveis sobre
riscos (possibilidades de perigos, atentados, acidentes e contrariedades em geral), inimigos e
adversários da autoridade, identificação (se possível com fotografias) de grupos ou de pessoas,
avaliação de recursos à disposição dos adversários que possam ser empregados em ações de
atentado, histórico de ações anteriores perpetradas pelos referidos grupos ou indivíduos, seus
"modus operandi", denúncias anônimas, informações da procedência mais diversa,
informações sigilosas etc. É objetivo da segurança antecipar-se às ações de atentado,
determinando os prováveis inimigos, seus meios de ação, apontando as deficiências de
procedimentos, vulnerabilidades dos locais onde a autoridade habita e por onde normalmente
circula ou trabalha, de forma a poder estabelecer os cursos de ação adequados à equipe de
segurança. Todos aqueles que tem alguma responsabilidade no âmbito da segurança tem que
estar cientes daquilo que deles se espera: do simples porteiro ou vigilante, do motorista dos
carros do comboio aos agentes de segurança do círculo aproximado.

Todo encarregado de segurança pessoal deverá lembrar-se da velha máxima: "Onde quer que
você tenha de atuar, que a sua mente já tenha estado lá antes!...". Todos os cenários de
atuação previsíveis devem ser objeto de estudo e os membros da segurança deverão estar
conscientes de seus papéis em face das contingências previstas. Como chegar e sair com a
autoridade na sua residência? Como proceder para garanti-la e aos seus enquanto na
residência? Como chegar e sair com o mesmo de seu local de trabalho? Como protegê-lo
enquanto no local de trabalho? Quais cuidados devem ser adotados nos deslocamentos?
Quais as melhores rotas de acesso e fuga? Quais os hospitais, postos policiais ou
aquartelamentos militares que possam proporcionar auxílio numa emergência? Poder-se-á
contar com cobertura aérea? Como proceder no clube, restaurante ou casa de praia ou ainda
num evento público de grandes proporções?...
A segurança será disposta em círculos, os quais tem como centro a figura da autoridade
protegida. Todas as ações de uma equipe de segurança são prévias e as vezes até
exaustivamente ensaiadas, de forma que cada integrante da equipe de segurança conheça o
seu papel no dispositivo de proteção e o cumpra de maneira rápida e eficaz. Não devemos
esquecer que, onde quer que o segurado possa ser esperado, lá o perigo poderá estar à
espreita; e os agentes de segurança tem por obrigação - extremamente difícil por sinal - não se
deixarem apanhar de surpresa. Se planeja para evitar a materialização do perigo, e se treina
para conseguir uma reação sempre mais rápida, no caso de advirem situações críticas reais.

Ao contrário de um cidadão comum, o bom profissional de segurança não pode confundir a boa
sorte com as boas táticas. Em se tratando da proteção de dignitários, o fato de nenhuma
adversidade ter ocorrido deverá estar associado ao bom planejamento da segurança, à sua
execução disciplinada e escrupulosa, ao emprego de armamento, equipamentos e recursos
adequados, à excelência do treinamento dos agentes e não apenas ao fato de que atentados
não são coisas que acontecem todo o dia!

Embora todo profissional de verdade devesse saber de antemão todas as implicações do seu
trabalho, nunca é demais lembrar que agentes de segurança devem estar literalmente
“preparados para tudo”. Fidel Castro teria escapado à ingestão de sorvete envenenado e hoje
até seus charutos, talheres e guardanapos são inspecionados cotidianamente pela segurança...
Nos idos dos anos 60, a Extrema-Direita francesa, após sucessivas e espetaculares tentativas
frustradas, pretendeu eliminar o Presidente De Gaulle envenenando as hóstias da igreja onde o
chefe de estado costumava comungar... Não faz muito tempo, na ex-União Soviética, um alto-
executivo foi vitimado por uma elevada dose de exposição à radiação, resultante da colocação
de uma pequena quantidade de material contaminado no punho do telefone de seu escritório.
Em Junho de 2000, cartas contendo uma substância radioativa (tório em pó) foi enviada para o
Primeiro-Ministro japonês, Yoshiro Mori e a diversas outras personalidades públicas locais.
Para nós, brasileiros, tais ações podem beirar à ficção “Jamesbondiana” mas não esqueçamos
que, embora a proteção de dignitários procure melhorar com o passar dos anos, o problema é
que normalmente aprendemos com nossos próprios erros: existe uma forte tendência natural
(inclusive de parte das próprias autoridades protegidas) de se menosprezar aquilo que não se
vê, que “só muito raramente acontece” ou que “só ocorre em outros países”, e são justamente
estas falhas as maiores responsáveis pelos êxitos dos criminosos quando do cometimento de
atentados. O lado preocupante da “Globalização” para a segurança de uma forma geral é que,
aquilo que hoje acontece com alguém no exterior, poderá ser repetido amanhã, contra quem
quer que estejamos protegendo no continente. Isso sem falar da integração entre os grupos
terroristas ou revolucionários, bastante bem representado pela prisão recente, na Colômbia,
de militantes procurados do Exército Republicano Irlandês. Na segurança, prioritariamente,
procuramos aprender com os erros dos outros! A conscientização de que se trava uma batalha
constante contra um inimigo que vai tentar surpreender sempre deve ser uma tônica; não só
para os encarregados da segurança, como também para aqueles a quem se destinam os
dispendiosos esquemas de proteção.

Estarão realmente bem protegidas as nossas autoridades?

Hoje, telefones são clandestinamente grampeados, conversas são gravadas sem a


concordância dos interlocutores, gabinetes são arrombados e documentos importantes
subtraídos ou copiados, sem que, em boa parte das vezes, os encarregados da segurança
sequer houvessem aventado a hipótese de tal fato acontecer... A experiência pessoal do autor
demonstra que ainda não são poucos os “profissionais” que erradamente imaginam que o seu
trabalho de segurança envolve apenas a escolta e em casos extremos, a “farta distribuição” de
sopapos e de tiros.

Nos dias de hoje, assaltos se processam impunemente no interior de prédios públicos,


invasões, depredações, alarmes de bomba, explosões... e quem nos garante que incidentes
razoavelmente recentes e de repercussão internacional como o do atirador no shopping-center
paulista ou ainda de uma tomada de reféns como a do "Ônibus 174" no Rio de Janeiro, não
poderiam reproduzir-se no interior de um edifício público, de forma a vitimar alguma autoridade
política?
É inegável que o crime político vem crescendo em toda a América Latina. Nos últimos anos, o
histórico de vereadores, prefeitos, deputados e até magistrados assassinados parece falar por
si. Na Colômbia deparamo-nos com o sistemático seqüestro de políticos dos mais diversos
níveis. O fato de que uma boa parte dessas ocorrências possam estar ligadas às disputas de
poder (entre facções políticas) ou mesmo ao tráfico de drogas, indica a necessidade de reforçar
a segurança dos dignitários.

O "Crime Organizado" dispõe do dinheiro suficiente para assassinar quem quer que a eles se
oponha. Exemplares de artefatos explosivos, granadas, fuzis com miras telescópicas ou de
raios infravermelhos e até lançadores de foguetes anti-tanque hoje estão disponíveis para
bandidos comuns e bem podem ser usados para propósitos terroristas. O know-how disponível
para o planejamento dessas ações (principalmente no que se refira à eliminação física) não
deve ser menosprezado, ainda mais quando é sabido que a criminalidade pode contar com a
consultoria especializada de maus policiais e maus militares, os quais, conhecendo
intimamente as técnicas e táticas dos grupamentos de segurança, podem constituir-se em
oponentes formidáveis.

Os Atentados

Muito antes de Maquiavel escrever seus tratados sobre a arte do exercício de poder já se sabia
que, para alcançar seus objetivos, alguns homens não hesitariam em lançar mãos de métodos
violentos e até desumanos. Em se tratando de proteger autoridade nos dias de hoje, com toda
a tecnologia posta à disposição dos criminosos e terroristas, deparamo-nos com uma tarefa
extremamente difícil, profissional, que requer estudo e treino para que possa ser levada a efeito
com um mínimo de possibilidade de dar certo.

Tudo pode ser motivo para um atentado: a necessidade de modificar a situação político-social
através do uso do terrorismo e violência; o fato de que a eliminação física de uma autoridade
pode propiciar mudanças no regime político e instauração de uma nova ordem; a motivação de
que a vítima é responsável por eventual crise econômica ou pelas dificuldades financeiras
enfrentadas pelos agressores; a busca vantagem financeira; o desequilíbrio mental dos seus
autores ou ainda motivações de antagonismo, o ódio, a vingança, o ciúme etc.

Um “Planejamento de Segurança de Dignitários” é especialmente pensado e existe para fazer


frente a um conjunto de ameaças previsíveis pela segurança. É dimensionado em função direta
das pessoas e grupos antagônicos, bem como dos recursos (talentos técnicos, militantes e
simpatizantes, meios bélicos, disponibilidade financeira etc) dos quais tais eventuais
agressores podem lançar mão no intento de desmoralizar, sequestrar, ferir ou matar aquela
autoridade que é objeto da proteção. No geral, uma segurança pessoal será condicionada pela
necessidade de sobrepujar seus opositores potencialmente mais poderosos; e se qualificando
obstinadamente para fazer frente ao mais perigoso, a tendência (embora não a regra) é que
consiga prevenir, dissuadir e atuar com sucesso, em face de ocorrências adversas de menor
gravidade, risco e sofisticação.

“SE CONHECEMOS O INIMIGO E A NÓS MESMOS, NÃO PRECISAREMOS TEMER O


RESULTADO DE UMA CENTENA DE COMBATES” Sun Tzu

Quem pode pretender atentar contra a autoridade?

Antigos desafetos agindo pessoalmente

Um ex-correligionário ou ex-amigo pode tentar aproximar-se do segurado a fim de agredí-lo


verbal ou fisicamente, valendo das mãos nuas, de armas brancas, armas de fogo ou qualquer
recurso que a sua qualificação pessoal ou profissional permita empenhar contra nosso
protegido. Em tal situação, que uma equipe de segurança bem estruturada poderá enfrentar
com sucesso, a segurança deverá ter conhecimento prévio da existência do referido desafeto,
identificar-lhe as feições, e salvo em casos especialíssimos (como se por exemplo o
antagonista for um exímio atirador ou um especialista em explosivos), apenas lhe caberá
impedir que o referido cidadão possa te acesso ao dignitário. Em Dezembro de 1993, o então
Presidente da Alemanha Ocidental Richard Von Weizsaecker, ao caminhar para a entrada de
um teatro em Hamburgo, foi atingido por um violento soco desferido por um senhorde cerca de
50 anos. O homem, de aparência insuspeita, saiu repentinamente do meio de uma pequena
multidão que aguardava a chegada do presidente. Trata-se de um enorme “cochilo” da
segurança, pois o referido elemento, mesmo antes da agressão, já estava na área do evento
distribuindo panfletos que acusavam o dignitário de ser simpatizante nazista! Durante o desfile
em carro aberto na posse do Presidente Lula em Brasília (Janeiro de 2003), a segurança
presidencial vivenciou momentos difíceis quando um professor lançou-se sobre o carro do
dignitário abraçando-o de forma acalorada. A imagem marcante foi mostrada por todos os
órgãos de mídia e dá arrepios imaginar o que teria ocorrido se, aquele homem anônimo e
decidido, que tão rápida e inesperadamente saiu do meio da multidão e pulou no pescoço do
presidente, acreditasse que tinha um encontro com o destino e pretendesse matar Luiz Inácio
Lula da Silva.

Criminosos comuns

Embora se possa estranhar a inclusão desse grupo adverso, vale lembrar que diversas
autoridades, notadamente em horários de folga ou em seus deslocamentos, já foram alvo de
roubos ou furtos e que tais ocorrências - que bem poderiam ser dissuadidas pela efetiva
presença ostensiva dos agentes de segurança - acabam por desmoralizar, tanto a autoridade,
quanto aqueles que se dedicavam a protegê-la. Também são notórias algumas ocorrências no
Brasil, nas quais, motoristas e agentes de segurança relaxados em face dos riscos cotidianos,
esperando por seus protegidos no interior de seus veículos, foram surpreendidos por
criminosos comuns que sequer sabiam quem estavam abordando, chegando mesmo a perder
suas armas de forma extremamente humilhante.

Matadores profissionais, “pistoleiros” ou “assassinos de aluguel”

Profissionais do extermínio, normalmente agem de forma seletiva, focando apenas seus alvos
especificamente. Estudam pormenorizadamente seus alvos, anotam seus hábitos e rotinas, a
segurança que os cerca, planejam suas ações de forma poderem efetuar o atentado com êxito
sem se exporem à possibilidade de captura. Variando em direta relação com a importância de
seus alvos (e também da segurança que os protege) podem empregar meios tecnologicamente
caros e sofisticados como armas longas com lunetas, miras infra-vermelhas, lançadores de
foguetes, venenos, substâncias radioativas, artefatos explosivos disfarçados etc.

Um assassino com arma longa até pode não se parecer


com o personagem do “Dia do Chacal” mas pode ser igualmente temível

Crime Organizado

Tratam-se de organizações criminosas e como tal dispõe de recursos financeiros de grande


monta, permitindo custear atentados que podem ser elaborados e dispendiosos. Os “modus-
operandi” variam desde as ações perpetradas por numerosos grupos armados (no estilo
“Bonde”, como são chamados os comboios do tráfico carioca), às ações com atiradores de
longo alcance da Máfia e as bombas dos cartéis colombianos. Vale lembrar a ação contra o
Juiz Giovanne Falcone na Sicília, Itália em 1992, quando a Máfia identificou diversas rotas
empregadas nos deslocamentos do magistrado, minou (com cerca de uma tonelada de
explosivos) uma extensão de 50m de estrada, e detonou a carga com extrema precisão
cronométrica, no momento que o comboio da autoridade passava pelo local a 100Km/h.
Ressalte-se que, por extremo zêlo da segurança, os deslocamentos do Juiz eram cercados de
grande sigilo e somente um número muito restrito de pessoas sabia exatamente quando e por
quais meios a autoridade iria viajar. A explosão foi tão violenta que vitimou o juiz, sua esposa e
os seguranças os quais empregavam normalmente veículos blindados. No Brasil, em
Novembro de 1996 e Agosto de 1997 foi noticiado pela imprensa a descoberta de cartas e
outros indícios de que a criminalidade organizada (no caso, sequestradores e traficantes de
tóxicos do Rio de Janeiro) planejaria atentar contra deputados, juízes e procuradores de justiça.
Em 2002, as escutas telefônicas da polícia num presídio de segurança máxima apontavam que
o narcotraficante brasileiro Fernando Beira-Mar estaria negociando a compra de um míssil anti-
aéreo Stinger!...

Embora a obtenção de um míssil STINGER seja considerada improvável, vários


lançadores de foguetes anti-tanque M-72
em condições de uso já foram capturados junto aos traficantes de drogas no Rio de
Janeiro

Loucos ou psicopatas

Embora as ações desses grupos variem desde a simples agressão física de mãos nuas às
facadas e tiros à queima roupa, o principal risco repousa na absoluta imprevisibilidade de suas
ações. Não se pode estimar quem poderá atentar, onde agirá, quando e por quais meios,
gerando uma indefinição extremamente perigosa para a segurança. Embora alguns
desequilibrados mentais possam ser facilmente identificáveis (e por conseguinte previsíveis,
como o inofensivo “Beijoqueiro”, que se notabilizou por oscular personalidades como o cantor
Frank Sinatra, o Papa João Paulo II e inúmeras outras celebridades) outros, dos quais ninguém
desconfiaria, “a priori”, já provaram ser capazes de disparar contra presidentes ou
celebridades. Recentemente um jovem de 25 anos, politicamente radical e visivelmente
desequilibrado, sem muito planejamento disparou com seu rifle calibre .22” contra o Presidente
da França, Jacques Chirac, desfilando em carro aberto no feriado nacional do 14 de Julho; não
acertou e foi dominado por populares antes mesmo da chegada do policiamento ostensivo
disposto no local. Extremamente famoso, o caso do professoar americano Theodore Kaczynski,
mais conhecido como “Unabomber”. Um desequilibrado mental que vivia isolado numa casa
nas montanhas, que enviou bombas para dezenas de vítimas, até ser capturado pelo F.B.I. em
1996. No Brasil ficaram famosos casos como o do motorista João Antônio Gomes, o qual,
bêbado, em Maio de 1989, furtou um ônibus na Rodoviária de Brasília e adentrou com mesmo
no Palácio e em Agosto do mesmo ano, um vendedor desempregado que quase atingiu o
Presidente Sarney com tinta. Na ocasião, se dizia que a substância vermelha seria sangue do
próprio autor do atentado, contaminhado com o vírus HIV. Em Junho de 1993, em Brasília, a
decisão do presidente Itamar Franco de manter os seus seguranças afastados, provocou um
grande constrangimento, quando, ao assistir uma missa na Catedal de Brasília um homem
aparentando distúrbios mentais, beijou a mão do presidente atônito. Em Março de 2000, um
homem armado com uma faca e uma suposta bomba, que se fazia passar por membro da
segurança, foi preso em Sydney, quando de uma visita da Rainha Elizabeth II da Grã-Bretanha.
A soberana britânica já teve outras experiências desagradáveis com desequilibrados mentais:
em 1982, Michael Fagan, um jovem desempregado burlou toda a segurança e adentrou à noite
nos aposentos reais. Sentado na cama da rainha, conversou respeitosamente com ela por mais
de dez minutos, até que a ela conseguisse chamar seus guardas.

Partidos,agremiações ou grupos políticos de oposição

Na América Latina vem sendo extremamente comum o recurso do assassinato político de


juízes, prefeitos, veradores, deputados e até senadores. Para prevenir tais ações é
extremamente importante avaliar as implicações da vida política do segurado, buscando a
identificação e conhecimento da personalidade de seus adversários, bem como de seu
histórico de conduta e amizades. Por mais que tal prática venha a encontrar opositores no
âmbito da nossa romântica sociedade civil, se deve investigar a ação de pessoas ou grupos de
tendência política contrária, que possam intentar contra a autoridade protegida. As informações
oriundas dos levantamentos de inteligência são o alicerce do planejamento de uma segurança
de dignitários. É extremamente difícil proteger contra complôs, os quais normalmente contam
com a colaboração de pessoas próximas ao protegido. No caso do Presidente egípcio Anwar
Sadat, assassinado por tropas durante um desfile militar em 1981, sabia-se da insatisfação
político-religiosa no seio das forças armadas e medidas foram tomadas para detenção de
suspeitos de conspiração. A segurança, desconfiada, teria buscado assegurar-se que as tropas
desfilassem com armas descarregadas, porém foi burlada pelos militares revoltosos. Eles
simularam uma pane num dos veículos militares que desfilavam, de forma a posicionarem-se
próximos ao palanque presidencial e quando a atenção todos se voltava para o sobrevôo das
aeronaves, abriram fogo, contra o palanque e as autoridades presentes. A Primeira-Ministra da
Índia, Indira Gandhi foi assassinada em 1984 por membros de sua própria guarda pessoal,
pertencentes à etnia Sikh. Um dos assassinos, o inspetor Beni Singh, integrava em sua
segurança pessoal há dez anos e era seu guarda-costas de maior confiança. O crime fora
motivado como represália à invasão, por ordem da Primeira-Ministra, do Templo Dourado dos
sikhs em Amristar, quando morreram oitocentos sikhs, seu líder máximo, Singh Bhindranwale e
cem soldados. Em 1994, o Presidente argelino Mohamed Boudiaf foi assassinado à tiros num
atentado que deixou outros 41 feridos. Herói da independência da Argélia, discursava numa
sala de um centro cultural que estava sendo inaugurado quando uma pequena bomba explodiu
junto à sua tribuna.Tratava-se de um diversionismo, e naquele mesmo instante, um elemento
com uniforme das forças de segurança posicionado à sua retaguarda, disparou repetidas
vezes, à queima roupa, contra o presidente, matando-o no local. Em 1995, logo após promulgar
a primeira constituição independente da ex-república soviética da Geórgia, o Presidente Eduard
Schevardnadze quase morreu ao ser ter seu veículo colhido na explosão de um carro bomba
estacionado há poucos metros do portão de acesso do parlamento. Em Fevereiro de 1998 uma
força de dezoito homens, armada com metralhadoras e lançadores de foguetes anti-tanque,
emboscou o comboio presidencial quando Schevardnadze se dirigia para casa ao anoitecer,
pela única estrada na qual sempre trafegavam. Os agressores se posicionaram ao longo da
estrada, numa elevação e estavam tão certos de seu êxito que se deram ao requinte de filmar
toda a ação. A segurança aproximada não conseguiu reagir. Todos os veículos do comboio
foram atingidos por disparos das armas automáticas e dos foguetes, sendo que apenas o
esmero da blindagem da limousine presidencial assegurou que o presidente se mantivesse
vivo, mesmo com sérios ferimentos.

Lançadores de foguete como o RPG-7 foram empregados no atentado contra o


Presidente Schevardnadze

Organizações Terroristas
No âmbito dos grupos realizadores de atentados, as organizações terroristas são adversários
prioritários das equipes encarregadas da proteção de altas autoridades. Normalmente tais
organizações são objeto da vigilância constante dos órgãos de inteligência nacionais, os quais
procuram munir os setores de segurança dos respectivos dignitários, de todos os indícios e
informações disponíveis sobre possíveis ações adversas. Dispondo de recursos técnicos e de
integrantes treinados e extremamente motivados as organizações terroristas são uma ameaça
que vem requerer da segurança planejamentos elaborados e esquemas dispendiosíssimos
para proporcionar mínimas garantias aos segurados. Em 1986, o ex-Coronel Oliver North, pivô
do escândalo Irã-Contras (esquema de venda secreta de armas para o Irã), ao ser questionado
por uma comissão do senado americano sobre a razão de possuir em sua casa um sistema de
segurança eletrônico orçado em US$60.000,00 (sessenta mil dólares), respondeu: “É para me
prevenir contra um ataque do terrorista Osama Bin Laden”. Naquela época alguém até poderia
pensar que o militar houvesse acabado de inventar aquele nome...

Vencer um oponente determinado a sacrificar a própria vida num atentado é uma tarefa
difícil

Ressalte-se que, em boa parte dos casos, terroristas não demonstram a mínima hesitação em
sacrificar a própria vida em prol da “causa”, se constituindo assim em adversários bastante
temíveis. O “modus operandi” de suas ações compreende o emprego de pistoleiros disparando
à queima-roupa (comum no ETA), atiradores com armas longas, emprego de lançadores de
foguetes anti-tanque (como no ataque do Bader Meinhof ao Comandante das Forças
Americanas na Alemanha ou na morte do Ditador nicaragüense, Anastasio Somoza no
Paraguai em 1980), morteiros improvisados (como os que o IRA não conseguiu usar contra a
residência da Rainha em 1994 e que aparentemente foram empregados contra a posse do
presidente Uribe da Colômbia em Agosto de 2002), bombas, minas, carros e caminhões-
bomba, mísseis anti-aéreos disparados do ombro (que quase derrubaram o avião que
transportava o presidente do Afeganistão em Maio de 1992) e elementos suicidas conduzindo
explosivos em seu próprio corpo (como o empregado pela guerrilha do Tigres da Libertação
Tamil no assassinato do presidente do Siri-Lanka em 1993).
Morteiros e lançadores de foguetes improvisados, empregados em atentados na Grã-
Bretanha, Colômbia e Iraque.

O ataque com gás venenoso, perpetrado por uma seita religiosa extremista no Japão em 1995,
bem como o envio de antraz pelo correio para diversos congressistas e personalidades
americanas, em 2001, serve de alerta para equipes de segurança, que - em consonância com
o grau de risco de seus protegidos - devem também precaver-se contra ocorrências de
atentados químicos e biológicos.

Aspergidores de venenos, gases tóxicos ou vírus podem ser muito bem camuflados

Organizações não-Governamentais
Tratam-se de entidades legalmente estabelecidas, que contam com uma grande
disponibilidade de recursos financeiros, bem como uma grande militância transnacional. O fato
de que, normalmente, não se envolveriam em ocorrências ilegais ou violentas, não as exime de
intentar ações de desmoralização contra dignitários que contrariem seus princípios. Ressalte-
se que grupos de proposta inicialmente pacífica como a “Animal Liberation Front”, do Reino
Unido, também podem descambar para o radicalismo e iniciar campanhas ativas de terrorismo,
como, no caso em questão, através do envio de bombas postais.

Embora tenha efeito altamente destrutivo, as bombas postais podem ser facilmente
evitadas

Serviços Secretos ou agências de inteligência agindo a mando de um governo ou não


(CIA, MI-6, KGB, SNI, etc.):

Certamente todo mundo já deve ter ouvido histórias sobre complôs de órgãos de inteligência
para desmoralizar, destituir ou eliminar este ou aquele dignitário. Não faltam histórias nesse
sentido e muitas delas tem realmente um fundo de verdade, embora as ações de órgãos de
inteligência costumem ser cercadas de uma aura de sigilo. O falecido rei Hussein da Jordânia
quando, em suas memórias, citou nada menos que treze atentados contra sua vida, a maioria
deles tramada pelo serviço secreto egípicio do então presidente Nasser. Primeiro foi uma
emboscada onde se disparou contra o carro real idêntico ao de Hussein, mas o rei não estava
nele e o ministro que o ocupava escapou com escoriações. A seguir, alguém dentre os
empregados da casa real pôs nas gotas nasais que o rei usava contra sinusite. A trama foi
descoberta e o frasco foi esvaziado. “As gotas saíram sibilando como se fossem vivas”, recorda
o rei. Tempos depois a presença de diversos gatos mortos nos terrenos do palácio revelaram
que um cozinheiro estava experimentando venenos destinados à comida do rei. Em outra
ocasião, só a perícia de Hussein como piloto salvou-o quando, em novembro de 1958, dois
MIG-17 soviéticos com as marcas da República Árabe Unida (efêmera união política da Síria
com o Egito) atacaram seu avião sobre a Síria quando ele se dirigia para a Europa. Hussein
desceu até o nível do solo e, enquanto os dois caças o acometiam em mergulho repetidas
vezes, tentando colocá-lo nas respectivas linhas de mira, ele voou rente ao chão efetuando
repetidamente manobras evasivas até encontrar refúgio em sua fronteira. O Presidente de
Cuba, Fidel Castro sobreviveu a pelo menos duas tentativas de agências de inteligência
americanas para eliminá-lo com venenos. Em Maio de 1981, o Papa João Paulo II foi baleado à
curta distância pelo terrorista turco Mehemet Ali Agca (procurado em seu país de origem), ao
desfilar em carro aberto no Vaticano. A ação foi orquestrada pelo serviço secreto da Bulgária,
como uma represália ao apoio papal aos movimento de autonomia anti-soviética na Polônia.
Em Burma, em 1983, o presidente da Coréia do Sul apenas escapou da devido a um atraso em
sua escolta motorizada. Comandos da Coréia do Norte explodiram um mausoléu onde se
encontravam as autoridades de Burma e da Coréia do Sul, deixando um total de 21 (vinte e
um) dignitários mortos e 48 (quarenta e oito) feridos.
Bombas podem ser plantadas praticamente em qualquer lugar

Como exemplo da sofisticação dos meios à disposição dessas agências governamentais, vale
recordar a morte do líder separatista da ex-república soviética da Chechênia, Djokar Dudayev,
em 1996. O líder revolucionário foi alcançado por um míssil anti-radiação, especialmente
modificado para guiar-se pelas emissões do seu telefone celular conectado à satélite. Israel,
em sua luta contra os grupos extremistas islâmicos vem desenvolvendo técnicas de eliminação
física seletiva dos altos escalões de grupos como o Hammas e o Hizbollah, adversários,
empregando uma rede de vigilância com "olheiros", agentes infiltrados munidos de discretos
designadores de alvo e mísseis lançados por helicópteros, com poderosas ogivas de alto
explosivo, que se guiam pelas emissões de laser projetados em pequenas superfícies como
janelas e a lataria de veículos.

A tarefa dos seguranças pessoais não se constitui em algo fácil: estar permanentemente a
postos para um combate que não tem dia e nem hora para acontecer vem a exigir profissionais
técnicos, atentos e disciplinados, que jamais subestimem a capacidade de seus adversários.
Os agressores sempre tem a vantagem da escolha do local do atentado e o perfeito
reconhecimento desse local; tem todo tempo para o planejamento da ação, cabendo a eles a
iniciativa de onde e quando atacar o dignitário. Hoje dá para se aquilatar o grande desafio dos
chefes e agentes de seguranças argentinos, encarregados de proteger autoridades cada vez
mais desacreditadas e odiadas pela população...

O treinamento dos agentes de segurança deve merecer muita atenção e ainda que
sabidamente dispendioso, deverá ser constante na medida que se espera dos homens uma
atuação de fato! Planos e procedimentos para fazer frente à cada situação de perigo devem ser
estabelecidos, instruídos aos seguranças e seguidos à risca, sobretudo no que tange à
segurança física de instalações como os tribunais, as casas legislativas, gabinetes e
residências dos protegidos. Os esquemas de segurança devem ser cercados de sigilo. Os
verdadeiros profissionais da segurança não devem demostrar propensão por dar entrevistas ou
ver sua foto exibida nos jornais e revistas. Da mesma forma, a autoridade deve escusar-se de
falar sobre o seu próprio esquema de proteção. O trabalho de criminosos ou terroristas, quando
do planejamento de um atentado, não deve ser facilitado pela exposição, na mídia, de detalhes
sobre a segurança que cerca a personalidade pública.

A verdadeira segurança não se improvisa! Prevenção é a chave do trabalho a ser desenvolvido


e a segurança deve antecipar-se aos problemas. A segurança de dignitários existe para evitar
problemas, contrariedades e atentados; e só travará combate se tal contingência for inevitável.
Na medida do possível tudo deve ser previsto... Num trabalho de segurança verdadeiramente
profissional, a improvisação é exceção, nunca a regra. As autoridades devem se conscientizar
da necessidade de cooperarem com os responsáveis pela sua proteção, confiar e valorizar seu
trabalho, modificando seus hábitos e rotinas em função do aconselhamento de sua segurança.

Atentados se sucedem à cada dia e vale perguntar se todos os encarregados de segurança de


dignitários já refletiram acerca dos riscos que envolvem seu trabalho? Será que as instalações
que eles também guarnecem tem bons “Planejamentos de Segurança” que lhes norteie a
atuação?.... Em muitas seguranças de dignitários, às vezes percebe-se que sobra boa vontade,
mas - por mais que isso venha a contrariar alguns “Egos” - ainda falta (e muito)
profissionalismo. Quando presenciamos exemplos de nossos seguranças carregando
embrulhos, comendo, bebendo ou se divertindo com seus protegidos, deixando seus postos
para comprar cigarros ou “dando uma fugidinha no banco” a fim de pagar a conta do “Chefe”,
esmerando-se em proteger os dignitários em “arriscados coquetéis”, faculta imaginar se não
estariam mais engajados na manutenção de seus cargos e gratificações do que sinceramente
empenhados em de fato garantir os dignitários a quem, na realidade, fingem proteger.

Lembremo-nos, de uma vez por todas, que segurança de dignitários é coisa séria e não se
constitui em tarefa para profissionais improvisados! Quem quer que planeje a execução de um
atentado pode até tentar numa segunda chance... Nós, que protegemos, ao menos
teoricamente, não podemos errar uma única vez!

© by Vinícius D. Cavalcante, 2004.

VINICIUS DOMINGUES CAVALCANTE, CPP, o autor, é profissional de segurança


certificado pela American Society for Industrial Security e integra a Diretoria de
Segurança da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Graduando em Gestão da
Segurança pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, detém diversos
cursos na área de planejamento de segurança e segurança pessoal de executivos e
autoridades. Foi instrutor convidado no Estágio de Técnicas de Abordagem da
PMERJ. Colaborador atuante em publicações especializadas em segurança como as
revistas PROTEGER (Editora Magnum Ltda/ SP), SECURITY (Editora CIPA/SP) ,
SEGURANÇA PRIVADA (do Sindicato das Empresas de Segurança do Rio de
Janeiro), SESVESP (do Sindicato das Empresas de Segurança do Estado de São
Paulo), JORNAL DA SEGURANÇA (C-4 EDITORA/SP), SEGURIDAD LATINA
(INTERTEC PUBLISHING/U.S.A.) e GLOBAL ENFORCEMENT REVIEW, nos portais
“on-line” FIREPOWER (http://www.firepower.cjb.net), SEGURED.COM
(http://www.segured.com) FORO DE SEGURIDAD (www.forodeseguridad.com).
Possui artigos sobre segurança publicados no Jornal O GLOBO, bem como teve
trabalhos sobre inteligência e segurança exibido na “Home Page” da ASSEMBLÉIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Membro da Associação dos
Técnicos de Segurança Patrimonial do Brasil , da Associação dos Diplomados em
Gestão da Segurança, da International Association of Counterterrorist and Security
Professionals e do Instituto de Defesa Nacional (IDEN).

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