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INTRODUÇÃO

Será apresentado nesse trabalho o básico sobre o equipamento esmerilhadeira


de forma que entenda-se que por mais que possa parecer algo que não
proporcione acidentes graves, se houver o descuido pode haver.

Será abordado tópicos como alguns cuidados que devem ser levados em
consideração quando utilizar o equipamento, ou até melhor, antes de utilizá-lo.

Outro tópico abordado foram as características que cada componente da


esmerilhadeira possui de forma que para cada tipo de aplicação há um certo tipo
de componentes a serem levados em conta para o uso da mesma.

Objetiva-se com esse trabalho para que passa uma breve ciência do importante
conhecimento sobre como utilizar um equipamento seja ele qual for.

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MÁQUINAS E FERRAMENTAS - TURMA 5 ESMERILHADEIRA
TURMA 31SA – UNIDADE SBC
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DESCRITIVO DA MÁQUINA / FERRAMENTA
Esmerilhadeira
Definição
Pedra usada para polir metais, pedras preciosas ou semipreciosas e lentes
ópticas. É composto de vários minerais duros. O coríndon, o mineral mais
abundante no esmeril, é uma das mais duras entre todas as substâncias naturais.
O esmeril é primeiramente triturado em pequenos grãos ou em pó fino. Pode em
seguida ser montado em papel ou pano, com cola, ou ser misturado com cimento
para fazer uma pedra de amolar. Pode também ser usado diretamente em discos
de polimento. O esmeril pode ser substituído por abrasivos manufaturados, que
têm por base o óxido de alumínio e o carboneto de silício. Pedra de afiar,
desbastar ou polir, geralmente de forma circular, acionada por motor ou manivela.

Figura 1 – Rebolos de esmeril de diferentes tamanhos e formas


Fonte: INÊS E ESCULTURA, 2010

Histórico
A história do esmeril teve seu início devido ao polimento desde a pré-história, na
era da pedra polida ou neolítica, sendo assim uma das atividades mais
conhecidas pelo homem.
Antes era feito esse polimento manualmente, ou seja, utilizava-se uma pedra de
amolar para afiar ferramentas cortantes e equipamentos utilizados na época.

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Figura 2 – Pedra de amolar
Fonte: WIKIPÉDIA, 2010

Atualmente, o esmeril possui um mecanismo que tornou esse processo de


polimento, lixamento e corte automático devido ser composto de um pequeno
motor elétrico que aciona esses discos.

Figura 3 – Esmeril de bancada


Fonte: MECALUX, 2010

Características técnicas do equipamento


Utilizada em serviços de corte, desbaste e rebarbação em metais e soldas em
caldeirarias, serralherias, fundições, departamentos de manutenção industrial,
funilarias, metalúrgicas, etc.
Empregada, também no desbaste ou acabamento em concreto aparente. Elas
podem ser elétricas ou pneumáticas portáteis de alta rotação.
Essas esmerilhadeiras possuem discos fabricados com diferentes tipos de
abrasivos, tais como:

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- Óxido de Alumínio: indicado para aplicações em materiais ferrosos com alta
resistência à tração, tais como aço e suas ligas, ferro fundido nodular e maleável.

Figura 4 – Discos de óxido de alumínio


Fonte: DISFLEX, 2010

É o abrasivo de maior utilização, obtido pela redução da bauxita (minério de


alumínio) em forno elétrico. É resistente a fratura e ao desgaste, tendo
capacidade de penetração em qualquer tipo de material, devido ao seu formato
pontiagudo.

- Carbureto de Silício: indicado para aplicações em materiais de baixa resistência


à tração como ferro fundido cinzento, materiais não-ferrosos e não-metálicos.

Figura 5 – Discos de carbureto de silício


Fonte: DISFLEX, 2010

Obtido pela fusão do carvão coque e areia sílica em forno elétrico. Muito duro e
quebradiço com forma geométrica pontiaguda, proporcionando desbaste em
materiais como: materiais cerâmicos, borracha, plástico, algum tipo de madeira,
couro, etc.

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- Óxido de Zircônia: indicado para aplicações em materiais de alta resistência à
tração, apresentando capacidade de remoção superior aos grãos abrasivos
convencionais, proporcionando assim maior rendimento e durabilidade do disco.

Figura 6 – Discos de óxido de zircônia


Fonte: DISFLEX, 2010

São grãos manufaturados que, através de um processo patenteado, envolve a


fusão do grão de zircônia, alumina e outros agentes modificados. Sua aplicação é
requerida onde necessita de alto desempenho e produtividade.

Em um disco, os grãos abrasivos são mantidos unidos por ligas resinóides. Com o
emprego de novas tecnologias e surgimento de novos materiais e equipamentos
modernos, pode-se afirmar que a utilização de rebolos resinóides tornou-se
indispensável nas operações de retificação e afiação desses materiais tais como
metal duro.
São utilizados como abrasivos (elemento cortante) o Diamante ou CBN, materiais
de alta dureza, que produzem um corte com fino grau de acabamento e
resistência ao desgaste.
É preciso ter em conta que para o bom desempenho dessas ferramentas
devemos configurar sua descrição, ou seja: formato, diâmetro, largura da camada
diamantada, furo, granulometria (tamanho do grão), concentração, dureza da
camada diamantada, tipo de material a máquina a ser utilizada e o tipo de
operação.

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Figura 7 – Tabela de configuração das ligas resinóides
Fonte: ROYALL DIAMOND, 2010

Verifica-se na tabela acima que precisa ter o conhecimento de cada detalhe na


descrição do material a ser utilizado para a determinada função empregada ao
disco.
Para melhor explicar essa tabela, segue os tópicos conforme está a legenda
acima da tabela empregada por cada letra:

A - FORMATO DO REBOLO
Este é definido em função da complexidade da operação, sendo também de
importância fundamental na obtenção da máxima rigidez durante a operação de
corte.

B - DIÂMETRO EXTERNO DO REBOLO


Recomendamos sempre o maior diâmetro respeitando sempre o limite da
maquina, pois quanto maior o diâmetro, melhores são as condições térmicas do
grão abrasivo durante a operação, fazendo com que o mesmo tenha um

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desempenho melhor, melhorando assim o desempenho do rebolo como um todo,
tais como uma melhor manutenção de perfil, proporcionam uma maior remoção
(mm3/min), melhorando a vida útil do rebolo.

C - LARGURA DA CAMADA
Este está relacionado com a potencia da maquina e sua rigidez, ela é
basicamente definida em função da área de contato rebolo/peça, lembrando que
quanto maior a área de contato maior a geração de calor exigindo assim rebolos
com camadas abrasivas mais macias e sistemas de refrigeração mais eficientes.
Portanto, recomendamos sempre que possíveis camadas de pequenas larguras,
onde se exige menos do equipamento (máquinas) aumentando sua vida útil e
também custos menores dos rebolos.

D – ESPESSURA DA CAMADA
Este é um parâmetro de custo da ferramenta, quanto maior a espessura maior é a
economia na compra de rebolos.

E- DIÂMETRO DO FURO
Este é um parâmetro que se relaciona com a precisão de batimento radial,
quando da montagem do rebolo no flange, onde esses batimentos não devem ser
maior que 0,02 mm. Seu ajuste obedece as normas ISO H6, quanto menor esse
batimento melhora o acabamento da peça retificada, melhora a distribuição de
calor no rebolo e na peça, por conseqüência melhora o desempenho do rebolo.

F- TIPO DE ABRASIVO E GRANULOMETRIA


Na norma FEPA, a designação para o DIAMANTE é D e para o CBN é B. A
classificação granulométrica dos grãos superabrasivos obedece as normas
internacionais, FEPA (Federação Européia de Fabricantes de Produtos
Abrasivos), U.S. STANDARD – ASTM-11-70 (mesh), ISO R 565-1972 (m).
Segue a tabela abaixo com os determinados tipos de abrasivo e granulometria:

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CLASSIFICAÇÃO
INDICAÇÕES GERAIS
FEPA US MESH
1181 16/18
1182 16/20
Corte de asfalto, perfuração de petróleo
1001 18/20
851 20/25
852 20/30
711 25/30
601 30/35
602 30/40
Corte de mármores, granitos e afins
501 35/40
426 40/45
427 40/50
356 45/50
301 50/60
251 60/70
Operações de corte e desbaste
252 60/80
213 70/80
181 80/100
151 100/120 Faixa mais utilizada para retificação e afiação em geral
126 120/140
107 140/170
Retifica de precisão
91 170/200
76 200/300
64 230/270
Acabamento
54 270/325
46 325/400
35 500
30 600 Lapidação e semi-polimento
24 800
15 1200
7 3000
Polimento espelhado
3 8000
1 14000
Tabela 1 – Tipos de abrasivos e granulometria
Fonte: ROYALL DIAMOND, 2010

Quanto à escolha do tamanho do grão, optar sempre pelo maior para obter como
resultado o acabamento desejado. Garantindo assim vida útil mais longa para os

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rebolos, podendo trabalhar com maiores remoções, lembrando que grãos mais
finos produzirão acabamentos melhores.

G/H-TIPO DE LIGA E DUREZA


A combinação da Liga mais o tipo do Superabrasivo é determinante para o melhor
desempenho do rebolo no processo de retificação, sendo que a escolha de um
abrasivo de alta qualidade, com uma liga (estrutura) adequada, será capaz de
proporcionar um corte livre com baixa geração de calor.
Sendo assim, a Royall Diamond vem desenvolvendo algumas ligas para atender a
todos os tipos de aplicações com alta performance, proporcionando aos rebolos:
corte livre e mais rápidos, menor geração de calor e maior rendimento dos rebolos
(Maior Relação G).
ABRASIVO LIGA APLICAÇÃO DUREZA LIGA
531 Metal duro (Wídea) com até 30%
JNPRTU
351 de aço, cerâmica e afins
DTE 333
Metal duro e aço com mais de 30%
333 JNPRTU
de aço conhecido como liga mista
S
261 Retificação e corte de aços e suas ligas
CBN S a seco e com refrigeração. Aços com durezas JNPRTU
612 superiores a 54HRC
Tabela 2 – Aplicação das ligas
Fonte: ROYALL DIAMOND, 2010

Dependendo do tipo de aplicação, orienta-se a liga mais adequada para o uso.


Além das informações acima, ainda há outras características quanto ao tipo de
liga a ser utilizado, conforme demonstrado na tabela abaixo:

CORES E SUAS APLICAÇÕES


Verde Metal duro
Lilás Aços ligas
Laranja Metal duro e aço com mais de 30% de aço
Tabela 3 – aplicação das ligas quanto suas cores
Fonte: ROYALL DIAMOND, 2010

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Outra informação importante referente essas ligas, é saber quanto à dureza de
cada uma delas, assim como demonstrado na tabela abaixo:

DUREZA
JeL Macia
NeP Média
ReT Dura
U Muito dura
Tabela 4 – aplicação das ligas quanto sua dureza
Fonte: ROYAL DIAMOND, 2010

Com todas essas informações, a orientação quanto ao tipo de aplicação torna-se


mais eficaz e mais adequada para não haver complicações.
Por exemplo, quando usar uma liga mais macia?
- Rebolos com camadas mais largas
- Rebolos com granulações mais fina
- Operações sem refrigeração, a seco
- Retificações com grandes áreas de contato
- Rebolos com altas concentrações.

No caso de utilizar usar uma liga mais dura?


- Rebolos com perfis
- Rebolos com granulações mais grossas
- Rebolos com pequenos diâmetros
- Operações refrigeradas
- Rebolos com camadas mais estreitas

I - TIPO DE OPERAÇÃO
Seco ou com refrigeração, para um melhor desempenho do rebolo o ideal é usar
sempre refrigeração pontual e com alta pressão, sendo assim aumenta a vida útil
do rebolo, melhora o acabamento da peça, diminui a geração de micro trincas
melhorando a qualidade da peça usinada. Em operações a seco, usa-se a
identificação S na especificação do rebolo.

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J - MATERIAL DO CORPO
Este também esta relacionada com a potência da maquina, rigidez do sistema
como um todo e condições térmicas da operação. Para atender essa demanda
confeccionamos rebolos com os diferentes tipos de material como segue:
A = Alumínio
E = Aço
B = Baquelite.
X = Alumínio sintetizado

K – CONCENTRAÇÃO
Concentração em rebolos super abrasivos é a relação de quilates de Diamante ou
CBN (Borazon) por centímetro cúbico da camada (C= cts/cm3).
Basicamente é o que determina o valor da ferramenta (rebolo), porém apesar de
maior valor, recomendamos sempre trabalhar com concentrações altas onde se
tem a melhor relação custo beneficio:
- Maior vida do rebolo
- Menor tempo de troca
- Melhor acabamento
- Manutenção de perfil

DIAMANTE CBN
PORCENTAGEM RECOMENDAÇÃO
CONCENTRAÇÃO QUILATES / cm
3
CONCENTRAÇÃO DE ABRASIVO DE UTILIZAÇÃO
NA CAMADA
25 1,1 V60 6%
Máquinas com baixa potência,
38 1,65 V90 9% grandes áreas de contato,
granas mais finas.
50 2,2 V120 12%
75 3,3 V180 18% Médias áreas de contato,
granas médias,
100 4,4 V240 24% concentrações mais utilizadas.
Pequenas áreas de contato,
125 5,5 V300 30% manutenção de perfil,
máquinas com alta potência.
Tabela 5 – tabela de concentrações e recomendações de uso
Fonte: ROYALL DIAMOND, 2010

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VELOCIDADE DE CORTE
O fator limitante das velocidades de corte são os ligantes, o ideal é sempre
trabalhar com altas velocidades de corte obtendo assim o melhor desempenho
dos rebolos.
Recomendamos assim para liga resinóide as velocidades abaixo, lembrando
sempre da potência e da rigidez da maquina:
Velocidade para rebolos diamantados – operação a seco (15 a 20 m/s) e com
refrigeração (20 a 30 m/s).
Velocidade para rebolos CBN – operação a seco (20 a 30 m/s) e com
refrigeração (30 a 50 m/s).

O equilíbrio entre concentração, dureza da camada, refrigeração, tamanho do


grão, velocidade periférica do rebolo e avanço é que determina a eficiência no
processo de retificação.
Essas ligas resinóides possuem vantagens como:
a) Menor esforço e fadiga do operador;
b) Menor esforço mecânico;
c) O abrasivo fica em ação por mais tempo;
d) Remoção mais rápida de material;
e) Operação de corte ou desbaste com menor geração de calor.

Além dos grãos abrasivos, possuem dois tipos de discos que servem para
distintas funções, sendo o disco de corte e o disco de desbaste.

A) Disco de corte
São utilizados tanto em máquinas fixas do tipo “cut-off” como em portáteis tipo
esmerilhadeira angular. Proporcionam grande velocidade na execução de cortes.
Suas principais aplicações são as seguintes:
- Corte de tubos;
- Corte de barras e chapas metálicas;
- Corte de refratários;

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- Corte de pedras;
- Corte de concreto;
- Corte de materiais ferrosos e não-ferrosos em geral.
Lembrando que não devem ser utilizados para corte de madeira.

Figura 8 – Disco de corte tipo serra Figura 9 – Disco de corte a seco


Fonte: ALF, 2010 Fonte: DIATOOLS, 2010

B) Disco de desbaste
Este produto opera em máquinas portáteis. Tem como característica remover
grande quantidade de material na unidade de tempo.
Suas principais aplicações são as seguintes:
- Desbaste de cordões de solda;
- Rebarbação de peças fundidas;
- Remoção de imperfeições superficiais

Na composição de um disco de corte ou desbaste, além dos grãos abrasivos, que


tem a função de executar o corte ou desbaste, e da liga, a qual mantêm os grãos
unidos, também tem-se as telas de fibra de vidro. A função da tela é proporcionar
resistência mecânica aos discos durante a operação, evitando que se rompam.
Os discos podem possuir diversos diâmetros, tais como 4, 7, 9, 10 e 12.

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CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Será descrito abaixo algumas considerações que se julgam importantes para o
manuseio do equipamento.

A) Voltagem
Antes de iniciar a operação com a máquina, assegure-se de que a voltagem da
rede é a mesma do equipamento.

B) Ligação elétrica
A ligação elétrica deve ser feita por intermédio do conjunto tomada / plug macho.

C) Cabos de ligação / extensões


O cabo de ligação e possíveis extensões deverão ser compostos por cabos de
condução elétrica com proteção mecânica, do tipo PP (PoliPropileno).

D) Extensão
Deve-se ter cuidado com as extensões que por alguma eventualidade seja usada
na máquina.

E) Cabo de ligação
O cabo de ligação deverá ser inteiriço, sem emendas, de modo que não haja fuga
de corrente.

F) Circuito de alimentação
O circuito de alimentação deverá ser protegido por interruptor de corrente de fuga
do tipo DR.

G) Isolação / carcaça do equipamento


Caso o equipamento não possua dupla isolação, a carcaça do equipamento
deverá ser aterrada por um fio terra ligado a um terminal terra que garanta uma
resistência máxima de 10 Ohms.

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H) Trabalhos na vertical
Em trabalhos na vertical, o uso do protetor de disco é obrigatório e ele deverá
estar em perfeito estado, sem que esteja amassado.

I) Acessórios do equipamento
Deverá acompanhar a esmerilhadeira os seguintes acessórios: chaves de pinos,
apoio e a porca flangeada. O cuidado com os acessórios é tão importante quanto
a própria esmerilhadeira, pois, a danificação de algum acessório compromete o
desempenho da máquina.

J) Esmerilhadeira adequada para o trabalho


Verificar se a esmerilhadeira a ser utilizada é a correta para o seu trabalho, pois,
existem diversas máquinas e equipamentos como a esmerilhadeira com potência,
rotação e peso diferentes.

K) Discos
Verificar se o disco está corretamente fixado no eixo e se é compatível com a
velocidade de rotação (RPM) da esmerilhadeira.

L) Troca dos discos


Ao colocar ou tirar o disco da esmerilhadeira, fazer sempre uso da chave de pino.

M) Equipamentos de proteção
Lembrar sempre de utilizar os equipamentos de proteção do equipamento e usar
também sempre equipamentos de proteção individual (EPI).

N) Lembrete
Conforme a NR 18 (18-22-1) “A operação de máquinas e equipamentos que
exponham o operador ou terceiros a riscos só pode ser feita por trabalhador
qualificado e identificado por crachá.”

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O) Locais de trabalho
Não trabalhar com esmerilhadeiras em locais apertados de forma que durante as
manobras haja distância segura entre o equipamento e as pessoas, inclusive
quem está operando.

P) Material a ser cortado


A peça a ser cortada ou esmerilhada deve estar bem fixada, evitando de utilizar
pés e mãos para fixar a peça a ser operada.

Q) Posição ao trabalhar
Ao manusear uma esmerilhadeira o operador deverá estar em posição estável, ou
seja, bem equilibrada.

R) Chave liga / desliga


O plug macho da esmerilhadeira somente poderá ser conectado a uma fonte
elétrica se a chave liga / desliga do equipamento estiver na posição desliga.

S) Parada do disco ao desligar


Após desligar uma esmerilhadeira, deve-se deixar o disco parar naturalmente,
sem intervenções forçadas, como colocá-la em contato com bancadas, peça,
madeiras ou até mesmo tentar para com as próprias mãos.

T) Localidade da esmerilhadeira
Quando desligada, a esmerilhadeira deve estar posicionada em locais planos e
seguros com o disco sem nenhum movimento.

U) Atenção antes de iniciar o serviço


Antes de iniciar o serviço deve-se atentar de que as fagulhas não atingirão outras
pessoas e pontos críticos da instalação como cabos elétricos, inflamáveis e
explosivos.

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CUIDADOS COM O EQUIPAMENTO (ESMERILHADEIRA):
 O aparelho é determinado para cortar, desbastar e escovar materiais de
metal e de pedra, sem utilizar água. Para cortar pedras é necessário utilizar
um carril de guia;
 No caso de aparelhos com comando eletrônico, com ferramentas abrasivas
admissíveis, também é possível utilizar o aparelho para lixar e polir;
 Ao trabalhar com o aparelho, segure-o sempre com ambas as mãos e
mantenha uma posição firme;
 Conduzir o cabo sempre por detrás da máquina;
 Sempre desligar o aparelho antes de depositá-la e aguardar até que o
aparelho pare completamente;
 A ficha só deve ser introduzida na tomada com a máquina desligada;
 No caso de falha de corrente ou se for puxada a tomada de corrente,
deverá destravar imediatamente o interruptor de ligar/desligar e colocar na
posição desligada. Isto evita um novo arranque involuntário;
 O punho adicional deve ser montado durante todos os trabalhos com o
aparelho;
 Apenas segurar a ferramenta elétrica pelas superfícies de manuseio
isoladas, caso a ferramenta de utilização possa entrar em contacto com
uma tubulação escondida no muramento ou o próprio cabo elétrico;
 O contato com um cabo que conduz tensão elétrica colocará sob tensão as
partes de metal expostas da ferramenta e pode levar a um choque elétrico;
 Não fure, corte ou serre em áreas deformadas, nas quais possam existir
cabos elétricos, tubulações de gás ou de água. Use detectores apropriados
para determinar se estas tubulações se encontram escondidas na área de
trabalho ou entre em contacto com a companhia local de assistência;
 O contato com cabos elétricos pode levar a incêndios ou choques elétricos;
 A danificação de uma tubulação de gás pode levar a uma explosão. A
perfuração de uma tubulação de água pode causar danos materiais ou
provocar um choque elétrico;

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 Para trabalhos com discos de desbastar ou de cortar, é necessário que a
capa de proteção esteja montada. Para trabalhos com o prato de lixar de
borracha ou com a mós tipo tacho / escova de disco / disco abrasivo em
leque, é recomendável montar a proteção para mãos (acessório);
 Use uma aspiração a vácuo para pó de pedras ao trabalhar com as tais. O
aspirador de pó deve ser aprovado para aspirar pó de pedras;
 Usar um carril de guia para cortar pedras;
 Materiais que contém amianto não devem ser trabalhados;
 Usar óculos de proteção e proteção para os ouvidos;
 Usar luvas de proteção e sapatos robustos;
 Se necessário, também deverá usar um avental;
 Durante o trabalho são produzidos pós que podem ser nocivos à saúde,
inflamáveis ou explosivos. São necessárias medidas de proteção
adequadas. Por exemplo: alguns pós são considerados cancerígenos.
Utilize uma apropriada aspiração de pó/aparas e use uma máscara de
proteção contra pó;
 Pó de metal leve pode queimar ou explodir;
 Sempre manter o local de trabalho limpo, pois misturas de material são
extremamente perigosas;
 Caso o cabo de rede for danificado ou cortado durante o trabalho, não
toque no cabo. Tire imediatamente a ficha da tomada. Jamais utilizar o
aparelho com um cabo danificado;
 Aparelhos que forem utilizados ao ar livre devem ser ligados através de um
interruptor de proteção contra corrente de falha (FI) com no máximo 30 mA
de corrente de ativação. Utilizar apenas um cabo de extensão apropriado
para a utilização ao ar livre;
 Apenas utilize ferramentas abrasivas, com um número de rotações
admissível que seja no mínimo tão alto como o número de rotações em
vazio do aparelho;
 Controlar as ferramentas abrasivas antes da utilização. A ferramenta
abrasiva deve estar perfeitamente montada e deve poder girar livremente.

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 Realizar um funcionamento de ensaio sem carga, durante no mínimo 30
segundos;
 Ferramentas abrasivas danificadas, descentradas ou vibrantes não devem
ser utilizadas;
 Proteger as ferramentas abrasivas contra golpes, trepidações e gordura;
 Só contatar a peça a ser trabalhada quando o aparelho já estiver ligado;
 Não toque nas ferramentas abrasivas em rotação;
 Observar o sentido de rotação. Sempre segurar o aparelho de forma que
faíscas ou pó de lixar voem para longe do corpo;
 Ao lixar metais voam faíscas. Observe que nenhuma pessoa corra perigo.
Devido ao perigo de incêndio, não devem encontra-se materiais inflamáveis
nas proximidades (área de vôo de faíscas);
 Cuidado ao abrir cavidades p. ex. em paredes portantes: Veja as
indicações sobre a estática;
 O aparelho reage com movimentos bruscos, quando o disco de corte é
bloqueado. Neste caso o aparelho deve ser desligado imediatamente;
 Observar as dimensões dos discos abrasivos;
 O diâmetro do furo deve ajustar-se sem folga à flange de admissão. Não
utilizar peças de redução ou adaptadores;
 Jamais utilize discos de corte para desbastar;
 Não pressionar lateralmente os discos de corte;
 Observe as indicações do fabricante sobre a montagem e a aplicação da
ferramenta abrasiva;
 A lixa funciona por inércia após desligar o aparelho;
 Não fixar o aparelho com um torno de bancada.

Cuidados com ferramentas elétricas


Quando estiver a utilizar ferramentas elétricas, deve sempre tomar em
consideração todas as precauções básicas de segurança para evitar o risco de
incêndio, choque elétrico e danos pessoais.

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Mantenha sempre limpa a área de trabalho
Áreas de trabalho desarrumadas podem implicar acidentes.

Ter em atenção ao ambiente do local de trabalho


Não deve expor as ferramentas elétricas à chuva nem usá-las em locais úmidos
ou molhados. Mantenha a sua área de trabalho bem iluminada. Não usar as
ferramentas elétricas onde haja risco de incêndio ou explosão.

Previna-se contra choques elétricos


Evitar o contato do corpo com superfícies ligadas à terra (tubos, irradiadores,
frigoríficos, etc.)

Mantenha as crianças afastadas


Não as deve deixar mexer nas ferramentas ou na extensão de cabo. Todos os
visitantes devem ser mantidos afastados da área de trabalho.

Guarde as ferramentas
Sempre que não estiverem em uso, as ferramentas devem ser guardados em
locais secos e seguros.

Não force a ferramenta


Fará melhor o seu trabalho e de um modo mais seguro se for utilizada segundo a
sua função.

Use a ferramenta correta


Não utilize ferramentas ou acessórios para amadores em trabalhos pesados que
exigem máquinas profissionais. Não utilize ferramentas para trabalhos que não
são indicados.

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Vista-se adequadamente
Não use roupas folgadas ou bijuteria, pois podem ficar presas nas partes móveis
da máquina. É recomendado o uso de luvas de borracha e calçado antiderrapante
(sola de borracha) quando trabalhar no exterior. Se tiver o cabelo comprido
apanhe-o ou use uma proteção.

Use óculos de segurança


Use uma máscara ou óculos de proteção sempre que a operação origine muito pó
ou seja efetuada em locais fechados.

Não maltrate o cabo


Não deverá nunca transportar a ferramenta pelo cabo, nem deverá puxar por este
para desligá-la da corrente. Mantenha o cabo afastado do calor, óleo e bordos
afiados.

Fixe a peça a trabalhar


Use grampos ou um dispositivo para suster a sua peça de trabalho. É mais
seguro do que usar a sua mão, e fica assim com ambas as mãos livres para
manusear a sua máquina.

Não se incline demasiadamente


Mantenha-se numa posição de pé e bem equilibrada.

Faça uma manutenção cuidada das ferramentas


Mantenha as ferramentas afiadas e limpas para que funcionem melhor e com
maior segurança. Inspecione periodicamente os cabos e, se verificar que estes
estão danificados, mande-os reparar num centro de assistência técnica.
Mantenha as mãos secas, limpas e sem óleo nem gordura.

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Desligue as ferramentas
Desligue as ferramentas quando não as estiver a utilizar, antes de as mandar
para o centro de assistência técnica e quando estiver a substituir acessórios.

Retire as chaves reguladoras e as chaves de porcas. Verifique se retirou da


ferramenta as chaves reguladoras e as chaves de porcas, antes de a ligar.

Evite ligar a máquina inadvertidamente


Não transporte uma ferramenta ligada à corrente com dedo no interruptor.
Certifique-se de que o interruptor está desligado antes de ligar o plugue do cabo
da máquina à tomada de corrente.

Utilize cabos de extensão para utilização ao ar livre


Quando utilizar uma ferramenta ao ar livre, utilize apenas cabos marcados e
concebidos para tal.

Mantenha-se atento
Esteja atento ao que está a fazer. Seja cuidadoso. Não trabalhe se estiver
cansado.

Verifique se existem componentes danificados


Quando pretender utilizar de novo uma ferramenta, verifique prévia e
cuidadosamente se o resguardo ou qualquer outro componente estão danificados,
de forma, a saber, se a máquina pode funcionar eficazmente e com segurança.
Verifique o alinhamento e as juntas dos componentes móveis; veja se estes estão
partidos ou mal montados, e tenha em atenção quaisquer outras condições que
possam afetar o bom funcionamento da máquina. O resguardo ou os
componentes danificados deverão ser reparados ou substituídos num centro de
assistência técnica, salvo indicação em contrário, dada neste manual de
instruções.

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Substituição dos interruptores
Mande substituir os interruptores defeituosos num centro de assistência
autorizado. Não utilize a ferramenta se o interruptor estiver danificado.

Deixe a reparação da ferramenta a cargo de um técnico especializado


Este aparelho elétrico está em conformidade com as principais regras de
segurança. As reparações só devem ser efetuadas por técnicos especializados e
com peças de origem, pois caso contrário, o utilizador poderá ser alvo de danos
pessoais graves.

Utilize o resguardo e certifique-se de que se encontra bem colocado.

Certifique-se de que as flanges de montagem e o disco se encontram


corretamente colocados e de que não se encontram danificados.

Certifique-se de que está a utilizar o tipo e o tamanho correto de disco para a


tarefa.

Certifique-se de que o disco, escova de arame e acessórios de retificação


possuem uma gama de rpm superior à do eixo da rebarbadora de acabamento.
Deixe um novo disco funcionar sem carga durante 30 segundos antes de iniciar
qualquer operação.

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CUIDADOS COM OS DISCOS:
Os discos de corte e desbaste são produzidos e controlados com rigor, sendo
submetidos a testes internos que objetivam a reprodução da qualidade lote a lote:
 Testes de resistência a esforços;
 Testes de resistência à velocidade de uso e resistência máxima à ruptura
por esforço da força centrífuga;
 Teste de oscilação radial e axial;
 Balanceamento;
 Densidade;
 Tolerâncias dimensionais (diâmetro, espessura, furo);
 Análise físico-química das matérias-primas;
 Controle de especificação, para assegurar repetição lote a lote.
Estes testes resultam em um produto absolutamente seguro, sem quebras e
riscos de acidentes.

Recomendações importantes discos de corte


Ao receber os discos
 Faça uma inspeção visual para identificar possíveis danos provocados por
transporte inadequado.

Armazenagem
 O local de armazenagem deve ser seco, sem variações bruscas de
temperatura não devendo ser quente, sem vibrações e o mais próximo
possível do local de consumo;
 Usar sempre em ordem cronológica de recebimento;
 Os discos devem ser armazenados na posição horizontal, em prateleiras
planas, de preferência em sua embalagem original;
 Quando houver necessidade de empilhamento das embalagens dos discos,
seguir as recomendações impressas na própria embalagem quanto ao
número máximo de caixas em uma pilha.

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Antes de montar
 Observe o valor de “RPM” (rotação por minuto) do disco e da máquina para
verificar se são compatíveis. A rotação da máquina nunca pode ser
superior à do disco. Em caso de dúvida ou desconhecimento da rotação do
eixo, não monte o disco, chame o inspetor de segurança para medir a
rotação;
 Verifique os flanges. Eles devem possuir no mínimo 1/4 do diâmetro do
disco de corte.

Na montagem
 Ao colocar o disco na máquina, aperte somente o necessário para fixá-lo,
sempre com a ferramenta que acompanha a máquina;
 Nunca utilize martelo ou qualquer tipo de ferramenta que provoque aperto
excessivo;
 O eixo da máquina e a superfície dos flanges devem estar limpos;
 Não esqueça de fechar a capa de proteção;
 Nunca fique na frente da máquina. Ao ligá-la, posicione-se ao lado da
mesma e deixe o disco girar livremente durante um minuto antes de iniciar
a operação.

Na operação
 Utilize o disco adequado para o material a ser cortado;
 Utilize pressão moderada e constante no momento do corte. Não bata a
face de corte do disco contra a peça-obra;
 O produto deve ser sempre usado para corte a noventa graus em relação à
peça-obra;
 Nunca use a lateral do disco para rebarbar ou desbastar peças, isto cortará
a tela de reforço;
 Fixar bem a peça-obra. Se esta se movimentar poderá quebrar o disco ou
danificar sua face de corte e/ou lateral fragilizando o mesmo. Por exemplo,
sem fixação correta de tubos para operação de corte, a medida que o disco

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penetra na área de corte, a tendência do tubo é envergar-se forçando a
lateral do disco;
 Em operações refrigeradas (para construção civil), não esqueça de desligar
o sistema de refrigeração, pelo menos cincos minutos antes de desligar o
disco de corte.

Manutenção
 Após o término da operação, limpe o equipamento removendo cavacos que
ficam aderidos à capa de proteção;
 Periodicamente, verifique o tensionamento das correias;
 Correias soltas significam perda de potência, ou seja, maior dificuldade em
realizar o corte;
 Efetue a troca dos rolamentos da máquina nos períodos recomendados;
 Rolamentos danificados geram vibrações, tornando a operação insegura;
 Procure obter junto ao fabricante da máquina, a vida útil dos rolamentos
utilizados.

Capa de proteção
 O ângulo máximo de abertura da capa de proteção, na utilização de discos
de corte, é de 150°. Esta exposição iniciará em um ponto não mais elevado
que 15° abaixo do plano horizontal do eixo do disco de corte.

Recomendações importantes discos de desbaste


Os discos de desbaste são ferramentas abrasivas que devem ser manipuladas
com precaução.
Devem ser observadas as regulamentações de segurança prescritas para
prevenir a sua quebra em operação.
A posição de trabalho mais adequada é aquela em que o disco trabalha formando
um ângulo de 30º, em relação à superfície da peça, nunca devendo ser utilizado a
zero grau, pois isto pode provocar o rompimento das telas de reforço laterais.

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Figura 10: Ângulo de utilização de discos de desbaste.
Fonte: VILLAS BOAS, 2010

Nesta posição o operador pode observar perfeitamente a zona de trabalho. E a


menor área de contato dá como resultado um aumento da capacidade de corte.
Para abertura de canal de solda com discos com depressão central, utilizam-se os
de pouca espessura, já construídos para essa finalidade. Normalmente, estes
discos apresentam altura de 4 a 5mm. Estes discos são exclusivos para uso de
topo (90º).

Figura 11: Ângulo de utilização de discos para abertura de canaleta.


Fonte: VILLAS BOAS, 2010

A esmerilhadeira deve ser manuseada com cuidado, impactos do disco podem


provocar trincas.

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Nunca:
 Afie ferramentas no disco de desbaste;
 Force a parada do disco contra a peça;
 Utilize o disco com inclinação incorreta;
 Fique na frente da máquina.

Montagem do disco de desbaste


A segurança no emprego dos discos de desbaste depende do grau de cuidado
com que são montados e manipulados.
Algumas recomendações devem ser observadas:
 Inspeção do disco;
 Verificação da velocidade da máquina;
 Inspeção dos flanges;
 Montagem e o aperto do disco;
 Utilização de capa protetora.

Inspeção do disco
Antes de montar o disco na máquina, é necessário verificar se não sofreu batidas
por manuseio indevido no transporte ou durante seu armazenamento no
almoxarifado.
Esta verificação pode ser feita através de atenta inspeção visual, que pode revelar
o início de uma trinca ou qualquer partícula estranha que se tenha introduzido,
acidentalmente, entre o rebolo e o rótulo, no momento da colagem.

Verificação da velocidade da máquina


Antes de montar o disco na máquina, é essencial verificar se a rotação real do
eixo não excede o limite máximo indicado no rótulo do disco. Esta verificação se
faz com ajuda de um tacômetro. Em máquinas pneumáticas equipadas com
regulador de velocidade, a ocorrência de variações de RPM é maior, já que é
possível que o regulador se bloqueie e o eixo ultrapasse a velocidade máxima do
rebolo.

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Inspeção dos flanges
O disco deve ser fixado na máquina não somente pelo flange de aperto (ou
flange–porca), mas também pelo flange de encosto. Estes devem ter diâmetro de
38 a 42mm (para discos até Ø230mm). Na ilustração não aparece a capa
protetora para melhor visualização do sistema.

Figura 12: Montagem de discos de desbaste com flanges de aperto e encosto.


Fonte: VILLAS BOAS, 2010

Figura 13: Flange adaptador


Fonte: VILLAS BOAS, 2010

Um outro tipo de flange de encosto é o flange adaptador que apresenta um


formato que acondiciona a depressão central do disco e melhora a segurança
durante o trabalho. No entanto, é imperativo que o flange adaptador e o de aperto
se acomodem perfeitamente no disco, a fim de não submeter o disco a esforços
de flexão na sua depressão. Isto irá provocar tensões internas no disco, o que o
levará, inevitavelmente, à ruptura.

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Figura 14: dimensão da depressão do disco
Fonte: VILLAS BOAS, 2010

Como não existe norma que padronize a dimensão da depressão do disco, cada
fabricante estabelece o seu padrão, fazendo com que seja comum a ocorrência
de problemas na adaptação dos flanges ao disco. Por isto, o uso de flange
adaptador tem sido desaconselhado.
O eixo da máquina e a superfície dos flanges devem estar limpos, e não devem
estar empenados. Flanges e eixos empenados causam vibração durante a
operação.

Montagem e aperto do disco


O aperto do flange-porca deve ser mínimo suficiente para fixar o disco, evitando o
deslizamento do disco no eixo da máquina. Caso contrário, a tensão do aperto
poderá danificar o disco ou outra peça no conjunto de montagem.

Utilização de capa protetora


 É de uso obrigatório;
 Devem possuir lateral acessível para facilitar a troca do disco;
 Devem ser de aço ou ferro fundido maleável;
 Devem apresentar um ângulo máximo de abertura (exposição do disco) de
180º, conforme figura.

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Armazenamento
Todo produto abrasivo, como qualquer outro material, possui uma resistência
limitada, mas suficiente para assegurar sua segurança em trabalho. Esta
resistência limitada implica na tomada de precauções elementares para proteger
os discos contra impactos e para evitar sua deterioração.
A seguir relacionamos as recomendações básicas de armazenamento:
 O local de armazenagem deve ser seco, sem variações bruscas de
temperatura, sem vibrações e o mais próximo possível do local de
consumo;
 Usar sempre em ordem cronológica de recebimento;
 Os discos devem ser armazenados na posição horizontal, em prateleiras
planas, de preferência em sua embalagem original.;
 Quando houver necessidade de empilhamento das embalagens dos discos,
seguir as recomendações impressas na própria embalagem quanto ao
número máximo de caixas em uma pilha;
 Evite impacto ou quedas.

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RISCOS A SEREM LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO
Além dos riscos que possam ocorrer devido ao equipamento não estar em boas
condições de uso, podem acontecer também outros que ocorrem devido ao fator
humano, tais como:

DISTRAÇÂO
A distração do operador durante o esmerilhamento pode levar ao descontrole da
ferramenta e causar acidentes.

EXCESSO DE CONFIANÇA
O excesso de confiança leva o operador a descuidar em cuidados básicos no
manuseio de ferramentas. Possuem registros de acidentes com esmerilhadeiras
operadas por pessoas profissionalmente qualificadas experientes com mais de 10
anos na função.

MEDO
O medo de perguntar e tirar as duvidas sobre algo no serviço ou até mesmo no
equipamento pode levar um funcionário com pouca habilidade a operar essa
ferramenta de forma insegura.

PROBLEMAS PSICOLÓGICOS
Às vezes funcionários podem estar passando por dificuldades seja na família ou
até mesmo no serviço que acabam gerando um clima de desanimo e
ocasionalmente acarretará a ocorrer um acidente devido a isso.

DESATENÇÃO QUANTO AOS CUIDADOS COM O EQUIPAMENTO


Caso não haja a devida preocupação com o equipamento antes de utilizá-lo, e o
mesmo estiver em condições irregulares, poderá ocasionar outro acidente por não
ter feito a manutenção no equipamento.

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EPC (EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA) E
EPI (EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL)

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÂO COLETIVA (EPC):


Capa de proteção da esmerilhadeira:

Figura 15: Esmerilhadeira com as capas e proteção


Fonte: KARAMURU, 2010

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Protetores auriculares

Figura 16: protetor auricular


Fonte: MAS, 2010

Óculos de proteção

Figura 17: óculos de proteção


Fonte: DOMINIK, 2010

Luvas de raspa

Figura 18: luvas de raspa


Fonte: MAQSTAR, 2010

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Protetor facial

Figura 19: protetor facial


Fonte: MAQUINAS PIRITUBA, 2010

Avental de raspa

Figura 20: avental de raspa


Fonte: LOJAMAXIPAS, 2010

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CONCLUSÃO
Objetivou-se com esse trabalho que ao utilizar esse equipamento em questão que
é a esmerilhadeira, precisa-se ter todo o conhecimento do trabalho a ser exercido,
as descrições necessárias de cada componente a ser utilizado no esmeril para
que consiga um trabalho eficiente.

Nota-se também que o uso de protetores sejam eles individuais ou coletivos são
de extrema importância não esquecendo dos outros fatores a serem levados em
conta antes de começar o serviço em uma esmerilhadeira.

Precisa-se não somente prestar atenção em si mesmo se esta corretamente


adequando para o tipo de serviço mas sim também deve-se observar se o
equipamento está em condições de utilização, evitando assim problemas futuros
como acidentes desnecessários.

Lembrando que acidente nunca acontece, sempre há o fator humano (atos


inseguros) ou até o equipamento ou o ambiente de trabalho mesmo (condições
inseguras) que possam proporcionar esse risco, mas mesmo contudo isso, pode
ser evitado o acidente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INÊS E ESCULTURA

http://blogcie.files.wordpress.com/2008/09/esmeril2.jpg

DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS

http://www.dicio.com.br/esmeril/

MECALUX LOGISMARKET

http://www.logismarket.ind.br/ip/bambozzi-moto-esmeril-moto-esmeril-eskilo-
439942-FGR.jpg

ROYALL DIAMOND

http://www.royalldiamond.com/produtos/Guia_Rebolos_Resinoides_Royall_Diamo
nd.pdf

ALF FERRAMENTAS

http://www.alfferramentas.com.br/Control/ArquivoExibir.aspx?IdArquivo=61375&T
smp=18112009015700

DIATOOLS

http://www.piedra.com/diatools/images/gp.jpg

BOSCH

http://www.bosch.com.br/br/ferramentas-profissionais/produtos/esmerilhadeira-
esmeril/files/manual-gws-7-115ET.pdf

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BLACK & DECKER

http://www.bdferramentas.com.br/manu/G720.pdf

VILLAS BOAS

http://site.villasweb.com/segura.php

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