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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS


DEPARTAMENTO DE ENG. QUÍMICA
ANÁLISE E CONTROLE DE PROCESSOS

INSTRUMENTAÇÃO
RESUMO:
• Abordar aspectos gerais da
Instrumentação Industrial, incluindo os
conceitos e aspectos mais importantes, e
estendendo-se à natureza das variáveis
de processo, sua medição e controle.
CONTROLE DE PROCESSO

É virtualmente impossível imaginar uma


indústria sem instrumentação, tanto pelas
exigências do mercado, quanto pela
viabilidade operacional.
Variáveis de Processo:

»Controlada;
»Manipulada;
»Aleatória ou distúrbio.
Variável medida ou controlada:

• É a variável mantida dentro de um


valor desejado, o set point.
Variável Manipulada
É a variável de entrada do processo, que sofrerá modificações para
manter a variável controlada no valor desejado.

Acompanhamento da variável manipulada Vazão de Vapor.


Variáveis Aleatórias ou Distúrbio

Não são medidas, controladas ou manipuladas; afetam


a estabilidade da variável controlada.

São também considerados distúrbios do


processo:

• Condições de operação;
• Condições ambientais;
• Desgaste dos equipamentos e dos instrumentos;
• Falha de equipamentos;
• Fenômenos internos ao processo, como reações endotérmicas
e exotérmicas.
Características de Processo

• Tempo de duração: Processo batelada (batch)


Processo contínuo

• Comportamento: Auto regulante


Integrante
Realimentação positiva
Processo batelada (batch)

Exemplo de processo batelada.


Processo contínuo

Exemplo de processo contínuo.


Auto regulante: controle interno inerente o

regula automaticamente.
Integrante: Nesse processo, se não possuir
controle externo, sua saída
tenderá a valores extremos.
Com realimentação positiva:
ao se aplicar um degrau unitário na entrada, a sua saída não tende
para um valor de patamar limite (auto regulante), nem sobe
linearmente, mas como uma exponencial crescente, até atingir o
valor natural do processo.

Exemplo: O controle de temperatura de reações exotérmicas, onde a


inclinação da curva de remoção de calor é menor que a inclinação da curva
de geração de calor.
Modos de Controle

• Manual: virtualmente impossível


• Automático
Controle automático: tarefas de controle pelo homem
substituídas por instrumentos com funções pré-determinadas.

t = 0: a temperatura da
água (PV) está no valor
desejado (SP), e o sinal de
saída do controlador
(MV) para a válvula
estável;
t = 1: ocorre o aumento
da temperatura da água, e
controlador modifica o
sinal de saída;
 t = 2: correção
automática da posição da
válvula, fazendo retornar
a variável ao valor
desejável.
Justificativa do uso dos instrumentos e
Principais objetivos de controle

• Segurança operacional, pessoal, e de equipamentos;


• Adaptação a perturbações externas;
• Estabilidade operacional;
• Especificação do produto;
• Redução do impacto ambiental;
• Adaptação às restrições inerentes (equipamento/ materiais/ etc.);
• Otimização (evitar perdas e obter uniformidade do produto);
• Resultado econômico do processo (redução de custo energético e
perdas; diminuição de tempo ocioso de processo).
• Justificativa econômica
Justificativa econômica
Confiabilidade e Segurança:

A segurança no processo visa impedir ou minimizar


danos às pessoas e aos equipamentos.

• VÁLVULAS DE SEGURANÇA/ DISCOS DE RUPTURA

• SISTEMA DE ALARME E INTERTRAVAMENTO: atua


quando a variável do processo está saindo da faixa
permitida.
Malha de Controle:

• Uma planta industrial é formada por


muitas malhas de controle que formam um
sistema que controla todo o seu processo.
Cada malha de controle é projetada para
manter sob controle as variáveis do
processo, de acordo com seu set point.
Uma malha de controle é formada por:

• Elemento sensor (medidor/transmissor):


realimentação do processo (informação)
medindo a variável a ser controlada.
• Controlador: recebe o sinal do sensor, compara
com o set point, computa o valor de ajuste,
corrige sua saída de sinal.
• Elemento final de controle: recebe o sinal
através de um elemento atuador, que irá impor
ao elemento final de controle uma ação corretiva
de ajuste.
INSTRUMENTOS

Elemento Primário
Está em contato direto com a variável transmite a informação sobre a
variável.

• Condicionadores de Sinal
As entradas ou saídas precisam ser ajustadas antes de serem lidas. Um
condicionador de sinal é um circuito que ajusta o nível dos sinais que entram
e saem.

• Transmissor
Transporta a informação medida por um instrumento de um ponto a outro no
processo industrial para fins de processamento e controle da planta
industrial.

• Indicador
Disponibiliza a informação medida para visualização do operador da planta
industrial de modo on-line. Desse modo, o operador fica sabendo o valor da
variável de processo no instante em que visualiza o instrumento indicador no
painel de controle.
• Registrador
Fornece o registro de uma indicação que pode ser na forma digital,
ou impresso em meio físico, geralmente em rolo ou disco de papel
devidamente diagramado numa escala conveniente.

• Conversor
Recebe o sinal elétrico do medidor ou elemento primário e o
converte no valor proporcional correspondente do valor da variável
lida em campo, para ser devidamente manipulado pelo controlador
e pelo computador.

• Elementos Finais de Controle


O elemento final de controle é o elemento que sofrerá a ação de um
atuador, quando este receber uma resposta do computador,
proporcional à variação sofrida pela variável. Existem diversos tipos
de elementos finais de controle, tais como resistências elétricas,
bomba, motor, etc., porém, sem dúvida a de maior uso e por isto a
mais importante é a válvula de controle que atuará de forma a
regular de forma direta ou não a vazão, pressão, nível, temperatura,
etc...
Válvulas de Controle

• Dispositivo cuja finalidade é a de provocar uma


obstrução na tubulação com o objetivo de
permitir maior ou menor passagem de fluido por
esta.
• O movimento da haste da válvula é obtido pela
força exercida sobre um diafragma na cabeça
da válvula (função da pressão de ar na cabeça
da válvula). O comando da válvula é feito pela
variação da pressão de ar fornecido à válvula.
O movimento da haste da válvula é
obtido pela força exercida sobre um
diafragma na cabeça da válvula (função
da pressão de ar na cabeça da válvula).
O comando da válvula é feito pela
variação da pressão de ar fornecido à
válvula.

Aspecto importante na especificação de


uma válvula de controle: posição de
falha.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA INSTRUMENTAÇÃO

• Faixas de Medida (Range)


Valores da variável compreendidos dentro do limite
superior e inferior da capacidade de medida,
transmissão ou controle do instrumento.

• Alcance (Span)
É a diferença algébrica entre os limites superior e
inferior da faixa de medição do instrumento.

Erro (offset)
No caso de controladores, erro (offset) é a diferença
entre o valor do set point e o valor medido da variável
controlada.
SIMBOLOGIA:

• Padronizada pelos órgãos normativos, no caso


a ISA (The International Society for
measurement and Control, antiga Instrument
Society of America) e a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas). Em geral esta
notação é utilizada lado a lado com a
representação dos equipamentos de processo
formando um documento denominado diagrama
P&I (Process and Instrumentation/ Piping and
Instrumentation).
Tag:
formado pelo nome da área, tipo do
equipamento e um número seqüencial, caso

haja mais de um equipamento do mesmo


tipo na mesma área.
O nome de um instrumento é formado por:

• 1. Conjunto de letras que o identificam funcionalmente


Primeira letra: identifica a variável medida pelo
instrumento
Letras subseqüentes: descrevem funcionalidades
adicionais do instrumento

• 2. Número
Identifica o instrumento com uma malha de controle.
Todos os instrumentos da mesma malha devem
apresentar o mesmo número
Exemplo:

Instrumento: Registrador controlador de temperatura.


• A primeira letra corresponde à variável
medida.
• Quando as letras C e V são usadas em
conjunto, C (Control) deve preceder V
(Valve): Válvula de controle Manual: HCV;
• O número de letras não deve ultrapassar
a quatro. Se o instrumento é registrador e
indicador da mesma variável, o I de
Indicador pode ser omitido;
Simbologia de Malhas de controle:

• 1. Se uma malha possui mais de um instrumento


com a mesma identificação, então se adiciona um sufixo
à malha: FV-2A, FV-2B, etc. Para o caso de registro de
temperatura multiponto utiliza-se: TE-25-01, TE-25-02,
TE-25-03, etc.

• 2. Em fluxogramas não é obrigatório identificar todos


os elementos de uma malha. Por exemplo, uma placa
de orifício, uma válvula e elementos primários de
temperatura podem ser omitidos para se representar
instrumentos mais importantes.
Linhas:
O tipo do suprimento é designado por duas
linhas em cima da linha de alimentação:
Símbolos gerais de instrumentos:
DINÂMICA DE PROCESSOS

CONCEITOS BÁSICOS
• Controlador:

Avaliação automática da informação


medida, comparação com um valor de
referência e posterior tomada de decisão,
mediante ação programada a partir dos
resultados da comparação realizada.
Deve ter, no mínimo, as seguintes
características:

• Receber um sinal com o valor da variável


controlada (PV = process value)
• Receber um setpoint (SP)
• Gerar um sinal de saída para o elemento
final de controle (CO = controller output)
Controlador on-off:

Gráfico da resposta de um sistema sob controle on-off.


• Controlador proporcional:

Gráfico do comportamento de uma variável controlada por um controlador


proporcional após uma perturbação externa em degrau.
Controlador PI:

Ao adicionarmos a integral do erro, o


controlador passa a não tolerar que um
desvio do setpoint seja mantido por muito
tempo. Desta forma, elimina-se o
problema do offset.
Controlador PID:

A ação derivativa tira proveito da informação de


processo que permite prever, a curto prazo, a
tendência da variável de processo. Assim, ao
observar que a variável está aumentando, a
ação derivativa atuará no sentido de reduzí-la,
mesmo que o erro e a integral do erro apontem
em outra direção. Desta forma, a ação derivativa
torna a resposta do controlador mais rápida.
Controle em cascata:

Eficaz em situações onde existem perturbações


a serem eliminadas. É o caso do controle de
temperatura pela injeção de vapor: caso fosse
utilizado apenas um controlador de temperatura
atuando diretamente sobre a válvula de vapor,
não haveria como compensar eventuais
variações de pressão na linha de vapor. O uso
de um controlador de vazão escravo permite
atuar de forma diferenciada durante as
variações de pressão.
Controle seletivo:

Quando uma variável manipulada interfere


sobre mais de uma variável de processo,
o controle seletivo opera por meio de
elementos comparadores, que selecionam
o maior ou o menor entre dois ou mais
sinais, enviando somente um deles à
válvula de controle (ou ao controlador
escravo).
Controle Inferencial:

Em alguns casos, a variável a ser controlada não pode ser


medida de forma econômica então a variável controlada
é calculada a partir de outras variáveis de processo que
podem ser medidas mais facilmente.

Exemplo típico é o controle de composição. Em misturas


binárias em fase vapor, a composição pode ser
determinada a partir da pressão e da temperatura por
meio de uma equação de estado.

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